domingo, 12 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Foi de graça a nossa criação, mas é tarefa nossa a salvação
O apóstolo Paulo ensinou as doutrinas da fé, da graça e do pecado original. Santo Agostinho e o teólogo inglês Pelágio polemizaram muito a respeito delas. Santo Agostinho exagerou as coisas da graça. Nessa questão, a Igreja ficou mais com Pelágio do que com santo Agostinho.
Mas porque Lutero exagerou também a graça, a Igreja endureceu sua posição contra ela, o que levou os protestantes e evangélicos, por sua vez, a exaltarem também ainda mais essa doutrina. Mas, recentemente, a Igreja, buscando mais união com os protestantes e evangélicos, passou a adotar a teologia da graça.
Diz o dito popular: “O que se segura muito, sai entre os dedos”. É exatamente o que vem acontecendo com os tratados teológicos antigos. De conteúdo muito exagerado, eles vêm caindo num esvaziamento, pois se tornaram insustentáveis para a mentalidade dos cristãos do Terceiro Milênio. E o pior é que os teólogos atuais insistem em mantê-los, pois estão comprometidos, profissionalmente, com eles. Assim, os defendem, mas lá no seu íntimo, não creem muito neles, o que, aliás, traz um grande sofrimento para eles. Nós leigos, que acompanhamos essas questões teológicas, somos livres para as abordarmos, pois não estamos presos a nenhuma hierarquia religiosa, pelo que, muitas vezes, nos transformamos em portavozes dos teólogos, dizendo o que eles gostariam de dizer, mas não o podem. Nesse sentido, alguns líderes religiosos se desabafam comigo.
Outra doutrina polêmica entre a maioria dos cristãos é a do pecado original, que até dispensa comentários.
Já a doutrina da fé (do grego “pistia”, e do latim “fides”), melhor seria essa palavra ser traduzida por fidelidade, como alguns tradutores bíblicos modernos estão fazendo, mesmo porque ela tem também esse significado. De fato, não basta crer em Jesus, é preciso que se tenha fidelidade a Ele, à sua mensagem, pois crer por crer em Jesus, até os demônios maus (almas ou espíritos humanos atrasados) creem, mas não têm fidelidade para com o excelso Mestre, e que são os espíritos daquelas pessoas que ouvem as palavras do Mestre dos mestres, mas não as põem em prática, ou seja, segundo o próprio Jesus, como quem constrói sua casa na areia, e não como aquele que a constrói na rocha, a qual resiste aos vendavais.
Por oportuno, esclareço aqui que é comum as pessoas misturarem demônios com diabos. Diabo não é espírito, mas
pecado (adversário dos espíritos que somos). Assim é que Jesus tirava demônios das pessoas, mas nunca tirou delas diabo e nem satanás, cujo significado é semelhante ao de diabo, e não é também, pois, demônio.
Quanto à doutrina da graça, creio que ela só vale para a nossa criação, pois antes de existimos, não poderíamos mesmo ter mérito nenhum. Mas depois que fomos criados, dotados de intelecto e livre-arbítrio, passamos a ser responsáveis pelos nossos atos e, consequentemente, por nossos méritos e deméritos da lei de causa e efeito, que é manipulada por nós mesmos e não por Deus ou qualquer outro ser, já que colhemos o que semeamos.
Se a nossa salvação fosse de graça, o reino dos céus não seria tomado por esforço. Realmente, passar pela porta estreita não é fácil. Da parte de Deus e Jesus, tudo já foi feito do modo melhor e mais perfeito possível. Cabe-nos, agora, fazermos a nossa parte, ou seja, a tarefa da vivência incondicional do Evangelho.
Ou será que o Nazareno nos trouxe o Evangelho, como se diz, só pra inglês ver?
