sexta-feira, 21 de maio de 2010

Dimas e a Reencarnação


A maior prova de que a alma continua vivendo após a morte foi dada por Jesus, ao aparecer para Maria Madalena, três dias após a sua morte.
Essa aparição à ex-pecadora se deu exatamente diante do seu túmulo vazio, ocasião em que Ele pediu que ela não o tocasse, pois ainda não havia subido às regiões celestiais, ou melhor, ao Paraíso.
Segundo a Bíblia, o Cristo em Espírito permaneceu entre nós durante quarenta dias, período no qual, além de aparecer a Madalena, mostrou-se também a Maria, mãe de Thiago, e Maria Salomé, quando se dirigiam ao sepulcro.
Jesus, depois de morto, foi ainda reconhecido por dois de seus Apóstolos, na Estrada de Emaús; pelos onze Apóstolos, por duas vezes no cenáculo, oportunidade em que Tomé tocou seu Espírito materializado; e também pelos mesmos, perto do Lago de Tíberíades. Foi visto ainda por cerca de quinhentos dos seus seguidores na Montanha da Galiléia, ao fazer para eles suas últimas recomendações.
Depois de falar para essa pequena multidão, o Cristo seguiu com os apóstolos para o Monte das Oliveiras. Lá, ao término de suas últimas instruções, levantou as mãos e, enquanto os abençoava, fez a sua ascensão para a vida espiritual após quarenta dias de sua desencarnação.
Diante disso, como podemos conciliar a promessa do Mestre a Dimas, o chamado "bom ladrão", no alto da cruz: "Em verdade te digo que hoje mesmo estarás comigo no Paraíso", se Jesus só foi para lá quarenta dias depois de sua morte?
De fato, Jesus não mentiu a Dimas, pois ele, ao arrepender-se de todo o mal que havia feito, rendeu-se inteiramente ao Cristo, significando, portanto, "hoje", o instante daquele mesmo dia em que o "bom ladrão" encontrou a paz de espírito.
Podemos concluir, com isso, que o Paraíso é um estado de consciência e não um local determinado no espaço.
Porém, ao garantir a Dimas a entrada imediata na Vida Superior, Jesus queria lhe dizer que isso aconteceria com o propósito de reeducá-lo, para, mais tarde, reencarnar inúmeras vezes até atingir a perfeição espiritual, a mesma já alcançada pelo Mestre. Essa perfeição, todos nós, filhos de Deus, alcançaremos também um dia, diante da eternidade!

Gerson Simões Monteiro
gerson@radiodejaneiro.am.br

Matéria extraída do Jornal da ( FEESP ) - Janeiro 2010 - Imagem ilustrativa

quinta-feira, 20 de maio de 2010

A palavra escrita e a mídia eletrônica


O texto computadorizado enseja outra mobilidade a quem dele se utiliza

O que ensina, esmere-se em fazê-lo." (Paulo, Romanos, 12:27.)
A palavra escrita nasceu com o povo fenício, constituído por exímios navegadores, que levavam navios abarrotados de mercadorias para terras distantes. Para os trâmites burocráticos desse intenso comércio, foram criados alguns símbolos gráficos cuja maturação resultou no alfabeto que conhecemos.
Portanto, conforme podemos entender com as elucubrações do Benfeitor Espiritual Camilo: ¹ "(...) nos tempos atuais, embora os inconvenientes provocados pelos que sofrem de incontinência verbal, que falam sem travas, vemos que a palavra escrita tem se mantido, desde as eras imemoriais, como uma documentação grandiosa que vem mostrando, através de descrições empolgantes, ou lamentáveis, toda a saga da humanidade, desde quando o ser humano passou a utilizar-se da escrita".
Nas escritas cuneiformes dos medos, dos persas e dos assírios; nos ideogramas chineses e japoneses; nas ideografias que se espalharam mundo afora, até os alfabetos mais elaborados, encontrados no seio de miríades de povos, temos achado verdadeiras riquezas que dão conta das sociedades planetárias, indicando, assim, a importância do texto escrito para o estabelecimento da cultura, do saber.
Nada obstante a espantosa revolução digital, em efervescência nos dias atuais, apesar dos revestimentos inovadores que as mídias utilizam, mesmo diante do bulício sobre os inesgotáveis recursos das novas tecnologias, como o DVD, como a realidade virtual e os endereços eletrônicos dos infonautas, a palavra escrita prossegue firme e forte, sem que tenha sido deslocada da sua proeminente posição de destaque na vida de todos.
Embora uma quantidade extraordinária de bytes e de gigabytes, que enchem o chamado "espaço cibernético", e a aluvião de mensagens transmitidas por correio eletrônico alcancem números nunca vistos antes, a realidade é que a palavra escrita tem garantido seu espaço, afirmando-se como matériaprima de todo esse surto de progresso na esfera das comunicações.
É verdade que o texto computadorizado enseja outra mobilidade a quem dele se utiliza. Basta que se acione uma tecla para que determinado conteúdo desapareça diante dos olhos abismados do usuário. O que antes dependia só de papel e de estro, hoje basta os feixes de elétrons e sua velocidade vertiginosa para que se obtenha materializado na tela um curto ou amplo texto escrito.
Diante desses tempos de revoluções tecnológicas perturbadoras, com o incremento da informática, pensamos que há pouco tempo a Humanidade acabou de sair da perplexidade que representou para o mundo, no bojo do século XVI, a prensa de tipos móveis de Gutenberg. Os primeiros livros deixaram de ser copiados à mão, demoradamente, para serem multiplicados à vontade pelas máquinas mágicas, então, elas sim, revolucionárias.
Nos tempos que correm, agora, tem-se a sensação de que o progresso voeja no rastro das naves espaciais ou na inabordável freqüência do pensamento humano.
A palavra escrita, o texto, estará sempre nos impulsionando a procurar complementá-la com as imagens variadas que a sua leitura nos permite, enriquecendo a criatividade da mente, apesar de todo o progresso e aperfeiçoamento tecnológico.
É, pois, através da palavra escrita que encontraremos a ponte mais curta ligando nosso mundo interno, a nossa mente, ao mundo que nos cerca, o mundo de fora.
Portanto, os incumbidos pelo avanço intelectual, que instruam as massas nas ciências, nas profissões, no entendimento dos textos lidos, a fim de que aprendam a falar com segurança, a se expressar com correção e elegância, pois que se pode identificar o progresso espiritual de um povo através do seu falar.
Ivan de Albuquerque diz, ² poeticamente:

