segunda-feira, 14 de junho de 2010

A Casa espírita roubou meu pai...


(...) de mim. Acalme-se, prezado leitor. Não estamos falando de nenhum crime, à luz do Código Penal, cometido nas dependências de nossos templos religiosos.
Estamos, sim, verbalizando o sentimento, que percebemos ao longo de nossa vida como evangelizador, presente em muitos jovens, filhos de trabalhadores da casa espírita.
Por vezes o indivíduo dedica-se às tarefas da casa e da causa, com afinco e determinação, privando cronicamente a sua família do convívio, por força de seus inúmeros compromissos. Além das demandas profissionais, arvora-se a encontrar no templo espírita seu segundo emprego, com chefe, cargos, horários e metas.
É alçado assim à condição de “trabalhador”, como se fosse um nível hierárquico acima do “frequentador”, como se a ele coubesse uma atribuição especial, acima dos outros. Quantos jogos de poder e de orgulho se escondem nessas construções?
Quando constituímos uma família, abraçamos ali responsabilidades afetivas que demandam tempo, tempo de conviver, de conversar, de sermos amigos e irmãos e por que não, para o lazer. É fundamental o lazer em família, darmos gargalhadas, brincarmos. Esses momentos marcam a história de nossos filhos, que nos vêem como seus pais, únicos para eles.
Quando abraçamos diversas responsabilidades na Casa espírita, lembremos que não nos cabe fazer tudo. Por vezes, na busca do evento perfeito, sequiosos de cargos e não de encargos, relembrando o velho Chico Xavier, nos atolamos de atribuições, muitas delas burocráticas, constituindo a vivência espírita um fardo, um segundo emprego, estressante. Esquecemos que esse trabalho todo só terá valor se tiver reflexos na reforma íntima do trabalhador.
Essa ausência prolongada, com causa identificada, pode alimentar no jovem uma aversão à casa espírita, vendo ali a fonte de afastamento de seus pais, como um protesto por aquela situação, em uma atitude típica da juventude. Isso pode se refletir na falta do desejo de ir à casa espírita, na falta de envolvimento com as atividades da casa ou até na aversão completa.
Em hipótese nenhuma estou fazendo uma apologia à preguiça ou pregando que não venhamos a trabalhar na seara do bem. Pelo contrário, o que nos deve chamar a atenção é a motivação desse trabalho, essa ansiedade centralizadora de fazer tudo, às vezes à nossa maneira, e, pelo discurso da perfeição, abandonar o convívio dos nossos, afogados de atribuições.
A religião é uma ferramenta de nosso crescimento espiritual, tão valiosa quanto é a família. Esses institutos não devem concorrer entre si e sim cooperar. Temos de ter tempo de lazer, de conviver com nossos filhos, de conversar. Temos de ter tempo para o trabalho no bem. As tarefas da casa espírita devem crescer com a adesão do grupo e não de uns poucos que se matam para fazer as coisas. Se assim for, a casa não está envolvendo as pessoas e nos vemos nas antigas armadilhas do personalismo e do perfeccionismo.
No livro Conduta Espírita, o Espírito André Luiz afirma que:

“Acima de todas as injunções e contingências de cada dia, conservar a fidelidade aos preceitos espíritas cristãos, sendo cônjuge generoso e melhor pai, filho dedicado e companheiro benevolente”.

Relembrando o nosso dever em todos os planos e não apenas no religioso. Esse modelo de dedicação intensa à religião, principalmente no plano formal, já existiu no mundo e constatamos pela história que ele não dá certo.
No mesmo livro, André Luiz assevera:

“Situar em posições distintas as próprias tarefas diante da família e da profissão, da Doutrina que abraça e da coletividade a que deve servir, atendendo a todas as obrigações com o necessário equilíbrio”.

Apontado o equilíbrio como a tônica de tudo. Se tens família, se tens filhos, deves dedicar a eles um tempo, não como obrigação de um dever, mas como momento de amor e de comunhão com esses Espíritos, dádivas nessa tua encarnação. Não te permitas ser roubado por múltiplas atribuições na casa, pela perfeição dos eventos, das instalações, dos documentos, em um novo emprego oriundo dessa visão empresarial de gerir a casa espírita. Pensemos na qualidade e não na quantidade. Não seremos questionados pelo muito que fizemos quando chegarmos ao lado de lá, e sim pelo como fizemos...

