domingo, 27 de setembro de 2015

O que você procura indo ao centro espírita?


Ao observar o vai e vem de pessoas pelas dependências dos centros espíritas aos quais visitava, colocava minha mente para trabalhar e imaginava: Qual seria, realmente, o anseio desta pessoa ao procurar o centro espírita?
Será tão somente a busca pela cura do mal ou o problema que a aflige? Será que o objetivo é por encontrar uma razão para viver? Será a curiosidade por notícias dos afetos que já partiram deste mundo?
Perguntas e mais perguntas borbulhavam em minha mente. Para responder as minhas indagações só havia um caminho: questionar os frequentadores de diversos centros espíritas e em diversas regiões o que buscavam ao chegar ao centro espírita.
Então, pedi a um grupo de indivíduos, cerca de 150, que escrevessem num papel o que buscavam ao chegar ao centro espírita. Em realidade o questionamento foi:
Ao adentrar um recinto religioso, o que você procura?
A maioria das pessoas cravou em ACOLHIMENTO.
Contrariando meu pensamento, nada daquilo que se passava em minha mente refletia a realidade. O que mais queriam não era contato com o Além, nem a cura para os males, mas, sim, sentirem-se acolhidas, queridas, amadas.
O ser humano tem sede de ser acolhido, bem tratado. Quando chegamos num local em que a ninguém conhecemos, queremos apenas alguém que nos acolha.
Quando vamos à escola pela primeira vez, queremos alguém que nos receba. Quando a idade avança, nossa vontade é de ser acolhido nas limitações ou dificuldades. Seja na criança, jovem ou idoso, o sentimento de ser acolhido é sempre um carinho na alma.
Pode parecer pouca coisa, todavia, uma simples pergunta, como “Posso servi-lo?”, exerce no outro a ideia de importância, de pertencimento, participação. Mostra que estamos de alguma forma acolhendo, recebendo, preocupando-nos com suas necessidades.

Outro dia um amigo comentou:

“Gosto demais da maneira como a maioria dos evangélicos recebem as pessoas que chegam à igreja. Eles, definitivamente, são excelência quando o tema é ACOLHIMENTO”.
Eis, portanto, um bom questionamento para nós, espíritas, realizarmos dentro de nosso coração e, claro, em nossas Casas:Estamos acolhendo as pessoas? Estamos recebendo-as com carinho e cordialidade?
Estamos fazendo a parte que nos compete que é acolher aqueles que chegam ao centro espírita?
Pensemos nisso.´

Wellington Balbo
Salvador, BA (Brasil)

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terça-feira, 15 de setembro de 2015

