quinta-feira, 24 de junho de 2010

Juventude no Além

Fábio é um rapaz maravilhoso. Sempre tive muito orgulho por ele ser meu irmão gêmeo e continuo tendo cada vez mais com seus trabalhos realizados no Plano Espiritual, por sua força de vontade em querer aprender, estudar, ajudar ao próximo, progredir com tudo.
Estou muito feliz com este livro que ele acaba de escrever aos encarnados. Agradeço a Deus por permitir que a vontade de Fábio se realizasse.
O livro tem uma linguagem simples, onde descreve suas experiências desde o dia em que desencarnou.
Procura passar a todos mensagens de otimismo, amor, coragem, fé em Deus e, principalmente, nunca perder a esperança.
Que Deus o ilumine cada vez mais e o abençoe. Amo muito meu irmão, desejo a ele muita paz, coragem, sabedoria e muita força em seus trabalhos.
E que no futuro próximo ele tenha a oportunidade de escrever novas mensagens a todos.

Daniela Marcello Stanojev

Disponibilizo todo o livro para download: Juventude no Além

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Ela não é feita de vingança


É comum que nas disputas de todo gênero, especialmente quando envolvem bens, guarda de filhos ou supostos danos morais, ofensas consideradas graves, separações ou rompimentos afetivos, que a figura da vingança surja com toda força.
Esse rancor, guardado e alimentado muitas vezes durante décadas, é gerador de enfermidades, de ódios que ultrapassam gerações e de tragédias que atingem famílias inteiras. Um equívoco, todavia, nisso tudo.
O sentimento de misericórdia nos convoca à modificação dos sentimentos, alijando a pesada carga do rancor, do desejo de vingança, do ódio contra alguém que muitas vezes está mais perturbado que nós próprios. O mundo melhor que todos desejamos não possui lugar para esses sentimentos, descontrolados e sem base no Amor.
Esse raciocínio recebe o desprezo de muita gente que supõe que a justiça esteja sendo burlada, que o mal que recebemos será esquecido, e que o suposto agressor sairá vencedor e nós ficaremos prejudicados, além do sentimento de agressão que já temos recebido.
Consideremos, porém, que a Grandeza de Deus não precisa de nosso ódio para corrigir um filho que se equivocou, que prejudica outros filhos seus, para que a Justiça funcione com perfeição. Não! Absolutamente. A justiça não é feita de vingança! Ela é feita de amor, de igualdade, de reparações com o tempo, de conscientização interior. Afinal, enquanto odiamos nosso perseguidor, nosso ofensor ou aquele que nos prejudicou, nos igualamos a ele. Entretanto, é bem interessante o que ocorre quando agimos ao contrário. Elevando-nos acima das próprias dores e ulcerações com o sentimento de compaixão pelos próprios adversários, movimenta-se a Justiça para retirar-nos do cárcere de dores que já não mais merecemos ou que estão superadas.
Peço ao leitor ler novamente o trecho final do último parágrafo. Quando usamos do perdão e da compaixão, a própria vida movimenta-se em nosso favor para remover outras dores, outros sofrimentos e obstáculos que ainda nos fazem sofrer. Isso é Lei. Se oferecemos a compreensão, o perdão e a compaixão, da mesma forma receberemos isso da vida nas ações em que nós mesmos fomos os algozes ou autores. Será que nos esquecemos dos inúmeros equívocos que praticamos contra os outros no curso da vida?
Quem de nós poderá erguer a mão e dizer que nunca errou, que nunca ofendeu, que nunca maltratou, que nunca prejudicou outra pessoa?
Por essa única pergunta podemos concluir que todos nos devemos compreensão e tolerância mutuamente, além dos esforços no exercício do perdão, sempre que necessário.
Vingança é peso inútil, gerador de ódios e aflições, numa "bola de neve" que precisa ser interrompida com o exercício do perdão. Este sim, alívio para o coração, libertador de consciência, estímulo de felicidade.
Recomendamos aos leitores o livro Herdeiros do Novo Mundo, de Lúcius, por André Luiz Ruiz, que inspirou a presente abordagem, inclusive com pequenas transcrições parciais. A edição é do IDE, de Araras-SP.

