terça-feira, 19 de outubro de 2010

A Fé é forte com a Razão, como é forte a moeda sem inflação


Entre as verdades que Kardec nos legou, eis uma: “A fé só é inabalável, se ela puder enfrentar a razão face a face em qualquer época da história da humanidade.” Sim, a fé tem que estar de acordo com a razão, caso contrário, ela baqueia, fazendo do crente um fiel de pouca fé e que a pode perder a qualquer momento. Além disso, quem tem esse tipo de fé frágil, não a põe em prática no seu dia-a-dia, a qual se torna, pois, uma fé morta. (São Tiago 2,17; e 1 Coríntios 13, 1 a 4).
O cristianismo instituiu algumas doutrinas polêmicas que foram mantidas à força pela Inquisição, para o fim da qual muito contribuiu a histórica Reforma de Lutero. A Igreja até fez a sua contrarreforma com o Concílio Ecumênico de Trento (1545-1563). Porém as doutrinas polêmicas foram mantidas e outras novas foram instituídas, como a da Transubstanciação, em vez da Consubstanciação defendida por muitos bispos da época e que é mais conforme à Teologia Protestante.
Com a evolução, cresce a nossa individualidade, o que nos torna, cada vez mais, mais independentes em matéria de crença. Esse fenômeno acontece com os fiéis de todas as religiões. Tudo no mundo muda sem parar. E o que mais tem que mudar é justamente o nosso modo de crer em Deus, pois ninguém entende o que é mesmo Deus. As teologias têm sido fábricas de superstições sobre Deus. Ninguém conhece as coisas de Deus. (1 Coríntios 2,11). Se não conhecemos as coisas de Deus, menos ainda sabemos o que é Deus. “É mais fácil dizermos o que Deus seja do que o que Ele é”. (Sto Tomás de Aquino).
Toda crença deve se impor pela razão, jamais pela força. Mas mesmo a crença racional, com o tempo e a consequente e inevitável evolução da mentalidade humana, está sujeita a mudanças. Aliás, apenas Deus é imutável, pois só Ele é permanente. O nosso conceito sobre Deus é que é impermanente pela força mesma da evolução constante de nossa mentalidade. E cada um tem um Deus do tamanho de sua ideia sobre Ele. Lembro-me agora de que na minha primeira série do primeiro grau ou do antigo primário, a professora ensinava que o motorista dum veículo e os seus passageiros defendiam-se do frio e da chuva, fechando os vidros das janelas do carro. E, como se fosse uma coisa muito importante, ela perguntava aos alunos: O que a gente faz num carro quando chove e faz frio? E todos nós alunos respondíamos em coro: A gente fecha os vidros das janelas do carro. Parecíamos nós alunos e a professora uma turba de retardados! E você que me prestigia com sua leitura já imaginou o que nós, naquela época, pensávamos sobre Deus?
Aliás, até os teólogos, comparados com os de hoje, falavam muitas besteiras sobre Deus. O que diríamos, então, do conceito de Deus dos teólogos dos primeiros séculos do cristianismo, de cerca 17 séculos?
Assim como a moeda forte só é aquela sem inflação, e que incrementa, pois, o progresso (de que o Real de Fernando Henrique Cardoso e Itamar é um exemplo no Brasil), só a fé com a razão, ou seja, raciocinada no dizer de Kardec, é também realmente forte. E apenas essa fé forte racional é a que condiz com a nova mentalidade dos espiritualistas do Terceiro Milênio.
Salvemos o cristianismo, que não pode continuar sendo um museu de teologias mitológicas contrárias à lógica e à razão!

Obs.: Esta coluna, de José Reis Chaves, às segundas-feiras, no diário de Belo Horizonte, O TEMPO, pode ser lida também no site: www.otempo.com.br - Clicar colunas. Ela está liberada para publicações. Seus livros: “A Face Oculta das Religiões”, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” Ed. EBM (SP) e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte (MG) – www.literarium.com.br - e meu e-mail: jreischaves@gmail.com Os livros de José Reis Chaves podem ser adquiridos também pelo e-mail: contato@editorachicoxavier.com.br e o telefone: 0800-283-7147.
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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O homem morre uma vez só e seu espírito é imortal


