terça-feira, 1 de março de 2011

Sugestão para o Evangelho no Lar


Inegável o valor das lições evangélicas no desenvolvimento moral da criatura humana. Quanto mais cedo se der o encontro do indivíduo com a mensagem cristalina de Jesus que exalta o amor, perdão, benevolência, compreensão, maiores serão as chances de sucesso existencial. O evangelho é, portanto, sublime roteiro de vida.
Partindo dessa premissa, não obstante as minha limitações, busco inserir Jesus no cotidiano de meus filhos. E pensando nisto que institui em casa o Evangelho no Lar em minha casa e realizamo-lo aos domingos há algum tempo. Porém, eu não tinha a pedagogia necessária para entretê-los nos estudos. Ficava aquela cosia chata, maçante e percebia que os resultados não eram animadores. Para eles aqueles minutos constituíam-se em
aborrecimentos. Até que, por um desses “acasos”, certo domingo sentamo-nos em frente ao micro que estava ligado. Lemos um trecho evangélico e preparava-me para a explicação quando o garoto pediu-me para procurar na internet sobre Jesus e suas parábolas. Relutei um pouco, talvez condicionado a considerar que aqueles momentos eram incompatíveis com internet. Todavia, ante seu olhar faceiro quebrei as algemas de meu modelo mental obsoleto e busquei as parábolas do mestre na rede mundial de computadores.

Bingo!

Encontrei vasto material para crianças e jovens, com desenhos animados narrando a epopéia de Jesus na Terra e mensagens belíssimas que transmitem as lições do Nazareno de forma lúdica e didática para os pequenos.
A partir de então nossas reuniões tornaram-se agradabilíssimas.
Os dois aguardam com ansiedade o domingo à noite e não raro emocionam-se com os feitos de Jesus. Querem saber mais sobre Pedro e sua reabilitação após negar o mestre. Entristecem-se ao saber que Judas sucumbiu. Enfim, após inserir os vídeos como material de apoio em nossas reuniões verifiquei que os benefícios foram inúmeros.
Eles, agora, prestam atenção na leitura e nos ensinamentos. Dia desses até espantei-me com o menino pedindo desculpas à irmã, coisa que antes não fazia. Questioneio sobre eu comportamento humilde, e ele, lembrando-se do vídeo em que Jesus ensina o perdão, explicou na simplicidade própria das crianças:
- Aprendi com o desenho do menino Jesus!
Se você tem acesso à internet e filhos pequenos, experimente realizar o Evangelho no lar apoiado pela tecnologia dos equipamentos ao seu dispor. As crianças e jovens irão apreciar e indubitavelmente os resultados serão positivos.
Abençoada tecnologia que nos proporciona ferramentas magníficas para fazer com que se prolifere a mensagem evangélica.
E pensar que muita gente a considera coisa do...
Perdoai-os, Senhor, eles não sabem o que dizem!

Wellington Balbo – Bauru - SP
wellington_plasvipel@terra.com.br

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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Fora do centro espírita


