segunda-feira, 25 de março de 2019
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019
quarta-feira, 16 de janeiro de 2019
Provação e expiação
Quando a dor nos bate à porta e enche de sombras nossa vida costumamos chorar ou nos desesperar.
Abatidos, olhamos em torno e invejamos os felizes do mundo: os que têm riquezas, os que aparentam não ter preocupações, os que têm saúde ou família perfeitas.
Nessas horas de provação lamentamos e choramos. Raras vezes aproveitamos a ocasião para meditar e retirar aprendizados.
Muitas vezes, aqui na Terra, as preocupações da vida material nos cegam.
Ficamos tão aflitos com o que haveremos de comer ou de beber que esquecemos de que temos Deus, um Pai amoroso que cuida de todos nós.
Acredite: ninguém está esquecido por esse Pai amoroso e bom, que faz nascer o sol sobre bons e maus, que faz cair Sua chuva sobre justos e injustos.
Muitas vezes nos perguntamos:
Por que isso aconteceu comigo?
A pergunta deveria ser diferente:
Para quê isso aconteceu comigo?
Sim, toda e qualquer experiência – sofrida ou feliz – traz um aprendizado importante. São momentos que vão enriquecer nossa alma.
Deus não brinca com as nossas vidas. E se Ele permite que certas coisas aconteçam conosco é porque há um objetivo útil e importante para nós.
Faça uma retrospectiva: observe os momentos difíceis de sua existência. Cada um deles trouxe algo de novo, um aprendizado especial. Cada lágrima acrescentou sabedoria, experiência, um novo olhar sobre a vida.
A doença, por exemplo, nos ensina a valorizar a saúde, a cuidar melhor do corpo. A pobreza nos revela a importância do trabalho e do esforço pessoal. A família difícil nos oferece a lição da tolerância.
Enfim, as privações nos ensinam a ser mais sensíveis perante o sofrimento alheio. Essas lições são interiorizadas: nós as guardaremos para sempre.
Na verdade, as dificuldades são advertências que a vida nos apresenta, alertas sobre nossas atitudes perante o próximo.
Se algo ruim nos ocorre, vale a pena se perguntar:
O que posso aprender com isso?
Como posso melhorar a partir desse episódio?
Mas, atenção: nada disso significa que devemos cultuar a dor. Nada disso! Bem sofrer não significa cultivar o sofrimento, ser conformista ou agravar as dores que sofremos.
Bem sofrer significa enfrentar as situações com fé e coragem, alimentar a esperança enfrentando as situações com serenidade.
Assim, busque soluções, lute por sua felicidade. Mas faça tudo isso com tranquilidade.
Quando desabarem sobre você as tempestades da vida, não se entregue à revolta destruidora. Silencie, ore e procure descobrir o aprendizado oculto que a situação traz.
Acredite: por mais amarga seja a experiência, os frutos desse aprendizado jamais se perderão e eles poderão nos tornar mais sábios e generosos.
Por isso, cada vez que as lágrimas visitarem seu rosto, erga os olhos para o céu e agradeça.
Nas suas orações, peça a Deus a força necessária para superar o momento difícil e a inspiração para encontrar soluções.
E Deus, que nos ama tanto, não deixará de atendê-lo na medida de suas necessidades espirituais.
Quando o momento difícil passar, você se sentirá bem melhor se não tiver de lembrar que se entregou ao desespero, que gritou e se debateu.
Em geral, a solução está bem próxima. Se estivermos transtornados de medo ou desespero, será mais difícil resolver o problema. Com calma, logo poderemos ver a luz no fim do túnel.
Pense nisso.
Redação do Momento Espírita.
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terça-feira, 8 de janeiro de 2019
Um minuto com Chico Xavier
Em março de 1933 Chico Xavier se despediu de José Álvaro Santos e, sozinho, tomou o rumo da Central do Brasil. Enquanto esperava o trem para Pedro Leopoldo, foi surpreendido por dois amigos de seu ex-anfitrião. Traziam uma ótima notícia: ele estava empregado. O rapaz se lembrou do pai, da pobreza, dos irmãos e sentiu vontade de abraçar os dois. Quase chegou à euforia quando ouviu as outras boas novas: teria os estudos pagos no melhor colégio da cidade e ainda receberia dinheiro extra para ajudar em casa. Havia apenas uma condição: Chico deveria assumir a autoria de Parnaso de Além-Túmuloe negar a existência dos espíritos durante duas palestras, uma no auditório da Escola Normal e outra no Teatro Municipal.
