segunda-feira, 10 de maio de 2010

O Aborto na visão Espírita



Campanha “Amor à Vida! Aborto, Não!”

I – Considerações Doutrinárias

A Doutrina Espírita trata clara e objetivamente a respeito do abortamento, na questão 358 de sua obra básica O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec:

Pergunta – Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação?

Resposta – “Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando”.

Sobre os direitos do ser humano, foi categórica a resposta dos Espíritos Superiores a Allan Kardec na questão 880 de O Livro dos Espíritos:

Pergunta – Qual o primeiro de todos os direito naturais do homem?

Resposta – “O de viver. Por isso é que ninguém tem o de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer-lhe a existência corporal”.

Início da Vida Humana


Para a Doutrina Espírita, está claramente definida a ocasião em que o ser espiritual se insere na estrutura celular, iniciando a vida biológica com todas as suas conseqüências. Na questão 344 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec indaga aos Espíritos Superiores:

Pergunta – Em que momento a alma se une ao corpo?

Resposta – “A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando até ao instante em que a criança vê a luz. O grito, que o recém-nascido solta, anuncia que ela se conta no número dos vivos e dos servos de Deus.”

Disponibilizo toda a matéria para download: O aborto na visão Espírita

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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Um pouco do espírito de Emmanuel


Emmanuel é o nome dado pelo médium espírita brasileiro Chico Xavier ao espírito a que atribui a autoria de boa parte de suas obras psicografadas. Esse espírito era apontado por Chico Xavier como seu orientador espiritual.
Há também um livro homônimo de Chico Xavier que leva a assinatura de Emmanuel, publicado em 1938. 
A obra mediúnica atribuída a Emmanuel é composta por dezenas de livros, muitos deles traduzidos para diversos idiomas. São romances históricos, livros de aconselhamento espiritual, obras de exegese bíblica, etc.
Um espírito, que se identifica como "Emmanuel", assina uma mensagem ditada em París em 1861, intitulada "O Egoísmo", publicada no item 11 do capítulo XI do Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec, cuja primeira edição veio a público em abril de 1864. Quando indagado se Emmanuel era o mesmo espírito que assinou esta mensagem, o médium Francisco Cândido Xavier afirmou: "Creio que sim. Conservo para mim a certeza de que ele, Emmanuel, terá participado da equipe que colaborou na estrutura da codificação da Doutrina Espírita. A mensagem intitulada 'O Egoísmo', (...) em que se faz referência a Pilatos, é de autoria do nosso benfeitor espiritual, não tenho dúvidas a este respeito".
No dia 10 de julho de 1927, na fazenda da senhora Carmem Perácio, enquanto rezavam, Carmem ouviu uma voz de um espírito que se identificou como "Emmanuel - amigo espiritual de Chico", onde logo após o viu como "um jovem imponente, com vestes sacerdotais e aura brilhante".
No ano de 1931 ocorreu o primeiro contato de ambos, no momento em que Chico esteve à sombra de uma árvore, à beira de uma represa, no momento em que orava. Neste momento, viu uma cruz luminosa, percebendo a figura de um senhor que vestia uma túnica sacerdotal.
Ocorreu então o famoso diálogo entre Chico e Emmanuel:

“ - Está mesmo disposto a trabalhar na mediunidade?
- Sim, se os bons espíritos não me abandonarem.
- Você não será desamparado, mas para isso é preciso que trabalhe, estude e se esforce no bem.
- O senhor acha que estou em condições de aceitar o compromisso?
- Perfeitamente, desde que respeite os três pontos básicos para o serviço.
- Qual o primeiro ponto?
- Disciplina.
- E o segundo?
- Disciplina.
- E o terceiro?
- Disciplina, é claro.Temos algo a realizar. Trinta livros para começar. ”

