quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Duas consequências inevitáveis


Devemos tudo à Vida abundante que desfrutamos. Deus, o Criador, dotou-nos de vida e possibilitou-nos intenso e contínuo aprendizado. Para que pudéssemos evoluir, aprender, e, portanto, adquirir méritos do esforço colocado a serviço da conquista da felicidade, cercou-nos de inúmeros recursos. Entre eles estão as maravilhas produzidas pela natureza. Desde o espetáculo do nascer do sol – que soa como amável e silencioso convite ao trabalho; às frutas ou perfume das flores, à condição de seres sociais que se relacionam para o mútuo crescimento e mesmo a uma infinidade de tesouros que nem percebemos. Sempre estão a nossa volta e o espaço desta página seria insuficiente para relacionar.
Colocou-nos num planeta rico de possibilidades e perspectivas. Dotou o planeta de água, fauna e flora abundantes; deu-nos os animais, pássaros e outros seres como companheiros de viagem e ainda escalou experimentados irmãos mais velhos que visitam o planeta, periodicamente, para ensinar o caminho do acerto e da felicidade. Entre eles, o maior de todos, Jesus de Nazaré, mensageiro do Evangelho, porta-voz direto do Pai Criador e que vivenciou em si mesmo o que ensinou.
Diante das possibilidades abertas, a humanidade vai caminhando, errando, acertando e aprendendo. Descobrimos nossas próprias leis, estamos pesquisando o que ainda nos intriga e lutamos contra dificuldades e obstáculos que são próprios e naturais de nosso atual estágio evolutivo. Sim, porque somos criaturas em caminhada, imperfeitas e inacabadas. O tempo levar-nos-á à perfeição relativa, quando estaremos promovidos à condição de cooperadores da grandiosa obra de Deus.
Essas reflexões todas convidam-nos a pensar com mais seriedade sobre a vida no planeta. Não estamos aqui a passeio. Também não estamos no planeta pela primeira, nem última vez. Somos todos irmãos, devemo-nos solidariedade recíproca e cumprimos um justo programa de autoaperfeiçoamento, cuja finalidade é o progresso individual e coletivo. E neste coletivo incluímos toda a sociedade do planeta, em todos os sentidos e níveis que se queira analisar.
No geral, devemos entender que como filhos de um Pai Bondoso e Justo, que ama profundamente suas criaturas, fica o dever do autoaprimoramento intelecto-moral, único instrumento real de equilíbrio e felicidade. E consideremos que tudo isto enquadra-se até num dever de gratidão a tudo que recebemos, diariamente, de Deus, o Pai de todos nós.
E pensemos que o autoaprimoramento intelecto-moral levar-nos-á pelo menos a duas consequências inquestionáveis: dominaremos o egoísmo feroz que ainda nos domina (o que determinará o fim da onda de sofrimentos que abate o planeta) e partiremos, porque mais conscientes, aos deveres da solidariedade que, por consequência, trarão o equilíbrio que esperamos.

Orson Peter Carrara

Imagem ilustrativa

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Suicídio, uma desgraça anunciada!


A mente despreocupada com a vigilância, tão amiúde recomendada pelos Espíritos Superiores, muito mais facilmente deixa-se contaminar pela influência desagregadora e nefasta da mídia sensacionalista, que se nutre das notícias escandalosas e fomentadoras do medo e da insegurança, conduzindo o indivíduo, geralmente, para os processos de fuga, que lhes causarão devastadoras e dolorosas consequências.
Isto porque esses processos são fundamentados no estado de perturbação em que o Ser deixou-se envolver, buscando opções antes inimagináveis, com repercussão dolorosa e perturbadora para o equilíbrio e a paz espiritual do indivíduo, que terá de suportar dores e sofrimentos, por muitos anos, dentre eles o suicídio.
As estatísticas sobre esse ato insensato são alarmantes, sendo por isso mesmo considerado uma questão de saúde pública, embora o suicídio nem sempre esteja incluído em debates sobre violência, como se não fizesse parte desse tipo de assunto.
Homens e Mulheres adultos buscam fugir dos problemas que os afligem, atentando contra a própria vida, assim como uma quantidade inacreditável de jovens, com poucos anos na experiência corporal, também são levados ao suicídio por diversos fatores, dentre os quais podemos destacar: os conflitos familiares, a dependência química, a obsessão, a falta de fé no futuro e, principalmente, a ausência de uma religião.
Segundo pesquisas, os conflitos familiares destacam-se como sendo o maior motivo de suicídio entre os jovens, pois as constantes discussões e embates travados entre pais e filhos causam sérios prejuízos nas estruturas psíquicas dos envolvidos, abalando os frágeis elos da consanguinidade, causando a desunião familiar, crescendo a passos largos em direção ao desamor e ao desrespeito mútuo.
A ausência do verdadeiro sentimento de Amor nas relações familiares, a falta de comunicação, as manifestações sob a forma de comportamentos extremados, entre outros, são fatores que contribuem, fortemente, para os problemas graves que assolam a saúde moral da família.
O resultado imediato dessas atitudes é o surpreendente número de jovens, que até mesmo, inconscientemente, ativam o seu mecanismo de autodefesa psíquica, tentando fugir da realidade que vivenciam em casa e aprisionam-se nas algemas da depressão, de onde muitos poucos logram sair.
Ante os graves acontecimentos de suicídio, precisamos acordar e tomar providências para encontrar em nosso ambiente de atuação os irmãos de qualquer faixa etária que estiverem buscando abrigo nos equivocados e traiçoeiros braços da tristeza, da amargura e do medo. Assim como aqueles que se escondem sob o véu da rebeldia e da agressividade, fugindo, desesperadamente, do enfrentamento dos seus respectivos problemas.
A Casa Espírita precisa cumprir seu papel na sociedade, oferecendo os benditos recursos de nossa doutrina, acolhendo, confortando e esclarecendo sob o destino feliz que a todos está reservado, no abençoado porvir, em nome de Deus.
Para melhor esclarecimento, podemos verificar os diversos e espantosos dados sobre o suicídio contidos no endereço eletrônico a seguir:


Francisco Rebouças

Imagem ilustrativa