O rapaz murchou. Mas ainda teve fôlego para reagir:
- Não posso mentir para mim mesmo. Ouço a voz de minha mãe, escrevo poemas que não são meus. Como posso renegar a verdade?
- Chico, você conhece um passarinho chamado sofrê? Não? O sofrê é um pássaro que imita os outros. Você nasceu com a vocação desse passarinho entre os poetas. Não acredite em espíritos. Esses poemas que você julga psicografar são seus, somente seus.
Nesse momento, Emmanuel apareceu com um de seus trocadilhos: - Sim, volte a Pedro Leopoldo e procuremos trabalhar. Você não é um sofrê, mas precisa sofrer para aprender.
O rapaz voltou para casa e foi recebido por um pai inconformado. João Cândido encheu a boca para chamar o filho de ingrato. Chico já esperava aquela reação. Correu para o armazém de José Felizardo Sobrinho, refugiou-se atrás do balcão e sentiu até certo entusiasmo em cortar toucinho para os fregueses e varrer o chão. Estava se sentindo tão à vontade na cidade natal que no dia 23 de setembro daquele ano, às 21h, assinou, como Primeiro-Secretário, a ata de posse da primeira diretoria do Pedro Leopoldo Futebol Clube.
Parecia até um jovem comum. Quem sabe um dia entrasse em campo e marcasse um gol? Quem sabe chegasse a um bar e pedisse uma cerveja bem gelada ou convidasse uma moça para o cinema?
Não. Chico tinha mais o que fazer. Nas noites de segunda e sexta-feira, ele colocava O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, embaixo do braço e ia para o Centro Luiz Gonzaga. Seguia à risca uma instrução ditada por Emmanuel: fidelidade irrestrita a Jesus Cristo e a Kardec, o codificador da doutrina espírita.
O guia do outro mundo levava tão a sério este mandamento que um dia chegou a determinar a Chico:
- Se alguma vez eu lhe der algum conselho que não esteja de acordo com Jesus e Kardec, fique do lado deles e procure me esquecer.
- Se alguma vez eu lhe der algum conselho que não esteja de acordo com Jesus e Kardec, fique do lado deles e procure me esquecer.
Do livro: As vidas de Chico Xavier, de Marcel Souto Maior.
Regina Stella Spagnuolo
Regina Stella Spagnuolo
Imagem do livro
quarta-feira, 19 de dezembro de 2018
Um egoísta
Revista Espírita - Jornal de estudos psicológicos - 1865 > Setembro > Um egoísta
Estudo espírita moral
Em data de 10 de janeiro de 1865, um dos nossos correspondentes de Lyon nos transmite o seguinte relato.
Numa localidade vizinha, conhecíamos um indivíduo cujo nome não declaramos para não sermos maledicente e porque o nome nada tem a ver com o fato. Ele era espírita, e sob o domínio dessa crença se havia melhorado, no entanto não havia dela tirado todo o proveito que poderia, levando-se em consideração a sua inteligência. Vivia com uma velha tia, que o amava como a um filho, e que não poupava trabalhos nem sacrifícios por seu caro sobrinho. Por economia, ela tomava conta da casa. Até aí tudo muito natural. O que era menos natural é que o sobrinho, jovem e saudável, a deixava fazer trabalhos acima de suas forças, sem que jamais tivesse a ideia de poupar-lhe esforços penosos para a sua idade, tais como o transporte de fardos e coisas semelhantes. Ele não arredava um móvel em casa, como se tivesse criados às suas ordens. Se previsse algum penoso serviço excepcional, arranjava um pretexto para ausentar-se, temeroso que lhe pedissem uma ajuda que não poderia recusar. Entretanto, a esse respeito ele tinha recebido muitas lições, poderia dizer-se afrontas, capazes de fazer refletir um homem de coração, mas ele era insensível a elas. Um dia em que a tia se extenuava rachando lenha, lá estava ele sentado, fumando tranquilamente o seu cachimbo. Entrou um vizinho e, vendo isto, lançou um olhar de desprezo ao jovem e disse: “Isto é trabalho para homem, e não para mulher.” Depois, tomando o machado, começou a rachar a lenha, enquanto o outro olhava. Ele era considerado um homem direito e de boa conduta, mas seu caráter não tinha amenidade nem perseverança, por isso não era estimado, e a maioria dos amigos se haviam afastado. Nós, espíritas, nos afligíamos por essa falta de sentimento e dizíamos que um dia ele pagaria muito caro.