Milhares de pessoas sofrem por desconhecimento dos princípios básicos da constituição divina. Ignoram leis como ação e reação, influência dos espíritos na vida dos encarnados, importância da prece e de manter o padrão vibratório em sintonia com a espiritualidade maior e etc.
Milhares de pessoas transitam pela Terra sem nem sequer imaginar o que estão fazendo aqui, desconhecem, portanto, os objetivos da existência humana, ou seja, de sua própria existência. Vivem por viver, portam-se como autênticas máquinas biológicas; alimentam-se, dormem, acordam e trabalham completamente alheias a outras circunstâncias da vida.
Essa falta de ciência das leis divinas é extremamente prejudicial para o progresso do espírito que temporariamente está reencarnado.
E por isso são inúmeras pessoas que se suicidam direta ou indiretamente.
Diretamente quando desalentadas aniquilam o corpo físico. Indiretamente quando minam a golpes de irreflexão o envoltório carnal que lhes serve de instrumento sagrado para o progresso.
E em face desta realidade é que se torna fundamental estender as idéias reveladas pelos Espíritos para além das paredes do centro espírita.
A questão não se resume a retirar pessoas de determinada religião e transformálas em espíritas, mas sim modificar corações e esclarecer mentes por meio das realidades trazidas a nós pelos imortais.
E como, então, estender as lições da espiritualidade para além do horizonte do centro espírita, de modo a deixá-las mais acessíveis ao maior número de pessoas?
Dentre as tantas maneiras de massificar a Doutrina Espírita uma boa sugestão é programar palestras espíritas para espaços neutros, tais como, escolas, casas de cultura, ginásios, clubes e etc.
Tenho comparecido a muitas cidades para palestras e constatado que a realização de eventos espíritas em espaço neutro contribui para que mais pessoas se façam presentes.
Óbvio que fica a curiosidade: Por qual razão o público não espírita comparece em maior número quando a palestra é fora do centro espírita?
Difícil saber ao certo. Contudo podemos citar como algumas razões os chamados modelos mentais obsoletos que muita gente tem do centro espírita e o famigerado preconceito que, quer queiramos ou não, ainda existe.
No entanto para quebrarmos esse paradigma e oferecermos ao público o que é de fato o Espiritismo é imperioso trabalhar com criatividade. E não podemos deixar de concordar que promover palestras e outros eventos espíritas além do universo espírita é fazer uso da criatividade.
A propósito a USE Intermunicipal Bauru realizou recentemente a feira do livro espírita em uma praça no centro da cidade de Bauru, bem em frente a tradicional igreja. Foi sucesso total, muita gente saia da missa e procurava a barraca de livros para se informar mais sobre o Espiritismo.
Buscavam livros de conforto e esclarecimento; queriam saber se é possível reencontrar os entes amados que se foram e tantas outras inquietações que deixam o coração humano em sobressaltos.
Outra experiência de sucesso e que certa vez tive o prazer de participar é a feira do livro espírita da cidade de Jaú, realizada em Shopping Center da cidade. Que maravilha!
Quanta gente nova que ouviu falar de Espiritismo numa iniciativa desse quilate.
Citei as duas cidades, porém sei que empreendimentos como esses espalham-se por todo o território nacional.
Peço licença para narrar uma experiência. Em uma das localidades pelas quais passei recentemente pude verificar na palestra uma quantidade grande de pessoas que se declarava não espírita. Acharam interessante o tema e compareceram para saber de que se tratava. Estiveram presentes católicos e praticantes de diversas outras filosofias de vida.
Todos saíram do recinto curiosos para saber mais sobre Allan Kardec, André Luiz, Emmanuel, Jerônimo Mendonça e tantas figuras históricas de nossa doutrina.
Por isso deixo para sua análise, caro dirigente: pense seriamente na possibilidade de promover palestras e outros eventos espíritas em ambientes neutros. Vale lembrar que não faço apologia contra o centro. O centro é nossa escola e oficina de trabalho, jamais o abandonaremos! Todavia, considere a idéia de estreitar os laços com sua comunidade.
A iniciativa indubitavelmente será excelente para a sociedade, pois em posse de informações como a imortalidade da alma, comunicabilidade dos espíritos, pluralidade dos mundos habitados, lei de ação e reação e etc., certamente muitos desvios comportamentais, suicídios, abortos e crimes serão evitados.
Um romantismo descabido e ingênuo de minha parte?
Creio que não. É só termos paciência e semearmos o bem divulgando as leis da vida enunciadas pela nossa incomparável Doutrina Espírita.
E em futuro não muito distante poderemos não ter os centros espíritas abarrotados de gente, todavia teremos um planeta repleto de pessoas conscientes de seu papel na sociedade e certas de que a vida, seja aqui ou além, não cessa jamais.

