quarta-feira, 30 de junho de 2010

Nem tanto ao Espírito Santo nem tanto aos infelizes Demônios

Tudo no universo conspira a favor de Deus e de nós, pois Deus sabe até tirar do mal o bem, e Ele jamais criaria dor de cabeça para Ele. No Velho Testamento, o Espírito Santo é um espírito humano. Deus suscitou o espírito santo de um rapaz muito jovem chamado Daniel. (Daniel 13,45, da Bíblia Católica TEB). As iniciais maiúsculas de Espírito Santo das traduções bíblicas são para a interpretação forçada de que Ele é Deus, mas é mesmo um espírito humano. “Nosso corpo é santuário dum (conforme o original grego) Espírito Santo” (1 Coríntios 6,19).
Na verdade há um espírito no homem, e o sopro do Todo-poderoso o faz entendido”. (Jó, 32,8). Sopro na Bíblia é sinônimo de espírito. E, por ser ele emanado de Deus, é santo. E, se cada um de nós é um Espírito Santo, essa palavra é uma espécie de substantivo coletivo de todos os espíritos que nós somos encarnados e desencarnados. “Quando oro em línguas, é o meu próprio espírito que ora.”1 Coríntios 14,14). Não, pois, o Espírito Santo da Trindade que ora através de mim. E o Espírito Santo virou dogma exatamente porque é polêmico.
Mas nós somos geralmente espíritos santos apenas em estado potencial, isto é, ainda não atualizados, pois, por enquanto somos imperfeitos e impuros. Ninguém deixará de pagar tudo até o último centavo. (São Mateus 5,26).Os autores bíblicos chamam também de demônios os espíritos impuros que atormentam as pessoas. E nós somos denominados também na Bíblia de deuses. (São João 10,34; e Salmo 82,6). O espírito de Samuel é um deus. (1 Samuel 28,13). E há em Daniel o espírito dos deuses santos. (Daniel 4,8). As expressões bíblicas “o Espírito de Deus”, “o Espírito do Senhor” e “teu Espírito” nem sempre se referem ao próprio Espírito de Deus, como comumente se pensa, mas a um espírito do bem. “Espíritos dos justos
aperfeiçoados”. (Hebreus 12,23). E Deus ou espíritos em seu nome enviam-nos espíritos iluminados (Hebreus 1,14). “Que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos enviei um espírito de sabedoria”. (Efésios 1,17). “Tirarei do Espírito que está sobre ti, e o porei sobre eles”. (Números 11,17). “O Espírito de Elias repousa sobre Eliseu”. (2 Reis 2,15).
Quando João terminou o Apocalipse, ele fala do anjo, que já é um espírito perfeito e que pode ser até puro, do qual ouvira a descrição desse livro. E declara que se prostrou para adorar esse espírito angélico, que o repreende, dizendo-lhe que era um colega de serviço dele, como os profetas o eram, e que João adorasse apenas a Deus. (Apocalipse 22,8 e 9). Como se vê, esse espírito é humano, pois se iguala a seres humanos: João e os profetas. Ademais, fica evidente que o Apocalipse não é bem de João, pois ele foi apenas o médium (profeta) psicógrafo do espírito angélico narrador do livro. E João errou, ao querer adorar o espírito enviado que narrou o Apocalipse.
Mas há espíritos ainda atrasados que nos perseguem e que nos são enviados até pelo próprio Deus. “E sucedia que quando o espírito maligno da parte de Deus vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa, e a dedilhava; então Saul sentia alívio, e se achava melhor, e o espírito maligno se retirava dele”. (1 Samuel 16,23). Na verdade, Saul o atraia.
Em todos os exemplos citados, os espíritos enviados não são o Espírito Santo da Trindade.
Ademais, só um é impuro. E, mesmo assim, é enviado pelo próprio Deus, demonstrando que Deus atua também por meio de espíritos doentes, que são igualmente seus filhos amados e que até recebem uma atenção mais especial Dele!

Obs.: Esta coluna, de José Reis Chaves, às segundas-feiras, no diário de Belo Horizonte, O TEMPO, pode ser lida também no site www.otempo.com.br Clicar colunas. Ela está liberada para publicações. Seus livros: “A Face Oculta das Religiões”, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” Ed. EBM (SP) e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte (MG) – www.literarium.com.br - e meu e-mail: jreischaves@gmail.com Os livros de José Reis Chaves podem ser adquiridos também pelo e-mail: contato@editorachicoxavier.com.br e o telefone: 0800-283-7147.