A previsão realizou-se recentemente. Devemos dizer que, devido aos esforços que fazia, a velha senhora foi acometida por uma hérnia muito grave, que a fazia sofrer muito, mas ela tinha a coragem de não se lamentar. Durante estes últimos períodos de frio, querendo esquivar-se de um trabalho pesado, o sobrinho saiu cedo, mas não voltou. Ao atravessar uma ponte, foi atingido por uma viatura que deslizou por uma encosta escorregadia, e morreu duas horas depois.
Quando fomos informados do fato, quisemos evocá-lo e eis o que foi respondido por um dos nossos bons guias:
“Aquele a quem quereis chamar não poderá comunicar-se antes de algum tempo. Venho responder por ele e vos dizer o que quereis saber. Mais tarde ele vo-lo confirmará. Neste momento ele está muito perturbado pelos pensamentos que o agitam. Ele vê sua tia e a doença que ela contraiu em consequência das fadigas corporais e da qual morrerá. Eis o que o atormenta, pois se considera o seu assassino. E ele é, de fato, pois poderia ter-lhe poupado o trabalho que será a causa de sua morte. É para ele um remorso pungente que o perseguirá por muito tempo, até que tenha reparado a sua falta. Ele queria fazê-lo neste momento; não deixa a sua tia, mas seus esforços são improfícuos, e então ele se desespera. Para seu castigo, deve vê-la morrer em consequência de sua indiferença egoísta, pois sua conduta é uma espécie de egoísmo. Orai por ele, a fim de sustentar seu arrependimento, que mais tarde o salvará.”
Pergunta. ─ Nosso caro guia poderia dizer-nos se não lhe serão levados em conta outros defeitos de que se corrigiu por força do Espiritismo e se sua situação não se abrandou?
Resposta. ─ Sem nenhuma dúvida, essa melhora lhe é levada em conta, pois nada escapa ao olhar perscrutador da divina providência. Mas eis de que maneira cada boa ou má ação tem suas consequências naturais, inevitáveis, segundo estas palavras do Cristo: A cada um segundo as suas obras. Aquele que se corrigiu de algumas falhas se poupa da punição que as mesmas teriam acarretado, e recebe, ao contrário, o prêmio das qualidades que as substituíram, mas não pode escapar às consequências dos defeitos que persistem. Assim, ele não é punido senão na proporção e segundo a gravidade destes últimos. Quanto menos defeitos tiver, melhor sua posição. Uma qualidade não resgata um defeito; ela diminui o número destes e, por conseguinte, a soma das punições.
Aqueles que são corrigidos logo de início são os mais fáceis de extirpar e o mais difícil de desfazer-se é o egoísmo. As pessoas julgam ter feito muito porque moderaram a violência do caráter, se resignaram à sua sorte ou se desfizeram de alguns maus hábitos. Sem dúvida é algo que lhes beneficia, mas não impede de pagarem o tributo de depuração pelo resto.
Meus amigos, o egoísmo é o que melhor se vê nos outros, porque a gente sente o seu contragolpe e porque o egoísta nos fere, mas o egoísta encontra em si mesmo sua satisfação, razão por que dele não se apercebe. O egoísmo é sempre uma prova de secura do coração; ele estiola a sensibilidade para os sofrimentos alheios. O homem de coração, ao contrário, ressente esse sofrimento e se emociona; é por isto que ele se dedica a não impô-lo ou minimizá-lo em relação aos outros, porque quereria que os outros fizessem o mesmo por ele. Assim, é feliz quando poupa um esforço ou um sofrimento a alguém. Tendo-se identificado com o mal de seu semelhante, ele experimenta um alívio real quando não mais existe o mal. Contai com o seu reconhecimento se lhe prestardes serviço.
Entretanto, do egoísta não espereis senão a ingratidão. O reconhecimento em palavras nada lhe custa, mas a ação o fatigaria e perturbaria o seu repouso. Ele só age por outro quando forçado, nunca espontaneamente. Seu devotamento está na razão do bem que espera das pessoas, e isto algumas vezes malgrado seu.