Orson Peter Carrara
orsonpeter@yahoo.com.br

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terça-feira, 22 de junho de 2010

Todo espírito enviado é um anjo bom ou um anjo mau


O significado mais comum de anjo é mensageiro, que, por sua vez, significa enviado.
A Bíblia nos recomenda que examinemos os espíritos (1 João 4,1), é porque eles são de graus diferentes de evolução. Todo espírito que se manifesta é um enviado bom ou mau. E quando se diz enviado de Deus, não quer dizer que seja o próprio Deus que o envia, pois Deus tem seus espíritos ou anjos bons que cuidam de nos enviar outros espíritos bons encarnados e desencarnados. (Hebreus 1,14).E o espírito bom que envia outro não o obriga a isso. Jesus, o Enviado de Deus à Terra, agiu por sua livre e espontânea vontade. E quando Ele, desencarnado, se manifestou a Paulo na estrada de Damasco, foi também porque Ele o quis. Existe uma doutrina errada, que ensina que todos os espíritos manifestantes são maus. A exceção seria Deus, que essa doutrina denomina de Espírito Santo. Mas Deus mesmo nunca se manifesta. “Ninguém jamais viu a Deus”. (João 1,18). E há espíritos bons (evoluídos) e maus (atrasados). Sim, na Vulgata Latina de são Jerônimo, temos espíritos bons e espíritos maus, o que está de acordo com os originais bíblicos em grego. Porém os tradutores para as outras línguas falsificaram os textos bíblicos, para darem sustentação à doutrina dogmática do Espírito Santo.
Eles tentaram anular os fenômenos espíritas ou mediúnicos que sempre existiram em nosso planeta, desde o homem das cavernas. Kardec apenas estudou e criou normas científicas para o contato com os espíritos. São Paulo chamou esses fenômenos de dons espirituais, ou seja, do espírito do médium (profeta na Bíblia). Daí que Paulo ensina que quando alguém ora em línguas, (1 Coríntios 14,14), é o próprio espírito dele que ora, não, pois, o Espírito Santo da Trindade.
Aliás, Paulo não conheceu o Espírito Santo trinitário, que só foi instituído no Concílio Ecumênico de Constantinopla (381). É por ser um assunto polêmico que essa doutrina virou dogma. E os teólogos e tradutores adaptaram os textos bíblicos a essa nova doutrina.
Recomendo, pois, aos interessados em conhecer a verdade sobre isso que estudem o assunto.
Têm surgido muitas obras desse gênero, desde que acabou a Inquisição. Até eu mesmo tenho escrito obras nessa área. Na maioria dos textos bíblicos antigos, lê-se “um” Espírito Santo, numa referência ao Espírito Santo que somos. Diz-se, pois, corretamente: inspiração de “um” Espírito Santo, e não de “o” Espírito Santo.Outros nomes que se dão aos espíritos enviados humanos são de demônios e de deuses pagãos, em oposição ao Espírito Santo. Mas, como vimos, diretamente, Deus nunca se manifesta.
Ele só pode ser “Enviador”, jamais um enviado, um mensageiro, um anjo, ainda que boníssimo, pois Ele é o Pai dos espíritos, dos mensageiros, anjos bons ou maus. (Hebreus 12,9). E como hoje se sabe, demônios, nos originais evangélicos gregos “daimones”, são espíritos (almas) dos seres humanos. Realmente, a hermenêutica nos mostra que, não só na Bíblia, mas também em outras obras antigas, demônios são os nossos próprios espíritos. Em Platão e Homero encontramos também esses exemplos.
Se nós quisermos seguir as instruções do apóstolo (1 João 4,1) para examinarmos os mensageiros ou espíritos enviados, nós temos que nos comunicar com eles. É o que faziam os primeiros cristãos (1 Coríntios capítulos 12,13 e 14), e o fazem, hoje, os espíritas, distinguindo os anjos bons dos anjos maus enviados. Os bons nos iluminam, e os maus são iluminados por nós. E, em tudo, o fundamento é o Evangelho do meigo Rabi!

