terça-feira, 4 de junho de 2013
sexta-feira, 31 de maio de 2013
A fraca e estéril Fé da educação e a forte e fértil Fé da instrução
Instrução e educação são duas palavras dadas como sinônimas pelos dicionários, mas não é bem assim. Toda educação é instrução, mas nem toda instrução é educação.
Instrução é dar conhecimento de matemática, de português, química, religião etc. A educação está mais ligada à moral, ao bom comportamento, a atitudes de respeito, ao bom senso e também à própria religião etc. Para Huberto Rohden, o Ministério da Educação chama-se Ministério da Instrução.
A fé da educação é aquela de berço, que pode ser ensinada também pelos professores, principalmente pelos exemplos. Se a escola for católica, os alunos são geralmente católicos. Se for espírita, eles são geralmente espíritas, o que vale também para as outras religiões.
Mas a religião oriunda da educação nem sempre será igual àquela oriunda da instrução buscada e estudada pelo indivíduo.
Essa religião que ele descobre, pelo seu estudo e pesquisas, torna-se a sua religião preferida e estável, pois é baseada no seu estudo, na lógica e no bom senso, deixando para trás a sua religião de berço adquirida pela educação e não pelo seu próprio estudo. Uma parte dessas pessoas costuma tornar-se sem religião, mantendo apenas algumas tradições daquela de berço.
É o que, acontece muito no mundo de pós-modernidade, com os católicos, principalmente, com os intelectuais, pois eles têm dificuldades em aceitar alguns dogmas. O problema da Igreja é, pois, de fé.
Pela Bíblia, “a fé é a certeza das coisas que são esperadas, a convicção de fatos que se não veem.” (Hebreus 11: 1). Fé, pois, no futuro, ou seja, na vida do espírito imortal que não morre quando o corpo morre, mas apenas deixa o corpo. Não é, portanto a fé em qualquer doutrina “bolada” pelos teólogos e que são a causa do declínio, confusão e divisão do cristianismo.
O apóstolo Paulo ensina que convém reduzir a cativeiro todo o entendimento, para que obedeça a Cristo, mostrando que a fé é um ato da inteligência, do entendimento, e não da vontade. (2 Coríntios 10: 5). Mas Jesus diz que o ato de fé tem mérito, pois quem crê será salvo. (Marcos 16: 16). Para Jesus, pois, a fé é um
ato livre da vontade. Ficamos com Jesus. E como o sentido de “crer”, de acordo com a sua etimologia greco-latina equivale a “ter fé” e “ter fidelidade” (“pistis” do grego e fides do latim), a tradução mais racional deveria ser: “Quem tem fidelidade a Jesus, será salvo”, pois acreditar em Jesus, até os maus demônios acreditam, só não Lhe sendo fiéis.
Como ficou esclarecido, a fé da instrução, do estudo ou raciocinada, que é a fé espírita, sobrepuja a fé da educação, de berço, que, às vezes, é cega e inútil, pois não torna melhor o indivíduo. Parte dos adeptos do cristianismo está tendo uma fé cega e estéril, ou seja, a da educação e não a fé raciocinada da instrução, fértil e útil, pois nos leva a sermos melhores, mais realmente cristãos!
Na TV Mundo Maior, por parabólica, a cabo e o site www.tvmundomaior.com.br o programa “Presença Espírita na Bíblia”, com Celina e este colunista, nas quintas-feiras, às 20h, e nos domingos, às 23h. Para suas perguntas e sugestões: presenca@tvmundomaior.com.br - E, na Rede TV, o programa “Transição”, aos domingos, às 16h15 e em horários da madrugada.
Obs.: Esta coluna é de José Reis Chaves, às segundasfeiras, no diário de Belo Horizonte, O TEMPO, pode ser lida também no site www.otempo.com.br Clicar “TODAS AS COLUNAS”. Podem ser feitos comentários abaixo da coluna. Ela está liberada para publicações. Meus livros: “A Face Oculta das Religiões”, Ed. EBM (SP), “O Espiritismo Segundo a Bíblia”, Editora e Distribuidora de Livros Espíritas Chico Xavier, Santa Luzia (MG), “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência”
Ed. EBM (SP) e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte (MG) – www.literarium.com.br - e meu e-mail: jreischaves@gmail.com - Os livros de José Reis Chaves podem ser adquiridos também pelo e-mail: contato@editorachicoxavier.com.br e o telefone: 0800-283-7147.