O moço de quem falamos certamente gostava da tia e ter-se-ia revoltado se lhe tivessem dito o contrário, contudo, sua afeição não chegava ao ponto de fatigar-se por ela. De sua parte, não era um desígnio premeditado, mas uma repulsa instintiva, consequente de seu egoísmo inato. A luz que ele não soube encontrar em vida, hoje lhe aparece, e ele lamenta não ter aproveitado melhor os ensinamentos que recebeu. Orai por ele.
O egoísmo é o verme roedor da Sociedade, é mais ou menos o de cada um de vós. Em breve eu farei uma dissertação na qual ele será encarado sob suas múltiplas nuanças; será um espelho: olhai-o com cuidado, para ver se não percebeis num canto qualquer um reflexo de vossa personalidade.
VOSSO GUIA ESPIRITUAL
Cosme Massi
Cosme Massi
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segunda-feira, 10 de dezembro de 2018
segunda-feira, 3 de dezembro de 2018
terça-feira, 13 de novembro de 2018
Mediunidade
Cultura é a herança social. É todo o conhecimento acumulado pelas pessoas ao enfrentarem situações e desafios no cotidiano. Cada pessoa, motivada pela necessidade ou interesse e sustentada pela prontidão, fará continuamente conhecimento ao buscar um referencial diferente, que permita a construção de conceitos novos e, por sua vez, sustente comportamentos, atitudes renovadas. As ferramentas que estão à disposição do ser humano nessa busca de referenciais diferentes são muito variadas. A mediunidade é uma dessas ferramentas que podem ser utilizadas para o crescimento do ser humano, mas o seu conceito, utilizado pelo senso comum, deve ser modificado.
No entendimento do Espiritismo, mediunidade não é sagrada, não é mística, não é mágica, não é sobrenatural. Não se alcança através de rituais ou de fórmulas predeterminadas. A sua prática é racional, equilibrada, transparente, fruto da persistência e da continuidade. O seu exercício envolve objetivo, planejamento e estruturação do processo.
A mediunidade não serve para "falar com os mortos", pois os Espíritos desencarnados não se enquadram nesta concepção do imaginário da cultura material. A mediunidade não se reduz a um balcão de atendimento ao qual se recorre para resolver problemas. Não serve para dizer o que as pessoas devem fazer ou para decidir seu futuro, tolhendo o seu livre-arbítrio.
Para a Doutrina Espírita, mediunidade não deve ser vista como "transe". Mediunidade é sintonia e troca de experiência entre Espíritos desencarnados e encarnados. Não há perda de consciência, não há anulação. Há soma das experiências das partes envolvidas, trazendo superação.
A mediunidade não "serve contra mau olhado", não "serve para ganhar na loteria", não serve para justificar comportamentos anormais. Não "serve para desobsidiar Espíritos". Não é "dom", não é "graça", não é castigo ou punição. É trabalho contínuo para a construção de um momento diferente, evidenciado no comportamento de cada um.
A mediunidade não faz milagres. Não concede "poderes" especiais. Ela não é fonte de todo o conhecimento. Os Espíritos encarnados e os desencarnados envolvidos no processo mediúnico só conhecem alguma coisa na medida de suas experiências e de suas vivências.
A mediunidade não é exclusiva de algumas pessoas. Ela é uma capacidade, uma faculdade do Espírito, que se aperfeiçoa pelo exercício e esforço pessoal. Ela é de todo o grupo cultural e está intimamente ligada aos seus valores e sentimentos. A mediunidade não está pronta e acabada, transforma-se e modifica-se ao longo do tempo, acompanhando o momento emergente, as situações vividas pelo grupo, a evolução das pessoas.
As pessoas evoluem pela soma de suas experiências e das experiências acumuladas pelo grupo social. Em constante crescimento interior, cada pessoa é diferente das outras porque vive experiências únicas ao longo de sua trajetória de vida. Ao ser colocada diante de novas situações, procura encontrar respostas em seu conhecimento acumulado ou no conhecimento acumulado de outras pessoas, estejam encarnadas ou desencarnadas.
Exercitar a mediunidade é buscar e encontrar respostas para as questões das pessoas e da sociedade, através da comparação dos referenciais de valores, ideias e sentimentos do sistema material e do sistema espiritual, úteis para a evolução da pessoa e do grupo.
Quando uma pessoa elabora um produto mediúnico está procurando, limitada pela prontidão do grupo cultural, evidenciar questões e/ou respostas novas para situações do social. Portanto, o seu produto é, antes de tudo, um produto cultural, com conceitos universais, alternativos, especialistas e individuais, e caracterizado por uma forma, com um significado e com uma função.
