sexta-feira, 29 de março de 2013

A Fé sem obras é a contrária à razão, a raciocinada leva-nos à ação


São Tiago escreveu apenas uma carta, mas ela vale ouro. Ele disse que a fé sem obras é morta. (São Tiago 2: 26). E o que é a fé sem obras?
Fé (pistis do grego e fides do latim), além de significar crer, quer dizer fiel, ter fidelidade. E a própria fé inabalável pode significar também fidelidade, pois quem crê mesmo em Deus e no Nazareno é fiel a Eles. Assim, quando na Bíblia se diz que quem tem fé ou crê em Jesus, se salva, é mais certa a tradução: Quem tem fidelidade para com Jesus, se salva, pois crer Nele até os demônios maus (espíritos humanos ainda impuros) crêem e, às vezes, até creem mais do que nós espíritos encarnados.
E como a religião segura o indivíduo na prática do bem, qualquer que seja ela, se a fé for verdadeira, sólida, ela mantém o seu fiel no bem e no amor a Deus e aos seus semelhantes. Mas quando a fé é fraca, ela se torna quase inútil, pois ela não consegue segurar o seu adepto na prática do bem. E a fé é fraca para nós ocidentais, de um modo geral, quando ela não está de acordo com a razão e a Bíblia. São Tomás de Aquino ensinou que a fé não pode violentar a razão, e é exatamente o que vem acontecendo com o cristianismo, principalmente a Igreja. A fé em doutrinas misteriosas, como o próprio adjetivo misterioso nos diz, é obscura, confusa. E essa fé, como se diz, é pra inglês ver. E é obvio que ela não produz obras e é realmente uma fé morta na citada expressão sábia de são Tiago. E quanto mais fraca ela for, ela vai perdendo totalmente o seu sentido, principalmente se num texto bíblico ela quer dizer fidelidade.
Esse tipo de fé é mesmo como se o fiel não tivesse religião. E é isso que está acontecendo com muitos cristãos que estão engrossando o número de pessoas sem religião e até, infelizmente, o número dos materialistas.
Até meados do século 20, os católicos, protestantes e evangélicos chamavam os espíritas de macumbeiros, charlatões, doentes mentais e de terem contato não com os espíritos dos mortos, mas com os demônios no sentido que eles interpretavam essa palavra, ou seja, uma categoria de espíritos diferentes de alma, quando na Bíblia demônio (do grego “Daimon”) significa alma, espírito humano, gênio, lembrando que os evangelhos foram escritos em grego.
A Igreja parou de agredir a doutrina dos espíritos com essas aberrações, o que ainda fazem os nossos irmãos evangélicos.
Mas os teólogos católicos estão recorrendo a outro tipo de difamação dos espíritas, dizendo que eles não crêem que Jesus é outro Deus e que, por isso, não são cristãos. Será que isso é verdade? Jesus disse que se conheceriam seus discípulos por se amarem uns aos outros, não, pois, por crerem ou não em determinada doutrina. Aliás, Ele disse isso também porque Ele sabia que os teólogos iriam criar no futuro muitas doutrinas polêmicas que Ele não ensinou. E é pelos ensinos não bíblicos e não racionais que parte do cristianismo está com sua fé em crise e, pois, sem obras!

Na Rede Mundo Maior, por parabólica, ou o site www.redemundomaior.com.br o programa espírita “Presença Espírita na Bíblia”, com Celina e este colunista, nas quintas-feiras, às 20h, com reprise nos domingos, às 23h. Para suas perguntas e sugestões: penb@redemundomaior.com.br - E, na Rede TV, o programa espírita “Transição”, aos domingos, às 16h15 e outros horários da madrugada.

Esta coluna é de José Reis Chaves, às segundas-feiras, postadas no diário de Belo Horizonte, O TEMPO, pode ser lida também no site www.otempo.com.br - Clicar “TODAS AS COLUNAS”. Podem ser feitos comentários abaixo da coluna. Está liberada para publicações. Meus livros: “A Face Oculta das Religiões”, Ed. EBM (SP), “O Espiritismo Segundo a Bíblia”, Editora e Distribuidora de Livros Espíritas Chico Xavier, Santa Luzia (MG), “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” Ed. EBM (SP) e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte (MG) – www.literarium.com.br - e meu e-mail: jreischaves@gmail.com - Os livros de José Reis Chaves podem ser adquiridos também pelo e-mail: contato@editorachicoxavier.com.br e o telefone: 0800-283-7147

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domingo, 17 de março de 2013

A verdade sobre a renúncia do Papa Bento XVI



Bento XVI deixará o Vaticano por causa do crime organizado que atua
na Santa Sé.

