sábado, 17 de dezembro de 2022

Emergência espiritual


Vivemos na Terra uma grave emergência espiritual.
As conquistas do conhecimento nos fizeram chegar até o instante em que se percebe, claramente, que inteligência sem moralidade produz apenas o caos.
Das simplórias cavernas até as casas inteligentes de milhões de dólares;
Dos primeiros meios de transporte aquático usando canoas de madeira até os atuais trens de levitação magnética; desde os primeiros cálculos da astronomia até a visão potente do telescópio James Webb, tudo mudou.
Estamos muito mais avançados do que nossos ancestrais. Gabamo-nos de ter explorado o planeta e seus recursos de forma tão eficaz.
No entanto, temos que nos perguntar:
Será que tudo isso nos fez melhores? Será que tudo isso nos deu uma melhor compreensão do nobre, do justo e do bom, conforme a proposta de Platão?
Será que não nos perdemos, nos encantando com acessórios, deixando bastante de lado o que seria o principal?
A proposta cristã é muito clara: Buscai em primeiro lugar o reino de Deus e Sua justiça e todas essas outras coisas vos serão acrescentadas.
Jesus propunha a busca da essência divina em todos nós, propunha a lei do amor como regente maior dos pensamentos, sentimentos e atos do homem.
Todas as outras coisas, que são menores, que dizem respeito à vida material, à sobrevivência do corpo, essas nos seriam acrescentadas.
Não estava propondo a inércia, nem negando o valor do trabalho, mas simplesmente estabelecendo hierarquia de valores.
E o que aconteceria se invertêssemos essa hierarquia? Se deixássemos a busca do reino de Deus de lado ou para as horas vagas ou, ainda, para quando der?
Bem... Nem precisamos descrever quais as consequências, pois as vivemos nesse instante de emergência espiritual.
Estamos imersos em um sentimento de vazio existencial, de desamparo, de falta de objetivos que nos preencham a alma de verdade.
Não é tarde, porém, para mudar.
Muitos já encontraram essa via segura e estão se reconstruindo.
Agora é a nossa vez.
O que temos feito pela construção do reino de Deus em nós? Quais as nossas primeiras iniciativas dentro da Lei Maior do Amor?
Temos a razão como instrumento calibrado, o conhecimento das eras como manual de instruções e o exemplo de Jesus como guia.
O que temos feito ou podemos fazer em nossos dias para educar as nossas emoções?
O que podemos fazer pelo bem comum em nossa família e em nossa sociedade?
Já conseguimos nos perceber como parte da cura de uma sociedade doente? Ou ainda estamos entre os pacientes em atendimento?
Talvez estejamos nos dois lados. Hora aqui, ora ali.
Muito natural, compreensível. Importante é começar, importante é persistir. É não perder o foco.
Perguntemo-nos, todas as manhãs: O que podemos fazer de nobre, justo e bom, neste dia?
Nos versos de uma prece sincera e feita com regularidade, peçamos sempre ajuda: que possamos ser um instrumento da paz, da cordialidade, do entendimento ao nosso redor.
É assim que iremos atender a emergência espiritual e que sairemos todos vencedores.
Comecemos hoje.

Redação do Momento Espírita.

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quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Que fraqueza é esta, afinal?


Há em O Livro dos Espíritos uma questão, a de número 932, muito utilizada por cronistas e palestrantes espíritas em seus trabalhos. Nela, os Espíritos Superiores dizem a Allan Kardec que a influência dos maus sobre os bons se dá pela fraqueza destes últimos. E que quando estes quiserem, assumirão a preponderância.
Que fraqueza é esta a que se referem os Espíritos? Fraqueza moral, evidentemente. Mas por que fraqueza moral se são bons? São bons, mas são tímidos, dizem os Espíritos. E que timidez é esta, dos bons? No meu ponto de vista, é a da convicção sem ação.
Basta apenas querer para assumir a preponderância sobre os maus? Me parece que o “querer” dos Espíritos tem a ver com atitude. É inegável que é preciso contar com o tempo, com a sucessão das gerações, com ideias renovadoras que chegam para substituir velhas concepções, e assim ver o mal perder a influência, mas enquanto isso vai acontecendo, como deveremos agir?
É possível implementar a supremacia do bem sobre o mal só com as convicções bem intencionadas? Parece que não. Para os Espíritos – eu entendo assim – é preciso misturar vontade e ação. Nada se concretiza sem essa mistura.
A moral espírita é formidável. Mas ela não tem sentido se não gerar ações propositivas nas relações humanas. Não basta estar no mundo só para si mesmo. Viver o amor solidário, defender a justiça e agir com caridade, são fundamentos da vida social pacificada e fraterna.
O respeitado ativista indiano Mohandas Gandhi disse sobre uma das mais belas passagens do ensino cristão: “Se se perdessem todos os livros sacros da humanidade e só se salvasse O sermão da montanha, nada estaria perdido”.
Certamente se poderia dizer o mesmo com relação ao Livro Terceiro de O Livro dos Espíritos: As Leis Morais. Trata-se de um precioso estudo em doze capítulos, com perguntas, respostas e comentários, realizado por Allan Kardec e os Espíritos.
É um documento sociológico e ético que “pode abranger todas as circunstâncias da vida” *, contemplando os direitos naturais do homem na Terra, bem como os deveres de uns para com os outros, balizados pela mais pura moral conhecida.
Caso não houvesse outra fonte onde beber conhecimento moral/espiritual, esse Livro Terceiro, As Leis Morais, atenderia plenamente à necessidade do homem em buscar conhecer-se a si mesmo, amar o próximo e louvar a Deus e à vida.
A exemplo do Cristo, o homem bom e destemido, deverá aplicar esses princípios nas relações mais cotidianas e verá, sem espanto, o mal ir perdendo seu poder de influência no mundo.