Mediunidade é instrumento que auxilia cada pessoa na construção do novo, através do rompimento de seus limites, ampliando a visão de si mesma, dos outros, da natureza, de Deus. Mediunidade é expressão de identidade, é sintonia e troca de experiência. Mediunidade é interação entre os sistemas material e espiritual.
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quarta-feira, 17 de outubro de 2018
terça-feira, 9 de outubro de 2018
O Minuto
A conduta indica a orientação espiritual da criatura.
Surge o ideal realizado, consoante o esforço de cada um.
Amplia-se o ensino, conforme a aplicação do estudante.
Eternidade não significa inércia, mas dinamismo incessante.
O caminho é infinito.
Quem estabelece a rota da viagem é o viajor.
Continua, pois, em marcha perseverante, gastando sensatamente o tesouro dos dias.
Em sessenta segundos, a lágrima pode transformar-se em sorriso, a revolta em resignação e o ódio em amor.
Nessa mínima parcela da hora, liberta-se o espírito do corpo humano, a flor desabrocha, o fruto maduro cai da árvore e a semente inicia a germinação da energia latente.
Analisa o que fazes de tão valiosa partícula de tempo.
Num só momento, o coração escolhe roteiro para o caminho.
Com o Evangelho na consciência, o lazer é tão-somente renovação de serviço sem mudança de rumo.
Não desprezes o tempo, em circunstância alguma, pois quem espera a felicidade se esmera em construí-la.
A hora perdida é lapso irreparável.
Dominar o relógio é coordenar os sucessos da vida.
Nos domínios do tempo, controlamos a hora ou somos ignorados por ela.
Por isso, quanto mais a alma se eleva em conhecimento, mais governa os próprios horários.
Lembra-te de que as edificações mais expressivas são formadas por agentes minúsculos e de que o século existe em função dos minutos.
Não faz melhor quem faz mais depressa, mas sim quem faz com segurança e disciplina, articulando ordenadamente os próprios instantes.
Observa os celeiros de auxílio de que dispões e não hesites.
Distribui os frutos da inteligência.
Colabora nas tarefas edificantes.
Estende a solidariedade a benefício de todos.
Fortalece o ânimo dos companheiros.
Não te canses de ajudar para que se efetue o melhor.
O manancial do bem não tem fundo.
A paz coroa o serviço.
E quem realmente aproveita o minuto constrói caminho reto para a conquista da vitória na Divina Imortalidade.
VIEIRA, Waldo. Sol nas Almas. Pelo Espírito André Luiz. CEC.
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quinta-feira, 13 de setembro de 2018
Conduta espontânea
Não basta a conduta externa. Não basta a aparência. Antes da conduta exterior, temos de reformar a nossa conduta interna, modificar nossos hábitos mentais e verbais. É uma questão de fundo e não de forma. Portanto, são inúteis as proibições: não fazer isso, não fazer aquilo, se o coração não estiver limpo.
A pureza que o Espiritismo propõe, e por isso mesmo é confundida, é a pureza interior, que deve reger as nossas atitudes, ao invés de ficarmos esperando que uma conduta artificial nos purifique. Os ensinamentos da Doutrina Espírita são os mesmos de Jesus, quando repelia os formalismos da hipocrisia farisaica. Querer formalizar nosso comportamento no artificialismo é voltarmos ao passado e o espírita esclarecido sabe que isso não contribui em nada.
Toda exterioridade sem raízes no coração é inútil e é até compreensível que, devido às heranças do passado, um grande número de pessoas se apegue ao formalismo, porém, cabe aos dirigentes esclarecidos, principalmente os dirigentes das instituições espíritas, orientarem essas almas frágeis, no sentido de tornarem a sua conduta social do dia a dia condizente com os ensinamentos da moral espírita.
Estamos agora no lugar certo, com as pessoas certas, diz a mensagem mediúnica. Ora, se temos consciência dessa verdade intemporal e se conseguimos também entender a questão da reencarnação como a nossa possibilidade de reparar os erros e os vícios do passado, é evidente que devemos aproveitar essa oportunidade para romper com tudo o que representa cultos exteriores e formalismos.
Acreditar que a nossa evolução se dá através de abstenções e atitudes falsas é enganar a nós mesmos e aos outros, o que é muito grave.
