terça-feira, 6 de setembro de 2022

O bom e o bonzinho


Desde que o mundo é mundo o ser humano tem um objetivo. Alguns tentam conquistar, porém, como é complicado conseguir o equilíbrio acabam por submergir nos exageros.
E o grande objetivo é: ser bom. A maioria das pessoas prefere ser bonzinho, o que venhamos e convenhamos é bem diferente do que ser bom.
Ser bom requer esforço, superação, perseverança, dedicação...
Ser bonzinho requer apenas omissão. Sim, porque o bonzinho nunca diz não, não discorda de ninguém mesmo quando sabe que tem razão, agrada a tudo e a todos, não tem senso crítico e por ai vai.
O bonzinho além de tudo é prepotente e não sabe, porque se julga humilde, mas em realidade ele quer ser unanimidade, quer ser apreciado por todos e busca os elogios incessantemente, em suma, não consegue conviver com críticas, com opiniões contrárias, com diferenças, por isso veste a bondade superficial como um escafandro que lhe protege da verdade.
Nossa sociedade infelizmente está impregnada de bonzinhos; políticos bonzinhos com promessas eleitoreiras para agradar a população, profissionais bonzinhos que preferem não debater, dialogar e até discordar do superior, professores bonzinhos que deixam alunos assinar a lista e se mandar da sala de aula, religiosos bonzinhos que dizem justamente o que os fieis querem ouvir apenas para agradá-los sem se preocupar com a verdade. Mas o pior de tudo é quando os bonzinhos são os pais.
Ser pai ou mãe bonzinho e boazinha é apenas dizer sim ao filho, não repreendê-lo, não orientá-lo, não contrariá-lo. Um perigo!
Talvez seja esse o motivo de mais de 15% de nossas crianças estarem com obesidade infantil, os pais são bonzinhos demais, fazem tudo que o filho quer. E ainda por bondade dos pais nossas crianças passam mais de 5 horas à frente da televisão e distante dos livros.
Por bondade dos pais nossas crianças vivem abarrotadas de brinquedos e carentes de carinho, e por bondade dos pais nossas crianças assistem à programações inúteis que nada acrescentarão a seu desenvolvimento. Tudo culpa do querer ser bonzinho ou boazinha.
Pais bonzinhos acreditam que o filho pode tudo, julgam que seus pupilos são santos e melhores que o filho do vizinho, criam então mini ditadores e depois não sabem como impor limites.
Iremos progredir como nação, como sociedade, quando aprendermos de fato o significado do que é ser bom. O que é ser um bom pai? O que é ser um bom filho? O que é ser um bom profissional, um bom religioso, um bom político?
O que é realmente caridade e por qual razão é ela a salvação de nosso mundo?
São questões que podemos começar a nos perguntar para chegarmos de fato a um consenso de como agir sem descambar aos exageros.
Dizer não mas saber como dizer, discordar mas saber como discordar, impor limites mas saber como impor, orientar mas saber também ouvir são pontos importantes para quem quer alcançar o objetivo de ser Bom e não apenas bonzinho.
Porque ser bom requer trabalho, labuta íntima e humildade para reconhecer que o gosto por ser unanimidade pode por tudo a perder.
Ser bom é dizer não quando preciso, é admoestar quando necessário, é impor limites e ensinar disciplina. Ser bom é discordar com educação.
Ser bonzinho é omissão, ser Bom é ação.
Cabe-nos decidir onde queremos nos encaixar:
Ser bom ou bonzinho?

Wellington Balbo

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quinta-feira, 1 de setembro de 2022

Alegrias tristes


“Sofre hoje o que te falta, adquirindo a paz para amanhã, ao invés de adquirir estranha conquista para agora, que te amargará os dias do porvir.” Joanna de Ângelis

Por paradoxal que possa parecer à primeira vista, existem alegrias tristes… Ajaezadas pelas guirlandas das ilusões e ouropéis, costumam essas “alegrias” prender-nos em calvários de dores inenarráveis.
André Luiz recomenda o exame cuidadoso de nossas alegrias, pois só é verdadeira aquela que também continua sendo alegria mais tarde.

