terça-feira, 27 de agosto de 2013

Energia Ambiental - Matéria do futuro nas universidades da vida


É possível perceber e modificar a qualidade da energia presente nos ambientes onde passamos a maior parte do tempo.
Com treino dá para distinguir os vários tipos de vibração e verificar nossa sintonia com as mesmas.
Experimentemos ir a uma delegacia de polícia, a um pronto-socorro, a um velório ou a uma fila qualquer de reclamações e observemos as sensações, e, depois vamos a uma igreja, um templo ou um parque e analisemos a diferenças; para depois compará-las com as do lar e dos locais que costumamos freqüentar.

Onde há desarmonia cria-se um ambiente onde predominam energias nocivas que, dependendo da intensidade e duração ajuda a adoecer e a matar.
A faxina ambiental é feita pelas vibrações positivas e pelo sentimento do amor, que alimenta o circuito energético ambiental de energias salutares, o que resulta em paz e harmonia.
Na nossa condição atual é mais fácil entrar em sintonia com frequências nocivas do que espalhar harmonia.
Freqüentemente interagimos com pessoas que nos transmitem antipatia, e sintonizados com elas passamos a emitir na mesma freqüência trocando energias em desalinho; dependendo da duração e da intensidade dessa sintonia instala-se a “obsessão entre encarnados” causadora de tantas doenças mentais e físicas.
Exemplo: a emissão de onda mental invejosa prende o emitente ao receptor transformando-se numa forma de obsessão, onde o agente invejoso não consegue desvincular-se da vítima, e esta aturdida ou doente não consegue bem-estar e saúde.
Muitos permanecem dessa forma vinculados uns aos outros em deplorável parasitose psíquica por muito tempo.
Sempre que percebemos uma relação desse tipo é hora de mudar o padrão vibratório ativando a produção de amor vigiando e orando.

Cada ambiente está impregnado pelas vibrações energéticas dos que o ocupam:

Pensamentos continuados modelam o ectoplasma criando *formas/pensamento que atuam naqueles que estão em sintonia, isso é comum no terror noturno das crianças criando o pânico de adormecer e no adulto o medo de dormir no escuro.
* “... Vós sois deuses!...; disse Jesus. Pensar é criar; quando pensamos com insistência em algo, conseguimos até materializar nossas idéias. Formas/pensamento são construções mentais que ainda não se materializaram; mas que podem tornar-se realidade palpável.
Crianças e médiuns enxergam essas imagens como se estivessem assistindo a um filme.
A energia gerada por pensamentos e palavras, continuamente repetidas, impregna o ambiente, é bom que observemos o teor vibratório de cada palavra antes de proferi-la, que prestemos atenção ao nosso vocabulário e à vibração que o mesmo transmite ao ambiente e às outras criaturas.
A Natureza oferece recursos auxiliares para drenar energias nocivas: música, plantas, animais, cristais, sal, aromas etc., mas vejamos bem, auxiliares; pois não adianta limpar o ambiente se logo a seguir o sujamos de novo. Nesse caso agimos como alguém que acaba de rezar um Pai Nosso onde pede para Deus livrá-lo das tentações, e daí a minutos está jogando na loteria, pensando em cirurgia plástica, cobiçando a mulher do vizinho ou correndo atrás de tentações...

(Saúde ou doença: a escolha é sua. Ed. Petit.).

Boa faxina.