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segunda-feira, 20 de maio de 2013
sexta-feira, 17 de maio de 2013
Novas atitudes
Observemos atentamente. A maioria dos desequilíbrios emocionais, psicológicos e mesmo morais são oriundos de desrespeitos que a pessoa recebeu de alguma forma. Violentada em sua liberdade, em sua dignidade, e não exclusivamente do ponto de vista físico, mas especialmente moral, é comum que a criatura humana não consiga vencer os efeitos danosos do desrespeito recebido.
Quando se cita desrespeito é importante que o conceito seja ampliado além da mera ofensa verbal ou agressão física de qualquer espécie. Amplie-se para a indiferença, a exclusão, a calúnia, o desprezo, a ironia em público, a desmoralização, enfim, tudo que desvalorize o esforço de alguém, que o menospreze...
Por essa ampliação de visão, já notamos a extensão do assunto.
Por isso, é preferível que optemos sempre pelo afeto, pelo respeito, pela valorização de qualquer pessoa de quem nos aproximemos. Há se visto no planeta, inúmeros casos de pessoas aprisionadas moralmente, “massacradas” psicologicamente, condicionadas à vontade de alguém, desprezadas, humilhadas em público, com consequências danosas de grande peso no equilíbrio e estabilidade emocional, muitas vezes pela vida toda. Isso pode se dar no matrimônio, na vida familiar, no relacionamento profissional, em qualquer ambiente, mesmo naqueles destinados à educação e, por incrível que possa parecer, inclusive nos ambientes religiosos.
É que o perfil humano existente, de dominação, de pressão psicológica, de imposição de idéias, de prepotência, vaidade, egoísmo e outros tantos característicos próprios de nossa condição humana, insiste em prevalecer.
Pessimismo? Não, absolutamente. Apenas a condição humana. Agressores fixados na perseguição, atormentados pelo remorso e sem conseguir libertar-se; agredidos paralisados, cegos de ódio...
Felizmente é condição temporária, pois somos seres humanos com grande potencial de felicidade, a desenvolver-se pelo conhecimento de si mesmo.
E a maioria de nós opta pelo aprendizado através da dor de rudes experiências.
É esta sensibilização para novas atitudes é que está faltando nos relacionamentos humanos. Sensibilizar para o afeto, para a valorização uns dos outros, do respeito às diferenças. Esta sensibilização aproximará os seres humanos e caracteriza o perfil do Homem de Bem, denominação para o conjunto de virtudes que dignificam a condição humana. É que o que mais estamos precisando, no trato uns com os outros, é de nos respeitarmos mutuamente. As tentativas de mudar pessoas, impor idéias, agredir, perseguir, viver intrigas de bastidores, manipular, etc, são atitudes de grande prejuízo nos relacionamentos, no presente, e com consequências no futuro, a depender da maturidade dos envolvidos.
Causar sofrimentos a quem quer que seja será sempre bagagem a recuperar no futuro. Adotemos, pois, atitudes de compreensão, pois que delas igualmente precisamos. É preciso amar. Aprendamos como...
E, por mais paradoxal que possa parecer, aprenderemos sensibilizando nosso próximo com atitudes renovadas. Nossa mudança de atitude sensibilizará o coração alheio, que, por sua vez, igualmente se sentirá tocado pela necessidade de mudança, face ao novo comportamento que ora lhe oferecemos.
Aí será uma troca. E todos saem ganhando, pois que se estabelece o equilíbrio.
Talvez seja nossa maior necessidade no estágio evolutivo que nos encontramos. Se pensarmos em profundidade, as atitudes de amor (que compreendem compreensão, tolerância, perdão, amor, benevolência, compaixão) são capazes de modificar o sofrido panorama do planeta.
Sensibilizar, eis a palavra. Primeiramente a nós mesmos, para que também as tenhamos. Os demais, por sua vez, serão sensibilizados pelas novas atitudes que adotamos. Eis o segredo, a chave. É o esforço pelo aprimoramento moral que buscamos...
Orson Peter Carrara
orsonpeter92@gmail.com
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