segunda-feira, 28 de junho de 2010

Choro Lamento surgiu de um episódio e preconceito racial

Em depoimento prestado num programa da TV Cultura de São Paulo, o músico e flautista Altamiro Carrilho disse que o choro Lamento, de Pixinguinha, foi composto após o compositor ter sido vítima de preconceito racial.
Disse Altamiro que certa vez, Pixinguinha e seus músicos dirigiram-se a um hotel, no Rio de Janeiro, para fazerem uma apresentação. Ao chegarem na portaria, foi-lhe comunicado que não poderia entrar pelo mesmo local que os outros hóspedes, mas pela porta da cozinha.
Alma nobre, Pixinguinha não discutiu diante da ordem recebida, tão pouco se identificou. Quando, depois, o episódio foi esclarecido, o porteiro, de joelhos, pediu-lhe desculpas, pois não sabia de quem se tratava e estava cumprindo ordens.
Incrível é que o gerente do hotel quis despedir o porteiro. Novamente se revela a fineza de caráter do autor de Carinhoso, que interveio a favor do porteiro, impedindo a demissão.
Ao terminara a apresentação, os músicos estavam reunidos quando Donga apanhou uma partitura e sugeriu que Pixinguinha compusesse uma música, inspirada no acontecimento. Assim surgiu o choro Lamento.
Este episódio está longe de ter-se constituído num caso isolado, perdido no tempo.
Albert Einstein já dizia: “Triste época a nossa, em que é mais difícil quebrar um preconceito, do que um átomo.” O preconceito, próprio da inferioridade humana, sempre aconteceu, em todas as épocas. O Espiritismo, que nos dá a certeza de que, perante Deus, todos somos iguais, também nos conscientiza de que, quando o homem exemplificar, com todas as letras, a Lei do Amor, o preconceito será totalmente extirpado na Terra.

Altamirando Carneiro
alta_carneiro@uol.com.br

Imagem ilustrativa

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Os exilados da Capela


Livro de:
EDGARD ARMOND


Os Exilados da Capela é uma das obras de Edgard Armond que trata de forma abrangente a evolução espiritual da humanidade terrestre segundo tradições proféticas e religiosas, apoiadas em considerações de natureza histórica e científica.
Além desta obra, que já é um best seller, o autor nos legou ainda Almas Afins e Na Cortina do Tempo, que compõem uma trilogia sobre os caminhos da humanidade, além de diversas outras obras de conhecimentos doutrinários.
Algumas estavam relativamente esquecidas ou sem condições de serem editadas, apesar de seu grande valor.
Com satisfação, a Editora Aliança reúne agora todas elas numa coletânea denominada Série Edgard Armond.
O leitor ávido de conhecimentos certamente irá apreciá-la, enriquecendo significativamente sua vivência espiritual.

EDGARD ARMOND


I - A CONSTELAÇÃO DO COCHEIRO

- “Nos mapas zodiacais, que os astrônomos terrestres compulsam em seus estudos, observa-se, desenhada, uma grande estrela na Constelação do Cocheiro que recebeu, na Terra, o nome de Cabra ou Capela”.
“Magnífico Sol entre os astros que nos são mais vizinhos, ela, na sua trajetória pelo Infinito, faz-se acompanhar, igualmente, da sua família de mundos, cantando as glórias divinas do Ilimitado." (A Caminho da Luz, Emmanuel, cap. III)
A Constelação do Cocheiro é formada por um grupo de estrelas de várias grandezas, entre as quais se inclui a Capela, de primeira grandeza, que, por isso mesmo, é a alfa da constelação.
Capela é uma estrela inúmeras vezes maior que o nosso Sol e, se este fosse colocado em seu lugar, mal seria percebido por nós, à vista desarmada.
Dista da Terra cerca de 45 anos-luz, distância esta que, em quilômetros, se representa pelo número de 4.257 seguido de 11 zeros.
Na abóbada celeste Capela está situada no hemisfério boreal, limitada pelas constelações da Girafa, Perseu e Lince: e, quanto ao Zodíaco, sua posição é entre Gêminis e Tauro.
Conhecida desde a mais remota antigüidade, Capela é uma estrela gasosa, segundo afirma o célebre astrônomo e físico inglês Arthur Stanley Eddington (1882-1944), e de matéria tão fluídica que sua densidade pode ser confundida com a do ar que respiramos.
Sua cor é amarela, o que demonstra ser um Sol em plena juventude, e, como um Sol, deve ser habitada por uma humanidade bastante evoluída.