Somos o que somos e se já conseguimos reconhecer com sinceridade as nossas deficiências morais, estamos no caminho certo. Do contrário, "seremos semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia", como lembrou Jesus, em palavras registradas no Evangelho de Mateus, 23:27.
Altamirando Carneiro
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quarta-feira, 29 de agosto de 2018
sexta-feira, 10 de agosto de 2018
quinta-feira, 2 de agosto de 2018
A corte do orgulho
Meu orgulho mora na torre mais alta do castelo de minha vida.
Particularmente, tenho muita dificuldade em administrar e compreender o orgulho dos outros, pois o meu não permite.
Meu orgulho, em mirante espetacular, só olha de cima para baixo e vê coisas e seres pequenos, insignificantes.
Meu orgulho possui um irmão gêmeo – chamado egoísmo – que mora com ele em seu prazeroso castelo.
Meu orgulho está sempre acompanhado da donzela vaidade que, caprichosa, sempre influi em suas atitudes.
Meu orgulho possui também outras companhias: a arrogância é uma balzaquiana que não se dobra; a soberba é quase sua irmã ou, ao menos, em muito se lhe parece. Há ainda outras jovens ou, nem tanto, que compõem o seu séquito, como a presunção que lhe toma conta da agenda, o controlador na ‘pasta’ da hipocrisia e o perfeccionista, ‘quase’ pudico.
Nas cercanias do castelo de meu orgulho – num ‘ladeirão’ – há um vilarejo onde moram personagens humildes e fraternos: meu orgulho não se relaciona muito bem com essa ‘estranha’ vizinhança.
Meu orgulho dita normas de bom proceder que, na verdade, só não conseguem normatizar a sua vida.
Meu orgulho tem carro bom e quase que intocável: não é desses utilitários que carregam pessoas necessitadas por ruas esburacadas a qualquer hora da noite; ‘ambulância’, nem pensar!
Meu orgulho, doutor em regras de trânsito, é, na maioria das vezes, inflexível, não admitindo exceções, tão pouco falhas ‘alheias’.
Meu orgulho, quando confronta guardadores, catadores/recicladores, frentistas, lavadores… os considera todos subempregados e servis acomodados. Moedas para eles só as pequeninas; a que possui a ‘República na cara’, nem pensar! Uma palavra boa é perda de tempo com esses ‘desocupados’.
*
Perguntamo-nos, então, como encaixar a humildade em a corte do orgulho?
Todos nós sabemos que o mais salutar e razoável será depormos o monarca!...
http://www.oconsolador.com.br/ano12/578/ca4.html
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sexta-feira, 20 de julho de 2018
sexta-feira, 13 de julho de 2018
Um minuto
A conduta indica a orientação espiritual da criatura.
Surge o ideal realizado, consoante o esforço de cada um.
Amplia-se o ensino, conforme a aplicação do estudante.
Eternidade não significa inércia, mas dinamismo incessante.
O caminho é infinito.
Quem estabelece a rota da viagem é o viajor.
Continua, pois, em marcha perseverante, gastando sensatamente o tesouro dos dias.
Em sessenta segundos, a lágrima pode transformar-se em sorriso, a revolta em resignação e o ódio em amor.
Nessa mínima parcela da hora, liberta-se o espírito do corpo humano, a flor desabrocha, o fruto maduro cai da árvore e a semente inicia a germinação da energia latente.
Analisa o que fazes de tão valiosa partícula de tempo.
Num só momento, o coração escolhe roteiro para o caminho.
Com o Evangelho na consciência, o lazer é tão-somente renovação de serviço sem mudança de rumo.
Não desprezes o tempo, em circunstância alguma, pois quem espera a felicidade se esmera em construí-la.
A hora perdida é lapso irreparável.
Dominar o relógio é coordenar os sucessos da vida.
Nos domínios do tempo, controlamos a hora ou somos ignorados por ela.
Por isso, quanto mais a alma se eleva em conhecimento, mais governa os próprios horários.
Lembra-te de que as edificações mais expressivas são formadas por agentes minúsculos e de que o século existe em função dos minutos.
Não faz melhor quem faz mais depressa, mas sim quem faz com segurança e disciplina, articulando ordenadamente os próprios instantes.
Observa os celeiros de auxílio de que dispões e não hesites.
Distribui os frutos da inteligência.
Colabora nas tarefas edificantes.
Estende a solidariedade a benefício de todos.
