sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Nosso Lar - Cap. 01/03 - Nas zonas inferiores

Nosso Lar - Cap. 01/02 - Nas zonas inferiores

Nosso Lar - Cap. 01/01 - Nas zonas inferiores



Obs.: Foi produzido pela TV Alvorada Espírita e apresentado por André Luiz Ruiz, o programa O Espírito da Letra é exibido pela TV Mundo Maior analisando a obra do Espírito André Luiz a partir do livro Nosso Lar, psicografia de Chico Xavier, trazendo em uma linguagem de fácil compreensão as explicações da vida no mundo.
Os capítulos 1, 2 e 3 (Novo amigo) foram postados no dia 04/07/11, e o capítulos 1,2 e 3 ( André Luiz ) foram postados no dia 01/08/11 caso queiram acompanhar desde o início.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Música para ouvir e música para se cantar junto


A música é uma das formas de arte mais difundida no contexto atual. Arrasta multidões... Quem não gosta de uma boa música? Ouvimos música no carro, em casa, na festa, para meditarmos, para dormirmos e até cantamos no chuveiro. A música faz parte da nossa vida como expressão cultural.
No campo religioso não é diferente. As religiões, de diversas matrizes – africana, oriental, cristã –, todas, de um modo geral, utilizam cânticos, hinos, mantras e instrumentos musicais em suas práticas e cerimônias. Nesse sentido, a prática religiosa espírita também é rica em expressões musicais, principalmente nas atividades ligadas a infância e juventude.
Nas atividades espíritas utilizamos a música em diversos momentos: encontro de jovens, para a sensibilização antes da prece ou do passe. A música serve também como recurso didático em nossas aulas ou, ainda, como expressão artística para apreciação pelo público, tratando as temáticas afetas ao Espiritismo, não com o sentido de isolar o espírita do mundo e sim como forma de expressão religiosa.
Entendo que a música espírita não implica necessariamente que os espíritas devam somente ouvir esse tipo de música, isolados do mundo e de todos, como um monge da idade média.
Falamos de música espírita. O que é música espírita? A feita por espíritas? A feita para espíritas? Com conteúdos espíritas? Toda classificação é falha e incompleta, ainda que tenhamos essa necessidade eterna de rotular. Entendo a música espírita como aquela que nós utilizamos em nossas práticas de religiosidade, com conteúdo coerente e consoante com nossos ideais e nossa visão de mundo.
Já que falamos de classificações, as músicas são diversas, por ritmo, estilo etc.
Nesse breve artigo dividiremos a música utilizada na prática espírita em dois tipos: música para ouvir e música para se cantar junto.
Música espírita para ouvir é quando em auditórios, teatros e eventos, nos sentamos para apreciar uma apresentação musical. Compramos CDs, colocamos no nosso carro e ouvimos, meditando e viajando no pensamento por aquelas ondas musicais.
A música para cantar junto é aquela que cantamos em coral, é quando na abertura das atividades, com a letra projetada na parede, cantamos em um quase uníssono, às vezes meio desafinados, buscando em uma só voz elevar o nosso pensamento.
O leitor já percebeu que a mesma música pode se encaixar nas duas classificações. Não é essa uma tipologia de músicas e, sim, da nossa postura diante da música. Um paradigma se caracteriza, com as devidas proporções, a uma postura de consumo da música. O outro se apresenta em uma vivência mais participativa. São classificações de abordagens necessárias ao seu momento e que por vezes se confundem e entrelaçam. Existem momentos que precisamos de uma interação mais passiva, de audição. Em outros, nos empolgamos, queremos dar as mãos, nos abraçamos e cantamos juntos.
A questão crucial dessa discussão é que por vezes, pela força dos modernos equipamentos e instrumentos, das bandas organizadas, da difusão de internet das músicas, relevamos a importância das interações participativas. Para além dos estúdios e dos shows, devemos sempre propiciar ao jovem o canto "ao pé da fogueira", como elemento de coesão do grupo. Afinal, nada substitui o grupo, como elemento vivo e pulsante em cada acorde de canção.
Por isso, ainda que tenhamos na música para ouvir excelente instrumento de sensibilização, de meditação e como recurso didático, na prática das juventudes espíritas não podemos esquecer a força de se participar de um coral ou ainda aqueles momentos em que a música nos enlaça, no canto uníssono. O discurso da qualidade musical, da técnica não pode suplantar a força agregadora da música, como visgo que une corações e mentes.

