terça-feira, 16 de maio de 2017

Da liberdade do 21 de abril


A vida permitiu-nos renascer no Brasil, a querida Pátria que nos acolhe. A história do país, na colonização, nos embates para a construção da democracia e mesmo nos gigantescos desafios da atualidade – onde se incluem a violência e o tráfico, o contraste entre os interesses de variadas ordens e a corrupção, entre outros itens dispensáveis de serem citados –, também apresenta os benefícios de um povo aberto, feliz, descontraído, ardente na fé e na disposição.
É nosso querido Brasil, gigantesco em proporções geográficas e na diversidade que se apresenta em todos os aspectos! Bendita pátria!
Por outro lado, o país acolheu a Doutrina Espírita como nenhum o fez. Das sementes germinadas em solo francês, foi aqui que a grande árvore do conhecimento se fez gigante como o próprio país continental. E nós temos a felicidade de conhecer essa Doutrina maravilhosa que inspira ações de caridade – em toda a extensão da palavra –, convivência fraterna e amiga por toda parte. Apesar das dificuldades e limitações humanas que são nossas, individuais e coletivas, ele, o Espiritismo, espalhou e espalha seus frutos pelas mentes e corações que o buscam ou são beneficiados por sua imensa luz.
Estamos no mesmo país que recebeu o cognome de Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, justa e coerente adjetivação para um povo ameno, solidário, apesar das lutas próprias de nossa condição humana. É aqui que as variadas expressões religiosas se manifestam para conduzir mentes e corações; é também nessa terra querida onde nasceram ou renasceram almas que conhecemos sob os abençoados nomes de Irmã Dulce, Zilda Arns, Chico Xavier, Divaldo Franco, Dr. March, Dr. Bezerra de Menezes, entre tantos outros ilustres filhos que lhe dignificam o nome, sendo impossível citar todos e mesmo especificá-los por área, tamanha a variedade e quantidade de benfeitores que aqui vieram e ainda aqui vivem.
O dia 21 de abril lembra liberdade, desde os tempos escolares. Isso lembra responsabilidade, comprometimento e ética. Afinal, temos um compromisso com nosso país, com a coletividade brasileira. Qualquer cidadão está comprometido com a segurança, com os valores do país, com a obrigação moral da retidão e da gratidão, que se estendem por ações em favor do bem comum. É o dever! Não apenas um dever cívico, mas o dever moral para conosco mesmo e para com o próximo, como indica o Espírito Lázaro em O Evangelho Segundo o Espiritismo. Aliás, lembrando a Codificação Espírita, há que se ater às Leis Divinas, didaticamente, apresentadas pelo Codificador em O Livro dos Espíritos. Leis que se baseiam no amor, diga-se de passagem, mas, igualmente, são justas e misericordiosas.
Por tudo isso, a reflexão sobre nosso papel de brasileiros perante a Pátria Brasileira inclui-se, igualmente, no dever, ainda que apenas por gratidão pelo país que nos acolhe, garantindo-nos a paz desse foco irradiador de trabalho e fé que é o Brasil. Tamanho compromisso dispensa corrupção, egoísmo e tolas vaidades. Pede-nos, isso sim, trabalho e dignidade, exatamente, pelo alto compromisso que todos temos com a vida e o seu significado.
Repare o leitor atento que, quando ouvimos o Hino Nacional, a emoção nos envolve completamente. É o sentimento de compromisso com a missão da Pátria que integramos. O renascimento no país não é obra do acaso. Indica comprometimento e programação, sabiamente, elaborada. Saibamos respeitar e cumprir o que antes prometemos.
O Brasil tem grande papel a exercer junto à Humanidade. Filhos dignos, espíritos preparados e nobres estão sempre presentes como autênticos faróis a conduzir a coletividade. Sejamos daqueles que honram nossa condição humana e brasileira! Exemplos não nos faltam.
Por gratidão, ao menos, ao querido e grandioso Brasil! Lembremo-nos: o planeta construído por Jesus teve na mente e planejamento do Mestre da Humanidade a inclusão desse país incomparável, onde germinam as doces brisas do Evangelho.
Seria bom nesse momento de imenso desafio no país, que ouvíssemos novamente letra e música dos fabulosos Hinos da Independência ou da Proclamação da República, para nos deixarmos tocar pela emoção de sermos brasileiros.

Orson Peter Carrara

Imagem ilustrativa

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