segunda-feira, 14 de junho de 2010

Católicos carismáticos já descobrem a mediunidade

O “Jornal de Opinião” Nº 1094, de 31-5 a 6-6-2010, da Arquidiocese Metropolitana de Belo Horizonte, tem como destaque esta manchete: “Renovação Carismática – Um Movimento que Divide Opiniões”. A matéria “Renovação carismática: Fenômeno humano ou manifestação do Espírito?”, nas páginas 7,8 e 9. 
O problema é antigo, pois as práticas pneumáticas (mediúnicas) foram ensinadas por Paulo a seus discípulos (1 Coríntios capítulos 12,13 e 14). As autoridades da Igreja trataram de eliminarem-nas, logo de início, porque os médiuns (profetas) tinham mais prestígio do que os padres nas comunidades cristãs. Mas com os carismáticos, elas ressurgiram no século 20 entre os evangélicos americanos e depois entre os católicos e evangélicos de vários países. Mas uma boa parte dos bispos e padres sempre os viu com um certo mal-estar e uma certa preocupação. Daí os freqüentes conflitos entre padres e eles. E a coisa se complica mais, quando se sabe que a Teologia Católica ensina que o Espírito Santo só inspira os bispos em concílios ecumênicos! O que os carismáticos chamam de Espírito Santo e que eles incorporariam (que presunção e ingenuidade!) é, na verdade, um espírito humano, que pode, inclusive, pelo seu atraso evolucional, ser até um espírito de trevas. E vamos à matéria citada. Você, que tem costume de ler esta coluna, observará que o que diz o monsenhor José Luiz Gonzaga do Prado, professor de Teologia, de grego bíblico, hebraico e literatura paulina e joanina do Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto (SP), confere, praticamente, com os meus pontos de vista. Ele afirma que estaria pecando, se numa paróquia que dirigiu, não vetasse a formação de um grupo de orações de carismáticos. Mas ele aprova os fenômenos de êxtases, revelações proféticas entre as primeiras comunidades cristãs, citando a Primeira Carta de Paulo aos Coríntios capítulos 12,13 e 14, e os fenômenos pneumáticos ocorridos com Montano, Maximila e Priscila, no ano de 156. Mencionando as curas e o transe coletivo das reuniões dos carismáticos, ele afirma que esses episódios são conhecidos há muito tempo nos terreiros de Umbanda e Candomblé. Os estudiosos de religiões sabem que os fenômenos que acontecem com as duas religiões são mediúnicos. Ele não citou os espíritas que são os mais numerosos e os mais conhecidos na prática da mediunidade. Essa atitude dele, talvez, seja para não assustar muito os carismáticos.
Com uma certa reserva, monsenhor José Luiz Gonzaga inclina-se para as teses materialistas, que não creem no contato com os espíritos, mas menos ainda no contato com o Espírito Santo.
Ele narra o fato de uma pessoa, que participa de reunião dos carismáticos, ter ficado numa delas possuída pelo demônio. Por fim, o monsenhor, que é autor do livro “A Bíblia e suas Contradições, como Resolvê-las?”, fala o que eu tenho dito, ou seja, como explicar que a mesma causa produza efeitos tão diferentes? E pergunta: como atribuir isso ao Espírito Santo? Ademais, o que poucos carismáticos sabem é que a própria palavra carismático significa médium!
Como se vê, a tese dos católicos, protestantes e evangélicos de que eles se comunicam com o Espírito Santo e não com os espíritos, negando a mediunidade e o espiritismo, começa a desmoronar exatamente como aconteceu com a poderosa tese marxista, cujo fim aconteceu de dentro para fora!

Obs.: Esta coluna, de José Reis Chaves, às segundas-feiras, no diário de Belo Horizonte, O TEMPO, pode ser lida também no site www.otempo.com.br Clicar colunas. Ela está liberada para publicações. Ficarei grato pela citação nelas de meus livros: “A Face Oculta das Religiões”, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” Ed. EBM (SP) e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte (MG) –  www.literarium.com.br - e meu email: jreischaves@gmail.com Os livros de José Reis Chaves podem ser adquiridos também pelo e-mail: contato@editorachicoxavier.com.br e o telefone: 0800-283-7147

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sexta-feira, 11 de junho de 2010

Chamo-me Amor ( Emmanuel )


 S l i d e

  Acesse  o arquivo: Chamo-me Amor ( Emmanuel )

Enviado por: Felinto Elízio Duarte Campelo       
( felintoelizio@gmail.com )
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terça-feira, 8 de junho de 2010

A piedade

   
Desde cedo ouvimos repetir nos cultos cristãos :


" Cordeiro de Deus que tirai os pecados do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus que tirai os pecados do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus que tirai os pecados do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus que tirai os pecados do mundo, Daí-nos a paz." .