Hoje se sabe que Hebreus não é de autoria de são Paulo. Mas ele levou as idéias judaicas de sacrifícios para as suas epístolas, que são tidos como sendo os mais velhos escritos do cristianismo: “Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus em aroma suave”. (Efésios 5,2). Compare-se esse texto com este de Moisés: “Assim queimarás todo o carneiro sobre o altar; é holocausto para o Senhor, de aroma agradável...”(Êxodo 29,18).
Paulo condena também os sacrifícios de animais, mas para enfatizar a importância do de Jesus, que os substitui. Mas será que Deus se deleitaria mais com o de Jesus, que condenou os de animais?
“Misericórdia quero, e não holocaustos.”(Mateus 9,13). E não seria estranho que Jesus, apoiado por Deus, exigisse a sua própria morte na cruz, para o fim dos sacrifícios de animais? Deus e Jesus estariam por trás desse monstruoso pecado? E como pode um pecado tão grave como esse anular todos os pecados da humanidade? Para Deus seria mesmo mais importante o sacrifício de morte na cruz de seu Filho Jesus? Os teólogos, com sua teologia do sangue, não teriam confundido o Espírito do próprio Deus com um espírito atrasado que gosta de sangue?
Nenhum ser humano e nem mesmo Jesus sabem tudo, mas apenas Deus o sabe. (São Mateus 24,36). Não é surpreendente, pois, que Paulo e o autor de Hebreus tenham cometido o erro de achar que Deus gostasse de sacrifícios. E, inicialmente, Paulo até ensinava, também erroneamente, que a segunda vinda de Jesus aconteceria com ele, Paulo, ainda encarnado: “Nós os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor...”(Tessalonicensses 4,15).
E é por causa de um texto de Hebreus (seria seu autor discípulo de Paulo?) que muitos, equivocadamente, pensam – ou fingem que pensam – que Hebreus é contrário à reencarnação: “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto, o juízo,”(Hebreus 9,27), o que nada tem a ver com a reencarnação. O que o autor de Hebreus destaca é justamente a morte de Jesus na cruz, que foi uma vez só. A sequência da leitura do texto, que até continua com a inicial minúscula, nos mostra isso: “assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos...” (Hebreus 9,28).
E o autor de Hebreus, nessa comparação, se referiu ao homem fenomênico, exterior (2 Coríntios 4,16), de barro, que morre mesmo uma vez só, voltando ao seu pó, e não ao homem interior (2Coríntios 4,16), que é o espírito imortal do homem, que apenas sai do homem, que morre, e volta para o mundo espiritual (Eclesiastes 12,7). É falso, pois, o argumento de que não se pode separar o espírito do homem do homem. As referências bíblicas mencionadas mostram-nos o contrário. E todo o homem morto vai para o cemitério, enquanto que seu espírito vai para o além. Ademais, o julgamento cármico paulino (2 coríntios 5,10), após a morte, não é o único, pois há o do juízo final. (1 Pedro 4,5), já que a jornada evolutiva do espírito não termina no túmulo.
E cada homem morto que morre uma vez só vai também uma vez só para o cemitério, virando pó. Mas seu espírito jamais morre, jamais vai para o cemitério e jamais vira pó.E é esse espírito imortal que reencarna em outro homem que nasce e que sempre morrerá uma vez só!

Obs.: Esta coluna, de José Reis Chaves, às segundas-feiras, no diário de Belo Horizonte, O TEMPO, pode ser lida também no site www.otempo.com.br Clicar colunas. Ela está liberada para publicações. Meus livros: “A Face Oculta das Religiões”, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” Ed. EBM (SP) e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte (MG) – www.literarium.com.br - e meu e-mail: jreischaves@gmail.com Os livros de José Reis Chaves podem ser adquiridos também pelo e-mail: contato@editorachicoxavier.com.br e o telefone: 0800-283-7147.

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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A força do Espiritismo


A força do Espiritismo não se faz pelos seus representantes governamentais, pelas celebridades que comungam essa crença ou pela altura do domo das casas espíritas; sua força vem do nosso exemplo.

Certa vez, em um jornal espírita da década de 90, lemos a seguinte frase de um articulista: “(...) perdemos a grande oportunidade de eleger fulano como deputado federal e mostrar a força do Espiritismo”.
Será que essa é realmente a força do Espiritismo? Será que o Espiritismo, como religião, precisa de representantes na estrutura da República?
Essa questão sempre volta à baila em períodos eleitorais, quando recebemos emails ou vemos peças de publicidade de candidatos que exaltam essa condição, na busca de ampliar a sua base de eleitores por uma afinidade religiosa. Além de procurar no público espírita seus eleitores, alguns, por vezes, se arriscam a se proclamar representantes do Espiritismo no plano político. Essa situação não é das mais simples e implica diversas questões.
Quando falamos de candidatos espíritas, pensamos logo em situações em que a imagem e o bom nome do Espiritismo não sejam afetados, caso um candidato dito "dos espíritas" apareça em situações lamentáveis na mídia.
Por outro lado, a vida política é saudável e desejável. A política está presente no nosso dia-a-dia, quando precisamos fazer escolhas, estabelecer consensos, negociar, ceder, em prol de um bem maior. O espírita não pode ser um alienado, ele é um "homem do mundo" – de nada adianta viver os nossos dias pensando apenas nos sofrimentos ou consolações futuras.
Em tempos recentes vivemos recheando nossas Casas Espíritas com eventos grandiosos de autoajuda, shows artísticos, badaladas palestras e novidades literárias. Queremos descobrir o que fomos no passado, mas abdicamos de fazer o bem no presente.