* ver O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, perg.188. (Nota da Editora)


Disponibilizo todo o livro para download:  Os exilados da Capela

Juventude no Além

Fábio é um rapaz maravilhoso. Sempre tive muito orgulho por ele ser meu irmão gêmeo e continuo tendo cada vez mais com seus trabalhos realizados no Plano Espiritual, por sua força de vontade em querer aprender, estudar, ajudar ao próximo, progredir com tudo.
Estou muito feliz com este livro que ele acaba de escrever aos encarnados. Agradeço a Deus por permitir que a vontade de Fábio se realizasse.
O livro tem uma linguagem simples, onde descreve suas experiências desde o dia em que desencarnou.
Procura passar a todos mensagens de otimismo, amor, coragem, fé em Deus e, principalmente, nunca perder a esperança.
Que Deus o ilumine cada vez mais e o abençoe. Amo muito meu irmão, desejo a ele muita paz, coragem, sabedoria e muita força em seus trabalhos.
E que no futuro próximo ele tenha a oportunidade de escrever novas mensagens a todos.

Daniela Marcello Stanojev

Disponibilizo todo o livro para download: Juventude no Além

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Ela não é feita de vingança


É comum que nas disputas de todo gênero, especialmente quando envolvem bens, guarda de filhos ou supostos danos morais, ofensas consideradas graves, separações ou rompimentos afetivos, que a figura da vingança surja com toda força.
Esse rancor, guardado e alimentado muitas vezes durante décadas, é gerador de enfermidades, de ódios que ultrapassam gerações e de tragédias que atingem famílias inteiras. Um equívoco, todavia, nisso tudo.
O sentimento de misericórdia nos convoca à modificação dos sentimentos, alijando a pesada carga do rancor, do desejo de vingança, do ódio contra alguém que muitas vezes está mais perturbado que nós próprios. O mundo melhor que todos desejamos não possui lugar para esses sentimentos, descontrolados e sem base no Amor.
Esse raciocínio recebe o desprezo de muita gente que supõe que a justiça esteja sendo burlada, que o mal que recebemos será esquecido, e que o suposto agressor sairá vencedor e nós ficaremos prejudicados, além do sentimento de agressão que já temos recebido.
Consideremos, porém, que a Grandeza de Deus não precisa de nosso ódio para corrigir um filho que se equivocou, que prejudica outros filhos seus, para que a Justiça funcione com perfeição. Não! Absolutamente. A justiça não é feita de vingança! Ela é feita de amor, de igualdade, de reparações com o tempo, de conscientização interior. Afinal, enquanto odiamos nosso perseguidor, nosso ofensor ou aquele que nos prejudicou, nos igualamos a ele. Entretanto, é bem interessante o que ocorre quando agimos ao contrário. Elevando-nos acima das próprias dores e ulcerações com o sentimento de compaixão pelos próprios adversários, movimenta-se a Justiça para retirar-nos do cárcere de dores que já não mais merecemos ou que estão superadas.
Peço ao leitor ler novamente o trecho final do último parágrafo. Quando usamos do perdão e da compaixão, a própria vida movimenta-se em nosso favor para remover outras dores, outros sofrimentos e obstáculos que ainda nos fazem sofrer. Isso é Lei. Se oferecemos a compreensão, o perdão e a compaixão, da mesma forma receberemos isso da vida nas ações em que nós mesmos fomos os algozes ou autores. Será que nos esquecemos dos inúmeros equívocos que praticamos contra os outros no curso da vida?
Quem de nós poderá erguer a mão e dizer que nunca errou, que nunca ofendeu, que nunca maltratou, que nunca prejudicou outra pessoa?
Por essa única pergunta podemos concluir que todos nos devemos compreensão e tolerância mutuamente, além dos esforços no exercício do perdão, sempre que necessário.
Vingança é peso inútil, gerador de ódios e aflições, numa "bola de neve" que precisa ser interrompida com o exercício do perdão. Este sim, alívio para o coração, libertador de consciência, estímulo de felicidade.
Recomendamos aos leitores o livro Herdeiros do Novo Mundo, de Lúcius, por André Luiz Ruiz, que inspirou a presente abordagem, inclusive com pequenas transcrições parciais. A edição é do IDE, de Araras-SP.

Orson Peter Carrara
orsonpeter@yahoo.com.br

Imagem ilustrativa