Para Jesus, o Cordeiro de Deus, clamamos por piedade há 2000 anos. No mesmo evangelho que pedimos piedade, Jesus nos relembra que " Com a medida que medires, serás medido", ou seja, que a piedade é uma via de mão dupla. Quando da execução dos criminosos na pena capital, estes clamam por piedade. Mas, o que é a Piedade ? 
Arriscaríamos algumas definições...Dizer que a piedade é o amolecimento de nosso egoísmo diante do sofrimento alheio. A lógica, fria e calculista, nos diz que aquela determinada pessoa está errada e deve ser castigada. Mas, nos fala no imo d'alma a piedade. Observamos na rua um indivíduo pedindo esmola, com frio. A razão nos diz que ele não quer trabalhar. Mas, nos fala no imo d'alma a piedade. Observamos aquele filho ingrato com a família e pensamos em deserdá-lo. Mas, nos fala no imo d'alma a piedade. Muitas vezes ouvimos clamar por piedade e calamos a nossa voz com a lógica.
Nos fala a psicologia que trazemos dentro de nós dois princípios : O paternal e o maternal, fruto de nossas potencialidades, como descrito no livro " Forças sexuais da Alma" do Dr. Jorge Andréa, editado pela FEB. O Paternal é aquele que é condicional , vinculado a uma reciprocidade. É quando nosso filho pede para viajar com os amigos e pedimos para ver seu boletim. O maternal é aquele incondicional, o amor de mãe, que não exige nada. É a mãe que tem o filho assassino na cadeia e vai lá consolá-lo. Na nossa estrutura social, temos esses dois princípios que se equilibram e convivem, no interior das pessoas, na família, nas intituições, de forma dialética. A piedade é o princípio maternal dentro de nós, nos chamando ao nosso lado humano, subjetivo. Por isso, o artista Michelangelo em sua escultura " Pietá", exposta no Basílica de São Pedro, Vaticano, retrata a piedade como Maria segurando Jesus retirado da cruz.. Culturalmente a mãe das mães que intercede junto ao pai (Neste caso, o impiedoso Deus dos exércitos), é a figura da piedade.
A piedade não é pena. A pena é um remoer-se interno pelo dor do outro. Um lamentar-se. Não, a piedade é ativa. Irmã da caridade, a piedade faz calar a lógica fria e matemática do olho por olho, dente por dente e nos lembra que a lei é de amor e que o pai é bondoso e amantíssimo. A piedade nos move na noite de frio a pensar em nossos irmãos com frio e levarmos para ele o nosso cobertor. A piedade detém a nossa mão para açoitar o irmão que nos feriu. A piedade está além da lógica e da razão, falando-nos ao coração. Os sistemas, estes que nos atendem nos caixas eletrônicos e nos telefones, são frios. Máquinas não são piedosas. Mas, a piedade faz aquele funcionário sair mais tarde por cinco minutos naquele dia para atender aquela senhora.
Quando em multidões, escondidos entre todos, é que vemos o quanto somos impiedosos. A pilhéria, a chacota só se faz em grupo. Em grupo, assistimos execuções públicas como espetáculos, assistimos programas de TV que exibem a dor alheia gratuitamente, gritávamos em Roma pelos leões, assistimos a touradas esperando o final sanguinário, assistimos lutas corporais sem sentido. Mas, nos lembramos sempre de pedir : " Senhor, tende piedade de nós" .
Piedade, nos olhos e no coração. Piedade que resulte da ação da caridade. Piedade que faça calar o paternal, o condicional em nosso coração e nos permita estender a mão ao nosso irmão em humanidade, antes que ele clame pela nossa piedade. Que a nossa piedade prescinda da humilhação...

Marcus Vinicius de Azevedo Braga ( acervobraga@gmail.com ) é Pedagogo e Articulista Espírita, frequenta o Grêmio Espírita Atualpa, em Brasília-DF; e publicou em 2000 o livro " Alegria de servir ", pela Editora da Federação Espírita Brasileira.