11/02/2013


Homem prevenido – Apesar dos escárnios que têm marcado o cotidiano do planeta, a semana começou bombástica com a notícia da renúncia do papa Bento XV I, que deixará o comando da Igreja Católica no próximo dia 28 fevereiro, segundo informações divulgadas pela imprensa internacional. Como destacou o competente jornalista Oscar Andrades em seu blog, o alemão Joseph Ratzinger não é o primeiro a deixar o papado. “O último Sumo Pontífice a renunciar foi Gregório XII, em 1415. Bento XVI é o quarto Papa a renunciar ao cargo”, escreveu Andrades. A renúncia de um papa está prevista no Código de Direito Canônico, que estabelece, neste caso, que basta que a renúncia seja de livre e espontânea vontade para ter validade, sem a necessidade da aceitação de terceiros.
Diversos foram os motivos alegados pelos representantes do Catolicismo, mas nenhum convenceu. Bento XVI teria alegado problemas de saúde e desacordo com algumas condutas sociais, como casamento entre pessoas do mesmo sexo e a necessidade de esses casais adotarem filhos, mas a realidade é outra. O assunto é tratado aos sussurros nos corredores da Santa Sé, como acontece há décadas.
Uma coisa é a religião católica, outra é o Vaticano, que é um Estado. E como tal tem suas mazelas, seus subterrâneos, suas podridões. O grande fantasma que assombra os freqüentadores do Vaticano é o envolvimento com o submundo do crime. Por certo muitos católicos partirão contra este noticioso, mas não será novidade porque já tratamos do tema em diversas ocasiões e sofremos retaliações. Só não aceitamos deixar de revelar mais uma vez a verdade dos fatos, a qual o editor tem profundo conhecimento, pois acompanhou, na Itália, a chegada ao comando do Vaticano do arcebispo Albino Luciani, o papa João Paulo I, com o qual conversou longamente em Milão, antes de o religioso se tornar a máxima autoridade do Catolicismo.
Há longas décadas sob o controle da Opus Dei, facção ultra-direitista do Catolicismo, o Vaticano foi alvo, no início dos anos 80, de um dos maiores e mais sórdidos escândalos de corrupção da história. O papa João Paulo I tentou, em vão, acabar com o fim da corrupção que grassava na Praça São Pedro e envolvia o Banco Ambrosiano, instituição financeira da qual o Banco do Vaticano tinha boa quantidade de ações. Luciani acabou morto 33 dias após ser escolhido papa. O serviço de comunicação do Vaticano informou que Luciano fora alvo de um infarto, mas a história da Medicina não tem qualquer registro sobre a aparência esverdeada de uma pessoa após ataque cardíaco.
Homem correto e de conduta ilibada, Luciani, que tentou acabar com a lavanderia financeira em que se transformara o Banco Ambrosiano, instituição financeira oficial da Santa Sé. Deu-se muito mal, pois lá atuava não apenas a banda podre do Catolicismo, como a máfia turca e a loja maçônica italiana P2, morreu envenenado por causa de cianureto adicionado ao regular e tradicional chá que tomava todas as tardes.
Por ocasião dos fatos, o editor do ucho.info investigou a sequência de crimes que tinha o Vaticano como pano de fundo. Além de chegar à verdade, disparou à ira dos envolvidos e enfrentou a truculência de muitos. O Colégio Romano, apêndice do Vaticano, seguia a mesma ordem dada à época para todas as comunidades católicas do planeta: silêncio obsequioso.
Perseguido durante alguns anos após o episódio, o editor deixou a Itália da noite para o dia para não acabar como o cardeal Luciani, que tentou, sem sucesso, promover uma faxina na Praça São Pedro. Mesmo de volta ao Brasil, foi duramente perseguido durante muitos meses.
Luciani foi substituído no cargo pelo polonês Karol Józef Wojtyla, o papa João Paulo II, que desavisado tentou a mesma empreitada do antecessor. Liquidar as relações criminosas entre o Banco Ambrosiano, a P2 e a máfia turca. Inocente, João Paulo II foi alvejado, em plena Praça São Pedro, por tiros disparados pelo turco Mehmet Ali Agca. Na esteira do escândalo do Banco Ambrosiano, alguns dos envolvidos acabaram assassinados ou se suicidaram.
João Paulo II não apenas continuou no cargo até a morte, mas após recuperar-se dos ferimentos provocados pelo atentado visitou e perdoou o seu algoz, Ali Agca, que depois de anos de prisão voltou para a Turquia.