O seu nome popularizou-se no Brasil pela psicografia do médium espírita, que assim descreveu um dos primeiros contatos entre ambos, em 1931, enquanto psicografava Parnaso de Além-Túmulo, a sua primeira obra mediúnica: "Via-lhe os traços fisionômicos de homem idoso, sentindo minha alma envolvida na suavidade de sua presença, mas o que mais me impressionava era que a generosa entidade se fazia visível para mim, dentro de reflexos luminosos que tinham a forma de uma cruz."
Ao ser questionado sobre a sua identidade, o espírito teria respondido: "Descansa! Quando te sentires mais forte, pretendo colaborar igualmente na difusão da filosofia espírita.
Tenho seguido sempre os teus passos e só hoje me vês, na tua existência de agora, mas os nossos espíritos se encontram unidos pelos laços mais santos da vida e o sentimento afetivo que me impele para o teu coração tem suas raízes na noite profunda dos séculos…"
No seu livro "De Amor e Sabedoria de Emmanuel", Clóvis Tavares assim definiu Emmanuel:

Em entrevista, Chico Xavier disse certa vez: "Emmanuel tem sido para mim um verdadeiro pai na Vida Espiritual, pelo carinho com que me tolera as falhas e pela bondade com que repete as lições que devo aprender".
“ (...) A ele, alma de escol, ao seu espírito de organizador, de autêntico chefe espiritual, devemos a beleza, a luz, a pureza ortodoxa da prodigiosa produção mediúnica do fidelíssimo Chico Xavier, em que têm cooperado centenas de obreiros espirituais (...)

O retrato de Emmanuel

Foi feito um retrato do espírito Emmanuel pelo pintor mineiro Despeno Filho. Chico Xavier informou que o espírito não "posou" para o pintor. Na verdade, o artista foi auxiliado por um pintor desencarnado, que era amigo de Emmanuel. O médium afirmou que o retrato produzido é fiel ao benfeitor, quando na personalidade do senador romano Públio Lentulus Cornelius. O único detalhe que poderia ser corrigido no retrato se refere aos lábios, que são na realidade mais estreitos e masculinos. A pintura original se encontra na sede do Grupo Espírita Luiz Gonzaga, em Pedro Leopoldo, numa sala de preces, construída no mesmo quarto onde Chico nasceu, em 1910.