Quando a Bíblia se refere à palavra 'Espírito', é de um desencarnado


Os anti-espíritas baseiam-se na proibição de Moisés (não de Deus) de contato com os espíritos (Deuteronômio 18), porque os judeus faziam comércio e chantagem com a mediunidade, além de haver entre eles muita ignorância sobre ela.
Por que esses anti-espíritas não mandam matar a pedradas seus filhos adolescentes rebeldes contumazes, pois é também das leis mosaicas? (Deuteronômio 21: 21). Por que não fazem a circuncisão? Por que consomem carne suína? E por que eles querem obedecer rigorosamente apenas à proibição mosaica da comunicação com os espíritos? Ademais, essa própria proibição prova que existe mesmo essa comunicação? Sim, pois Moisés não era doido para proibir uma coisa inexistente! E na Transfiguração no monte Tabor, Jesus presidiu a uma verdadeira sessão espírita, pois Ele comunicou-se com os espíritos de Moisés e Elias. E dessa sessão espírita participaram também os médiuns ostensivos Pedro, Tiago e João, que sempre eram convidados por Jesus para participarem com Ele dos seus feitos mediúnicos.
Vejamos um exemplo, que já apareceu em outras matérias minhas, mas que o repito para os leitores novos, para que se previnam contra as interpretações erradas de textos bíblicos por parte de seus líderes religiosos, com a intenção de esconderem os fatos espíritas bíblicos: “Amados, não deis crédito a qualquer espírito: antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora.” (1 João 4: 1 e 2).  As profecias são feitas por espíritos. Daí Paulo ter-nos ensinado que os "espíritos" dos profetas são subordinados aos profetas (1 Coríntios 14: 32), que, hoje, são chamados de médiuns. É claríssimo que João se refere a espíritos. Se ele falasse de pessoas (profetas), ele diria: Examinai os profetas, para saberdes se suas profecias são verdadeiras ou falsas. Mas não, ele se refere a espíritos desencarnados manifestantes, que, às vezes, são denominados de fantasmas. Onde está nesse texto que espíritos nele significam pessoas (profetas)? Se ele cair no vestibular para interpretação, e o vestibulando interpretar a palavra espíritos como sendo as pessoas (profetas), sem dúvida que ele vai ser desclassificado no vestibular. E observe-se que Heldade e Medade recebiam espíritos e profetizavam. (Números 11: 24 a 30).
E a prova de que o texto de 1 João 4: 1 fala mesmo de espíritos e não de pessoas levou a Assembleia de Deus a adulterá-lo totalmente, não mencionando sequer a palavra espíritos: “Mui queridos amigos, não creiam em tudo que vocês ouvem, só porque alguém diz que é uma mensagem de Deus: examinem primeiro, para ver se realmente é. Porque há muitos falsos mestres por aí.” (“A Grande Descoberta” -  Novo Testamento). E estão fazendo outras falsificações deste texto bíblico espírita.
Realmente, não só um autor bíblico, mas qualquer outro, quando usa a palavra espírito, está referindo-se a um espírito desencarnado. Para que se entenda que se trate de pessoa, é necessário que isso esteja claro. Um exemplo: Joaquim é um espírito aventureiro. Aqui se entende, claramente, que se trata da pessoa chamada Joaquim, pois está expressa essa ideia na frase, o que não ocorre com a passagem joanina citada, que se refere mesmo, claramente, a espíritos!
E não foi Kardec, “o bom senso encarnado”, mas foram essa e outras passagens bíblicas que me levaram ao espiritismo!

José Reis Chaves
www.facebook.com/jreischaves

Prof. de português e literatura aposentado formado na PUC Minas / Escritor e jornalista colunista do diário O TEMPO, de Belo Horizonte / Palestrante nacional e internacional espírita e de outras correntes espiritualistas / Apresentador do programa “Presença Espírita na Bíblia” da TV Mundo Maior / Participante do programa “O Consolador” da Rádio Boa Nova / Tradutor de "O Evangelho Segundo o Espiritismo", de Kardec, para a Editora Chico Xavier. E autor dos livros, entre outros, "A Reencarnação na Bíblia e na Ciência" e "A Face Oculta das Religiões", Editora EBM, SP, ambos lançados também em inglês nos Estados Unidos.
Podem-se ler também as matérias da coluna de José Reis Chaves em O TEMPO, de Belo Horizonte, no seu facebook e no site desse jornal: www.tempo.com.br / Procurar colunistas. No final das matérias, há um espaço para comentários dos leitores, espaço este que se tornou um verdadeiro fórum de religiões. E qualquer um pode deixar seu comentário lá. Se não quiser que seu nome apareça, use um pseudônimo. E seu e-mail nunca aparece lá.
Obs.: Se meus livros não são encontrados em sua cidade, eles podem ser adquiridos diretamente comigo por meu e-mail ou telefone. Telefone: (31) 3373-6870

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sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Como mudar os pensamentos?


Psiquiatra espírita indica caminho possível.

