sábado, 12 de dezembro de 2009

DIRETRIZES DE SEGURANÇA


Livro de:

DIVALDO PEREIRA FRANCO E J. RAUL TEIXEIRA


O homem moderno vive massificado por expressiva soma de informações que não consegue digerir emocionalmente.
Têm preferência as notícias que o agridem, atingindo-lhe o sentimento e perturbando-lhe a razão, graças à violência em alucinação e ao sexo em desgoverno, exibindo os mitos do prazer e do triunfo; como se a criatura fosse apenas um ser fisiológico, dirigido pela sensação.
Esmaecem a cultura e a ética no universo da atualidade comportamental, enquanto o despautério propõe modelos psicológicos alienados que passam a conduzir a mole que os alimenta e os atende com paixão.
As filosofias imediatistas surgem pela madrugada e desaparecem ao entardecer das emoções, deixando-os vazios perturbadores na mente e no sentimento dos seus aficionados.
As doutrinas religiosas, esquecidas do homem e preocupadas com os grupos, associam Dionísio e Paulo, Cristo e Baco, realizando banquetes em favor dos seus deuses, enquanto os atiram às masmorras dos vícios e das degradações.
As conquistas científicas beneficiam as elites, enquanto o indivíduo, esquecido, encharca-se de rebeldia, contaminado pela desesperação que campeia.
Há também, inegavelmente, homens que são extraordinários exemplos de amor e de abnegação, como Instituições de beneficência e dignificação humana, de solidariedade e de progresso, quais florações de bênçãos nas terras áridas dos sentimentos individuais e coletivos.
Assim considerando, saudamos, neste pequeno livro, o esforço conjugado de dois obreiros do Cristo, interessados em esclarecer os companheiros da marcha evolutiva, em torno da vida e da sua finalidade, dos fenômenos existenciais e da morte física, da paranormalidade e da sobrevivência do Espírito, da obsessão e do serviço ao bem, nos encontros fraternos de estudos espíritas, nos quais foram sabatinados pelo desejo honesto e saudável, por parte dos seus interrogadores, ansiosos por aprenderem mais.
Não são conceitos novos, nem trazem nada de original, porqüanto a Doutrina Espírita os explicita com admirável claridade, mas constituem uma contribuição louvável e prática para quem deseja uma vida pautada nas diretrizes da sadia moral e do bom tom. Esperamos que estas páginas logrem oferecer segurança comportamental e discernimento mental a todos aqueles que, desconhecendo os temas abordados ou tendo deles uma informação apenas superficial, resolvam-se por meditá-los, incorporando-os ao seu cotidiano. Exorando ao Senhor que a todos nos abençoe, formulamos votos de paz e plenitude para os nossos caros leitores.

Joanna de Ângelis
Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, em 30/8/1989, na sessão mediúnica do Centro Espírita “Caminho da Redenção”, em Salvador-Bahia.

Disponibilizo todo o Livro para download:    Diretrizes de Segurança

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A CAMINHO DA LUZ



História da Civilização à Luz do Espiritismo

Psicografado por:

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
DITADO PELO ESPÍRITO DE EMMANUEL