Os espíritas não podem esquecer que são também cidadãos, homens com deveres diante da questão social.

Fazer o bem é se ligar às questões sociais, ao coletivo! Nesse sentido, não devemos ser omissos. Precisamos estar engajados nas lutas sociais, nas questões da coletividade, na busca do bem comum.
Como diria Bezerra de Menezes, que, aliás, foi deputado antes de presidir a Federação Espírita Brasileira: “(...) para nós, a política é a ciência de criar o bem de todos. E nesse princípio, nos firmaremos”.
E nesse campo também é possível fazer o bem! A política também é sementeira divina do plantio do progresso.
Essa intervenção permanente do Espiritismo nos problemas do mundo se apresenta bem em A Gênese, quando Kardec assevera: “(...) o Espiritismo trabalha com educação. Esta é a base da própria Doutrina, pois, para praticá-la, temos de nos educar. E a educação tem um conteúdo extremamente político, pois muda
nossa forma de ver o mundo e de agir nele”. Reafirma-se aí a necessidade de os espíritas não esquecerem que são também cidadãos, homens do seu tempo, com deveres diante da questão social.
A necessidade de nossa participação na vida social é, no entanto, diferente da situação de apresentar-se com a credencial "espírita" para pedir votos. “O Espiritismo se liga a todos os campos das atividades humanas, não para entranhar-se neles, mas para iluminá-los com as luzes do Espírito. Servir o mundo através de Deus é sua função e não servir a Deus através do mundo”, reitera Kardec na mesma obra já citada.

Não pensamos ser um bom caminho adotarmos o lema “espírita vota em espírita”

Em face disso, se quisermos pleitear a ocupação de um cargo público eletivo, devemos nos isentar de associar essa cruzada político-social aos papéis desempenhados no movimento espírita, e, como disse Kardec, iluminar nossa jornada política com o Espiritismo e não o Espiritismo com a nossa jornada política. Essa é a diferença entre ser um espírita-candidato e ser um candidato-espírita.
Quanto aos eleitores, nos parece bastante razoável que cada um escolha aqueles projetos que, de acordo com seu foro íntimo, atendam de maneira mais adequada às necessidades de sua coletividade. E, com base nesses, escolha seus candidatos, independentemente das crenças que esses professem. Para isso existem partidos políticos, para congregar nossas ideias no campo político! Existem várias formas de se obter espaço, prestígio ou força para defender nossos princípios, que não seja a opção de destacarmos, dentre um numeroso grupo de espíritas, um representante para disputar um cargo eletivo.
A César o que é de César! O Estado é laico!
Essa foi uma grande luta desse país e constitui a base da democracia. Não pensamos ser um bom caminho adotarmos o lema “espírita vota em espírita”. Isso pode redundar em situações-limite de pedidos de votos em reuniões públicas, ou ainda, intervenções na opinião política dos frequentadores da casa espírita, ambas as situações que na nossa visão seriam eticamente inconcebíveis.
A força do Espiritismo não se faz pelos seus representantes governamentais, pelas celebridades que comungam essa crença ou mesmo pela altura do domo das casas espíritas. A força vem do exemplo e da difícil tarefa de se fazer a reforma íntima para a construção do homem de bem. Esse é o nosso desafio!

Não devemos votar em alguém pelo simples fato de ele trazer em seu currículo a condição de espírita.

Para isso não conseguimos vislumbrar, sinceramente, a necessidade de se ter um representante do segmento espírita em qualquer órgão legislativo ou do Executivo, como situação que ajude a promover a renovação na busca do homem de bem.
Somos espíritas e cidadãos, o que não são coisas excludentes. Queremos, sim, pela nossa ação, povoar de homens de bem as instâncias decisórias, sejam eles espíritas ou não.
O grande risco dessas situações, em um país com muitos espíritas como o nosso, com um número maior ainda de simpatizantes, é o oportunismo de se aproveitar o bom nome que goza o Espiritismo para carrear votos e a promoção pessoal no período eleitoral.
A questão da representatividade é de mão dupla. O candidato representa o Espiritismo, mas o Espiritismo é representado por sua conduta como político. Se ele se arvora em se proclamar representante da Doutrina, acaba com sua imagem representando-a para quem o ouve, mesmo que o movimento espírita disso não se dê conta.
A decisão de alguém de se candidatar é um direito individual que deve ser respeitado. A participação política deve ser uma consciência, sob pena de nos tornarmos analfabetos políticos, como bem preconizava Bertolt Brecht. Mas não devemos depositar nosso voto pela simples razão de o panfleto do candidato trazer, como currículo, o fato de ser espírita, doutrinador, orador ou congênere.
O voto deve ser dado pela história de cada um, pelas suas propostas e pelo seu alinhamento na esfera política. Se o votado for espírita, ou não, isso pouco deve importar nesse contexto.