Obs.: Esta coluna, de José Reis Chaves, às segundas-feiras, no diário de Belo Horizonte, O TEMPO, pode ser lida também no site www.otempo.com.br Clicar colunas. Ela está liberada para a publicação. Seus livros: “A Face Oculta das Religiões”, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” Ed. EBM (SP) e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed.Espaço Literarium, Belo Horizonte (MG) – www.literarium.com.br - e meu e-mail: jreischaves@gmail.com Os livros de José Reis Chaves podem ser adquiridos também pelo e-mail: contato@editorachicoxavier.com.br e o telefone: 0800-283-7147

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segunda-feira, 21 de junho de 2010

Auto-ajuda pelo pensamento positivo

Enfermidade ou saúde, tudo depende da direção dos pensamentos

O pragmatismo fez com que os norte-americanos concebessem diversas técnicas de auto-ajuda baseadas na força do pensamento. Nas mais das vezes, tais técnicas, quase sempre associadas a orações, visam a melhorias na saúde física e mental, no desempenho orgânico, nos relacionamentos interpessoais e, até mesmo, a obtenção de bens materiais ou de um bom casamento (segundo o imediatismo humano, conseqüência de nossa baixa elevação espiritual). As técnicas se apóiam no conhecimento das propriedades do pensamento e da vontade e sua atuação sobre o organismo, bem como na sugestionabilidade do inconsciente.
Importa-nos, espíritas, compreender essa ação do pensamento, com vista à sua utilização em favor de nossa elevação e dos que compartilham conosco os mesmos degraus evolutivos.
O pensamento é um fluxo fluídico, matéria sutil do corpo espiritual; logo, concreto e tangível. A vontade, por sua vez, é imaterial, força abstrata do Espírito, o senhor do corpo. Sabendo hoje que os mecanismos da vida são basicamente os mesmos em todos os seres, animais e vegetais (constituição celular, princípios genéticos, processos evolutivos da espécie, etc.), vejamos, por analogia, como funciona a atuação dos fluidos humanos sobre as plantas.
Uma planta, sendo tocada, suas células tornam-se excitadas, podendo essa excitação ser detectada por um aparelho chamado galvanômetro, o qual, conectado a uma impressora, faz representar sobre papel o estímulo recebido. Em geral, as plantas "respondem" a um estímulo exterior por meio de reações detectadas somente por aparelhos. São as chamadas reações elétricas. Contudo, há espécies que reagem com movimento.
Trata-se da reação motora, como é o caso daquelas plantas cujas folhas se fecham ao serem tocadas.
Ligada a um galvanômetro suficientemente sensível, uma planta exibe "respostas" a pensamentos, emoções e mesmo intenções de um ser humano. Pensamentos e estados emocionais dos homens são exteriorizados por cargas fluídicas mais ou menos densas. Suponhamos, então, que uma pessoa queira maltratar um vegetal. A qualidade vibratória dos seus fluidos, diferente das suas emissões habituais, despertará na planta uma "reação". É o que o galvanômetro detecta: reação pela diferença de potencial elétrico. A planta não "verá" nem "sentirá" dor, mas não quedará indiferente.
Significativos casos exemplificam o poder do pensamento e da fé dos humanos sobre as plantas. Conhecido pastor e químico, Franklin Loehr, em numerosos testes, empreendeu a ação da prece na aceleração da germinação de sementes, reduzindo em 20% o tempo germinativo normal. Sementes de centeio embebidas em água, cujas garrafas o coronel húngaro Oskar Estebany teria segurado, germinavam e cresciam muito mais rápido do que outras, plantadas nas mesmas condições, mas sem o toque do militar.
Esses exemplos nos levam à conclusão de que é muito útil a nós, espíritas, sempre pensarmos positivamente, confiando na Providência Divina, pois, conforme o tipo de vibração do nosso pensamento, poderemos atrair ondas semelhantes.
Enfermidade ou saúde, conflitos ou paz, tudo isso depende da natureza e direção dos nossos pensamentos; sem olvidarmos, porém, as limitações que nos impõe nosso próprio passado, os sofrimentos terapêuticos a que nos destinamos na atual encarnação.
Em consonância com o exposto, Ney Prieto Peres, autor espírita de renome, propõe a auto-sugestão para fortalecimento da nossa vontade. Explica que somos sugestionáveis com facilidade e que podemos fazê-lo por meio da repetição (de frases). Indica repetirmos ao longo do dia frases como "abandonarei o cigarro, decididamente". Segundo o autor, a sugestão provoca a ação correspondente ao pensamento emitido. Como recurso associado, aconselha a oração, a fim de obtermos a assistência superior na consecução dos nossos propósitos.

