terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Jesus


Muito se tem pesquisado, falado e escrito sobre a passagem de Jesus pelo planeta Terra. Há, ainda hoje, incertezas a respeito da época exata em que ele viveu e se alguns acontecimentos foram entendidos e traduzidos corretamente, mas a inexatidão de datas e palavras não alteram a mensagem de amor que ele deixou; não existem dúvidas sobre a importância e a singeleza de seus ensinamentos morais, que transcorrem o tempo e as gerações.
Jesus ensinou através do seu exemplo. Em apenas três anos de peregrinação por uma pequena região não deixou nada escrito, não criou religião, não ostentou nenhum título terreno, não fundou escolas e nem ensinou nelas. Sua cátedra eram os lugares por onde passava e as lições transmitidas por palavras que exalavam sabedoria e humildade. Proclamou o amor, o perdão, a paz, tornando-se modelo vivo e inesquecível da mensagem que deixou.
Utilizou-se de coisas simples, como um grão de mostarda para falar de fé (Mateus 17: 14 a 19); referiu-se à semente que cai em diferentes tipos de solo para fazer compreender a diversidade de sentimentos em relação à luz da sua palavra (Mateus 13: 1 a 9); exemplificou no samaritano (Lucas, 10: 25 a 37) e na doação da viúva (Marcos, 12: 41 a 44) a prática da caridade; tocou o coração e a razão dos que o ouviam, contando histórias, utilizando-se de situações cotidianas de seu tempo, a fim de ser compreendido por todos.
Espírito de luz, curava, sem julgar a origem do mal; ouvia as mazelas do povo, esclarecendo e consolando. Nunca quis ser glorificado ou temido, ao contrário, queria ser amigo e irmão.
Tratava a todos com igual amor, paciência e devotamento.
Flávio Josefo, historiador do povo hebreu, no século I, em sua obra Antiguidades Judaicas, fez as seguintes considerações sobre Jesus: "Nesta época viveu Jesus, um homem excepcional, porque realizava coisas prodigiosas. Conquistou muitos adeptos entre os judeus e até entre os helenos. Quando, por denúncia dos notáveis, Pilatos o condenou à cruz, os que lhe tinham dado afeição não deixaram de o amar, porque ele apareceu-lhes ao terceiro dia, de novo vivo, como os divinos profetas o haviam declarado. Nos nossos dias ainda não acabou a linhagem dos que, por causa dele, se chamam cristãos."
No lugar do Cristo crucificado, exalando tristeza e dor, em cada coração deve estar o Cristo vivo, irradiando esperança e fé: "Eu vos tenho falado estas coisa para que tenhais paz em mim. No mundo tereis tribulações, mas tende bom ânimo, eu tenho vencido o mundo."
Em O Livro dos Espíritos, Allan Kardec questiona (nº 625): Qual o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem, para lhe servir de guia e modelo? Jesus. No comentário que segue a essa questão, pretender a humanidade na Terra. Deus nos oferece Jesus como o mais perfeito modelo, a doutrina que ensinou é a mais pura expressão de sua lei (...)"
Jesus foi o maior Mestre de que se têm notícias. Sábio, equilibrado, possuía uma bondade inteligente que cativava. Com seu amor a Deus e à humanidade demonstrou o caminho para a verdade e a vida. E continua a convidar-nos - ontem, hoje e sempre - a caminhar na estrada do amor, seguindo seus passos.

Publicado no Jornal Seara Espírita, ano IV, nº 37, dezembro 2001.
(ao repassar a mensagem mantenha os créditos do autor)

Felinto Elízio Duarte Campelo
felintoelizio@yahoo.com

Imagem ilustrativa

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Encontro da Madre Teresa de Calcutá e a Princesa Diana

Divaldo P. Franco

Certo dia, a princesa Diana, procurou a madre Teresa de Calcutá, abrindo o coração. Faloulhe de suas angústias, do vazio que sentia em seu íntimo, muito embora, a sua, fosse uma vida de glamour, confessou-lhe o desejo de fazer parte de sua ordem religiosa.
A madre comoveu-se ante o relato, cheio de ternura e confiança, e viu muita doçura e bondade na alma daquela mulher simples, porém muito rica e famosa. E com grande carinho, buscou orientar-lhe. Disse-lhe que ela era uma princesa e, como tal, não poderia pertencer à sua ordem religiosa, de estrema pobreza. Então, a madre lhe disse:

Diana, você pode doar esse amor às crianças indefesas. Na sua posição, você pode auxiliar muitas delas que sofrem ... a caridade pode ser exercida, em qualquer lugar onde nos encontremos...
A princesa voltou para o seu palácio e daí, em diante, dedicou-se a visitar crianças vítimas da aids, essa enfermidade tão cruel, e auxiliou, com enorme carinho, crianças mutiladas pelas minas das guerras... desde então, encontrou a alegria de ser útil, o prazer de servir.
Md. Teresa tudo acompanhava pelos informes da TV, da imprensa. E entre aquelas duas mulheres, elos de amor passaram a existir.
O tempo correu. Alguns meses depois, a princesa, amiga dos sofredores, a rosa da Inglaterra, como era conhecida mundialmente, veio a desencarnar num acidente que chocou a todos.
A madre, muito abalada, ao saber do fato, apressou-se a tomar providências e a cancelar compromissos, a fim de comparecer ao funeral, dias depois. Algo, porém, alterou-lhe os planos. Sua saúde, muito instável, levou-a à cama. Alguns dias se passaram, e madre Teresa veio também a falecer.
Joanna de Ângelis nos contou, então, o suceder dos acontecimentos, do “outro lado”.
Md. Teresa foi recebida, numa festa de luz, sob a carinhosa assistência de Teresa de Lisieux, a sta. Teresinha do Menino Jesus, como é adorada na igreja católica. Permaneceu consciente de seu processo desencarnatório, na paz de consciência que a sua vida honrada lhe fizera merecer. E é então que ela pergunta`a religiosa que lhe recebera, onde estava Diana. E Teresa de Lisieux lhe conta, que a princesa, devido ao choque causado pelo acidente, estava dormindo, ainda em refazimento e recuperação.
Md. Teresa de Calcutá vela pela princesa, faz-lhe companhia, ora por sua harmonização. E no momento do despertar, quando Diana abre os olhos diante da vida espiritual e reconhece a grandeza do amor de Deus, eis que ela revê a madre, a religiosa afetuosa e amiga, que com extremo amor,
lhe diz:

“Agora, minha filha, você está pronta para ser aceita na minha ordem. Iremos trabalhar juntas, com a bênção do Senhor”.
Nós que sabemos como o mundo espiritual é fascinante, diz Divaldo, imaginemos o júbilo deste encontro!

Felinto Elízio Duarte Campelo
felintoelizio@yahoo.com
Imagem ilustrativa