Reencarnações

A primeira reencarnação de Emmanuel na Terra de que se tem notícia data do século IX a.C. Seu nome era Simas, grão-sacerdote do templo de Amon-Rá em Tebas, no Egito. Foi reitor da escola de Tanis e pai da futura rainha Samura-Mat (Semíramis), do império da Assíria, da Babilônia, do Sumér e do Akad. Sua história se encontra no livro "Semíramis: a rainha da Assíria, da Babilônia e do Súmer", por Camilo Rodrigues Chaves.
A segunda se refere ao cônsul Publius Lentulus Cornelius Sura, conspirador e amigo de Sulla e Cícero, condenado à morte no ano de 63 a.C.
A terceira como Publius Lentulus Cornelius, um senador romano que viveu à época do Cristo, segundo declarações do médium mineiro. De 24 de outubro de 1938 a 9 de fevereiro de 1939, Emmanuel transmitiu ao médium as suas impressões, revelando-nos o orgulhoso patrício romano Públio Lentulus Cornelius, em vida anterior, Públio Lentulus Sura, no romance "Há dois mil anos". Públio luta pela sua Roma, não admitindo a corrupção e demonstrando integridade de caráter. Ao mesmo tempo, sofre durante anos a suspeita de ter sido traído pela esposa a quem ama. Tem a oportunidade de se encontrar pessoalmente com Jesus, mas entre a opção de ser servo de Jesus ou servo do mundo, escolhe a segunda.
Desencarnou em Pompeia, no ano de 79, vítima das cinzas do Vesúvio, cego e já voltado aos princípios de Jesus.
A quarta como o escravo Nestório. Na obra Cinquenta anos depois, o personagem renasce em Éfeso, em 131, com o nome de Nestório. De origem judaica, é escravizado por romanos que o conduzem ao país de sua anterior existência. Nos seus 45 anos presumíveis, mostra em seu porte um orgulho silencioso e inconformado. Apartado do filho, que também fora escravizado, volta a encontrá-lo durante uma pregação nas catacumbas onde tinha a responsabilidade da palavra. Cristão desde a infância, é preso e, por manter-se fiel a Jesus, é condenado à morte. Com os demais, ante o martírio, canta, de olhos postos no Céu e, no mundo espiritual, é recebido pelo seu amor de outrora, Lívia.
A quinta como Basílio, romano filho de escravos gregos que viveu em Chipre como liberto no ano de 233. Casou-se com a escrava Júnia Glaura e teve uma filha, porém ambas morreram precocemente. Posteriormente, adotou para si uma criança abandonada numa cesta, que mais tarde recebeu o nome de Lívia (há uma hipótese de que esta teria sido uma das reencarnações de Francisco Cândido Xavier, segundo informações de Arnaldo Rocha - amigo de longa data de Chico - onde afirma que o médium lhe deu esta informação), vivendo com ela até o fim de seus dias, onde fora torturado e morto. Mais detalhes são revelados no livro Ave Cristo, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier.
A sexta como São Remígio, Bispo de Remis. Nasceu no ano de 439, em Lyon. De família nobre e religiosa, considerado o maior orador sacro do reino dos francos pela sua especialidade em retórica. Considerado como o apóstolo dos pagãos, nas Gálias, era conhecido pela sua pureza de espírito, e profundo amor a Deus e ao próximo. Desencarnou em janeiro de 535, as 96 anos de idade.
A sétima como o padre Manuel da Nóbrega.Segundo Francisco Cândido Xavier, em participação no programa "Pinga Fogo", da extinta TV Tupi, em 1971, Emmanuel teria sido, numa antiga encarnação, o padre português Manuel da Nóbrega. O deputado Freitas Nobre, teria declarado, em programa na mesma rede de televisão, na noite de 27 de julho de 1971, que, ao escrever um livro sobre o padre José de Anchieta, teve oportunidade de encontrar e fotografar uma assinatura de Manoel da Nóbrega, como "E. Manuel". Segundo o seu entendimento, o "E" inicial se deveria à abreviatura de "Ermano", o que, ainda de acordo com o seu entendimento, autorizaria a que o nome fosse grafado Emanuel, um "m" apenas e pronunciado com acentuação oxítona.
A oitava como Padre Damiano, no século XVII. Nascido em 1613, na Espanha, residiu em Ávila, Castela-a-Velha, onde oficiou na Igreja de São Vicente. Desencarnou em idade avançada no Presbitério de São Jaques do Passo Alto, no burgo de São Marcelo, em Paris.
Alguns detalhes desta encarnação constam no livro Renúncia, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier.
A nona como Jean Jacques Turville, no século XVIII, na França. Foi educador da nobreza e prelado católico romano no período anterior à Revolução Francesa, vivendo no norte da França. Fugiu à ferocidade revolucionária, indo para a Espanha onde viveu até a morte.
A décima como Padre Amaro, um humilde sacerdote católico romano, entre os séculos XIX e XX. Viveu no Brasil, no estado do Pará. Posteriormente foi ao Rio de Janeiro, onde se dedicou à pregação do Evangelho de Jesus, tendo inclusive contato com o Dr. Bezerra de Menezes. Há uma mensagem psicografada por Chico intitulada Sacerdote católico que fui onde Emmanuel descreve com detalhes o processo de sua desencarnação nesta existência .

A carta de Publius Lentulus Cornelius 

Foi encontrada uma carta do senador Publius Lentulus Cornelius nos arquivos do Duque de Cesadini, na cidade de Roma, enviada pelo senador em Jerusalém, na época de Jesus, que havia sido endereçada ao imperador romano Tibério César.
Nela, há uma descrição física e moral de Jesus feita pelo senador. A carta é a seguinte:

“ Sabendo que desejas conhecer quanto vou narrar, existindo nos nossos tempos um homem, o qual vive atualmente de grandes virtudes, chamado Jesus, que pelo povo é inculcado o profeta da verdade, e os seus discípulos dizem que é filho de Deus, criador do céu e da terra e de todas as coisas que nela se acham e que nela tenham estado; em verdade, ó César, cada dia se ouvem coisas maravilhosas desse Jesus: ressuscita os mortos, cura os enfermos, em uma só palavra: é um homem de justa estatura e é muito belo no aspecto, e há tanta majestade no rosto, que aqueles que o veem são forçados a amá-lo ou temê-lo.
Tem os cabelos da cor amêndoa bem madura, são distendidos até as orelhas, e das orelhas até as espáduas, são da cor da terra, porém mais reluzentes.
Tem no meio de sua fronte uma linha separando os cabelos, na forma em uso nos nazarenos, o seu rosto é cheio, o aspecto é muito sereno, nenhuma ruga ou mancha se vê em sua face, de uma cor moderada; o nariz e a boca são irrepreensíveis.
A barba é espessa, mas semelhante aos cabelos, não muito longa, mas separada pelo meio, seu olhar é muito afetuoso e grave; tem os olhos expressivos e claros, o que surpreende é que resplandecem no seu rosto como os raios do sol, porém ninguém pode olhar fixo o seu semblante, porque quando resplende, apavora, e quando ameniza, faz chorar; faz-se amar e é alegre com gravidade.
Diz-se que nunca ninguém o viu rir, mas, antes, chorar. Tem os braços e as mãos muito belos; na palestra, contenta muito, mas o faz raramente e, quando dele se aproxima, verifica-se que é muito modesto na presença e na pessoa. É o mais belo homem que se possa imaginar, muito semelhante à sua mãe, a qual é de uma rara beleza, não se tendo, jamais, visto por estas partes uma mulher tão bela, porém, se a majestade tua, ó César, deseja vê-lo, como no aviso passado escreveste, dá-me ordens, que não faltarei de mandá-lo o mais depressa possível.
De letras, faz-se admirar de toda a cidade de Jerusalém; ele sabe todas as ciências e nunca estudou nada. Ele caminha descalço e sem coisa alguma na cabeça. Muitos se riem, vendo-o assim, porém em sua presença, falando com ele, tremem e admiram.
Dizem que um tal homem nunca fora ouvido por estas partes. Em verdade, segundo me dizem os hebreus, não se ouviram, jamais, tais conselhos, de grande doutrina, como ensina este Jesus; muitos judeus o têm como Divino e muitos me querelam, afirmando que é contra a lei de Tua Majestade; eu sou grandemente molestado por estes malignos hebreus.
Diz-se que este Jesus nunca fez mal a quem quer que seja, mas, ao contrário, aqueles eu o conhecem e com ele têm praticado, afirmam ter dele recebido grandes benefícios e saúde, porém à tua obediência estou prontíssimo, aquilo que Tua Majestade ordenar será cumprido.

Vale, da Majestade Tua, fidelíssimo e obrigadíssimo...

— Publius Lentulus, presidente da Judéia. Lindizione setima, luna seconda.

Nova Reencarnação no século XXI

No início do século XXI, segundo informações do próprio Chico, Emmanuel reencarnou em uma cidade no interior de São Paulo, segundo informações da Sra. Suzana Maia Mousinho, amiga do médium desde 1957, na qual este a teria confidenciado tal fato.
A informação do reencarne de Emmanuel também já foi informada em diversas outras ocasiões. No livro Entrevistas, no ano de 1971, Chico afirmou que "Ele (Emmanuel) afirma que, indiscutivelmente, voltará à reencarnação, mas não diz exatamente o momento preciso em que isto se verificará. Entretanto, pelas palavras dele, admitimos que ele estará regressando ao nosso meio de espíritos encarnados no fim do presente século (XX), provavelmente na última década".
Na pergunta de número 33 do livro A Terra e o Semeador, o médium disse: "Isso tem sido objeto de conversações entre ele (Emmanuel) e nós. Ele costuma dizer que nos espera no Além, para, em seguida, retornar à vida física".
Outra informação, que consta no livro Lições de Sabedoria, foi obtida através da pergunta de Gugu Liberato: 
"É verdade que o espírito Emmanuel, que lhe ditou a base do Espiritismo prático no Brasil, se prepara para reencarnar?". Chico então respondeu: "Ele virá novamente, dentre pouco tempo, para trabalhar como professor".
D. Suzana Maia Mousinho e sua nora, D. Maria Idê Cassaño, afirmaram que em outubro de 1996 Chico revelou a ambas que Emmanuel começou a se preparar para seu reencarne no ano de 1996. Posteriormente, Sônia Barsante, frequentadora do Grupo Espírita da Prece, afirma que num certo dia do ano 2000, Chico havia entrado em transe mediúnico, e ao regressar, afirmou que havia ido em desdobramento até uma cidade do Estado de São Paulo, onde pôde presenciar o nascimento de um bebê, Emmanuel reencarnado, e ainda afirmou que "todos iríamos reconhecê-lo" .