Dr. Vlamir Pereira é médico psiquiatra em Cascável (PR) e concedeu-nos entrevista sobre mudança de pensamentos para uma melhor qualidade de vida. O texto integral ainda será publicado, mas destacamos ao leitor alguns trechos de suas respostas. Presidente do Grupo Espírita A Caminho da Luz, Vlamir é natural de Andradina (SP); médico anestesiologista desde 1985, possui Pós Graduação em MBA em gestão de saúde, pelo Centro Universitário FAE e Psiquiatria pela Universidade Positivo, ambas instituições de Curitiba (PR).
“(...)

2 - Como mudar os pensamentos?
Um atleta,que conquistou medalha de ouro, treinou muito.Para que possamos avançar na escala evolutiva, o mesmo se aplica. Em outras palavras, observar-nos. Auto conhecimento, que nos leva a vibrarmos com as belezas da vida. A auto descoberta encanta! Educa. Traz paz e luz.

3 - Na prática como funciona?
Escolha novo norte. Seja realista com você. Ouça-te. Diagnostique mágoas, ciúmes, orgulho e todas as heranças primitivas ( com características animalescas) que carregamos. Não minta para você mesmo.Não rumine o passado!
Escolha uma característica por vez a trabalhar. Escolheu? Agora negocie com sua mente. Aos poucos vá substituindo-a por algo bom, útil e verdadeiro. A imagem de um ente querido por exemplo. repita o nome dele(a) várias vezes, ocupando assim aquele espaço tóxico na mente.

4 - Gostaria de citar algo marcante?
Me uso como “cobaia”,isto é, observo-me a cada minuto. Quando passei a dirigir o que penso, procurando esquecer as interpéries, aborrecimentos, mágoas, etc, a vida mudou. Assim, se eu mudei, todos o podem igualmente. Interessante lembrar que isso é um continuo trabalho. Assim ao atingirmos uma meta, um objetivo, imediatamente surge outro a trabalhar. A vida fica adorável! Doce. Muito agradável. Envolvida em paz plena. Aprendemos a nos amar. 
(...)

7 - Por que, como seres humanos, nos tornamos tão vulneráveis às sugestões infelizes e às influências que nos cercam, inclusive espirituais?
Diria que principalmente espirituais. É uma lei natural. Vide a questão 459 do Livro dos Espíritos. Quão vulnerável sou, eu quem determino. É pura escolha, opção, livre arbítrio. Não podemos nos acomodar na vulnerabilidade. Sugestões iluminadas, do mais puro e profundo amor também existem e são intensas. Só precisamos mudar nossas “antenas”e absorve-las.

8 - Qual o grande segredo desse equilíbrio que tanto buscamos?
Exercícios. Treinos. Vigilância.Mudança de rotas. Escolhermos melhor, tal como um produto que compramos. Buscarmos qualidade. Planejamento estratégico de nossas vidas, semelhante a uma empresa. Como queremos chegar no fim do ano? Onde devemos aprimorar? Principalmente,repetindo, não mintamos para nós mesmos! (...)” 

Realmente é o grande desafio da existência, para saltarmos das imperfeições gritantes que ainda trazemos para um estágio de mais equilíbrio e serenidade.

Orson Peter Carrara


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segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Aborto é sinônimo de assassinato de um filho pela própria mãe