Marcus Vinícius de Azevedo Braga
acervobraga@gmail.com
Guará II, Distrito Federal (Brasil)


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Católicos carismáticos já descobrem a mediunidade

O “Jornal de Opinião” Nº 1094, de 31-5 a 6-6-2010, da Arquidiocese Metropolitana de Belo Horizonte, tem como destaque esta manchete: “Renovação Carismática – Um Movimento que Divide Opiniões”. A matéria “Renovação carismática: Fenômeno humano ou manifestação do Espírito?”, nas páginas 7,8 e 9. 
O problema é antigo, pois as práticas pneumáticas (mediúnicas) foram ensinadas por Paulo a seus discípulos (1 Coríntios capítulos 12,13 e 14). As autoridades da Igreja trataram de eliminarem-nas, logo de início, porque os médiuns (profetas) tinham mais prestígio do que os padres nas comunidades cristãs. Mas com os carismáticos, elas ressurgiram no século 20 entre os evangélicos americanos e depois entre os católicos e evangélicos de vários países. Mas uma boa parte dos bispos e padres sempre os viu com um certo mal-estar e uma certa preocupação. Daí os freqüentes conflitos entre padres e eles. E a coisa se complica mais, quando se sabe que a Teologia Católica ensina que o Espírito Santo só inspira os bispos em concílios ecumênicos! O que os carismáticos chamam de Espírito Santo e que eles incorporariam (que presunção e ingenuidade!) é, na verdade, um espírito humano, que pode, inclusive, pelo seu atraso evolucional, ser até um espírito de trevas. E vamos à matéria citada. Você, que tem costume de ler esta coluna, observará que o que diz o monsenhor José Luiz Gonzaga do Prado, professor de Teologia, de grego bíblico, hebraico e literatura paulina e joanina do Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto (SP), confere, praticamente, com os meus pontos de vista. Ele afirma que estaria pecando, se numa paróquia que dirigiu, não vetasse a formação de um grupo de orações de carismáticos. Mas ele aprova os fenômenos de êxtases, revelações proféticas entre as primeiras comunidades cristãs, citando a Primeira Carta de Paulo aos Coríntios capítulos 12,13 e 14, e os fenômenos pneumáticos ocorridos com Montano, Maximila e Priscila, no ano de 156. Mencionando as curas e o transe coletivo das reuniões dos carismáticos, ele afirma que esses episódios são conhecidos há muito tempo nos terreiros de Umbanda e Candomblé. Os estudiosos de religiões sabem que os fenômenos que acontecem com as duas religiões são mediúnicos. Ele não citou os espíritas que são os mais numerosos e os mais conhecidos na prática da mediunidade. Essa atitude dele, talvez, seja para não assustar muito os carismáticos.
Com uma certa reserva, monsenhor José Luiz Gonzaga inclina-se para as teses materialistas, que não creem no contato com os espíritos, mas menos ainda no contato com o Espírito Santo.
Ele narra o fato de uma pessoa, que participa de reunião dos carismáticos, ter ficado numa delas possuída pelo demônio. Por fim, o monsenhor, que é autor do livro “A Bíblia e suas Contradições, como Resolvê-las?”, fala o que eu tenho dito, ou seja, como explicar que a mesma causa produza efeitos tão diferentes? E pergunta: como atribuir isso ao Espírito Santo? Ademais, o que poucos carismáticos sabem é que a própria palavra carismático significa médium!
Como se vê, a tese dos católicos, protestantes e evangélicos de que eles se comunicam com o Espírito Santo e não com os espíritos, negando a mediunidade e o espiritismo, começa a desmoronar exatamente como aconteceu com a poderosa tese marxista, cujo fim aconteceu de dentro para fora!

Obs.: Esta coluna, de José Reis Chaves, às segundas-feiras, no diário de Belo Horizonte, O TEMPO, pode ser lida também no site www.otempo.com.br Clicar colunas. Ela está liberada para publicações. Ficarei grato pela citação nelas de meus livros: “A Face Oculta das Religiões”, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” Ed. EBM (SP) e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte (MG) –  www.literarium.com.br - e meu email: jreischaves@gmail.com Os livros de José Reis Chaves podem ser adquiridos também pelo e-mail: contato@editorachicoxavier.com.br e o telefone: 0800-283-7147

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sexta-feira, 11 de junho de 2010

Chamo-me Amor ( Emmanuel )


 S l i d e

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Enviado por: Felinto Elízio Duarte Campelo       
( felintoelizio@gmail.com )
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