terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

O Problema de ignorar


“E abrindo a sua boca os ensinava.” – (Mateus, 5:2.)

São muitas as interrogações que causam hesitação, surpresas e até medo do ser humano na compreensão dos percalços que podem surpreendê-lo nos caminhos da vida.
Como entender os dissabores que surgem de repente mesmo no caminho daquele que se esforça por seguir uma conduta decente e uma convivência fraterna com seus semelhantes?
Por mais se tente o estabelecimento da luz em nosso caminho, a treva se faz presente, mesmo projetando atividades na caridade para auxílio e ajuda ao próximo, a má-fé, a má vontade a malevolência surge procurando perturbar o projeto de realização, infiltrando o desânimo nos corações bem-intencionados.
A doutrina espírita nos esclarece que o homem de bem como nenhum outro desfruta de privilégio perante as Leis Divinas e dessa forma também encontrará em seu caminho muitos obstáculos e atitudes sombrias desafiando sua coragem e sua fé.
É preciso entender que sendo Filho de Deus que é soberanamente bom e justo, esses dissabores certamente têm uma finalidade útil em nossa vida. São na verdade desafios próprios de um planeta de expiações e provas como o nosso, para estimular em nós o desenvolvimento da inteligência na busca da solução mais adequada para cada situação.
O cristão sincero seguidor de Jesus, todavia, sabe que conforme as mensagens e exemplos de seu Mestre e Guia não deve perder tempo com interrogações e ansiedades descabidas, pois ELE, sendo o Justo por excelência, não teve qualquer facilidade na difusão das Leis de Deus entre nós.
Jesus já nos antecipava com suas atitudes que a ignorância é a fonte primeira do desequilíbrio do homem, evidenciando que quando alguém busca impedir as manifestações do bem, é que desconhece, por enquanto, as benesses das virtudes que conduzimos em nosso Espírito imortal, nada mais que isto.
“Jesus, porém, traçou o programa desejável, instituindo o auxílio eficiente. Observando que os filhos do povo se aproximavam d’Ele, começou a ensinar-lhes o caminho reto, dando-nos a perceber que a obra educativa da multidão desafia os religiosos e cientistas de todos os tempos.

Quem se honra, pois, de servir a Jesus, imite-lhe o exemplo. Ajude o irmão mais próximo a dignificar a vida, a edificar-se pelo trabalho sadio e a sentir-se melhor.” (l)

Urge esqueçamos as sombras causadas pela ignorância que ainda permanece escravizando grande parte da sociedade terrestres, procurando cada discípulo de Jesus nos ensinamentos de Luz estabelecido por seu Evangelho, servir ao seu Mestre e Senhor da melhor forma possível e com os recursos que dispusermos para este nobre projeto de crescimento intelectual, moral e espiritual que nos cabe empreender.

Jesus nos guie!

Referência:
(1) Xavier, Francisco Cândido, pelo Espírito Emmanuel. Livro Vinha de Luz – FEB, cap. 17

Francisco Rebouças

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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

Diante do cansaço, busquemos novas forças


“Resguarda-te em Deus e persevera no trabalho que Deus te confiou. Ama sempre, fazendo pelos outros o melhor que possas realizar. Age auxiliando. Serve sem apego. E assim vencerás.” Emmanuel/Chico Xavier

Momentos existem em nossas vidas em que nos sentimos mais cansados, um pouco apáticos e desmotivados, mas tudo isso é muito natural diante da vida atribulada que levamos aqui na Terra, pois nosso planeta é um local de expiações e provas.
Como é do nosso total conhecimento, somos Espíritos eternos, vivenciando mais uma existência física, trazendo conosco a herança do passado a refletir nos dias presentes, por isso a necessidade de expiação, ou seja, a correção daquilo que não fizemos direito e que precisa de reparação. São novas oportunidade para reprisar a lição tal qual o aluno que não aproveitou o ano letivo e tenha que repeti-lo.
Já as provas decorrem da nossa necessidade de colocar em teste o aprendizado que já amealhamos. Nesse momento somos compelidos a exercitar a nossa força, determinação, perseverança e o real desejo de progresso espiritual.
Estas duas importantes e necessárias situações consomem as nossas forças físicas e mentais, fato que é totalmente compreensível. Em assim sendo, cabe a cada um de nós saber encontrar novas fontes de energia para recompor o nosso estoque que está em baixa.
A convicção de que somos criaturas eternas, que já superamos experiências difíceis em outras épocas e que potencialmente possuímos forças que ainda não descobrimos, nos faz ter certeza de que venceremos todo e qualquer desafio que surgir diante de nós.
Podemos buscar força na caridade em favor de alguém que esteja vivemos instantes de dor e sofrimento, procurando de alguma forma aliviar-lhe os padecimentos, oferecendo um remédio, uma palavra de consolo e esperança, um gesto de carinho ou um abraço de solidariedade. Essa atitude atrai as benéficas forças espirituais
Também, diante de uma mãe desprovida de alimentos para socorrer a fome dos filhinhos, a doação de uma cesta básica é atitude de emergência que promove conforto e serenidade a um coração aflito. A gratidão dessa mãe, mesmo que ela não manifesta, nos replenará de energia saudáveis.
Visitar uma instituição que assiste crianças, enquanto seus pais ou responsáveis trabalham e brincar que esses “pequenos”, que por várias horas do dia, diante da necessidade da família, fica longe do ambiente familiar, também é uma excelente fonte de forças em nosso benefício. A vibração festiva das crianças é uma excelente fonte de energias saudáveis.
O serviço voluntário, realizado de qualquer forma e em favor de causas nobres, desponta como um foco contagiante de energias positivas que eleva o nosso ânimo e equilibra as nossas emoções.
A frequência regular a templos religiosos, de acordo como as nossas convicções, contribui, sobremaneira, para acalmar a nossa mente e coração, enquanto as forças divinas atuam para aliviar nosso incômodo.
O cansaço, a apatia ou o desânimo que, em algumas circunstâncias, nos abatem é indício de que trabalhamos e todo trabalhador tem seus limites e, em algum momento, precisa de reposição de formas e energia. Tudo isso é muito natural. O que não podemos admitir é a ideia da inércia, de que não podemos prosseguir com as nossas atividades.
A criatura idealista, determinada e corajosa saberá encontrar meios de superação, que existem em abundância.
O problema não é cair, casado, o problema é ficar no chão esperando que mãos amigas venham nos levantar.
Aprofundemos a observação em nosso potencial e encontraremos forças adormecidas esperando que as despertemos.

Reflitamos.


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