Matéria extraída do Site: Wikipédia

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quinta-feira, 6 de maio de 2010

A reencarnação é confirmada pela bíblia


1) INTRODUÇÃO

"É certo que os vivos nascem dos mortos; que as almas dos mortos renascem ainda." (Phèdre)
A noite estava começando e meu filho mais velho e eu comentávamos sobre fatos da História. De repente, ele fez uma pergunta difícil para sua idade:
- Será que nós fomos os maus de antigamente?
Pergunta intrigante! Católico que eu era, respondi-lhe que isso não era possível. Todavia, guardei na memória esse questionamento, principalmente porque ele perguntou se fomos os maus! Por que os maus e não os bons? Mais tarde, estudando a doutrina das vidas sucessivas, concluí que essa pergunta indicava uma reminiscência do passado, muito presente em crianças com idade inferior a sete anos.
A doutrina das vidas sucessivas ou reencarnação é chamada também de palingenesia, que se origina do grego palin (novo) e gênese (nascimento). Ela também foi aceita na Índia antiga, conforme se encontra nos Vedas: "Da mesma forma que nos desfazemos de uma roupa usada para pegar uma nova, assim a alma se descarta de um corpo usado para se revestir de novos corpos."
A doutrina da reencarnação foi introduzida na Grécia por Pitágoras, o matemático famoso que deu nome ao teorema de que o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos. Sócrates e seu discípulo Platão adotaram as idéias de Pitágoras sobre as vidas sucessivas. A escola platônica da Alexandria ensinava a reencarnação precisando a vantagem desta evolução progressiva para as condições da alma.
Há, na Antigüidade, outros adeptos da doutrina das vidas sucessivas, como Plotino, que a cita várias vezes no curso de suas Eneidas. É um dogma, disse ele, muito antigo e universalmente ensinado que, se a alma comete faltas, é condenada a expiá-las submetendo-se a punições nos infernos tenebrosos, depois do que é admitida a voltar em um novo corpo para recomeçar suas provas. Diz ele que "a providência de Deus assegura a cada um de nós a sorte que lhe convém e que é harmônica com seus antecedentes, segundo suas existências sucessivas."
Jamblico trata do mesmo assunto: "Assim as penas que nos afligem são freqüentemente castigos de um pecado do qual a alma se rende culpada em sua vida anterior. Algumas vezes, a razão do castigo nos é ocultada por Deus, mas nós não devemos duvidar de sua justiça."
Entre os romanos que adquiriram a maior parte de seus conhecimentos na Grécia, Virgílio exprime claramente a idéia dos renascimentos nestes termos: "Todas as almas, ainda que por milhares de anos tenham retornado à roda desta existência (no Elísios ou no Tártaro), Deus as chama em numerosos enxames ao rio Léthé, a fim de que, privadas de recordações, revejam os lugares superiores e convexos e comecem a querer voltar ao corpo."
Os Gauleses acreditavam nas vidas sucessivas. César escreveu na Guerra de Gales: "Uma crença que eles buscam sempre estabelecer, é que as almas não perecem de forma alguma e que após a morte elas passam de um corpo para outro."
Em suas obras, o historiador Joseph fez profissão de sua fé na reencarnação; relata que essa era a crença dos fariseus.
O Zoar diz: "Todas as almas são submetidas às provas da transmigração" e a Cabala: "São os renascimentos que permitem aos homens se purificar."
Os judeus tinham uma idéia muito confusa a respeito da reencarnação, mas há indícios no Talmude de que o assunto não era desconhecido dos iniciados: "A alma de Abel passou ao corpo de Set e mais tarde ao de Moisés." Além disso, acreditavam que o retorno de Elias sobre a Terra devia preceder o do Messias.
Também alguns padres da Igreja Católica admitiram a teoria das vidas sucessivas. O Pe. Didon, em sua Vida de Jesus, diz o seguinte: "Então se crê, entre o povo (judeu) e mesmo nas escolas, no retorno à vida da alma dos mortos." O sábio beneditino Dom Calmet se exprime assim em seu Comentário: "Vários doutores judeus crêem que as almas de Adão, Abraão e Phinées animaram sucessivamente vários homens de sua nação."