O aborto é um assunto polêmico, quando não deveria ser, pois é indiscutivelmente um verdadeiro assassinato.
Toda vida que é eliminada por uma ação violenta, seja ela de um vegetal, de um animal ou de um ser humano, dizemos que o ser vivo foi morto por alguém, por um animal ou por um acidente. E quando se trata da de uma pessoa, dizemos que ela foi assassinada. Por isso, me atrevo a dizer que, se alguém mata um embrião, um feto humano, ele comete um assassinato! 
Toda vida, pelas leis naturais, começa no instante da concepção. Assim, biologicamente, nós começamos a existir no preciso momento de nossa concepção ou fecundação. Assim como a criança tem uma fase bem caracterizada de sua existência, ocorrendo o mesmo com o adulto e com o da terceira idade, todos tiveram também as suas fases de embriões e de fetos, que são tão importantes que, sem essas fases, nós não existiríamos. É como no caso de uma jornada. O primeiro passo dela já é uma jornada. Também um grão de milho debaixo da terra quando brota, buscando a luz solar, ele não é mais um grão de milho, mas um pé de milho. Assim, igualmente, quando um espermatozoide se une a um óvulo, formando o embrião, esse embrião já é uma pessoa, tal qual o primeiro passo de uma jornada já é uma jornada, e o grão de milho brotado já é um pé de milho.
A diferença entre uma criança já nascida e a ainda embrião ou feto é que esta está numa fase ainda muito nova, enquanto que aquela já é uma criança numa segunda fase mais adiantada. Assim, pois, os dois seres, o uterino e o extrauterino, são crianças em fases ou momentos diferentes de suas vidas. Uma criança de apenas um ano está num momento diferente daquela que já está com dois anos. Assim também, pela lógica e o bom senso, tanto aquele que elimina a vida de uma criança extrauterina, ou já nascida, e aquele que elimina a vida de uma ainda na sua fase uterina cometem um assassinato.
Um líder religioso evangélico, fazendo uma interpretação forçada dum texto isolado do evangelho, quer dar a entender que Jesus aceita o aborto em alguns casos, quando se referiu Ele a Judas Iscariotes: “Melhor lhe fora não haver nascido” (Mateus 26:24). Uma foto minha aparece destacada em primeiro lugar na janela de “curtir” do site desse líder religioso, que respeito, mas do qual discordo sobre a sua interpretação do citado texto evangélico (http://bispomacedo.com.br/2010/09/03/jesus-fala-sobre-o-aborto).
Muitas mulheres de Espíritos mais evoluídos nem querem ouvir falar dessa palavra aborto. É que elas, como nós dissemos, consideram-na também como sendo sinônima de assassinato.
E essa questão de assassinato de fetos é muito séria para a mãe que faz aborto. Ela terá graves problemas psicológicos, traumáticos e de sentimentos de culpa pelo resto de sua vida, daí que ela até precisa de uma assistência psiquiátrica e psicológica.
Realmente dói muito a consciência de quem viola uma das leis naturais ou divinas, como o é a do aborto!
E não é para menos, pois é como se a mãe que faz aborto fosse uma juíza que proferisse uma sentença de morte para um ser humano totalmente inocente, indefeso, e que, além disso, é seu próprio filho, e que ela, até por instinto, deveria proteger!

José Reis Chaves
Belo Horizonte, MG (Brasil)


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quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Porque não nos lembramos de encarnações passadas?


Árvores e frutos


“Ou fazei a árvore boa e seu fruto bom; ou fazei a árvore
má e seu fruto mau; pois pelo fruto é que a
árvore se conhece.” (Mateus, 12:33)


A árvore simboliza o homem.
Se bom, realiza ações nobres e edificantes, produz bons frutos.
Se mau, pratica atos indignos e prejudiciais, gera maus frutos.
A religião é o pomar cujas árvores e seus frutos indicarão sua natureza.
São, pois, os seus seguidores que farão uma religião voltada para o bem ou desviada para o mal.
Uma doutrina bem conduzida, regida pelos princípios cristãos, enseja ao homem desvencilhar-se do vício e do pecado, liberta seus adeptos da submissão a dogmas absurdos e escravizantes, desobriga seus fiéis da adoção de rituais e ídolos herdados de antigas seitas pagãs.
Assim é a Doutrina dos Espíritos.
Veio restabelecer a simplicidade e a pureza do cristianismo primitivo.
Seus bons frutos atestam a boa qualidade das árvores e a excelência do pomar cultivado pelos seguidores de Jesus, adubado com o amor fraterno inspirado pelo Evangelho, regado com  o suor dos tarefeiros do Cristo.

Felinto Elízio Duarte Campelo
Maceió, Alagoas (Brasil) 

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