Enquanto as penosas transições do século XX se anunciam ao tinido sinistro das armas, as forças espirituais se reúnem para as grandes reconstruções do porvir.
Aproxima-se o momento em que se efetuará a aferição de todos os valores terrestres para o ressurgimento das energias criadoras de um mundo novo, e natural é que recordemos o ascendente místico de todas as civilizações que surgiram e desapareceram, evocando os grandes períodos evolutivos da Humanidade, com as suas misérias e com os seus esplendores, para afirmar as realidades espirituais acima de todos os fenômenos transitórios da matéria.
Esse esforço de síntese será o da fé reclamando a sua posição em face da ciência dos homens, e ante as religiões da separatividade, como a bússola da verdadeira sabedoria.
Diante dos nossos olhos de espírito passam os fantasmas das civilizações mortas, como se ermanecêssemos diante de um "écran" maravilhoso. As almas mudam a indumentária carnal, no curso incessante dos séculos; constróem o edifício milenário da evolução humana com as suas lágrimas e sofrimentos, e até nossos ouvidos chegam os ecos dolorosos de suas aflições. Passam as primeiras organizações do homem e passam as suas grandes cidades, transformadas em ossuários silenciosos. O tempo, como patrimônio divino do espírito, renova as inquietações e angústias de cada século, no sentido de aclarar o caminho das experiências humanas. Passam as raças e as gerações, as línguas e os povos, os países e as fronteiras, as ciências e as religiões. Um sopro divino faz movimentar todas as coisas nesse torvelinho maravilhoso.
Estabelece-se, então, a ordem equilibrando todos os fenômenos e movimentos do edifício planetário, vitalizando os laços eternos que reúnem a sua grande família.
Vê-se, então, o fio inquebrantável que sustenta os séculos das experiências terrestres, reunindo-as, harmoniosamente, umas às outras, a fim de que constituam o tesouro imortal da alma humana em sua gloriosa ascensão para o Infinito.
As raças são substituídas pelas almas e as gerações constituem fases do seu aprendizado e aproveitamento; as línguas são formas de expressão, caminhando para a expressão única da fraternidade e do amor, e os povos são os membros dispersos de uma grande família trabalhando para o estabelecimento definitivo de sua comunidade universal.
Seus filhos mais eminentes, no plano dos valores espirituais, são agraciados pela Justiça Suprema, que legisla no Alto para todos os mundos do Universo, e podem visitar as outras pátrias siderais, regressando ao orbe, no esforço abençoado de missões regeneradoras dentro das igrejas e das academias terrenas.
Na tela mágica dos nossos estudos, destacam-se esses missionários que o mundo muitas vezes crucificou na incompreensão das almas vulgares, mas, em tudo e sobre todos, irradia-se a luz desse fio de espiritualidade que diviniza a matéria, encadeando o trabalho das civilizações, e, mais acima, ofuscando o "écran" das nossas observações e dos nossos estudos, vemos a fonte de extraordinária luz, de onde parte o primeiro ponto geométrico desse fio de vida e de harmonia, que equilibra e satura toda a Terra numa apoteose de movimento e divinas claridades.
Nossos pobres olhos não podem divisar particularidades nesse deslumbramento, mas sabemos que o fio da luz e da vida está nas suas mãos. É Ele quem sustenta todos os elementos ativos e passivos da existência planetária. No seu coração augusto e misericordioso está o Verbo do princípio. Um sopro de sua vontade pode renovar todas as coisas, e um gesto seu pode transformar a fisionomia de todos os horizontes terrestres.
Passaram as gerações de todos os tempos, com as suas inquietações e angústias. As guerras ensangüentaram o roteiro dos povos nas suas peregrinações incessantes para o conhecimento superior. Caíram os tronos dos reis e esfacelaram-se coroas milenárias. Os príncipes do mundo voltaram ao teatro de sua vaidade orgulhosa, no indumento humilde dos escravos, e, em vão, os ditadores conclamaram, e conclamam ainda, os povos da Terra, para o morticínio e para a destruição.
O determinismo do amor e do bem é a lei de todo o Universo e a alma humana emerge de todas as catástrofes em busca de uma vida melhor.
Só Jesus não passou, na caminhada dolorosa das raças, objetivando a dilaceração de todas as fronteiras para o amplexo universal.
Ele é a Luz do Principio e nas suas mãos misericordiosas repousam os destinos do mundo. Seu coração magnânimo é a fonte da vida para toda a Humanidade terrestre. Sua mensagem de amor, no Evangelho, é a eterna palavra da ressurreição e da justiça, da fraternidade e da misericórdia.
Todas as coisas humanas passaram, todas as coisas humanas se modificarão. Ele, porém, é a Luz de todas as vidas terrestres, inacessível ao tempo e à destruição.
Enquanto falamos da missão do século XX, contemplando os ditadores da atualidade, que se arvoram em verdugos das multidões, cumpre-nos voltar os olhos súplices para a infinita misericórdia do Senhor, implorando-lhe paz e amor para todos os corações.

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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

ADOLESCÊNCIA E VIDA


Psicografado por:

DIVALDO PEREIRA FRANCO
DITADO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÂNGELIS
 