Allan Kardec assevera : (2)

“(…) para que cada qual trabalhe na sua purificação, reprima as más tendências e domine as paixões, preciso se faz que abdique das vantagens imediatas em prol do futuro, visto como, para identificar-se com a vida espiritual, encaminhando para ela todas as aspirações e preferindo-a à vida terrena, não basta crer, mas compreender. Devemos considerar essa vida debaixo de um ponto de vista que satisfaça ao mesmo tempo à razão, à lógica, ao bom senso e ao conceito em que temos a grandeza, a bondade e a justiça de Deus”.

Parecendo oferecer-nos paradoxos, Delfina de Girardin declara : (3)

“infelicidade é a alegria, é o prazer, é o tumulto, é a vã agitação, é a satisfação louca da vaidade, que fazem calar a consciência, que comprimem a ação do pensamento, que atordoam o homem com relação ao seu futuro…
Esperai, vós que chorais! Tremei, vós que rides, pois que o vosso corpo está satisfeito! As provações, credoras impiedosas vos espreitam o repouso ilusório, para vos imergir de súbito na agonia verdadeira da infelicidade, daquela que surpreende a Alma amolentada, pela indiferença e pelo egoísmo”.

Alerta-nos Joanna de Ângelis: (1)

“(…) não te facultes a fixação das ideias que te turbem a lucidez, que te alegrem-entristecendo, dando-te e retirando-te o prazer e ameaçando a tua estrutura emocional, disfarçada nas promessas de prazeres que não fruirás, e, mesmo que os logres, passarão, deixando-te varado de dor, fulminado pelo desencanto ou esmagado pelo arrependimento”.

Conta-nos Erasto (4), discípulo de Paulo, que Santo Agostinho, quando entregue aos maiores excessos, sentiu em sua alma aquela singular vibração que o fez voltar a si e compreender que a felicidade estava alhures, que não nos prazeres enervantes e fugitivos; tornando-se, desde então, um dos mais fortes sustentáculos do Evangelho.

Conclui o Mestre Lionês : (5)

“(…) a humanidade, tanto quanto as estrelas do firmamento, perdem-se na imensidade. Grandes e pequenos estão confundidos, como formigas sobre um montículo de terra; proletários e potentados são da mesma estatura, e é lamentável que criaturas a tantas canseiras se entreguem para conquistar um lugar que tão pouco as elevará e que por tão pouco tempo conservarão.

A importância dada aos bens terrenos está sempre em razão inversa da fé na vida futura”.


Referências Bibliográficas:

(1) FRANCO, Divaldo. Vigilância. 2.ed.2002, Salvador: LEAL, cap. 17;
(2) KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno. 51.ed.Rio de Janeiro: FEB, 2002, 2ª parte – Capítulo I, item 14;
(3) KARDEC, Allan. O Evangelho Seg. o Espiritismo. 121.ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003, cap. V, item 24;
(4) KARDEC, Allan. O Evangelho Seg. o Espiritismo. 121.ed. Rio de Janeiro:FEB, 2003, cap. I, item 11;
(5) Idem ibidem cap. II, item 5.

Rogério Coelho

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segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Desejável paixão


O senhor Felício esteve num programa de televisão em que eram entrevistadas pessoas idosas, convidadas a falar sobre a velhice.
Tinha oitenta e cinco anos. Aparentava sessenta, espirituoso, bem disposto, dono de uma incrível jovialidade.

— Nunca me senti velho — dizia.
— E o corpo? — perguntou o entrevistador.
— Já não tem a mesma vitalidade; não raro, há grilos de saúde, o que é natural. Trata-se de uma máquina.
— Vai se desgastando…
— Exatamente, mas o motor está ótimo, nos dois sentidos: bombeia, incansável e eficientemente o sangue, levando o oxigênio a todas as províncias do corpo sem ratear, e me mantém permanentemente enamorado de encantadora donzela.
— O senhor, na sua idade, apaixonado por uma jovem?! — admirou-se o entrevistador.
— Sim, meu filho. Apaixonadíssimo!
— E podemos conhecer essa pessoa maravilhosa, que faz seu encanto?
— Claro, claro, mesmo porque todos devem fazer o mesmo, em favor de uma existência feliz.