Contudo, entre os padres católicos, Orígenes é o que afirmou de forma mais precisa, em numerosas passagens de seu Princípios (livro 1°), a reencarnação ou renascimento das almas. Sua tese é esta: "A justiça do Criador deve aparecer em todas as coisas."
Alguns teólogos da Igreja Católica também foram simpáticos à idéia. São Jerônimo afirma que a transmigração das almas fazia parte dos ensinamentos revelados a um certo número de iniciados. Em suas Confissões, Santo Agostinho expressa dúvida com relação à reencarnação: "Minha infância não sucedeu a um idoso morto antes dela?... Mesmo antes desse tempo, tinha já estado em qualquer parte? Fui alguma pessoa qualquer?"
Ainda no século quinze, o cardeal Nicolas de Cusa sustentava em pleno Vaticano a teoria da pluralidade das existências da alma e dos mundos habitados, não somente com o assentimento, mas com os encorajamentos sucessivos de dois papas: Eugênio IV e Nicolau V.
Por que, então, a Igreja Católica combate tão veementemente à doutrina da reencarnação?
Trata-se de um erro histórico. O Imperador Justiniano tomou como esposa uma exprostituta, de nome Teodora. Esta, na tentativa de libertar-se de seu passado, mandou matar cerca de quinhentas antigas "colegas". Mais tarde, alertada de que havia criado para si um débito que poderia ser quitado em outras encarnações, ela se empenhou em eliminar da exegese católica toda a crença na reencarnação como se, dessa forma, estivesse eliminando, de fato, as vidas sucessivas e, por extensão, o seu débito. Seu marido mandou seqüestrar o Papa Virgílio em Roma e o manteve prisioneiro durante oito anos. Nesse período, convocou um concílio ecumênico, que tomou o nome de Segundo Concílio de Constantinopla. Do total de 165 bispos presentes, 159 eram do Oriente, o que tornou fácil o trabalho do Imperador para conquistar os votos de que necessitava. Todavia, de acordo com a doutrina católica, as decisões de um concílio ecumênico somente têm valor se assinadas pelo papa e Virgílio recusou-se terminantemente a assinar o documento aprovado pelos bispos. Os Papas que o sucederam, embora se referissem ao Segundo Concílio de Constantinopla, também não o assinaram. Dessa forma, a Igreja Católica não dispõe de um documento oficial contra a reencarnação.
Nos tempos modernos, é maior o número de pensadores que admitem a reencarnação.
Leibnitz, estudando o problema da origem da alma, admitiu que o princípio inteligente, sob a forma de mônada, tinha podido se desenvolver no reino animal. Numerosos pensadores se reuniram à reencarnação: Dupont de Nemours, Charles Bonnet, Lessing, Constant Savy, Pierre Leroux, Fourier, Jean Reynaud. A doutrina das vidas sucessivas foi vulgarizada para o grande público por autores como Balzac, Théophile Gautier, George Sand e Victor Hugo.
Hoje, as provas de reencarnações são, em geral, obtidas pela terapia de vidas passadas (TVP). O homem aprendeu que, pela hipnose, pode fazer a pessoa regredir mentalmente a vidas anteriores. Entre os pesquisadores que trabalham com a TVP estão: Dr. Morris Netherton, psiquiatra americano; Dr. Dehtlesfsen, catedrático de Psicologia da Universidade de Munique, Alemanha; Dra. Helen Wambach, psiquiatra americana e autora de "Recordando Vidas Passadas"; Dr. Roger Woolger, destacado psiquiatra americano, autor de "As Várias Vidas da Alma"; Dr. Ken Wilber, célebre psicológico americano, com grande influência na Psicologia Moderna, e autor de "O Espectro da Consciência"; Dr. Joel Whitton, catedrático de Psicologia da Universidade de Toronto, Canadá, e autor de "Vida - Transição - Vida".
Se a reencarnação é objeto de análise no mundo científico, o mesmo não acontece no mundo religioso ocidental, porque padres e pastores dizem que a Bíblia fala de céu e de inferno e que ambos seriam incompatíveis com a doutrina da reencarnação.
O propósito do presente trabalho é listar algumas referências bíblicas a respeito da reencarnação. Provaremos, também, à luz da Bíblia, que a doutrina simplista do céu ou do inferno não passa de uma figura de pensamento e que Jesus jamais a sancionou. As citações bíblicas da reencarnação são, algumas vezes, mais claras, mas, em outras, somente são entendidas por aqueles que têm olhos de ver...