 
Adolescência e vida


Á medida que a Ciência e a tecnologia ampliaram os horizontes do conhecimento humano, proporcionando comodidades e realizações edificantes que favorecem o desenvolvimento da vida, vêm surgindo audaciosos conceitos comportamentais que pretendem dar novo sentido à existência humana, conseqüentemente derrapando em abusos intoleráveis que conspiram contra o desenvolvimento moral e ético da sociedade.
Nesse sentido, as grandes vítimas da ocorrência são os jovens que, imaturos, se deixam atrair pelos disparates das sensações primárias, comprometendo a existência planetária, as vezes, de forma irreversível.
Dominados pelos impulsos naturais do desenvolvimento físico antes do mesmo fenômeno na área emocional encontram, nas dissipações que se permitem, expressões vigorosas de prazer que os anestesiam ou os excitam até à exaustão, levando-os ao desequilíbrio e ao desespero. Quando cansados ou inquietos tentam fugir da situação, quase sempre enveredando pelo abuso do sexo e das drogas, que se associam em descalabro cruel, gerando sofrimentos inqualificáveis.
O único antídoto, porém, ao mal que se agrava e se irradia em contágio pernicioso, é a educação. Consideramos, porém, a educação no seu sentido global, aquela que vai além dos compêndios escolares, que reune os valores éticos da família, da sociedade e da religião. Não porém de uma religião convencional, e sim, que possua fundamentos científicos e filosóficos existenciais estribados na moral vivida e ensinada por Jesus.
Nesse sentido, a preocupação do pensamento espiritual é antiga, porqüanto o Eclesiastes preconiza, no seu capítulo 11º, versículo 9: Alegra-te, mancebo, na tua mocidade, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade, e anda pelos caminhos do teu coração, e pela vista dos teus olhos; sabe, porém, que por todas estas coisas te trará Deus a Juízo. A advertência saudável ao jovem é um convite ao comportamento moral equilibrado, de forma que a sua mocidade esteja em alegria e pureza, a fim de evitar comprometimentos infelizes.
Mais adiante, no capítulo 11º, versículo 10, volta o mesmo livro a advertir: Afasta, pois, a ira do teu coração e remove da tua carne o mal, porque a adolescência e a juventude são vaidade.
Certamente vãos são os momentos de ilusão e engano, muito comuns no período juvenil, quando os sonhos e as aspirações se confundem com falsas necessidades de realização humana, que exige sacrifício, dedicação, estudo e comportamento dignificante.
Seguindo o mesmo comportamento, o Apóstolo Paulo, escrevendo a Timóteo (1-4:12) propôs: Ninguém despreze a tua mocidade mas torna-te o exemplo dos fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza.
De grande atualidade, a determinação paulina tem caráter de terapia preventiva contra os males que hoje predominam no organismo social, se considerarmos que é comum notar-se a presença do progresso em muitas cidades, pelo número e o luxo dos bordéis que se encontram no limite da sua periferia urbana.
Torna-se urgente o compromisso de um reestudo por parte dos pais e educadores em relação à conduta moral que deve ser ministrada às gerações novas, a fim de evitar a grande derrocada da cultura e da civilização, que se encontram no bordo mais sombrio da sua história.
Esse investimento, que não pode tardar, é de vital importância para a construção da nova humanidade, partindo da criança e do adolescente, antes que os comprometimentos de natureza moral negativa lhes estiolem os ideais de beleza e de significado que devem possuir em relação à vida.
O estado de infância e de juventude são relevantes para o Espírito em crescimento, razão pela qual, dentre os animais, o ser humano é o que o tem mais demorado, quando se lhes fixam os caracteres, os hábitos e se delineiam as possibilidades de enriquecimento para o futuro.
O ser humano é essencialmente resultado da educação, carregando os fatores genéticos que o compõem como conseqüência das experiências anteriores, em reencarnações transatas. Modelá-lo sempre, tendo em vista um padrão de equilíbrio e de valor elevado, faculta-lhe o desenvolvimento dos valores que lhe dormem latentes e se ampliam possibilitando a conquista da meta a que se destina, que é a perfeição.
A criança e o adolescente, no entanto, que se apresentam ingênuos, puros, na acepção de desconhecimento dos erros, nem sempre o são em profundidade, porqüanto o Espírito que neles habita é viajor de longas jornadas, em sucessivas experiências, nas quais nem sempre se desincumbiu com o valor que seria esperado, antes contraindo débitos que devem ser ressarcidos na atual existência. Em razão disso, torna-se necessária e indispensável a educação no seu sentido mais amplo e profundo, de maneira que lhes sejam lícitos a libertação dos vícios anteriores e a aquisição de novos valores que os contrabalancem, superando-os.
Cuidar de infundir-lhes costumes sãos desde os primeiros dias da existência física, porqüanto a tarefa da educação começa no instante da vida extra-uterina, e não mais tarde, quando o ser está habilitado para a instrução.
Para esse formoso mister são indispensáveis o amor, o conhecimento e a disciplina, de maneira que se lhes insculpam no fino as lições que os acompanharão para sempre.
Assim pensando, estudamos, no pequeno livro que ora apresentamos ao caro leitor, vários temas relacionados com a adolescência, a fim de contribuir de alguma forma com a palpitante questão que está desafiando psicólogos, pedagogos, sociólogos, teólogos e principalmente os pais na maneira de conduzir os jovens.
Temos consciência que a nossa é uma colaboração modesta, no entanto desejamos colocar um grão de areia, humilde como é, na grande educação da sociedade do futuro, quando haverá mais justiça social e menos soma de atribulações para a criatura humana que, neste momento, caminha pelos pés da infância e da juventude.