Américo Canhoto
http://americocanhoto.blogspot.com/
americocanhoto@yahoo.com.br

Imagem indicativa do livro

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Armadilhas da fé


Fiz nesses dias um breve passeio pela rede, em algumas línguas, para colher pessoas, idéias e informações sobre o tema Educação e Espiritualidade, de que faremos um congresso internacional no ano que vem. E depois de medir um pouco a temperatura do que anda acontecendo nesse campo na prática, nas universidades, no mundo editorial, inspirei-me a escrever algumas reflexões sobre a espiritualidade nesse nebuloso, mas estimulante início de milênio. Considere-se aqui espiritualidade qualquer ligação com o divino, com a dimensão espiritual do ser. A espiritualidade pode ou não estar vinculada a uma religião específica. Pode-se viver a espiritualidade dentro ou fora de uma determinada corrente religiosa.
A notícia animadora é que há muita gente no mundo trabalhando pelo diálogo, pelo encontro, pela convivência respeitosa e pacífica entre as pessoas de diferentes credos, etnias, origens… Há muita gente se propondo a uma espiritualidade aberta, questionadora, crítica, que permita a busca pessoal e o respeito à consciência de cada um. Há igualmente muitos estudos sérios, acadêmicos, que demonstram que a espiritualidade pode fazer bem à saúde, trazer resiliência, aumentar a qualidade de vida, melhorar a imunidade, produzir efeitos benéficos nas relações, promover valores solidários e pacificadores. Há pessoas
propondo práticas educacionais que levem em conta a diversidade de crenças e cultivem a espiritualidade das novas gerações dentro de um pluralismo saudável.
Há também uma possibilidade, antes nunca experimentada em nenhuma época histórica, do ser humano ter acesso facilmente, rapidamente, às mais antigas ou mais recentes religiões, movimentos, tradições. Está tudo on-line, em todas as línguas. Está tudo publicado, em livro impresso ou eletrônico. Em poucos segundos, podemos achar uma maravilha da poesia sufi, diversas traduções do Baghavad Gita, salmos bíblicos, preceitos da Torá, ensinamentos das mais diferentes linhas do Budismo, vídeos de líderes das mais diversas correntes… Ou seja, há fartos alimentos espirituais em toda parte, disponíveis, acessíveis.
O problema começa no fato de que no meio de toda essa oferta há muita coisa misturada, de baixa qualidade e as pessoas não têm referência e ignoram como escolher as fontes confiáveis, o alimento mais saudável para a alma, assim como não sabem muitas vezes escolher o alimento mais saudável para o corpo. Da mesma forma que temos fast foods a cada esquina, que intoxicam e provocam câncer de cólo – temos espiritualidades enganosas, que induzem à alienação e ao anestesiamento do espírito.
O que há de preocupante no cenário religioso e espiritual em praticamente todas as nações? Em primeiro lugar, o fundamentalismo cada vez mais eloquente, retrógrado e agressivo que se manifesta como um câncer dentro de todas as religiões. Em todas elas, há pessoas e movimentos abertos e progressistas e há setores que se apegam à letra, que manifestam um fanatismo perigoso e que se fecham ao diálogo e à tolerância. Essa é uma ameaça que nunca será demais denunciar – mesmo porque ela está se fazendo cada vez mais forte no Brasil com os evangélicos mais radicais – e porque está instalada em vários pontos do mundo.
Mas o outro fenômeno, talvez não tão claro para muitos, é o esgarçamento, a diluição da espiritualidade num aluvião de livrinhos, pregações, símbolos que não têm nada de espiritual, mas apenas de comercial. Idéias, apelos, movimentos inteiros que são atrativos para os olhos, sedutores para as mentes superficiais da atualidade, mas sem nenhuma consistência. Isso que eu chamo de espiritualidade light, que mistura cristais com autoajuda, que faz de padres pop stars que vendem milhões de CDs, que torna monges budistas instrutores de executivos bem-sucedidos, que promove médiuns medíocres e espalhafatosos em produtores de best-sellers… essa espiritualidade é que nas prateleiras das livrarias está misturada com livros sérios de um Leonardo Boff, com belezas de uma poesia sufi, com a profundidade de uma obra de Teresa d’Ávila!
Num mundo em que a moeda mais valiosa é a própria moeda, a lógica da oferta da fé é uma lógica comercial. E os consumidores, como estão acostumados a consumir lixo como comida, lixo como arte, também consomem lixo como fé… A maior parte da população perdeu, ou nunca chegou a ter, por falta de uma educação que proporcione isso, a sensibilidade e o discernimento para enxergar os falsos gurus, para distinguir as tradições genuinamente enraizadas dos modismos comerciais…
Mas assim como a rede, o mercado, os livros, os vídeos oferecem todo esse alimento espiritual verdadeiramente rico, misturado a grãos apodrecidos, também nela podemos achar polêmicas, denúncias, discussões históricas sobre todas as grandes tradições. Ao mesmo tempo em que podemos nos alimentar espiritualmente de várias origens ou escolher com mais conhecimento de causa o que mais fala ao nosso coração, podemos encontrar antídotos bastante relevantes contra mistificações, charlatanismos, falsidades históricas e assim por diante. Está tudo aí, o verdadeiro e o falso, o elevado e o abusivo, o sincero e o hipócrita, o que é fruto de pesquisa séria e o que é enganação deslavada.