*Questão 648, A lei divina ou natural, O Livro dos Espíritos, Allan Kardec.

Cláudio Bueno da Silva

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quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Brilhe vossa luz


Corre, incessantemente, o caudaloso rio da vida…
Iniciam-se viagens longas, embarca-se e desembarca-se, entre esperanças renovadas e prantos de despedida.
Viajores partem, viajores tornam.
Como é difícil atingir o porto de renovação!
Quase sempre, a imprevidência e a inquietude precipitam-se nas profundezas sombrias!…
Para vencer a jornada laboriosa, é preciso aprender com Alguém que foi o Caminho, a Verdade e a Vida.
Ele não era conquistador e fundou o maior de todos os domínios, não era geógrafo e descortinou os sublimes continentes da imortalidade, não era legislador e iluminou os códigos do mundo, não era filósofo e resolveu os enigmas da alma, não era juiz e ensinou a justiça com misericórdia, não era teólogo e revelou a fé viva, não era sacerdote e fez o sermão inesquecível, não era diplomata e trouxe a fórmula da paz, não era médico e limpou leprosos, restaurou a visão dos cegos e levantou paralíticos do corpo e do espírito, não era cirurgião e extirpou a chaga da animalidade primitiva, não era sociólogo e estabeleceu a solidariedade humana, não era cientista e foi o sábio dos sábios, não era escritor e deixou ao Planeta o maior dos Livros, não era advogado e defendeu a causa da Humanidade inteira, não era engenheiro e traçou caminhos imperecíveis, não era economista e ensinou a distribuição dos bens da vida a cada um por suas obras, não era guerreiro e continua conquistando as almas há quase vinte séculos, não era químico e transformou a lama das paixões em ouro da espiritualidade superior, não era físico e edificou o equilíbrio da Terra, não era astrônomo e desvendou os mundos novos da imensidade, enriquecendo de luz o porvir humano, não era escultor e modelou corações, convertendo-os em poemas vivos de bondade e esperança.
Ele foi o Mestre, o Salvador, o Companheiro, o Amigo Certo, humilde na manjedoura, devotado no amor aos infelizes, sublime em todas as lições, forte, otimista e fiel ao Supremo Senhor até a cruz.
Bem aventurados os seus discípulos sinceros, que se transformam em servidores do mundo por amor ao seu amor!
Valiosa é a experiência do homem, bela é a ciência da Terra, nobre é a filosofia religiosa que ilumina os conhecimentos terrestres, admiráveis é a indústria das nações, vigorosa é a inteligência das criaturas; maravilhosos são os sistemas políticos dos povos mais cultos, entretanto, sem Cristo, a grandeza humana pode não passar de relâmpago dentro da noite espessa.
“Brilhe a vossa luz”, disse o Mestre Inesquecível.
Acenda cada aprendiz do Evangelho a lâmpada do coração.
Não importa seja essa lâmpada pequenina.
A humilde chama da vela distante é irmã da claridade radiosa da estrela.
É indispensável, porém, que toda a luz do Senhor permaneça brilhando em nossa jornada sobre abismos, até a vitória final no porto da grande libertação.

Chico Xavier, pelo Espírito André Luiz

Livro: Apostilas da Vida

Francisco Rebouças

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terça-feira, 15 de novembro de 2022

Quando um não quer, dois não brigam


Durante o embarque de passageiros em rodoviária de uma conhecida cidade brasileira, presenciamos um fato no interior do ônibus que nos chamou a atenção.
Um senhor, aparentemente de meia idade, adentrou o veículo e assumiu, depois de conferir, a poltrona indicada em seu bilhete. Passados alguns minutos, um outro senhor, com idade aparente bem mais avançada, procurando o lugar correspondente ao seu bilhete, parou diante do primeiro e lhe disse:

– Essa poltrona – a da janela – é minha.