Aracaju, 27 de março de 1997
Joanna de Ângelis

Disponibilizo todo o livro para download:    Adolescência e Vida

DEPOIS DA MORTE



Escrito por:

 L É O N  D E N I S



A morte é o ponto de interrogação ante nós incessantemente colocado, o primeiro tema a que se ligam questões sem-número, cujo exame faz a preocupação, o desespero dos séculos, a razão de ser de imensa cópia de sistemas filosóficos. Apesar desses esforços do pensamento, a obscuridade tem pesado sobre nós. A nossa época se agita nas trevas e no vácuo, e procura, sem achar, um remédio a seus males. Imensos são os progressos materiais, mas no seio das riquezas acumuladas, podese ainda morrer de privações e de miséria. O homem não é mais feliz nem melhor. No meio dos seus rudes labores, nenhum ideal elevado, nenhuma noção clara do destino o sustém; daí seus desfalecimentos morais, excessos de revoltas. Extinguiu-se a fé do passado; o cepticismo, o materialismo, substituiram-na, e, ao sopro destes, o fogo das paixões, dos apetites, dos desejos, tem-se ateado. Convulsões sociais ameaçam-nos. Às vezes, atormentado pelo espetáculo do mundo e pelas incertezas do futuro, o homem levanta os olhos para o céu, e pergunta-lhe a verdade. Interroga silenciosamente a Natureza e o seu próprio espírito. Pede à Ciência os seus segredos, à Religião os seus entusiasmos. Mas, a Natureza parece-lhe muda, e as respostas dos sábios e dos sacerdotes não satisfazem à sua razão nem ao seu coração. Entretanto, existe uma solução para esses problemas, solução melhor, mais racional e mais consoladora que todas as oferecidas pelas doutrinas e filosofias do dia; tal solução repousa sobre as bases mais sólidas que conceber se possa: o testemunho dos sentidos e a experiência da razão. No momento mesmo em que o materialismo atingia o seu apogeu, e por toda parte espalhava a idéia do nada, surge uma crença nova apoiada em fatos. Ela oferece ao pensamento um refúgio onde se encontra, afinal, o conhecimento das leis eternas de progresso e de justiça. Um florecimento de idéias que se acreditava mortas, mas que dormitavam apenas, produz-se e anuncia uma renovação intelectual e moral. Doutrinas, que foram a alma das civilizações passadas, reaparecem sob mais desenvolvida forma, e numerosos fenômenos, por muito tempo desdenhados, mas cuja importância enfim é pressentida por certos sábios, vêm oferecer-lhe uma base de demonstração e de certeza. As práticas do magnetismo, do hipnotismo, da sugestão; mais ainda, os estudos de Crookes, Russel Wallace, Paul Gibier, etc., sobre as forças psíquicas, fornecem novos dados para a solução do grande problema. Abrem-se abismos, formas de existência revelam-se em centros onde não mais se cuidava de observá-los. E, dessas pesquisas, desses estudos, dessas descobertas, nascem uma concepção do mundo e da vida, um conhecimento de leis superiores, uma afirmação da ordem e da justiça universais, apropriados a despertar no coração do homem, com uma fé mais firme e mais esclarecida no futuro, um sentimento profundo dos seus deveres, um afeto real por seus semelhantes, capazes de transformarem a face das sociedades. É essa doutrina que oferecemos aos pesquisadores de todas as ordens e todas as classes. Ela já tem sido divulgada em numerosos volumes. Acreditamos nosso dever resumi-la nestas páginas, sob uma forma diferente, na intenção daqueles que estão cansados de viver como cegos, ignorando-se a si mesmos, daqueles que não se satisfazem mais com as obras de uma civilização material e inteiramente superficial, mas que aspiram a uma ordem de coisas mais elevada. É sobretudo para vós, filhos e filhas do povo, para quem a jornada é áspera, a existência difícil, para quem o céu é mais negro, mais frio o vento da adversidade; é para vós que este livro foi escrito. Não vos trará ele toda a ciência — que o cérebro humano não poderia conter — porém, será mais um degrau para a verdadeira luz. Provando-vos que a vida não é uma ironia da sorte nem o resultado de um acaso estúpido, mas a conseqüência de uma lei justa e equitativa, abrindo-vos as perspectivas radiosas do futuro, ele fornecerá um alvo mais nobre às vossas ações, fará luzir um raio de esperança na noite de vossas incertezas, aliviará o fardo de vossas provações, e ensinar-vos-á a não mais tremer diante da morte. Abri-o confiantemente; lede-o com atenção, porque emana de um homem que, acima de tudo, quer o vosso bem. Entre vós, muitos talvez rejeitem nossas conclusões: um pequeno número somente as aceitará. Que importa! Não vamos em busca de êxitos. Um único móbil inspira-nos: o respeito, o amor à verdade. Uma só ambição anima-nos: quereríamos, quando nosso gasto invólucro voltasse à terra, que o Espírito imortal pudesse dizer a si mesmo: minha passagem pelo mundo não terá sido estéril se contribuí para mitigar uma só dor, para esclarecer uma só inteligência em busca da verdade, para reconfortar uma só alma vacilante e contristada.