Fortalece o ânimo dos companheiros.
Não te canses de ajudar para que se efetue o melhor.
O manancial do bem não tem fundo.
A paz coroa o serviço.
E quem realmente aproveita o minuto constrói caminho reto para a conquista da vitória na Divina Imortalidade.
VIEIRA, Waldo. Sol nas Almas. Pelo Espírito André Luiz. CEC.
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segunda-feira, 11 de junho de 2018
Momento brasileiro
Diante de crimes hediondos, suicídios ou tragédias provocadas como atentados e sequestros dramáticos, e mesmo a insensibilidade reinante no governo diante da realidade brasileira, a perplexidade domina os círculos da sociedade humana.
É importante, de início, já informar: ninguém nasceu predestinado a matar (não se mata apenas com armas) ou a matar-se. Matar ou matar-se são resultantes da liberdade de agir. Estamos todos destinados ao progresso, e o desajuste das emoções e do equilíbrio é o grande responsável por tais tragédias. Estamos, absolutamente, convidados à harmonia na convivência e à solidariedade nas iniciativas. Da mesma forma, o dever dos que estão investidos de poder é usar a política em sua devida finalidade: gerir o tesouro nacional em favor da coletividade do país. A corrupção em todos os níveis, igualmente, é um atentato à vida.
Referida liberdade de decisão – seja no caso dos crimes em geral ou mesmo numa gestão de poder –, no entanto, sujeita-nos às reparações que virão a seu tempo. Isso por uma razão muito simples: somos responsáveis pelo que fazemos. A vida e suas leis determinam essa responsabilidade intransferível, deixando bem claro que toda lesão que causamos a nós mesmos ou a terceiros, teremos que reparar. Não é castigo, mas apenas consequência. Isso vale tanto nesses dramas que envolvem famílias como na administração de valores que envolvem toda a sociedade.
E as vítimas? Como ficam essas pessoas? Por que sofrem atentados e se tornam vítimas de crimes passionais e etc? E uma nação enfrentando o mal uso do poder, com a corrupção reinante? Podemos acrescentar outras questões: Por que Deus permite? Por que uns se livram, inesperadamente, de determinados perigos, enquanto outros deles são vítimas? Por que ocorrem com uns e com outros não? Qual o critério para todas essas situações? E também, claro, por que os abusos do poder ou a insensibilidade gerada pelo egoísmo e pelo império do materialismo?
Apesar da dor e sofrimentos decorrentes e da não justificativa – sob qualquer pretexto – de gestos que violentem a vida, as chamadas vítimas enquadram-se em quadros de aprendizados necessários ou de reparações conscienciais perante si mesmos, envolvendo, é claro, os próprios familiares. Raciocínio também cabível nos aprendizados de uma nação, como é o nosso caso, onde ainda negociamos os votos ou somos seduzidos por interesses que violentam os reais objetivos da pátria.
Por outro lado, os autores – apesar de equivocados e cruéis – são dignos de piedade, uma vez que enfermos. Quem agride está doente, desequilibrado na emoção e necessitado de auxílio, compreensão, tolerância, e mais ainda, de perdão. Inclusive na indiferença ou omissão do cargo investido, acrescente-se.
Cristãos que nos consideramos, sem importar a denominação religiosa que adotamos, a postura solicitada em momentos difíceis como o agora enfrentando pela mentalidade brasileira, é de compaixão para com agressores e vítimas. Todos são dignos da misericórdia que norteia o Amor ao próximo. A situação de quem agride é muito pior de que quem é agredido. O agredido (não se restrinja aqui a nomenclatura à agressão física) já se liberta de pendências que aguardavam o momento difícil ou faz importantes aprendizados; o agressor, por sua vez, abre períodos longos, no futuro, de arrependimentos e reparações que lhe custarão dores e sofrimentos. Nada justifica a crueldade, mesmo que seja por indiferença ou omissão. Sua ocorrência coloca à mostra nossas carências e enfermidades morais expostas, demonstrando a necessidade do quanto ainda precisamos fazer uns pelos outros. Não podemos julgar. Não temos competência para isso. O histórico divulgado pela mídia já demonstra por si só as carências expostas, dentre tantos outros fatos lamentáveis. Mas há a bagagem que não vemos.
O momento é de vibrações e preces para que todos tenhamos equilíbrio. Todos somos filhos de Deus!
Orson Peter Carrara
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terça-feira, 22 de maio de 2018
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