“O amor de quem ensina é, na verdade, as bases da humana felicidade, a força que impulsiona o pensamento.
Salvar da ignorância é caridade, libertando do rude embotamento”.

Bibliografia:
1)TEIXEIRA, J. Raul. Nos passos da Vida terrestre. Niterói: FRÁTER, 2005, ip. 141-142.
2)TEIXEIRA, J. Raul. Caminhos para o amor e a paz. Niterói: FRÁTER, 2005, 1.162.


Rogério Coelho
rcoelho47@yahoo.com.br

Matéria extraída do Jornal da ( FEESP ) - Janeiro 2010 - Imagem ilustrativa

terça-feira, 18 de maio de 2010

Emmanuel é o principal Espírito Santo de Chico Xavier


Pela Bíblia, o Espírito Santo é como se fosse o coletivo de todos os espíritos. Não discordando da Doutrina Espírita, que ensina que o Espírito Santo é um espírito iluminado, considero como santos todos os espíritos, no sentido de que todos eles são criações de Deus, e um dia, serão realmente santos.
Realmente, todos os espíritos humanos, em estado potencial, são santos, pois todos têm o gérmen da santidade, tal como uma semente que tem o gérmen da planta. Os chamados espíritos bons (evoluídos) são os que poderíamos denominar de Espíritos Santos propriamente ditos ou anjos bons, que já são bem evoluídos. O Espiritismo tem como espíritos puros os que já atingiram os níveis mais avançados de evolução. Os espíritos maus, ou seja, os pouco evoluídos, são os demônios ou diabos da tradição cristã. Mas para o Espiritismo, todos são espíritos humanos, sejam eles evoluídos ou atrasados. E, na verdade, todos são também demônios, já que essa palavra, de acordo com a sua etimologia grega “daimones”, significa nos originais bíblicos espíritos humanos.
No Velho Testamento, o Espírito Santo é um espírito humano. “Deus suscitou o Espírito Santo de Daniel”. (Daniel 13,45, da Bíblia Católica). Lutero tirou os capítulos 13 e 14 de Daniel. E o Espírito Santo dos teólogos só foi instituído no Concílio Ecumênico de Constantinopla (381). Por isso, são Paulo não o conheceu. Daí que ele fala, seguindo o Velho Testamento, que nós somos templos “dum” (como está no original grego) e não “do” Espírito Santo. (1 Coríntios 6,19). As frases “Cheios “do” Espírito Santo” devem ser lidas assim: “Cheios “dum” Espírito Santo”. E quando se diz que Deus enviou seu Espírito, não se trata do próprio Espírito de Deus (Enviador e nunca Enviado), mas de um Espírito do bem, de Deus.Na Bíblia, muitas vezes, se diz anjo no lugar de espírito, porque o espírito enviado, por ser um mensageiro, torna-se um anjo. Uma parte dos apóstolos e discípulos queria que o os gentios fossem circuncidados antes de se tornarem cristãos, isto é, antes de serem batizados. Entre eles estavam são Tiago e são Pedro. Outros liderados por são Paulo eram contra essa norma. Paulo foi vitorioso nessa polêmica. E Cornélio recebeu um Espírito que o instruiu para entrar em contato com Simão (são Pedro) na cidade de Jopa, onde, em transe (êxtase), Pedro recebeu um Espírito, que o corrigiu no erro de achar que somente os judeus seriam salvos. E lembremos-nos de que isso foi depois do Pentecostes. Portanto, estão equivocados os teólogos, quando ensinam que depois do Pentecostes, os apóstolos eram inspirados pelo Espírito Santo e não erravam mais! (Recomendo a leitura, na íntegra, dos capítulos 10 e 11 de Atos). Se fosse o Espírito Santo, isto é, o único e mesmo Espírito que inspirasse os apóstolos, não teria havido a citada polêmica e outras entre eles. Também num conclave de cardeais, que elege um papa, se fosse o Espírito Santo trinitário dos teólogos que inspirasse os cardeais, todos eles votariam num mesmo candidato a papa, cuja eleição se daria na primeira votação. 
Emmanuel é um espírito altamente evoluído e que nos deixou pela psicografia do médium Chico Xavier um acervo de 450 livros teológico-bíblicos, que é, sem dúvida, um dos maiores da história do cristianismo. E  como o conteúdo desse acervo se identifica plenamente com a moral evangélica, o Espírito Emmanuel é um verdadeiro Espírito Santo!

Obs.: Esta coluna, é de José Reis Chaves, que às segundas-feiras, no diário de Belo Horizonte, O TEMPO, pode ser lida também no site www.otempo.com.br Clicar colunas. Ela está liberada para a publicação. Nas publicações, fico grato pela citação de meus livros: “A Face Oculta das Religiões”, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” Ed. EBM (SP) e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte (MG) – www.literarium.com.br - e meu e-mail: jreischaves@gmail.com Os livros de José Reis Chaves podem ser adquiridos também pelo e-mail: contato@editorachicoxavier.com.br e o telefone: 0800-283-7147.

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