Sorridente, o senhor Felício explicou:

— Sou apaixonado pela vida. Adoro viver. Intimamente sinto-me eterno jovem. Nunca experimentei o peso dos anos ou a angústia de envelhecer. Cada dia é uma aventura que aproveito integralmente.
— Qual a fórmula mágica para essa perene juventude emocional, essa esfuziante alegria? Nossos telespectadores vão adorar sua orientação.
— Elementar, meu filho. Toda manhã, ao fazer a barba, converso comigo mesmo ao espelho e afirmo: “Felício, você tem duas alternativas neste dia: ser feliz ou infeliz. A escolha é sua”.
— Escolhe ser feliz?
— Evidente! Seria um tolo se não o fizesse. Afinal, a opção é sempre nossa.

E ante o maravilhado entrevistador:

— Simples, não?

***

O Senhor Felício é dessas raras pessoas conscientes de que a felicidade não é uma estação na viagem da existência humana. Felicidade é uma maneira de viajar.
E não está subordinada à satisfação de nossos desejos, diante da Vida, mas ao desejo de descobrir o que ela espera de nós. A propósito desse tema tão caro a todos nós, alguns pensamentos interessantes:

Os homens que procuram a felicidade são como bêbedos que não conseguem encontrar a própria casa, mas sabem que tem uma. (Voltaire)

Dá-se com a felicidade o que se dá com os relógios: os menos complicados são os que enguiçam menos. (Chamfort)

Encher a hora – isso é que é a felicidade. (Emerson)

Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente. (Érico Veríssimo)

Por último, o notável poema, Velho Tema, de Vicente de Carvalho, que nos oferece a mais perfeita explicação sobre a escassez de felicidade entre os homens:

Só a leve esperança, em toda a vida,
Disfarça a pena de viver, mais nada;
Nem é mais a existência, resumida,
Que uma grande esperança malograda.

O eterno sonho da alma desterrada,
Sonho que a traz ansiosa e embevecida,
É uma hora feliz, sempre adiada
E que não chega nunca em toda a vida.

Essa felicidade que supomos,
Árvore milagrosa que sonhamos
Toda arreada de dourados pomos,

Existe, sim; mas nós não a alcançamos,
Porque está sempre apenas onde a pomos
E nunca a pomos onde nós estamos.

Richard Simonetti

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quarta-feira, 27 de julho de 2022

Os pais, os jovens, as drogas...