Marcus Vinícius de Azevedo Braga
acervobraga@gmail.com
Brasília, Distrito Federal (Brasil)


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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O campo de atuação do Espiritismo


No que se refere aos profitentes das diversas correntes religiosas na Terra, verificamos que há os que vivem em penumbra, presos pelas algemas dogmáticas, acorrentados ao preconceito e à ignorância, sem liberdade de analisar e perquirir; há os que vivem sob o fascínio e o deslumbramento com as pomposas práticas exteriores; há os que vivem jungidos aos paramentos, imagens e altares; há os que vivem o exclusivismo religioso, prisioneiros da letra que mata, ou seja, da fé cega, privados do espírito que vivifica, ou melhor, do exercício da fé raciocinada, da interpretação à luz da razão dos textos sagrados, dos fatos e dos fenômenos da vida material e da vida espiritual.
Esses não entendem, nem mesmo conhecem a beleza e a importância da Doutrina Espírita, revivescimento do Cristianismo em sua original pureza e simplicidade; esses não veem, nem mesmo vislumbram a portentosa obra em prol do progresso da humanidade, edificada e mantida pelo Espiritismo, singelamente, sem foguetório, sem ostentação, sem o trombetear dos fariseus de ontem e de hoje.
A atuação do Espiritismo se faz sentir no campo social, na área intelectual e no aspecto moral-religioso, dos encarnados e desencarnados.
Presta, a Doutrina dos Espíritos, uma assistência social aos carentes, sofredores e enfermos da Terra, ainda ligados pelos liames do corpo denso, quer seja com o pão material, o agasalho para os nus, o abrigo para os sem-teto e o remédio para os males físicos, quer seja com o alimento espiritual em forma de orações, de palavras de conforto, de esperança e de fé na indefectível bondade e justiça de Deus. Assiste, igualmente, aos Espíritos desencarnados que vagueiam na erraticidade, próximos à crosta planetária, orientando-os quanto aos seus deveres perante o Senhor, seu futuro de imensas responsabilidades, ensinando-lhes a lei do amor e do perdão, preparando-os para uma reencarnação menos dolorosa.
Assimilando a exortação feita pelo Espírito de Verdade – “ESPÍRITAS, AMAI-VOS, EIS O PRIMEIRO ENSINAMENTO. INSTRUÍ-VOS, EIS O SEGUNDO” –, o Espiritismo dá ênfase à necessidade de seus adeptos crescerem também intelectualmente, por meio do estudo rigoroso, sistemático e obrigatório da Doutrina em seus ângulos filosófico, científico e religioso, enveredando, outrossim, nas mais diversas áreas do conhecimento humano. Favorece, destarte, o desenvolvimento da inteligência e a ampliação do saber.
Age, nossa Doutrina, com especial dedicação, no sentido de levar o homem a corrigir-se moralmente, dominando seus impulsos agressivos, vencendo suas inclinações para o mal, eliminando vícios de qualquer natureza, fazendo, enfim, uma total reforma íntima, dentro dos lídimos padrões cristãos, consubstanciados no mais sublime manual de conduta humana – O EVANGELHO.
Em seu aspecto religioso, é o Espiritismo uma fonte perene de consolações, de esperanças e de certezas num futuro de progresso e de paz espiritual. É, sem dúvida, o CONSOLADOR prometido por Jesus.