Eduardo Batista de Oliveira
ebatistadeoliveira@ig.com.br

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quinta-feira, 17 de junho de 2010

A mediunidade de madre Teresa de Ávila

Num velho sebo (loja de livros usados), folheei um livro interessante: Os santos que abalaram o mundo, de René Fülõp - Miller, tradução de Oscar Mendes, Livraria José Olímpio Editora - 1948.
Abro na página 353: Santa Teresa. Numa nota de rodapé, o tradutor informa que certos fenômenos de ordem sobrenatural são considerados pelo autor de maneira puramente natural.
Cognominada A Santa do Êxtase, que ela descrevia como um vôo para o alto, que se efetua no interior da alma com a velocidade de uma bala disparada de uma arma, Teresa de Cepeda y Ahumada, ou madre Teresa de Ávila (ou Teresa de Jesus), canonizada em 1622, quarenta anos após a sua desencarnação, foi uma religiosa e "mística" espanhola, reformadora da Ordem das Carmelitas e doutora da Igreja, nascida em Ávila, em 1515 e desencarnada em Alba de Tormes, em 1582.
O autor do livro informa que "na vida extraordinária desta santa os acontecimentos naturais cruzam-se sobre esferas sobrenaturais, as ordens terrenas e celestes se misturam, visões emergem da percepção, o som de vozes humanas foi absorvido pelos chamados celestiais e a frágil forma humana serviu, em momentos de êxtase, de nave da abundância divina".
Ou seja, uma grande médium. Explica Allan Kardec, no capítulo XIV de O Livro dos Médiuns, que toda pessoa que sente a influência dos Espíritos, em qualquer grau de intensidade, é médium e que essa faculdade é inerente ao homem. Pode-se dizer que todos são mais ou menos médiuns, embora, usualmente, essa qualificação se aplique somente aos que possuem uma faculdade mediúnica bem caracterizada.
Interessante que mesmo considerando os fenômenos como de ordem puramente natural, o autor confirma, nas entrelinhas, a mediunidade de madre Teresa:
"Madre Teresa escreveu o que tinha aprendido na quieta solidão de sua cela, fora da confusão do tempo e do espaço, para além do dogma e da demonstração racional, para além de sua própria compreensão e da percepção dos seus sentidos. Descreveu as visitas de seu invisível Senhor e notou a Sua vontade, que Ele lhe comunicava em palavras inaudíveis".
Entendemos que René Fülõp-Miller se refere a uma comunicação direta com Deus, mas sabemos que esta comunicação acontecia entre madre Teresa e os Bons Espíritos, naturalmente, sob a proteção de Deus.
Grande Espírito! "Por meio de Teresa, a Igreja aprendeu uma vez mais que o Cristo era uma realidade viva, esse Cristo que os discípulos viram na estrada de Emaús, que Saulo de Tarso encontrara no caminho de Damasco...", enfatiza o autor.
Sofreu. Mas soube suportar todas as dores. Como disse Van Gogh, em carta a seu irmão, "quanto mais caio aos pedaços, quanto mais inválido e fraco me sinto, tanto mais artista me torno; pois graças à doença concebo idéias em profusão para trabalhar." Foi a doença que deu a Dostoievski o poder de produzir as suas maiores obras.

Informações correlatas

Segundo informações da contracapa do livro Perdôo-te - Memórias de um Espírito, da médium e grande vulto do Espiritismo na Espanha, Amália Domingo Soler - L.G.E. Editora (8a edição - 2003), o Espírito que ditou os escritos oralmente a Eudaldo Pagés, que os transmitiu a Amália, a qual passou-os para o papel, embora identifique-se como íris, teria sido Madalena. As comunicações aconteceram em Gracia, na Espanha, de 18 de fevereiro de 1897 a 23 de novembro de 1899. Eduardo ditava, Amália transcrevia.
Os relatos do Espírito antecederam à existência de Madalena, quando fez parte de uma civilização que teria existido na Atlântida. Um dos últimos capítulos fala sobre a reencarnação do Espírito como uma revolucionária religiosa - que se conclui que teria sido a madre Teresa de Ávila.

Observa o texto:

"Nominá-la em um livro espírita causaria demasiado impacto há cem anos atrás? E quanto a elucidar que as visões e transes de madre Teresa eram simplesmente manifestações mediúnicas?".

Altamirando de Carneiro
alta_carneiro@uol.com.br

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