Joseph Ratzinger não é um ignaro. Ciente do que acontece diuturnamente nas coxias da Santa Sé, preferiu anunciar a sua saída, justificada por razões pouco convincentes, mas que se dará também à sombra do silêncio, pois meso com a idade avançada o ainda papa espera viver em paz e não acabar como Albino Luciani.
Ratzinger não chegou ao comando do Vaticano sem saber o que por lá acontecia. Por trás da Praça São Pedro – visitada e fotografada por milhões de turistas de todas as partes – funciona uma central de branqueam ento de capitais e uma organização criminosa sem escrúpulos e com tentáculos em todos os cantos do planeta.
A luz vermelha no reduto de Bento XVI acendeu de vez quando, no começo de 2012, vazou o conteúdo da carta enviada pelo arcebispo Carlo Maria Viganò ao papa. Na missiva que tinha a Praça São Pedro como destino, Viganò, que foi secretário-geral do governo do Vaticano, afirmou que na Santa Sé “trabalham as mesmas empresas, ao dobro (do custo) de outras, de fora, devido ao fato de não existir transparência alguma na gestão dos contratos de construção e de engenharia”. A assessoria papal agiu de forma automática diante do episódio e afirmou, em comunicado, que as denúncias resultavam de “avaliações incorretas”.
Atual núncio da Santa Sé nos Estados Unidos, Carlo Maria Viganò destacou na carta: “Jamais teria pensado em me encontrar diante de uma situação tão desastrosa, que apesar de ser “inimaginável, era conhecida por toda a Cúria”. Além disso, o denunciante afirma que banqueiros que integram o chamado Comitê de Finanças e Gestão se preocupam muito mais com os próprios interesses do que com os do Vaticano, lembrando que em dezembro de 2009 “queimaram US$ 2,5 milhões” em uma operação financeira.
A situação tornou-se ainda mais embaraçosa com a prisão do mordo mo do papa, o italiano Paolo Gabriele, acusado de desviar cartas e documentos sigilosos de Bento XVI e seus colaboradores que acabaram publicados em livro.
A prisão de Gabriele foi anunciada pelo porta-voz da Santa Sé, Federico Lombardi, no mesmo dia em que o presidente do Instituto das Obras da Religião (IOR), o banco do Vaticano, foi forçado pelo conselho de supervisão a demitir-se. E na mesma semana em que um livro publicado na Itália divulgava cartas e documentos sigilosos enviados ao Papa, ao seu secretário e a responsáveis do Vaticano, com o objetivo de “expulsar os vendilhões do templo”.
Por maior que fosse a proximidade de Paolo Gabrieli com o papa – ele era o primeiro e o último a ver Ratzinger todos os dias – o vazamento de documentos do Vaticano não foi uma operação solitária. Foi um plano arquitetado por um punhado de clérigos intransigentes com o banditismo religioso, mas que enfrentou a dura e criminosa resistência da quadrilha que atua no Vaticano, que é muito maior e mais poderosa do que se imagina.
Ao chegar ao posto máximo da Igreja Católica, Bento XVI encontrou uma situação de devassidão e crimes que seu raciocínio cartesiano, típico dos alemães, jamais compreenderá.
Instalado no cargo, Bento XVI começou a seguir a agenda de compromissos oficiais, ao mesmo tempo em que preparava uma nova tentativa de faxina. Ao perceber que sua incursão seria fracassada, como as tentadas por seus antecessores, Ratzinzger preferiu sair de cena. Foi prudente e tomou a decisão acertada.
O crime organizado continuará atuando nos bastidores do Vaticano, pois assim funciona desde Pio XII, mas isso não invalida os fundamentos cristãos e muito menos o que pregou Jesus de Nazaré. O problema está na existência tumoral dos operadores do Catolicismo.

Obs: Este blog não tem interesse em diminuir ou criar imparcialidade entre religiões, contudo, esta matéria nos ilusida quanto ao enorme risco que as instituições religiosas sofrem entre seus interesses e seus adeptos.
O Kardecismo visa sempre a unificação das religiões pelo conhecimento e caridade, fato este que será inevitável com o avanço da ciência; é uma questão de tempo, todavia, não estamos isentos destes riscos.

Fonte: http://ucho.info/

Enviado por: Felinto Elízio Duarte Campelo
                       felintoelizio@gmail.com

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