domingo, 8 de março de 2015
sábado, 7 de março de 2015
Estados de consciência
Imagine o leitor o arrependimento, o remorso, nos estados
mais expressivos causando perda de sono, de apetite e até afetando o encanto da
alegria de viver. Somam-se a ele as angústias próprias das preocupações, de
variadas origens, agravadas muitas vezes com as dificuldades de relacionamento,
com medos e outros estados.
Por outro lado, considere os estados de tranquilidade da
alma pacificada. Sim, aquela decorrente da paz de consciência que traz alegria
e harmonia que influem diretamente nos relacionamentos, na produtividade do
trabalho, no bem estar familiar.
Pois esses são estados de consciência, que se pode ampliar
também para as noções do dever familiar ou profissional e da consciência como
cidadão, como cristão.
Mas não é esse ângulo que queremos destacar. Objetivo é
mesmo destacar esses tormentos próprios da ausência da paz de consciência ou da
harmonia decorrente exatamente também, agora presente, da paz de consciência.
Fala-se tanto em céu e inferno. Há milênios destaca-se a
existência de um céu e de um inferno, mas eles nada mais são que estados de
consciência. É ingenuidade imaginar um céu de ociosidade ou de contemplação
eterna, sem atividade, o que tornaria o céu um outro inferno.
Ou, ao mesmo tempo, imaginar um inferno destinado ao
sofrimento eterno, sem possibilidade de libertação e ainda entregue ao comando
de um ser que o próprio Deus não poderia comandar, na figura infantil do
chamado e desacreditado diabo.
Não existem o céu e o inferno. Estes podem existir desde já
no interior de cada um de nós, de acordo com nossas posturas morais e
comportamentos que adotamos.
O que existem são estados de consciência, que pode estar em
paz ou torturada pelo remorso, pelo arrependimento.
Diabo somos nós quando nos alimentamos de inveja, de ciúme,
de rancor, de desejo de vingança, de avareza, quando agimos nos bastidores para
manipular e benfeitores somos quando usamos o perdão, a benevolência, a
humildade, a solidariedade.
Não há o castigo do inferno ou a premiação da ociosidade nas
leis que regem a vida. O que existem são leis sábias que comandam a vida com
justiça e misericórdia, sintetizada na celebre frase: “A cada um segundo suas
próprias obras”, na sabedoria do Mestre da Humanidade.
Agora que a mentalidade amadureceu somos convidados a uma
postura moral mais adequada com o progresso de nosso tempo e com as diretrizes
que começamos compreender com mais clareza.
Veja-se a complexidade do momento atual do país. Ela é fruto
de nossas imperfeições morais, individuais e coletivas, que resultaram no
quadro social que aí está. Mas estamos capacitados para superá-lo, colocando a
consciência no cumprimento do dever, agindo com retidão para não adentrarmos
depois no “inferno” da consciência de culpa. O céu de harmonia e paz que esperamos
está em nossas mãos!
Essas reflexões nos levam à obra O CEU E O INFERNO, de Allan
Kardec, que completa em 2015, 150 anos de publicação. Nossa homenagem de
gratidão à preciosa obra!
Orson Peter Carrara
quinta-feira, 5 de março de 2015
quarta-feira, 4 de março de 2015
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