sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Perseverar até o fim


“Mas aquele que perseverar até o fim será salvo.” (Mateus, 24:13.)

Perseverança e determinação, eis os caminhos que nos conduzirão à paz e à felicidade que buscamos.
Não podemos, em hipótese alguma, acreditar que os nossos sonhos de ventura se realizarão por benesses vindas graciosamente dos “céus”. Ninguém, em sã consciência, poderá esperar por conquistas sem uma grande dose de insistência e esforço.
A vida sempre nos dará aquilo que a ela ofertamos. O homem corajoso e destemido, embora em meio às dificuldades que possa viver, nunca prosseguirá sozinho, pois que a providência divina que a tudo registra saberá, em qual momento e em que circunstância deverá sustentá-lo, para que caminhe sempre um pouco mais.
A palavra evangélica é por demais consoladora e estimulante: “aquele que perseverar até o fim será salvo”. Obviamente a expressão do Cristo não significa término, mas, sim, dita comentários sobre o alvo a ser alcançado, ou seja, a paz e a serenidade que morarão conosco, definitivamente, quando atingirmos a perfeição a que estamos todos destinados.
E perseverar não é tarefa fácil, pois que, contra nossos humildes desejos de viver na claridade do conhecimento e do bem, na atualidade, pesam nuvens sombrias incrustadas no passado dos nossos dias, onde a ignorância e o mal povoavam os nossos pensamentos. Mas é preciso perseverança sempre.
Não temos qualquer notícia de que alguém tenha logrado encontrar um oásis de tranquilidade sem antes travar intensas batalhas, principalmente na intimidade, onde moram os nossos maiores inimigos: egoísmo, indiferença, violência, ódio, orgulho, preguiça e tantos outros.
Dessa forma, diante de todas as dificuldades que surgirem em nossa caminhada de ascensão, não permitamos, embora com muito esforço, que o desânimo, a tristeza e o abatimento venham impedir nossa escalada de crescimento espiritual. As maiores e mais importantes conquistas nos chegam sempre após grandes embates contra os obstáculos que se levantam a desafiar as nossas pretensões. Sejamos, portanto, determinados e dotados de muita força de vontade, pois que tais propostas atraem a presença, ao nosso lado, daqueles que pensam como nós e que também alimentam as intenções de superar barreiras e vencer limites.
Muitas vezes a tarefa que acreditamos estar no final, apenas se inicia, o que exigirá a nossa disposição em prosseguir em busca do objetivo que traçamos. E, em se tratando de metas a serem atingidas, caminhando com Jesus, na implantação do reino de Deus na Terra, podemos nos preparar para longas jornadas, pois que o Mestre há dois mil anos vem trabalhando nesse mister e ainda não viu a sua obra concluída. Ajudá-Lo, portanto, requererá incomensurável quota de ideal que somente os arrojados, conscientes e decididos poderão sustentar.
Portanto, evitemos o medo, a angústia e a aflição de encontrar percalços pela estrada, certamente eles existirão, pois sempre estiveram na rota daqueles que venceram, e eles souberam como superá-los. Façamos o mesmo e também, com a prestativa e indispensável ajuda de Deus, haveremos de alcançar os nossos objetivos.
Assim, perseveremos até o fim, mesmo que isso nos custe grande dose de sacrifício e sofrimento. Não saiamos da nossa rota de crescimento espiritual, pois a colheita, que virá nos dias do futuro, dirá que valeu a pena o nosso esforço e a nossa determinação.
A bondade divina nunca nos desamparou. Meditemos.

Waldenir A. Cuin

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quinta-feira, 15 de outubro de 2020

E o alimento espiritual?


“Nem só de pão vive o homem.” – Jesus. (Mateus, 4:4.) 

Incomparável a coragem e a capacidade de Jesus para levar adiante seu sublime e santo ministério de amor diante dos homens. 
Convocando um pequeno grupo de Apóstolos, percorreu espinhosas estradas, visitou diversas comunidades, curando enfermos, saciando famintos, esclarecendo equivocados e espalhando esperança por onde passou. 
Veio ao nosso planeta para nos trazer a luz que nos iluminaria os caminhos escuros que trilhávamos em termos morais e espirituais, enfrentando as mais estranhas situações de desrespeito dos poderosos da época, que sentindo a nobreza e a pureza contidas nas suas mensagens e nos seus exemplos, procuravam impedi-lo de continuar a esclarecer o povo ignorante que exploravam sem piedade.
O Mestre sabedor do que se passava, simplesmente seguiu levando aos corações necessitados e desesperados a esperança em dias melhores no porvir, assegurando que a Justiça Divina a todos recompensaria com as bênçãos da alegria ou com os tormentos da infelicidade contemplando a cada um com o que de fato fez por merecer. 
Por estar sempre junto aos pequeninos e sofredores do mundo, foi categorizado como agitador social, mesmo agindo sempre de forma pacífica e respeitosa no convívio com seus irmãos. Fazendo-se humilde diante dos poderosos adversários, jamais se negou a agir de maneira amorosa e respeitosa para com todos, sendo sempre o mesmo no atendimento e no ensino na orientação e no socorro dos próprios adversários e perseguidores que dele precisaram. 
Aos escravos da ambição e do egoísmo arrastados pela ilusão e guiados pela vontade enfermiça que aceitamos com facilidade, sem qualquer reflexão e que nos determinam posturas equivocadas de inveja, vaidade, avareza, etc., de forma insana norteando as ações perniciosas e imprudentes que empreendemos, Ele ensinou a mirar os mais nobres objetivos existenciais. 
“Não somente agasalho que proteja o corpo, mas também o refúgio de conhecimentos superiores que fortaleçam a alma. 

Não só a beleza da máscara fisionômica, mas igualmente a formosura e nobreza dos sentimentos. 

Não apenas a eugenia que aprimora os músculos, mas também a educação que aperfeiçoa as maneiras. 

Não somente a cirurgia que extirpa o defeito orgânico, mas igualmente o esforço próprio que anula o defeito íntimo. 

Não só o domicílio confortável para a vida física, mas também a casa invisível dos princípios edificantes em que o espírito se faça útil, estimado e respeitável. 

Não apenas os títulos honrosos que ilustram a personalidade transitória, mas igualmente as virtudes comprovadas, na luta objetiva, que enriqueçam a consciência eterna (…)” (1) 

É exatamente assim a postura de todos aqueles que se decidem por seguir o nosso Modelo e Guia, vencendo suas dificuldades e esforçando-se por buscar a reforma íntima tão necessária ao nosso crescimento espiritual. 

Dessa forma, não nos resta alternativa diferente conforme nos assevera a Doutrina dos Espíritos, que não seja a decisão corajosa de testemunhar os ensinos e exemplos de Jesus, através da fé raciocinada que nos ensina a filosofia religiosa que seguimos. 

Pensemos nisso! 

Referências: 
Xavier, Francisco Cândido, pelo Espírito Emmanuel. Livro Fonte Viva, Cap.18.


Francisco Rebouças 

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