Paulo Afonso da Mata Machado
Colunista do Portal do Espírito

Disponibilizo a continuidade da matéria para download: Reencarnação na Bíblia

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quarta-feira, 5 de maio de 2010

A Depressão e Jesus o Maior Psicólogo do Mundo por Nazareno Feitosa

Já se fazem cursos de pós-graduação de teses espíritas


A mediunidade, que pode ser para alguns um dom ostensivo ou muito especial, é universal e própria do ser humano, como o é a sua inteligência. Não se trata, pois, de uma questão só religiosa, mas de uma realidade estudada, hoje, em grandes universidades do mundo. Mas há religiosos fanáticos e mal informados que ainda dizem que isso é superstição, quando não afirmam que é coisa do diabo! Os fenômenos mediúnicos, chamados por são Paulo de dons espirituais, sempre incomodaram os padres e pastores que não os possuem, pelo que foram ocultados e combatidos durante séculos por esses líderes religiosos, pois esses dons colocam os médiuns em posição superior à deles perante as comunidades a que pertencem.
Foram fundadas duas universidades espíritas, em Paris (França), e em Guarulhos (SP), e uma faculdade umbandista em São Paulo. E há cursos superiores, de mestrado e pós-graduação de teses espíritas, de terapia de vivências passadas (TVP) e de transcomunicação instrumental (TCI) - contato com os espíritos por aparelhos eletrônicos -, de que Sônia Rinaldi é uma autoridade mundial e vai fazer mestrado de TCI na PUC-SP. Muitos padres e pastores dedicam-se a essa pesquisa.
Vejamos alguns desses cursos nas cidades de São Paulo (SP), Rio (RJ), Campinas (SP) e Curitiba (PR): Faculdade de Teologia Espírita em Curitiba (PR), e de pós-graduação de pedagogia espírita na Universidade de Santa Cecília, em São Paulo (SP) e Santos (SP). E eis alguns componentes do corpo docente desses cursos: Dora Incontri, doutora e pós-doutora em educação pela USP; Alexandro César Bigheto, doutor em educação pela Unicamp; Alexander Moreira Almeida, doutor em medicina pela USP e pós-doutor pela Duke University (EUA); Franklin Santana Santos, doutor em medicina pela USP e pós-doutor pelo Instituto Karolinska (Suécia); Alysson Leandro Mascaio, doutor em filosofia do direito pela USP; Luiz Augusto Beraldi Colombo, mestre em arte e educação pela Universidade Mackenzie de São Paulo; Régis Morais, doutor em educação, professor da Unicamp, da PUC-Chile e Universidade Nacional de Lisboa (Portugal); José Pacheco, da Escola de Ponte (Portugal); José Mafra, doutor em educação pela USP e Instituto Paulo Freire; Júlio Peres, doutor em psicologia e neurociências pela USP e pós-doutor pelo Center for Mind and Spirituality da Universidade da Pensilvânia (EUA); Leonildo Silveira Campos, doutor em ciências da religião pela Universidade Metodista (São Paulo); Sheikh Muhammad Ragib al-Jerrahi, xeque muçulmano da linha sufi; Maria das Graças Mota Cruz de Assis Figueiredo, médica, budista e professora da Unifesp; José J. Queiroz, com mestrado em teologia e direito canônico pela Universidade Santo Tomás de Aquino, de Roma; Alexander de Almeida, psiquiatra, com pós-graduação de fenomenologia das experiências mediúnicas, defendida na USP, e coordenador do Núcleo de Estudos de Problemas Espirituais e Religiosos do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP; Sérgio Felipe, catedrático de medicina da USP etc.
Outro dom mediúnico bíblico é o da projeciologia, bilocação ou desdobramento (saída do corpo ou viagem astral), o qual pesou na canonização de santos da Igreja. E a Nasa está avançada nas pesquisas desse fenômeno denominado por Kardec de desdobramento.
Um dos postulados espíritas é o da evolução, que é comprovada pelo próprio avanço científico da doutrina codificada por Kardec!

José Reis Chaves
Teósofo e biblista - jreischaves@gmail.com

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