Obs.: Esta coluna, de José Reis Chaves, às segundas-feiras, no diário de Belo Horizonte, O TEMPO, pode ser lida também no site www.otempo.com.br Clicar “TODAS AS COLUNAS”. Podem ser feitos comentários abaixo da coluna. Ela está liberada para publicações. Meus livros: “A Face Oculta das Religiões”, Ed. EBM (SP), “O Espiritismo Segundo a Bíblia”, Editora e Distribuidora de Livros Espíritas Chico Xavier, Santa Luzia (MG), “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” Ed. EBM (SP) e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte (MG) – www.literarium.com.br - e meu e-mail: jreischaves@gmail.com Os
livros de José Reis Chaves podem ser adquiridos também pelo email: contato@editorachicoxavier.com.br e o telefone: 0800-283-7147.
Imagem ilustrativa
Mas porque Lutero exagerou também a graça, a Igreja endureceu sua posição contra ela, o que levou os protestantes e evangélicos, por sua vez, a exaltarem também ainda mais essa doutrina. Mas, recentemente, a Igreja, buscando mais união com os protestantes e evangélicos, passou a adotar a teologia da graça.
Diz o dito popular: “O que se segura muito, sai entre os dedos”. É exatamente o que vem acontecendo com os tratados teológicos antigos. De conteúdo muito exagerado, eles vêm caindo num esvaziamento, pois se tornaram insustentáveis para a mentalidade dos cristãos do Terceiro Milênio. E o pior é que os teólogos atuais insistem em mantê-los, pois estão comprometidos, profissionalmente, com eles. Assim, os defendem, mas lá no seu íntimo, não creem muito neles, o que, aliás, traz um grande sofrimento para eles. Nós leigos, que acompanhamos essas questões teológicas, somos livres para as abordarmos, pois não estamos presos a nenhuma hierarquia religiosa, pelo que, muitas vezes, nos transformamos em portavozes dos teólogos, dizendo o que eles gostariam de dizer, mas não o podem. Nesse sentido, alguns líderes religiosos se desabafam comigo.
Outra doutrina polêmica entre a maioria dos cristãos é a do pecado original, que até dispensa comentários.
Já a doutrina da fé (do grego “pistia”, e do latim “fides”), melhor seria essa palavra ser traduzida por fidelidade, como alguns tradutores bíblicos modernos estão fazendo, mesmo porque ela tem também esse significado. De fato, não basta crer em Jesus, é preciso que se tenha fidelidade a Ele, à sua mensagem, pois crer por crer em Jesus, até os demônios maus (almas ou espíritos humanos atrasados) creem, mas não têm fidelidade para com o excelso Mestre, e que são os espíritos daquelas pessoas que ouvem as palavras do Mestre dos mestres, mas não as põem em prática, ou seja, segundo o próprio Jesus, como quem constrói sua casa na areia, e não como aquele que a constrói na rocha, a qual resiste aos vendavais.
Por oportuno, esclareço aqui que é comum as pessoas misturarem demônios com diabos. Diabo não é espírito, mas
pecado (adversário dos espíritos que somos). Assim é que Jesus tirava demônios das pessoas, mas nunca tirou delas diabo e nem satanás, cujo significado é semelhante ao de diabo, e não é também, pois, demônio.
Quanto à doutrina da graça, creio que ela só vale para a nossa criação, pois antes de existimos, não poderíamos mesmo ter mérito nenhum. Mas depois que fomos criados, dotados de intelecto e livre-arbítrio, passamos a ser responsáveis pelos nossos atos e, consequentemente, por nossos méritos e deméritos da lei de causa e efeito, que é manipulada por nós mesmos e não por Deus ou qualquer outro ser, já que colhemos o que semeamos.
Se a nossa salvação fosse de graça, o reino dos céus não seria tomado por esforço. Realmente, passar pela porta estreita não é fácil. Da parte de Deus e Jesus, tudo já foi feito do modo melhor e mais perfeito possível. Cabe-nos, agora, fazermos a nossa parte, ou seja, a tarefa da vivência incondicional do Evangelho.
Ou será que o Nazareno nos trouxe o Evangelho, como se diz, só pra inglês ver?
