terça-feira, 3 de outubro de 2023

Conquista da paz

A grande maioria das pessoas se preocupa com a conquista da paz. Da tão sonhada paz.
No entanto, será que sabemos como conquistar a paz?
E se sabemos, o que temos feito para alcançar esse objetivo?

Conta-se que, um dia, vários deuses da mitologia grega se reuniram para decidir onde esconderiam um tesouro precioso, para que os homens o encontrassem.
Não poderia ser em um lugar qualquer, pois se estivesse muito à vista, poderia ser encontrado facilmente e não lhe dariam o devido valor.
As sugestões começaram a surgiu, na grande assembleia.
Um dos deuses sugeriu que se pusesse o tesouro no fundo dos oceanos.
Todavia, aquele que presidia a reunião argumentou que o homem certamente iria encontrá-lo com facilidade. Com sua inteligência, sua criatividade, inventaria equipamentos de mergulho, alcançaria o tesouro e não lhe daria a importância merecida.
Outra sugestão foi a de esconder o tesouro nos espaços infinitos do Universo.
Argumentou um dos deuses: O homem o descobrirá facilmente, pois se inventar equipamentos para mergulhar nas profundezas dos mares, é lógico que os inventará para percorrer os espaços infinitos.
Depois de várias sugestões infrutíferas, alguém teve uma ideia que foi aceita por todos.
O tesouro deve ser cuidadosamente escondido, num lugar onde o homem só irá procurar depois que estiver suficientemente maduro para valorizá-lo, e mantê-lo consigo.
Depois de muitos debates e sugestões, foi definido que o local seria o íntimo de cada ser humano.

* * *

Esse tesouro valioso e imperecível é a paz.
Sim, a paz que tanto buscamos, sem lograr êxito, está dentro de cada um de nós.
Quando encontramos o tesouro da paz, não mais nos perturbamos, mesmo que a situação, ao nosso redor, pareça estar em polvorosa.
Importante que não confundamos paz com passividade porque o passivo é um ser sem ação.
O pacifista é ativo. Onde há discórdia, ele leva a sua paz, compartilha o seu tesouro.
É assim que devemos entender a recomendação de Jesus de mostrar a outra face.
Se a face que se apresenta é a da violência, mostremos a face da paz.
De fato, conquistamos os mares. Estamos vencendo o espaço com nossos telescópios e naves espaciais. Desvendamos vários mistérios do Universo, no entanto, ainda não empreendemos a viagem fantástica para dentro de nós mesmos.
Alcançamos muitas conquistas tecnológicas, contudo, ainda apresentamos dificuldade em resolver um simples problema de relacionamento com nosso próximo.
Falta descobrirmos como afastar do nosso íntimo o orgulho, a vaidade desmedida, a inveja, e outros tantos entulhos morais que impedem o acesso à paz.
Pensemos: se a paz é um tesouro que cada um de nós pode conquistar, cabe-nos iniciar, sem demora, essa busca.
No autoconhecimento traçaremos um mapa de nós mesmos, que nos mostrará onde se encontra cada empecilho, cada obstáculo que devemos remover da nossa intimidade.
Somente quando o caminho estiver limpo, nos depararemos com um recanto de luz brilhando em nós: a tão esperada paz íntima!
Paz que espalharemos pelo mundo. Pensemos a respeito.

Redação do Momento Espírita.

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sábado, 16 de setembro de 2023

Conselhos de André Luiz para seu amigo na terra


Através de uma carta André Luiz enviou alguns conselhos valiosos para um amigo que buscava informações sobre sua situação na terra.

CARTA:

Caro companheiro.
Você quer saber algo de sua verdadeira situação na Terra.
Compreendo.
Quando a pessoa entra nessa grande colônia de tratamento e cura, é convenientemente tratada.
A memória deve funcionar na dose justa.
É natural.
A permanência aí poderá ser longa e, por isso mesmo, certas medidas se recomendam em favor dos beneficiários.
Atende às instruções do internato e não se preocupe, em demasia, com os problemas que não lhe digam respeito.
Não se prenda aos seus apetrechos de uso e nem acumule utilidades que deixará inevitavelmente, quando as autoridades observarem você no ponto de retorno.
Se algum colega de vivência estima criar casos, esqueça isso. Não vale a pena incomodar-se. Ninguém ou quase ninguém passa por aí sem dificuldades por superar.
Viva alegre, com a sua consciência tranquila.
Em se achando numa estância de refazimento, é aconselhável manter-se fiel à tarefa que a administração lhe confie.
Procure ser útil, deixando o seu lugar tão melhorado quanto possível, para alguém que aí chegue depois.
Quanto ao mais, considere você e os demais companheiros de convivência e necessidade simplesmente acampados, unidos numa instituição de tratamento oportuno e feliz.
Aí você consegue dormir mais tempo, distrair-se na sua faixa temporária de esquecimento terapêutico, deliciar-se com excelente alimentação, compartilhar de vários jogos e ensaiar muita atividade nobre para o futuro.
Aproveite.
O ensejo é dos melhores.
Descanse e reajuste as próprias forças porque o trabalho para você só será serviço mesmo, quando você deixar o seu uniforme do instituto no vestiário da morte e puder regressar.

Do livro: “Vida em Vida”, Francisco Cândido Xavier.