Felinto Elízio Duarte Campelo
felintoelizio@gmail.com
Maceió, Alagoas (Brasil)


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terça-feira, 9 de agosto de 2011

A mistura de crenças de hoje deve-se à evolução cultural


A lei da evolução é como a da gravidade e outras da natureza, ninguém a segura.
No passado, apenas os líderes religiosos sabiam ler. E pegou a moda de que apenas eles podiam ensinar a religião. Com o crescimento da população alfabetizada, eles, para manterem seu status quo de únicos donos das verdades religiosas, acabaram proibindo os leigos de lerem a Bíblia. E a Igreja tinha razão para isso, pois, por ignorância, as pessoas interpretavam a Bíblia apenas literalmente, quando seus textos são mais simbólicos. E, hoje, é o grande abuso dessas interpretações literais, mas também metafóricas, da Bíblia que mais divide os cristãos.
Porém, graças à evolução cultural das pessoas, o cristianismo caminha para uma nova realidade. Não são apenas os padres, bispos e os pastores que entendem de questões bíblicas e teológicas. E há até leigos que sabem mais desses assuntos do que eles, tanto pela sua inteligência como pela sua dedicação por robe ao estudo dessa área. E quem estuda um assunto por robe, sabe mais. Com a aceleração da evolução cultural, as polêmicas religiosas vão se multiplicar. Daí que vamos ter muitos católicos e evangélicos que vão dizer, como já acontece muito, que creem na reencarnação e outras doutrinas, que, oficialmente, o cristianismo condena. É até comum o indivíduo ter hoje mais de uma religião, o que irrita os líderes religiosos. E nada lhe vai acontecer, se ele não for membro duma hierarquia religiosa. E os padres e pastores vão parar de pregar certas doutrinas, que eles sabem que seus fiéis não as aceitam mais, como já acontece, nas comunidades religiosas de melhor nível cultural. Mas isso é feito discretamente, pois eles não querem complicações com seus superiores. Um padre ou pastor, que já que crê na reencarnação, não pode defendê-la de público.
Em 1904, num exemplo da mistura de crenças oriundas da evolução cultural do mundo moderno, o italiano Dr. José Lapponi, antropólogo e médico dos papas Leão XIII e são Pio X, lançou a famosa obra científica e espírita “Hipnotismo e Espiritismo”, a qual foi apoiada pelo Papa Leão XIII. Estudioso profundo dos fenômenos espíritas, e com o aval de famosos corifeus da ciência de sua época, Lapponi defende o espiritismo, demonstrando de modo convincente e contundente que ele é uma realidade objetiva histórica, bíblica e científica. E eu afirmo aqui que o católico que ler essa obra, no mínimo, se tornará simpatizante do espiritismo. Não foi, pois, à toa que a Federação Espírita Brasileira (FEB) a traduziu para o português.
Mas chegando às partes finais do livro, o autor assusta o leitor, dizendo que o espiritismo é imoral e deve ser evitado, embora não negue a realidade dos fenômenos espíritas de cuja autenticidade, como vimos, faz uma brilhante apologia no desenrolar de toda a sua obra.
Ficou em mim uma dúvida se Lapponi foi totalmente sincero ou se ele teve que, na ultima hora, sacrificar parte da sua verdade, para poder contar com a valiosa aprovação citada do seu trabalho literário pelo Papa Leão XIII, precavendo-se, assim, contra prováveis condenações desta sua monumental obra em defesa da realidade dos fenômenos espíritas!


Obs.: Esta coluna, de José Reis Chaves, às segundas-feiras, no diário de Belo Horizonte, O TEMPO, pode ser lida também no site www.otempo.com.br - Clicar: “TODAS AS COLUNAS”.
Podem ser feitos comentários abaixo da coluna. Ela está liberada para publicações. Meus livros: “A Face Oculta das Religiões”, “O Espiritismo Segundo a Bíblia”, Editora e Distribuidora de Livros Espíritas Chico Xavier, Santa Luzia (MG), “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” Ed. EBM (SP) e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte (MG) – www.literarium.com.br - e meu e-mail: jreischaves@gmail.com - Os livros de José Reis Chaves podem ser adquiridos também pelo e-mail: contato@editorachicoxavier.com.br e o telefone: 0800-283-7147
 
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