Marcus Vinicius de Azevedo Braga é pedagogo e um dos articulistas desta revista ( Consolador ) e de diversos periódicos. Paulo de Tarso Lyra é jornalista e articulista espírita.

Marcos Vinicius de Azevedo Braga
acervobraga@gmail.com e
Paulo de Tarso Lyra
brasiliaespirita@uol.com.br
Brasília, Distrito Federal (Brasil)


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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Utopia


Em 1516, Thomas More (1478-1535) – célebre escritor e pensador inglês -, escreve sua obra mais famosa: Utopia.
Em seu livro, conta More que Utopia é uma ilha encravada no continente europeu onde existe a sociedade ideal. Todos trabalham, não há falta do necessário, as crianças estudam, há respeito entre os habitantes, o governo é justo. Em Utopia, hospitais são pouco utilizados porque seus habitantes são saudáveis e entendem a perfeita relação entre corpo e mente, há tolerância religiosa e todos se consideram habitantes de uma mesma família, enfim, são felizes.
Nos dias de hoje, em realidade, já há alguns séculos, a palavra Utopia tomou sentido pejorativo tornando-se sinônimo de fantasia, algo inalcançável e que não há possibilidade de existir.
Com as injustiças que grassam no mundo, se observamos apenas a superfície das situações, ficamos a pensar que a obra de More, e a ilha chamada Utopia, são ficção científica. Sociedade ideal? Uma fantasia. O mundo está cheio de velhacos que vivem a lei dos espertos. Mas é preciso mergulhar mais a fundo, estender a visão um pouco mais para ver que a sociedade está mudando, e para melhor. A ilha de Utopia não é mera ficção, caro leitor. Nossa sociedade já foi pior, mais injusta e cruel, mais corrupta e ignóbil, são os livros de história que nos contam isso.
Precisamos acreditar na possibilidade de modificação da criatura humana, necessitamos de sonhar em conjunto para que a sociedade ideal se concretize. Se passarmos a considerar que tudo vai de mal a pior, corremos sério risco de nos enredar nas teias da permissividade para com a corrupção, violência e injustiça, em triste pensamento: “Se todos fazem, se todos roubam e desrespeitam, por que apenas eu tenho de respeitar e ser honesto?”
Sem contar que, a realidade se mistura à fantasia, muitas vezes a fantasia se torna realidade porque houve alguém disposto a lutar por essa “Utopia”. No início do século XIX quem poderia sonhar que a escravidão acabaria, ou mesmo que o homem seria capaz de voar, diminuindo a distância entre os continentes. Há algumas décadas impossível conceber que as mulheres alcançariam sucesso profissional, para a sociedade de outrora, a mulher era um ser sem a mesma capacidade do homem, aliás, há alguns séculos as mulheres, segundo os teólogos, nem alma possuíam. No começo do século XX, se alguém falasse que faríamos contato com o mundo todo com apenas um clic de mouse, seria chamado de maluco, ou na melhor das hipóteses de utópico. Criaturas visionárias, que enxergam além desse estreito horizonte, não raro são chamadas de fantasiosas, é comum ouvirmos frases do tipo: “O que ele diz é muito bonito; perdoar, compreender, tolerar são excelentes medidas que tomamos em nosso dia a dia, no entanto, funcionam apenas na teoria, porque na prática é diferente”.
A mediocridade não consegue conceber algo que vá adiante de suas idéias e preconceituosas convicções, por isso há tanto desprezo pelos ideais que podem trazer a melhoria. Muito simples falar que uma idéia é Utopia, no sentido de fantasia, do que arregaçar as mangas e procurar transformar aquela idéia em realidade.
Portanto, caro leitor, a sociedade ideal, baseada na ilha de Utopia é possível de se concretizar, aliás, depende apenas de nós.
Vamos adiante e afirmamos que, a sociedade ideal acontece em nossa casa mental, na forma como nos relacionamos com o mundo exterior e nosso mundo íntimo. Se almejamos a paz, que trabalhemos por ela. Se queremos um bom relacionamento no lar, no ambiente profissional, no recinto religioso, que lutemos por ele, procurando dentro de nossas possibilidades melhorar o lugar onde vivemos, porquanto, cedo ou tarde, a sociedade ideal descrita por More se consumará, pois tudo caminha para a evolução e progresso.
Pensemos nisso.

Wellington Balbo
wellington_plasvipel@terra.com.br

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