Wellington Balbo – Bauru - SP 
wellington_plasvipel@terra.com.br

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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O criacionismo e o evolucionismo são duas verdades possíveis


A teoria evolucionista era defendida pelo filósofo grego Anaximandro, século VI a.C., que imaginou que o princípio de tudo era o infinito (indeterminado). Seria sua ideia de Deus? E o biólogo francês Chevalier Lamarck, desencarnado em 1829, concebeu a evolução orgânica, antes só se aceitava a geológica. Ele defendeu as polêmicas teorias da geração espontânea e do transformismo.
Erasmo Darwin, avô de Charles Darwin, já havia levantado a ideia da evolução biológica. Mas coube a Darwin e Alfredo Russel Wallace, um dos criadores da geografia zoológica, ficarem consagrados como os verdadeiros criadores da teoria evolucionista. Wallace não tinha nenhum contato com Darwin. Mas havia uma semelhança tão grande entre os seus trabalhos literário-científicos e a obra de Darwin "A Origem das Espécies" (1859), que até houve um acordo entre os dois cientistas antes da publicação dessa obra.
Darwin não era ateu. Em "A Descendência do Homem" (1871), ele tem uma certa tendência agnóstica. Mas ele cria em Deus, e disse: "Por maiores que tenham sido as crises por que passei, nunca desci até o ateísmo, nunca cheguei a negar a existência de Deus" (Eliseu F. da Mota Jr, "Que é Deus?", página 107, Ed. O Clarim, Matão, SP, citando a revista "Globo Ciência"). E Wallace foi um dos grandes pesquisadores do espiritismo científico. A falsa fama de os evolucionistas serem ateus se deve à adesão ao evolucionismo de cientistas materialistas, como T. H. Huxley, criador da palavra agnóstico.
As teorias criacionista e evolucionista triunfar-se-ão, pois são consentâneas com a ciência e a filosofia espiritualistas.
Pierre Teilhard de Chardin aceitava ambas as teorias. O espiritismo é também criacionista e evolucionista. A finalidade da reencarnação é justamente a evolução do espírito. Aliás, o espiritismo é a religião mais espiritualista que existe, pois lida diretamente com os espíritos. Também a Igreja Católica e uma parte das outras igrejas cristãs e demais religiões existentes no mundo são criacionistas e evolucionistas. O Vaticano não se desculpa com Darwin, pois nunca o condenou, afirma o padre Juarez de Castro (www.padrejuarez.com.br), secretário de comunicação da Arquidiocese de São Paulo, citado pelo padre Gladstone Elias de Souza no "Jornal de Opinião", de 19 a 25.1.2009, da Arquidiocese de Belo Horizonte.
Discordamos de santo Agostinho, que ensinou que Deus criou o mundo do nada ("ex nihilo"), pois cremos que Deus engendrou o mundo do Todo, que é o próprio Deus! Mas concordamos com ele, quando ele afirma que a criação foi em estado potencial ou de semente, que vai se atualizando com o decorrer dos tempos.
Existem cristãos que ainda não aceitam a realidade do evolucionismo. Que eles comparem o homem da caverna com o de hoje! Pregam a criação bíblica literal do mundo, em seis dias de 24 horas, quando esses dias são períodos consecutivos de milhões de anos cada um. E eles creem também que Deus, literalmente, descansou mesmo no sétimo dia, quando Deus é incansável, e quando a Bíblia quer apenas nos mostrar que nós, sim, temos que descansar.
Esses cristãos estão atrasados, mas eles ainda têm um tempo sempiterno para evoluírem e conhecerem a verdade que liberta!

Obs.: Esta coluna, de José Reis Chaves, às segundas-feiras, no diário de Belo Horizonte, O TEMPO, pode ser lida também no site www.otempo.com.br Clicar colunas. Ela está liberada para publicações. Meus livros: “A Face Oculta das Religiões”, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” Ed. EBM (SP) e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte (MG) – www.literarium.com.br - e meu e-mail: jreischaves@gmail.com Os livros de José Reis Chaves podem ser adquiridos também pelo e-mail: contato@editorachicoxavier.com.br e o telefone: 0800-283-7147.

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