Disponibilizo todo o livro para download:      Depois da morte

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

AMOR, IMBATÍVEL AMOR


Psicografado por:

DIVALDO PEREIRA FRANCO

DITADO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÃNGELIS



O amor é substância criadora e mantenedora do Universo, constituído por essência divina.
É um tesouro que, quanto mais se divide, mais se multiplica, e se enriquece à medida que se reparte.
Mais se agiganta, na razão que mais se doa.
Fixa-se com mais poder, quanto mais se irradia.
Nunca perece, porque não se entibia nem se enfraquece, desde que sua força reside no ato mesmo de doar-se, de tornar-se vida.
Assim como o ar é indispensável para a existência orgânica, o amor é o oxigênio para a alma, sem o qual a mesma se enfraquece e perde o sentido de viver.
 É imbatível, porque sempre triunfa sobre todas as vicissitudes e ciladas.
Quando aparente — de caráter sensualista, que busca apenas o prazer imediato — se debilita e se envenena, ou se entorpece, dando lugar à frustração.
Quando real, estruturado e maduro — que espera, estimula, renova — não se satura, é sempre novo e ideal, harmônico, sem altibaixos emocionais.
Une as pessoas, porque reúne as almas, identifica-as no prazer geral da fraternidade, alimenta o corpo e dulcifica o eu profundo.
O prazer legítimo decorre do amor pleno, gerador da felicidade, enquanto o comum é devorador de energias e de formação angustiante.
O amor atravessa diferentes fases: o infantil, que tem caráter possessivo, o juvenil, que se expressa pela insegurança, o maduro, pacificador, que se entrega sem reservas e faz-se plenificador.
Há um período em que se expressa como compensação, na fase intermediária entre a insegurança e a plenificação, quando dá e recebe, procurando liberar-se da consciência de culpa.
O estado de prazer difere daquele de plenitude, em razão de o primeiro ser fugaz, enquanto o segundo é permanente, mesmo que sob a injunção de relativas aflições e problemas-desafios que podem e devem ser vencidos.
Somente o amor real consegue distingui-los e os pode unir quando se apresentem esporádicos.
A ambição, a posse, a inquietação geradora de insegurança — ciúme, incerteza, ansiedade afetiva, cobrança de carinhos e atenções —, a necessidade de ser amado caracterizam o estágio do amor infantil, obsessivo, dominador, que pensa exclusivamente em si antes que no ser amado.
A confiança, suave-doce e tranqüila, a alegria natural e sem alarde, a exteriorização do bem que se pode e se deve executar, a compaixão dinâmica, a não-posse, não-dependência, não-exigência, são benesses do amor pleno, pacificador, imorredouro.
Mesmo que se modifiquem os quadros existenciais, que se alterem as manifestações da afetividade do ser amado, o amor permanece libertador, confiante, indestrutível.
Nunca se impõe, porque é espontâneo como a própria vida e irradia-se mimetizando, contagiando de júbilos e de paz.
Expande-se como um perfume que impregna, agradável, suavemente, porque não é agressivo nem embriagador ou apaixonado...

O amor não se apega, não sofre a falta, mas frui sempre, porque vive no íntimo do ser e não das gratificações que o amado oferece.
O amor deve ser sempre o ponto de partida de todas as aspirações e a etapa final de todos os anelos humanos.
O clímax do amor se encontra naquele sentimento que Jesus ofereceu à Humanidade e prossegue doando, na Sua condição de Amante não amado.


Fica a disposição todo o livro para download:  Amor, imbatível Amor