De forma pacífica o interpelado respondeu:

– Não, esta poltrona é minha e está de acordo com meu bilhete. Que número consta no seu bilhete?
– Vinte e Seis.
– Então, a do senhor é a do corredor. Estou no lugar certo.
– Não, retrucou de maneira ríspida. Eu pedi e comprei na janela.
– Então houve engano no guichê de vendas, mas não tem problema, não vamos brigar por isso, o senhor pode ficar com o meu lugar. Há outros lugares vazios no ônibus, e me mudarei para um deles.

Não satisfeito, e não querendo “dar o braço a torcer”, aquele senhor ainda insistiu que a poltrona lhe pertencia porque havia solicitado na janela, mas o interpelado, imperturbável, acabou por fechar o assunto dizendo:

– Meu senhor, não há motivos para brigarmos, o senhor deveria resolver o problema no guichê, mas como o ônibus já está em trânsito, pode ficar com a janela que viajo em outro assento.

Bem, ficamos a pensar, quantas e quantas situações como essa se apresentam na vida de relação dos seres humanos, incluindo nós outros, e quantos conseguem manter o equilíbrio emocional com o orgulho sob controle, sem descambar para o bate-boca e para reações agressivas.
O comportamento daquele que tinha razão, na ocorrência acima descrita, foi exemplo de comportamento cristão e uma lição para todos nós que estudamos o Evangelho do Senhor Jesus.
Era espírita? Não o sabemos, mas ficou patente que ele, na prática, atende, perfeitamente, o que preconizou Jesus quando nos orientou:

E se alguém quiser processar-te e tirar-te a túnica, deixa que leve também a capa. (Mateus 5:40)

Assim, se alguém te forçar a andar uma milha, vai com ele duas. (Mateus 5:41)

Dá a quem te pedir e não te desvies de quem deseja que lhe emprestes algo. (Mateus 5:42)

Se a casa for digna, que a vossa paz repouse sobre ela; se, todavia, não for digna, que a paz retorne para vós. (Mateus 10:13)

Pensemos nisso.

Antônio Carlos Navarro

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quinta-feira, 10 de novembro de 2022

