quinta-feira, 1 de maio de 2014

História educativa.


Um jovem foi se candidatar a um alto cargo em uma grande empresa . Passou na entrevista inicial e estava indo ao encontro do diretor para a entrevista final. O diretor viu seu CV, era excelente. E perguntou-lhe: 
- Você recebeu alguma bolsa na escola? - o jovem respondeu - Não.
- Foi o seu pai que pagou pela sua educação?
- Sim - respondeu ele.
- Onde é que seu pai trabalha?
- Meu pai faz trabalhos de serralheria.
O diretor pediu ao jovem para mostrar suas mãos.
O jovem mostrou um par de mãos suaves e perfeitas.
- Você já ajudou seu pai no seu trabalho?
- Nunca, meus pais sempre quiseram que eu estudasse e lesse mais livros. Além disso, ele pode fazer essas tarefas melhor do que eu.
O Diretor lhe disse:
- Eu tenho um pedido: quando você for para casa hoje, vá e lave as mãos de seu pai. E venha me ver amanhã de manhã.
O jovem sentiu que a sua chance de conseguir o trabalho era alta!
Quando voltou para casa, ele pediu a seu pai para deixá-lo lavar suas mãos.
Seu pai se sentiu estranho, feliz, mas com uma mistura de sentimentos e mostrou as mãos para o filho. O rapaz lavou as mãos de seu pai lentamente. Foi a primeira vez que ele percebeu que as mãos de seu pai estavam enrugadas e tinham muitas cicatrizes. Algumas contusões eram tão dolorosas que sua pele se arrepiou quando ele a tocou.
Esta foi a primeira vez que o rapaz se deu conta do significado deste par de mãos trabalhando todos os dias para pagar seus estudos. As contusões nas mãos eram o preço que seu pai teve que pagar por sua educação, suas atividades escolares e seu futuro.
Depois de limpar as mãos de seu pai, o jovem ficou em silêncio organizando e limpando a oficina do pai. Naquela noite, pai e filho conversaram por um longo tempo.
Na manhã seguinte, o jovem foi encontra-se com o Diretor.
O diretor percebeu as lágrimas nos olhos do moço quando ele perguntou:
- Você pode me dizer o que você fez e aprendeu ontem em sua casa?
O rapaz respondeu: 
- Lavei as mãos de meu pai e também terminei de limpar e organizar sua oficina. Agora eu sei o que é valorizar, reconhecer. Sem meus pais, eu não seria quem eu sou hoje... Por ajudar o meu pai agora eu percebo o quão difícil e duro é para conseguir fazer algo sozinho. Aprendi a apreciar a importância e o valor de ajudar a família.
O diretor disse: 
- Isso é o que eu procuro no meu pessoal. Quero contratar uma pessoa que possa apreciar a ajuda dos outros, uma pessoa que conhece os sofrimentos dos outros para fazer as coisas, e que não coloca o dinheiro como seu único objetivo na vida. Você está contratado.
Uma criança que tenha sido protegida e habitualmente dado a ela o que quer, desenvolve uma mentalidade de "Tenho direito" e sempre se coloca em primeiro lugar. Ignora os esforços de seus pais.
Se somos esse tipo de pais protetores, estamos realmente demonstrando amor ou estamos destruindo nossos filhos?
Você pode dar ao seu filho uma casa grande, boa comida, educação de ponta, uma televisão de tela grande... Mas quando você está lavando o chão ou pintando uma parede, por favor, o faça experimentar isso também . Depois de comer, que lave os pratos com seus irmãos e irmãs. Não é porque você não tem dinheiro para contratar alguém que faça isso; é porque você quer amar do jeito certo. Não importa o quão rico você é, você quer entender. Um dia, você vai ter cabelos brancos como a mãe ou o pai deste jovem.
O mais importante é que a criança aprenda a apreciar o esforço e ter a experiência da dificuldade, aprendendo a capacidade de trabalhar com os outros para fazer as coisas.