Uma das grandes preocupações do mundo contemporâneo é pertinente as drogas, ou, melhor dizendo, o envolvimento dos jovens, nossos filhos, com elas. E quando o fato ocorre em uma família não raro os pais perguntam-se: Onde foi que eu errei? E mil dúvidas perambulam pela cabeça de toda a família em busca de uma alternativa para a resolução de tão intrincado desafio. E fica outra pergunta: O que eu poderia ter feito para que isso não acontecesse?
Obviamente que não há uma receita para isto, porquanto os filhos são criaturas dotadas de livre arbítrio, e também não podemos e nem temos condições de vigiá-los 24 horas por dia para que não se envolvam com o mundo dos entorpecentes. E o que fazer? O ideal é sempre antecipar. Dialogar muito com os filhos, interagir, participar de suas vidas e procurar identificar suas tendências. Enfim, aproximar-se do filho, um contato de alma para alma. Esta é, aliás, uma das grandes missões da paternidade ou maternidade. Orientar é a missão. Mas apenas o diálogo resolve, perguntarão alguns? Obvio que não daremos para tão complicada situação uma resposta simplista, de modo a fazer pensar que apenas dialogando iremos livrar nossos filhos das drogas. Todavia, consideremos que o diálogo e a participação na vida desses jovens é fundamental para aproximá-los de nós, abrindo caminhos para que nossos ensinamentos sejam melhor assimilados por eles. Vale ainda destacar que muitos jovens adentram o universo do álcool, por exemplo, bebericando aos 10, 11 anos nos copos de familiares que permitem que tal coisa ocorra. Os familiares dizem apenas: "Sim, você pode tomar um gole de meu copo!" Não há a conversa, apenas a permissividade. Tudo pode, tudo vale! E a criança, de natureza curiosa, quer mesmo experimentar. Mas, como fica se essa criança tornar-se um adulto viciado? Muitos casos assim, de jovens bebericando em copos de familiares acabam dando enorme dor de cabeça não apenas aos pais, mas, à toda sociedade. Observemos. Ora, se sabemos que essas crianças ou jovens podem aderir ás drogas, sejam elas dos tipos que forem, como podemos permitir que convivam desde idade infantil com o álcool que, diga-se de passagem, não deixa de ser uma droga? Deixo para sugestão ao leitor interessante experiência narrada por um amigo. Diz ele: "Tenho dois filhos um menino de 12 e uma menina de 14 anos e todos os domingos realizamos a reunião da família. Nessas conversas domingueiras estamos nos conhecendo mais, eu a eles; eles a mim. Você perguntará: Mas o que isso tem a ver com o tema drogas? Respondo que tem tudo a ver, porquanto - segundo meu amigo - essas reuniões estão desdobrando-se de forma tão agradável que, naturalmente, entra-se na abordagem de diversos assuntos da atualidade, tais como: sexo, drogas, consumismo e por ai vai... "Estamos tendo - diz ele - a oportunidade do diálogo. Estamos nos conhecendo melhor. Abrimos as portas de nossa relação para o diálogo. Pode ser que um deles envolva-se com drogas ou coisas ilícitas, todavia estamos pela ferramenta do diálogo mais próximos uns dos outros".
Que tal experimentarmos a sugestão do amigo? Ao invés de ficarmos aos domingos assistindo aquela velha lenga lenga televisiva dedicarmos um espaço para a família, aproximando-nos assim dos nossos filhos. Pode ser um caminho para que eles fiquem cada vez mais longe das drogas.

Wellington Balbo

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quinta-feira, 21 de julho de 2022

A Esperança na vida versus a cultura do medo


“Há tanto tempo estou convosco, e tu não me tens conhecido?”(1)