O provisório esquecimento do passado


É muito comum que os iniciantes no estudo da Doutrina Espírita, após tomarem conhecimento da lei das reencarnações, questionem qual a razão de esquecermos o que fizemos e o que fomos nas vidas passadas. Têm a impressão de que seria muito melhor se nos lembrássemos de tudo, argumentam, adicionando ainda que, com a ciência do que fizemos poderíamos melhor nos conduzir na vida atual e aproveitar as oportunidades presentes.
Uma primeira abordagem que poderíamos fazer, bastante simplista, esclarecendo estes novos espíritas, é de que, se cremos em Deus, e Ele assim determinou, é que há nisso vantagem e sabedoria: É Lei de Deus, ponto final!
Contudo, nada impede que tentemos entender e aprofundar o tema um pouco mais, pois isto nos ajuda a construir a fé que pode encarar a razão a qualquer momento. Entretanto, de modo a não criarmos uma expectativa muito grande no aprofundamento da questão, podemos adiantar que o homem não pode, nem deve saber de tudo.
A Doutrina nos ensina que, esquecido de seu passado, o homem é mais senhor de si, tem condição de melhor conduzir a própria vida.
Esclarece ainda que, se lembrássemos de tudo, pode-se afirmar, não seria mais fácil lidar com as situações do dia a dia, muito pelo contrário, haveria perturbações nas relações sociais e mesmo dentro do ambiente familiar. Basta recordar que, frequentemente, o Espírito renasce no mesmo meio em que já viveu cercado de muitos com quem dividiu experiências no passado.
Imaginemos lembrar que tiramos a vida de um familiar; fomos o responsável pela doença ou problema mental que nosso filho agora apresenta; levamos à morte milhares de pessoas; destruímos, queimamos e conquistamos pela força; semeamos o medo e a desgraça entre os povos. Não há dúvida de que se nos recordássemos destes feitos teríamos sentimentos nada tranquilizadores de vergonha, humilhação, remorso e acentuada culpa.
Além disso, existiriam perseguições intermináveis por parte daqueles que ainda poderiam se sentir prejudicados por atos passados, lutas dificílimas se estabeleceriam, caso pudéssemos nos reconhecer inequivocamente.
Mais ainda, o processo de educação dos pais seria altamente prejudicado. Imagine se um pai ou mãe, tentando dar bons conselhos e orientações a um filho, e escutasse: “Meus pais, que história é esta de me dizerem o que fazer, alegando preocupação comigo! Ora, na vida passada vocês me abandonaram, não foi? Será que eu posso confiar em vocês nesta vida? Que garantias tenho de que o interesse de vocês agora é verdadeiro? O que mudou?”.
A recordação das afeições especiais e de momentos positivos no passado poderia também favorecer e estreitar relacionamentos particulares, o que de igual modo não é o desejado na busca da construção da família universal. E se o oposto se desse, ou seja, quando inimigos se reconhecessem dentro de uma mesma família? Haveria a ruptura imediata do grupo.
Quantas vezes nos perguntamos em tantas situações: “Se eu tivesse de recomeçar, não faria mais o que fiz, certamente teria feito de modo diverso”. Existe mesmo o famoso ditado que diz: “Se arrependimento matasse!”. Nada a estranhar, uma vez que é a realidade em um mundo de provas e de expiações, habitado ainda por grande maioria de Espíritos muito distantes da perfeição. Apenas os orgulhosos não reconhecem os seus desvios às leis de Deus, não admitem que já se equivocaram em muitas ocasiões. Afinal, só não se equivoca quem é perfeito, estado evolutivo que ainda não alcançamos neste mundo.
Como reagiríamos se lembrássemos dos nossos deslizes de vidas passadas com os executados na vida presente! Isso poderia levar muitos à loucura e desequilíbrios inimagináveis. O Espírito de evolução mediana, como todos nós, não consegue suportar tal pressão sobre si mesmo.
Observando, por outro lado, feitos de destaque no passado, esses poderiam também fazer surgir ou reacender o tão indesejado orgulho, bem como a vaidade, traços de personalidade nada construtivos para quem necessita de um novo começo, de uma nova vida.
Observemos que, de modo geral, na vida presente, colocamos as faltas ou deslizes e os atos que nos comunicam certa vergonha e arrependimento nos porões da consciência, alojando-os o mais fundo possível. É um mecanismo de defesa do Espírito, e o fazemos com tamanha intensidade que de ordinário o Espírito de fato se “esquece” temporariamente daquele ato infeliz. São necessárias certas técnicas para fazê-lo recordar do acontecido. Assim, tentamos fazer exatamente o que Deus faz naturalmente e sabiamente, pois quem quer lembrar-se dos erros passados e da vida presente?
A razão de afirmarmos que o esquecimento é provisório reside no fato de que nos lembraremos das nossas vidas quando estivermos desencarnados. Sabe-se, contudo, que as lembranças não se apresentarão de imediato, com todos os detalhes de inúmeras vidas, mas irão clareando na medida em que estivermos preparados para nos ver face a face com as nossas antigas personalidades.
Lembremos mais uma vez que colocamos no porão da consciência, quando encarnados, os atos e situações que nos desgostam. Na vida espiritual há processo semelhante, embora seja o perispírito como que um imenso baú de memórias, conservando o registro de todos os nossos atos. Pela bondade de Deus, quando desencarnados, não acessaremos de imediato, na lucidez da consciência, tudo o que fizemos, visto que se tal acontecesse, nos desequilibraríamos intensamente, não nos aceitando como atores e partícipes de lances infelizes que certamente protagonizamos em diversas vidas regressas.
É fato que existe a possibilidade de acessar algo do nosso passado quando estamos dormindo, pois, parcialmente liberto do corpo, o Espírito adquire certa lucidez que permite ter relances ou vislumbres de certos momentos do passado. Essas lembranças podem funcionar como avisos ao encarnado sobre certas condutas e posições que na vida presente experimenta e que não interessam no momento. Representam mais uma demonstração da bondade de Deus alertando-nos para seguir as leis morais.
É de se observar que a sociedade comumente age, em relação aos seus ex-condenados, de modo contrário à lei de Deus. É raro esquecer-se do que fez o ex-detento e, por conta disto, não se lhe dá novas oportunidades. Deus não age assim e, como o seu amor é incondicional e imensurável, como nos deseja o melhor e que conquistemos a nossa perfeição, dá-nos esta benção provisória de esquecermos o passado, possibilitando ainda a vivência de novas oportunidades, tantas quantas forem necessárias, para que de fato aprendamos o que é preciso aprender.
Se nem sempre podemos nos honrar do nosso passado, melhor é esquecê-lo temporariamente.
Todavia, chegará o tempo, e isto é certo, quando, pela força das nossas aquisições morais, da melhora ética em nossa conduta, passaremos a ter boas, excelentes lembranças do que fizemos, e nesta hora, então, será tudo alegria, felicidade. Teremos imenso prazer em recordar o que construímos de bom para nós mesmos e para o próximo. Poderemos manter as portas dos porões da consciência destrancadas, sem ferrolhos, uma vez que nada mais nos envergonhará, nada mais temeremos e nada nos incomodará. A certeza de um passado totalmente superado pelas boas obras será a nossa garantia de paz e tranquilidade interior.
Nada obstante, na nossa situação atual, mais vale esquecer que lembrar!

Rogério Miguez

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