(Tradução da postagem de Adri Gehlen Korb)

Fonte: Mensagem Espírita

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terça-feira, 29 de abril de 2014

Na distinção entre Alma e Espírito o discurso teológico está sem crédito


Alma e espírito são coisas diferentes? 
Os teólogos do cristianismo tradicional não gostam desse assunto.
“Ruah” (em hebraico) e “pneuma” (em grego koiné, popular) significam sopro ou espírito. E “nefesh” (em hebraico) e “psiché” (em grego) significam alma. Sopro tem também a ideia de espírito ou alma, porque o espírito é que dá a vida, o que lembra o Gênesis 2: 7: Deus criou o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas um sopro de vida, transformando-o num ser vivente. E lembra também Jesus (João 6: 63): A carne para nada aproveita, o que importa é o espírito que dá a vida.
Para os teólogos do cristianismo tradicional, haveria uma diferença entre “ruah” e pneuma: espíritos, e “nefesh” e “psiché”: almas. Mas eles não o explicam. É que eles têm medo de se envolverem com o espiritismo, pois o estudo dos espíritos leva inevitavelmente a ele, principalmente depois da esclarecedora Codificação Espírita de Kardec.
O latim registra “spiritus” e “ânima” tanto para o espírito como para a alma. “Anima” vem do verbo latino “animare” (animar). E os dicionários de outras línguas trazem também espírito e alma como sinônimos, inclusive em sânscrito: “atma”. E elas têm também a ideia de vapor e sopro, símbolos do espírito que deixa o corpo que morre. E “psiché” é também borboleta, que voa de flor em flor, simbolizando o espírito, de corpo em corpo, nas suas encarnações e desencarnações.
Em parte, os teólogos acertaram. Segundo eles, o espírito é a Terceira Pessoa da Trindade, o Espírito Santo, que, pela Bíblia, não pelo dogma trinitário, é uma espécie de coletivo de todos os espíritos humanos. Diz Paulo que nosso corpo é santuário dum Espírito Santo. (1 Coríntios 6:19). E o espírito Emmanuel, que tanta luz trouxe para uma melhor compreensão dos evangelhos, através do famoso médium Chico Xavier, ensina que o Espírito Santo é uma plêiade de espíritos iluminados, como os da Codificação Espírita de Kardec. E como todos nós, um dia, vamos ser também espíritos iluminados, angélicos, de algum modo, espiritamente falando, em germe, ou em forma de semente, ou em estado de potencialidade, já fazemos também parte do Espírito Santo.
E os demônios (“daimones”), que, pela Bíblia, são também todos os espíritos humanos bons, ou mais ou menos ou maus, por consequência, são igualmente o Espírito Santo.
Como vimos, para os teólogos cristãos tradicionais, espírito e alma são meio confusos. Ou seria o medo de dizer a verdade?  Mas o conceito geral de espírito e alma, inclusive dos dicionários de outras línguas, espírito e alma são a mesma coisa.
E o espiritismo, a religião que mais estuda espíritos, ensina o que recebeu e recebe dos próprios espíritos: A alma é o espírito encarnado, e o espírito é a alma desencarnada, ou seja, a mesma coisa.
O que os diferencia, pois, são apenas seus momentos diferentes de quando encarnados e de quando desencarnados! 

Obs.: Esta coluna é de José Reis Chaves, às segundas-feiras, no diário de Belo Horizonte, O TEMPO, pode ser lida também no site www.otempo.com.br - Clicar “TODAS AS COLUNAS”. Podem ser feitos comentários abaixo da coluna. Ela está liberada para publicações. Meus livros: “A Face Oculta das Religiões”, Ed. EBM (SP), “O Espiritismo Segundo a Bíblia”, Editora e Distribuidora de Livros Espíritas Chico Xavier, Santa Luzia (MG), “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência”
Ed. EBM (SP) e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte (MG) – www.literarium.com.br - e meu e-mail: jreischaves@gmail.com - Os livros de José Reis Chaves podem ser adquiridos também pelo e-mail: contato@editorachicoxavier.com.br e o telefone: 0800-283-7147.

Na TV Mundo Maior, também pelo www.tvmundomaior.com.br, o “Presença Espírita na Bíblia”, com Celina Sobral e este colunista, às 20h das quintas, e às 23h dos domingos. Perguntas e sugestões: presenca@tvmundomaior.com.br E, na Rede TV, o “Transição”, aos domingos, às 16h15.
“O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Kardec, pela Ed. Chico  Xavier. www.editorachicoxavier.com.br (31) 3636-7147 - 0800-283-7147, com tradução deste colunista.
Recomendo “O Despertar da Consciência – do Átomo ao Anjo”, de Sebastião Camargo. www.sebastiaocamargo.com.br, www.odespertardaconsciencia.com.br e www.editorachicoxavier.com.br

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