Obs.: Esta coluna, de José Reis Chaves, às segundas-feiras, no diário de Belo Horizonte, O TEMPO, pode ser lida também no site www.otempo.com.br Clicar “TODAS AS COLUNAS”. Podem ser feitos comentários abaixo da coluna. Ela está liberada para publicações. Meus livros: “A Face Oculta das Religiões”, Ed. EBM (SP), “O Espiritismo Segundo a Bíblia”, Editora e Distribuidora de Livros Espíritas Chico Xavier, Santa Luzia (MG), “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” Ed. EBM (SP) e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte (MG) – www.literarium.com.br - e meu e-mail: jreischaves@gmail.com Os
livros de José Reis Chaves podem ser adquiridos também pelo email: contato@editorachicoxavier.com.br e o telefone: 0800-283-7147.
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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Painel de instrumentos
O nosso Espírito tem dentro de si, em algum lugar escondido, um painel de instrumentos, da mesma maneira que as cabines das aeronaves. Um painel com indicadores, importantes orientadores na construção de nossa trajetória como
Espíritos encarnados. Como pilotos distraídos, nos esquecemos, por vezes em momentos cruciais, de consultar essas fontes de informação, deixando-nos levar pelo “voo cego”, assumindo riscos desnecessários.
Como um exercício imaginativo, podemos citar alguns desses instrumentos interiores, que não devem por nós ser esquecidos:
Espíritos encarnados. Como pilotos distraídos, nos esquecemos, por vezes em momentos cruciais, de consultar essas fontes de informação, deixando-nos levar pelo “voo cego”, assumindo riscos desnecessários.
Como um exercício imaginativo, podemos citar alguns desses instrumentos interiores, que não devem por nós ser esquecidos:
RIDICULÔMETRO: A palavra ridículo vem de riso. Às vezes agimos com uma conduta digna de graça, risível e... ridícula. São situações em que nos humilhamos ou perdemos o senso de conduta com o próximo, alarmando de forma estrondosa em nosso interior esse instrumento, enquanto pairamos surdos, ainda que todos já o tenham percebido.
DESCONFIÔMETRO: Diante das situações que se apresentam, principalmente os “Cantos da sereia” de oportunidades maravilhosas e cheias de facilidade, devemos estar atentos para o mostrador desse instrumento, desconfiando das “portas largas”, prudentes como a serpente.
PALAVRÔMETRO: Quem fala esquece, mas quem ouve não. A palavra dita voa ao vento, como expressão do nosso pensamento. E esse instrumento nos aponta, antes da fala, as possíveis implicações desta naquele contexto, de modo a evitar situações irreversíveis.
DESCULPÔMETRO: Esse poderoso mecanismo de medida indica em seus ponteiros se realmente desculpamos as pessoas quando da nossa boca sai um solene “desculpe-me”. Por vezes, jogamos uma capa escura sobre esse aparelho, para não vê-lo...
INDULGENTÔMETRO: Permite-nos aferir o quanto realmente nos colocamos no lugar do outro, diante de uma situação que nos demanda a intervenção.
Instrumento poderosíssimo!
PREVISÔMETRO: Mede a nossa capacidade de prever se uma coisa pode dar errado. Trabalha melhor associado com o desconfiômetro. É quase um “air-bag” espiritual!
RELEVÔMETRO: Aponta a relevância de cada situação para nós. É um indicador interessante, pois pequenos problemas podem ter grande relevância para nós. O instrumento nos permite olhar para o lado, deixando um pouco para lá o orgulho e o egoísmo.
Esses instrumentos e tantos outros que já existem, instalados em nosso corpo espiritual, precisam ser exercitados. São companheiros inseparáveis em nossas decisões, nas reflexões e ações cotidianas, como mecanismos seguros a nos orientar em nossa rota. É preciso, como o piloto prudente, confiar em nossos instrumentos, já que queremos chegar seguros aos nossos destinos.
Marcus Vinícius de Azevedo Braga
acervobraga@gmail.com
Brasília, DF (Brasil)
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