De onde vem o sentimento do medo? Por que temos medo de sentir medo? O que desperta a inquietação na alma ante o perigo, até mesmo imaginário?
Questiona-se apenas o medo comum, o “medo nosso de cada dia” e não o medo sintomático, o medo patológico, o pânico fóbico sob um cortejo de desordens psicossomáticas.
Grandes personagens da humanidade admitem que têm medos ou já passaram por situações que desencadearam fobias importantes.
A cultura do medo obstrui a espontaneidade humana, impedindo o homem de viver sem as persistentes repressões delimitadoras da liberdade relativa. Temos medos das misteriosas circunstâncias do porvir. Receamos falar, ouvir, pensar, aproximar, sentir. São pavores incompreensíveis que sequer ousamos buscar as explicações razoáveis. Em face disso, atrofiamos os sentidos sob o jugo do temor.
Internalizamos até mesmo o receio de outrem. Atemorizamo-nos ante os assaltos, os sequestros relâmpagos, os projeteis “perdidos”. Ficamos ruborizados diante do “estouro” do cheque especial, tememos trajar os vestuários mais simples a fim de escapar da crítica alheia. Intimidamo-nos diante da probabilidade de errar, tememos viver e nos assombramos diante da morte.
Somos assim, seres amedrontados diante das críticas, preferimos passar uma vida inteira no anonimato a nos arriscar a uma situação que nos colocaria em evidência.
Se o ditado popular profere: filho de peixe, peixinho é, então devemos, por convicção, entender que filho de Deus…, grandioso é. Somos isso! Grandiosos e capazes de nos livrar dos medos, dos preconceitos, do egoísmo, do orgulho, enfim, dos terrores limitantes a fim de superar as fragilidades e deficiências psicológicas diante da experiência.
A cultura do medo é instalada desde o berço, observemos: quando embalamos nossos filhos para niná-los, cantamos as cantigas: “boi-da-cara-preta”, “nana nenê que a cuca vem pegar”, desde pequenos somos educados, condicionados, consciente ou inconscientemente, que devemos temer algo, alguém ou alguma coisa. Tememos até mesmo o Criador da vida.
Mas não é esse o sentido da vida, deveríamos propor desde o berço a prudência eivada de esperanças, confianças, afetos e coragens, pois recordemos que filho de Deus…, grandioso é!
Somos criaturas com incomensurável potencial afetivo. Basta acionarmos o start para potencializarmos o amor, a vida, e o encanto pelas coisas, pelas pessoas, para esse desiderato basta encontrarmos um caminho de equilíbrio para que a vida tenha maior significação.
A cultura do medo deve ser banida da sociedade, assim como a corrupção, a ironia, a desvalorização do ser humano.
Não é esse um ponto de vista ingênuo, romântico, e utópico, mas uma concepção essencialmente corajosa, próspera e idealista. Vale a pena investir nos princípios, crenças, conceitos, valores e atitudes do ser humano, um ente incrível, admirável e curioso na essência.
A cultura da esperança principia no direito à liberdade, no sorriso amistoso, no gesto de confiança e no aceno de parceria.
A teoria de Erickson, psiquiatra norte-americano, pesquisador da neurolinguística e métodos de trabalho, revela que “nos primeiros meses de vida, o bebê adquire a confiança ou o medo que perdurarão pela vida toda”, assim sendo a criança maltratada cresce rancorosa e agressiva. Humilhada, acumula sentimento de culpa, revolta e inferioridade e lembrem-se que no futuro será um adulto, e essas características poderão acompanhá-la.
Quando instalamos a cultura da esperança e tratamos com justiça e afeto nossas crianças, elas desenvolvem o respeito, a confiança, o sentimento de amizade, aprende a gostar de si e dos outros e são muito afetuosas.
Falar em esperança é alimentar a confiança de que algo bom acontecerá, é acreditar que somos capazes e podemos mudar nossas vidas. Muitos pensam em mutilar os nossos sonhos, enlameando nossa história sob as infaustas auras das corrupções, escândalos e despautérios, entretanto urge acreditar que é chegado o momento da transição, em que a esperança subjuga o medo e não se pode mais arruinar a esperança da criatura que aprendeu a receber os medos, adversidades e pluralidades. Somos grandiosos e não podemos desistir nunca.
Nos paradoxos da vida quando jovens perdemos a saúde correndo atrás do dinheiro e na decrepitude consumimos todo o dinheiro correndo atrás da saúde. Realmente não entendemos a nossa proposta para a vida, carece-nos a conexão com a esperança!
Não lemos nas bulas dos remédios a inscrição de medicamentos que alarguem a esperança, porque esse sentimento por excelência não se deixa capturar pelos instrumentos laboratoriais da Terra. Certo pensador já proferiu: “Se quiser matar um homem, rouba-lhe a esperança”. O único remédio capaz de acrescer nossa esperança é aquele que encontramos na intimidade da consciência. Portanto, o medo não deve ser matriz do nosso insucesso.
A esperança significa luta, expectativa de mudança, de fé em conseguir o que se deseja. Recusar o abrigo do alento da esperança em nós mesmos é atitude de clara fraqueza moral.
Redescobrir a avenida do correto sentido da vida é dar-nos a chance de um futuro intimorato e venturoso e isso é expectativa positiva e seguramente transitável.
Valorizemos cada momento da vida e optemos pela melhor circunstância, amando, perdoando, sorrindo, pois o amanhã sempre será um outro dia.
Sejamos felizes nas fronteiras dos merecimentos e abriguemos a esperança sem os abraços com o medo.

Jane Maiolo

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