Como viver de fato a espiritualidade

Mas como nos conduzirmos nesse emaranhado de idéias, ofertas e caminhos? É possível não sermos enganados? Esses enganos podem ser mais inofensivos – como achar que um livro como Código da Vinci têm respaldo histórico – ou mais graves, como entrar para alguma seita que nos faça lavagem cerebral e nos aliene da própria razão!
Aqui, algumas dicas, que considero essenciais para podermos viver uma espiritualidade construtiva, autônoma e saudável!

1) Ouçamos os ateus e os antirreligiosos: eles têm críticas que podem ser úteis para nos imunizarmos contra os que abusam da religião para explorar o próximo e para ganhar poder e dinheiro. Um pouco de ceticismo faz bem à nossa espiritualidade.
2) Desconfiemos de líderes e gurus que aceitam ser reverenciados, que ditam regras de cima, que vivem muito distanciados das pessoas comuns. As pessoas que realmente vivem numa dimensão espiritual elevada são simples, despojadas, não permitem que ninguém se humilhe diante delas…vivem próximas às outras pessoas.
3) Desconfiemos de movimentos, instituições, líderes que têm muito dinheiro. Em nosso mundo, quem luta por idéais nobres e se alinha no bem, pode usar o dinheiro de maneira saudável e construtiva, mas encontra dificuldades sempre, porque no sistema capitalista, só faz fortuna quem age dentro da lógica do sistema – ora fazer fortuna com a espiritualidade é trata-la como mercadoria.
4) Acima de tudo, enraizemos nossa espiritualidade em nós mesmos e não no outro. Para isso, é preciso ter tempo para vivenciá-la: tempo para orar, tempo para sentir a natureza, tempo para amar ao próximo e estar junto de quem precisa… ou seja, a vida contemporânea se opõe a esse vagar, a esse respirar da alma e justamente por isso, pretende vender espiritualidade em pastilhas, para serem tomadas entre um programa e outro de televisão! Quem tem experiências espirituais profundas, verdadeiras e legítimas não vai se iludir com falsos gurus!
A experiência espiritual pressupõe silêncio – dos ouvidos físicos e da alma. Um silêncio que permita o aflorar do divino em nós, que nos faça sentir a conexão com todas as coisas e nos permita saborear a paz. Por isso, a espiritualidade requer uma mudança de atitude de vida – sem excessos de trabalho, prazeres, informações, correrias. Uma vida de equilíbrio, em que nos permitamos a pausa para um respiro da alma, para nos sustentarmos com o alimento do céu, que sacia muito mais dos que os alimentos perecíveis do comércio da fé.

