quarta-feira, 16 de outubro de 2024

O Essencial


“Renunciemos às ocupações extras que nos permitem obter o que pode ser dispensado.”

(Ney Prieto Peres – Manual Prático do Espírita)

Nós vivemos em uma sociedade que nos estimula o consumo. Queremos ter o máximo de conforto possível, o melhor modelo de celular, de carro, a televisão maior, e por aí vai, a ponto de termos dias e semanas especiais de ofertas como “Black Friday”.
Tal excitação nos torna muito difícil a noção da diferença entre o “precisar” e o “querer” e esse é um ponto de muita importância nas escolhas que fazemos em nossas vidas, ainda mais, quando conhecemos, nesta doutrina abençoada, as leis que nos regem que nos tornam escravos das consequências daquilo que fazemos.
É preciso termos tempo para tudo, para as coisas da matéria e as coisas do espírito. Tempo para o trabalho e tempo para o descanso. Alimento para o corpo e pão para o espírito, tempo para o lazer, mas também para a instrução e administrar tudo isso tem relação com as escolhas que fazemos diante da enorme gama de opções.
Negligenciar as coisas do espírito por conta do material, naquilo em que ele é excesso, demonstra claramente a quem servimos, à Deus ou à matéria. É inegável a importância do trabalho em nossas vidas e, por consequência, o necessário repouso para o refazimento e reposição das energias, mas, tomemos cuidado com os comprometimentos, além do necessário, que nos tire do foco no crescimento pessoal no seu sentido mais amplo, intelecto e espírito.
Não adiemos mais os compromissos no aprendizado e trabalho no bem. Não deixemos distrair pelas tentações supérfluas em nossas vidas. Viemos aqui para aprender e crescer e, finda a missão, não gostaríamos, por certo, de ver que perdemos tempo no acúmulo do desnecessário.

André Tarifa

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terça-feira, 8 de outubro de 2024

Filhos? Por que não?


Casal sem filhos é algo que não se via, com frequência, no passado. Talvez, seja uma das muitas características da “nova família”.
São, certamente, decisões respeitáveis, afinal, cada um sabe da sua vida e faz suas próprias escolhas. Deus admite que seja assim.
O Espiritismo, todavia, considera a maternidade e a paternidade como uma das mais admiráveis missões, dentre aquelas vinculadas às nossas experiências corpóreas.
O Espírito Emmanuel, coloca, no livro Vida e sexo, que de todas as associações existentes na Terra nenhuma talvez seja mais importante em sua função educadora e regenerativa que a constituição da família.
Lembra que por intermédio da paternidade e da maternidade, o homem e a mulher adquirem mais amplos créditos da Vida Superior. Os filhos são liames de amor conscientizado que lhes granjeiam proteção mais extensa da Espiritualidade superior, de vez que todos nós integramos grupos afins. Na arena terrestre, é justo que determinada criatura se faça assistida por outras que lhe respiram a mesma faixa de interesse afetivo. De modo idêntico, é natural que as inteligências domiciliadas nas Esferas Superiores se consagrem a resguardar e guiar aqueles companheiros de experiência, volvidos à reencarnação para fins de progresso e burilamento.
Fui pai duas vezes, e fico pensando (talvez lamentando) em torno daqueles que não puderam (ou não quiseram) vivenciar os profundos e encantadores sentimentos que decorem da paternidade.
Para concluir, reproduzo a cartinha que recebi de meu caçula, Vítor, ainda bem pequeno, em um “Dia dos pais”:

Pai
Você é tudo!
Você me leva para frente, me entende, me faz não ter vergonha do que eu sou.
De vez em quando dá algumas broncas, me corrige pelo que eu faço, mas brinca comigo, me protege quando eu caio, conta piada, você é o máximo!
Parabéns pelo seu dia,
Feliz dia dos Pais.

Beijos e abraços.

Ricardo Baeso de Oliiveira

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