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Seria o batismo uma correção dum erro Divino na procriação?

Apesar da boa intenção e da boa fé dos teólogos do passado, ainda pouco evoluídos e com suas idéias antropomórficas sobre Deus, eles acabaram cometendo muitos erros no seu conceito de Deus.
Nós jamais somos infalíveis, como os espíritos que nos inspiram nunca o são também. Daí os erros bíblicos. E são João, sabendo da falibilidade e da ignorância dos espíritos, recomenda-nos que os examinemos, (1 João 4,1), no que os espíritas são rigorosos. Os espíritos humanos e já angélicos de alto nível de evolução ou puros merecem mais a nossa confiança. Mas nem por isso são infalíveis. Jesus nos ensinou que os anjos e Ele não sabiam quando seria o final dos tempos, pois que isso era da competência somente de Deus. (são Mateus 24,36). Kardec, que foi um estudioso sério da Bíblia, e que seguiu, pois, à risca o ensino de João, lembrou-nos de que deveríamos seguir a ciência, se amanhã for constatado um erro dum espírito da sua Codificação. Se os espíritos encarnados, como o de são Pedro e de outros apóstolos do excelso Mestre cometeram erros, por que não os cometeriam depois de desencarnados? Há na Bíblia e nos tratados teológicos antigos, idéias pueris sobre Deus. Elas são de inspirações de espíritos atrasados que foram tomados como sendo o do próprio Deus.
Mas o pior de tudo isso é que os teólogos modernos das igrejas cristãs, apesar de totalmente conscientes dos erros de seus colegas do passado, nunca reconhecem de público esses erros, continuando a ensiná-los como verdades para os seus fiéis analfabetos e cegos em Bíblia e teologia. Mas hoje, há um número maior de leigos estudiosos da Bíblia e teologia do que o número de padres e pastores. E esses leigos, que às vezes entendem de Bíblia e teologia tanto quanto os padres e pastores, e até mais do que eles, ao constatarem esses erros, apontam-nos para a sociedade, pois esses teólogos e biblistas leigos não são comprometidos com nenhuma hierarquia religiosa, e não vão perder seus empregos e privilégios por divulgarem a verdade. Muitos teólogos ensinam hoje que o pecado original de Adão e Eva, que seria herdado por todos nós, não tem nada a ver com a sexualidade. Mas, geralmente, ainda predomina o pensamento antigo de que o ato sexual da metáfora do primeiro casal humano é que é o tal de pecado original. Daí que a virgindade de Maria e o celibato dos padres são tão engrandecidos.
A fecundação sem a perda da virgindade é atribuída também às mães de Buda, Krishna e Zoroastro. (Recomendo ao leitor meu livro: “A Face Oculta das Religiões”, página 174, Ed. EBM, SP, onde verá, inclusive, o dogma da doutrina da Concepção Imaculada de Maria, proclamado em 1854 pelo Papa Pio IX, o mesmo que instituiu o da Infalibilidade dos Papas, em 1870). Essa doutrina de que Maria, nascida de são Joaquim e santa Ana, foi concebida também sem pecado original, como seria no caso de Jesus, foi rejeitada por alguns teólogos renomados da Igreja, entre eles são Tomás de Aquino, santo Agostinho e são Bernardo. Mas os teólogos fazem silêncio sobre se a fecundação de Maria foi feita também ou não pelo Espírito Santo! Essas polêmicas não diminuem para mim a importância de Nossa Senhora, Mãe de Jesus e da Humanidade. Elas, porém, nos levam a pensar que a sexualidade que Deus criou como meio de conservação de todas as espécies e de fazê-las crescer numericamente seria uma coisa errada, e que o Batismo tem por fim o absurdo de corrigir esse suposto erro de Deus!

Obs.: Esta coluna, de José Reis Chaves, às segundas-feiras, no diário de Belo Horizonte, O TEMPO, pode ser lida também no site www.otempo.com.br Clicar colunas. Ela está liberada para publicações. Ficarei grato pela citação nelas de meus livros: “A Face Oculta das Religiões”, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” Ed. EBM (SP) e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte (MG) – www.literarium.com.br - e meu e-mail: jreischaves@gmail.com Os livros de José Reis Chaves podem ser adquiridos também pelo e-mail: contato@editorachicoxavier.com.br e o telefone: 0800-283-7147.

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