Dora Incontri
http://doraincontri.com/2013/08/11/armadilhas-da-fe/

Imagem Ilustrativa 

sábado, 10 de agosto de 2013

A reunião de Desobsessão e a terapia do Evangelho


Nas lides espíritas, os “trabalhadores da última hora” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XX, item 02) têm conciliado, em suas atividades, duas das mais fascinantes ferramentas que Deus nos deu para possibilitar a nossa evolução: o Evangelho e a Mediunidade.
O primeiro, como sabemos, é o resumo da própria lei de Deus, lei universal ensinada por Jesus e interpretada, nos últimos dois milênios, por várias correntes religiosas. Todas as seitas cristãs propagam essa luz... Já o Espiritismo, sendo o Consolador prometido pelo próprio Cristo (João, XIV: 15 a 17) propõe a reinterpretação do Evangelho à luz dos seus princípios fundamentais (Deus, imortalidade, comunicabilidade, reencarnação e a pluralidade dos mundos habitados), possibilitando o entendimento dos ensinamentos de Jesus e sua aplicação e consequência à nossa vida.
Já a mediunidade, ao contrário do que se imagina, não é “criação” espírita. A comunicação entre o plano dos “vivos” (físico) e o dos “mortos” (espiritual) sempre existiu, sendo, portanto natural ao gênero humano. Há relatos históricos de todos os povos antigos, quanto à comunicabilidade. Essa faculdade psíquica possibilita o intercâmbio entre os dois planos, que jamais estiveram ou estarão isolados, pois os habitantes dos mesmos são filhos do mesmo Pai de amor.
Nos núcleos espíritas, realiza-se o estudo metódico e sistemático de ambas as ferramentas citadas e após esse período de estudo e preparação (mais ou menos longo), o aprendiz estará apto para uma das mais fascinantes atividades espíritas: a reunião mediúnica. Esta é a sessão de intercâmbio com os desencarnados, onde os médiuns permitem que os mesmos se comuniquem, sob condições de controle rígidas e seguras.
Num grau mais avançado de teoria e de prática, o grupo mediúnico é convidado pelos seus orientadores desencarnados a enveredar-se por um tipo de prática mais profunda, que lhe exige mais responsabilidade e mais vigilância: a reunião de desobsessão. Nesse tipo de reunião, os desencarnados que se comunicam o fazem sem a própria concordância, sendo, não raro, capturados pelos espíritos ligados aos grupos, responsáveis por esse trabalho.
Os chamados obsessores apresentam tônus vibratório muito mais pesado que as entidades que se manifestam nos grupos mediúnicos de manifestações mais simples, exigindo de todo o grupo (membros encarnados e desencarnados) uma sintonia mais apurada. Costumam tentar agredir os membros, na hora da manifestação, “quebrar tudo”... Exigindo do médium equilíbrio e disciplina mental constante, e sustentação vibratória dos demais membros.
Havendo, por parte do médium esclarecedor (doutrinador) e de todo o grupo a ascendência moral necessária, a terapia do Evangelho mostra-se infalível no apaziguamento desses irmãos, pois nessas manifestações os mesmos acessam seus dramas, muitas vezes milenares. Assim, podemos auxilia-los a refazer seus conceitos, e mostrar-lhes (e a nós mesmos, muitas vezes...) que o perdão é o melhor caminho, e o único caminho para a paz.
A terapia do Evangelho é a terapia real, única capaz de curar em definitivo as nossas chagas morais, que são as causadoras das chagas físicas. Assim sendo, a mensagem da Boa Nova, deixada por Jesus há dois milênios, é a maior fonte de luz que a humanidade já recebeu em toda a história do orbe.
Estudemos essas duas ferramentas que a Doutrina Espírita nos oferece de forma tão clara (Evangelho e Mediunidade), e aprendamos a usá-las para o esclarecimento... Primeiramente, de nós mesmos, e depois, dos irmãos necessitados. Entendamos também que cada manifestação nas reuniões mediúnicas ou de desobsessão são fonte de aprendizado; é como se o manifestante dissesse: “eu cometi um erro, e em consequência colhi sementes nada agradáveis... Não façam o mesmo”!

André Sobreiro
http://www.portaldeluzseverinia.blogspot.com.br/ 

Imagem Ilustrativa