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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Choro Lamento surgiu de um episódio e preconceito racial

Em depoimento prestado num programa da TV Cultura de São Paulo, o músico e flautista Altamiro Carrilho disse que o choro Lamento, de Pixinguinha, foi composto após o compositor ter sido vítima de preconceito racial.
Disse Altamiro que certa vez, Pixinguinha e seus músicos dirigiram-se a um hotel, no Rio de Janeiro, para fazerem uma apresentação. Ao chegarem na portaria, foi-lhe comunicado que não poderia entrar pelo mesmo local que os outros hóspedes, mas pela porta da cozinha.
Alma nobre, Pixinguinha não discutiu diante da ordem recebida, tão pouco se identificou. Quando, depois, o episódio foi esclarecido, o porteiro, de joelhos, pediu-lhe desculpas, pois não sabia de quem se tratava e estava cumprindo ordens.
Incrível é que o gerente do hotel quis despedir o porteiro. Novamente se revela a fineza de caráter do autor de Carinhoso, que interveio a favor do porteiro, impedindo a demissão.
Ao terminara a apresentação, os músicos estavam reunidos quando Donga apanhou uma partitura e sugeriu que Pixinguinha compusesse uma música, inspirada no acontecimento. Assim surgiu o choro Lamento.
Este episódio está longe de ter-se constituído num caso isolado, perdido no tempo.
Albert Einstein já dizia: “Triste época a nossa, em que é mais difícil quebrar um preconceito, do que um átomo.” O preconceito, próprio da inferioridade humana, sempre aconteceu, em todas as épocas. O Espiritismo, que nos dá a certeza de que, perante Deus, todos somos iguais, também nos conscientiza de que, quando o homem exemplificar, com todas as letras, a Lei do Amor, o preconceito será totalmente extirpado na Terra.

Altamirando Carneiro
alta_carneiro@uol.com.br

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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Os exilados da Capela


Livro de:
EDGARD ARMOND


Os Exilados da Capela é uma das obras de Edgard Armond que trata de forma abrangente a evolução espiritual da humanidade terrestre segundo tradições proféticas e religiosas, apoiadas em considerações de natureza histórica e científica.
Além desta obra, que já é um best seller, o autor nos legou ainda Almas Afins e Na Cortina do Tempo, que compõem uma trilogia sobre os caminhos da humanidade, além de diversas outras obras de conhecimentos doutrinários.
Algumas estavam relativamente esquecidas ou sem condições de serem editadas, apesar de seu grande valor.
Com satisfação, a Editora Aliança reúne agora todas elas numa coletânea denominada Série Edgard Armond.
O leitor ávido de conhecimentos certamente irá apreciá-la, enriquecendo significativamente sua vivência espiritual.

EDGARD ARMOND


I - A CONSTELAÇÃO DO COCHEIRO

- “Nos mapas zodiacais, que os astrônomos terrestres compulsam em seus estudos, observa-se, desenhada, uma grande estrela na Constelação do Cocheiro que recebeu, na Terra, o nome de Cabra ou Capela”.
“Magnífico Sol entre os astros que nos são mais vizinhos, ela, na sua trajetória pelo Infinito, faz-se acompanhar, igualmente, da sua família de mundos, cantando as glórias divinas do Ilimitado." (A Caminho da Luz, Emmanuel, cap. III)
A Constelação do Cocheiro é formada por um grupo de estrelas de várias grandezas, entre as quais se inclui a Capela, de primeira grandeza, que, por isso mesmo, é a alfa da constelação.
Capela é uma estrela inúmeras vezes maior que o nosso Sol e, se este fosse colocado em seu lugar, mal seria percebido por nós, à vista desarmada.
Dista da Terra cerca de 45 anos-luz, distância esta que, em quilômetros, se representa pelo número de 4.257 seguido de 11 zeros.
Na abóbada celeste Capela está situada no hemisfério boreal, limitada pelas constelações da Girafa, Perseu e Lince: e, quanto ao Zodíaco, sua posição é entre Gêminis e Tauro.
Conhecida desde a mais remota antigüidade, Capela é uma estrela gasosa, segundo afirma o célebre astrônomo e físico inglês Arthur Stanley Eddington (1882-1944), e de matéria tão fluídica que sua densidade pode ser confundida com a do ar que respiramos.
Sua cor é amarela, o que demonstra ser um Sol em plena juventude, e, como um Sol, deve ser habitada por uma humanidade bastante evoluída.


* ver O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, perg.188. (Nota da Editora)


Disponibilizo todo o livro para download:  Os exilados da Capela