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sábado, 12 de agosto de 2023

20 exercícios para Reforma Íntima


1. Executar alegremente as próprias obrigações.
2. Silenciar diante da ofensa.
3. Esquecer o favor prestado.
4. Exonerar os amigos de qualquer gentileza para conosco.
5. Emudecer a nossa agressividade.
6. Não condenar as opiniões que divergem da nossa.
7. Abolir qualquer pergunta maliciosa ou desnecessária.
8. Repetir informações e ensinamentos sem qualquer
azedume.
9. Treinar a paciência constante.
10. Ouvir fraternalmente as mágoas dos companheiros sem
biografar nossas dores.
11. Buscar sem afetação o meio de ser mais útil.
12. Desculpar sem desculpar-se.
13. Não dizer mal de ninguém.
14. Buscar a melhor parte das pessoas que nos comungam a experiência.
15. Alegrar-se com a alegria dos outros.
16. Não aborrecer quem trabalha.
17. Ajudar espontaneamente.
18. Respeitar o serviço alheio.
19. Reduzir os problemas particulares.
20. Servir de boa mente quando a enfermidade nos fira

Francisco Cândido Xavier

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sábado, 5 de agosto de 2023

Energias


“Eles se alimentam, diariamente, de formas mentais, sem utilizarem a boca física, valendo-se da capacidade de absorção do organismo perispíritico, mas ainda não sentem a extensão desses fenômenos em suas vidas diárias. No lar, na via pública, no trabalho, nas diversões, cada criatura recebe o alimento mental que lhe é trazido por aqueles com quem convive, temperado com o magnetismo pessoal de cada um.” (Apuleio, em Missionários da Luz, cap 14).


Olha só o que relata Apuleio à André Luiz nessa passagem do livro Missionários da Luz. Os personagens da frase, a quem Apuleio se refere, somos nós, os encarnados.

Nos afirma que, além do alimento físico, que nutre o corpo, nos alimentamos, numa troca incessante, das energias de todos aqueles com os quais convivemos, às vezes, nem tanta convivência assim, bastará apenas o breve contato.

Refletindo sobre o tema, que me impressionou bastante, podemos perceber e entender melhor o que determinadas companhias, encarnadas e desencarnadas, nos causam. Além disso o que assistimos, ouvimos, lemos, tudo nos proporciona algo além.

De fato, é necessário selecionarmos, no que for possível, nossas escolhas e companhias por dela nos alimentamos e, logicamente, quando se trata de pessoas, a elas também doamos o que temos, ainda que sem saber.

Há aquelas pessoas que no simples contato, a distância ou, melhor ainda, num abraço nos causam enorme bem, nos entregam um pouco de si e saímos dessa troca melhor do que chegamos. O contrário também é verídico, diante de uma simples conversa com alguém que, em nada temos de comum, especialmente, nos valores, nos sentimos incomodados.

Por outro lado, é preciso trabalhar para que sejamos aquela pessoa que alimenta com algo bom aquele que convive conosco, precisamos lhe entregar uma boa energia, uma sensação positiva, emanar-lhe o que temos de melhor e, para tanto, precisamos também termos fontes que nos alimentem adequadamente.

Nunca o orai e vigiai de Jesus fez tanto sentido.

André Tarifa

Imagem do livro

sábado, 15 de julho de 2023

Aspectos da fé


No capítulo XIX (A fé que transporta montanhas) de O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec define a fé como a confiança que se deposita na realização de uma determinada coisa, a certeza de se atingir um objetivo.

Em relação à religião, "Fé é a crença nos dogmas particulares que constituem as diferentes religiões, e todas elas têm o seu artigo de fé. Nesse sentido, a fé pode ser raciocinada ou cega". A fé raciocinada baseia-se na compreensão dos fatos e da lógica, ao passo que a fé cega quase sempre conduz ao fanatismo, pois nada examina, aceita o falso e o verdadeiro, não admite a compreensão, o raciocínio nem o livre-arbítrio.

Allan Kardec classifica a fé em humana e divina, conforme a aplicação que o homem dê às suas necessidades terrenas ou às aspirações celestes e futuras. O Codificador é enfático: "Se todas as criaturas encarnadas estivessem suficientemente persuadidas da força que trazem consigo, e se quisessem pôr a sua vontade a serviço dessa força, seriam capazes de realizar o que até hoje chamais de prodígios e que é simplesmente o desenvolvimento das faculdades humanas".

No item 11 do mesmo capítulo do Evangelho, a comunicação do Espírito José diz: "Para ser proveitosa, a fé tem de ser ativa; não deve entorpecer-se. Mãe de todas as virtudes que conduzem a Deus, cumpre-lhe velar atentamente pelo desenvolvimento dos filhos que gerou". "Inspiração divina, a fé desperta todos os instintos nobres que encaminham o homem para o bem. É a base da regeneração. Preciso é, pois, que essa base seja forte e durável, porquanto, se a mais ligeira dúvida a abalar, que será do edifício que sobre ela construirdes? Levantai, conseguintemente, esse edifício sobre alicerces inamovíveis. Seja mais forte a vossa fé que os sofismas e as zombarias dos incrédulos, visto que a fé que não afronta o ridículo dos homens não é fé verdadeira."

Que não se confunda fé com presunção. A presunção é menos fé do que orgulho, e o orgulho é sempre castigado, cedo ou tarde, pela decepção e pelos malogros que lhe são infligidos. A verdadeira fé está aliada à humildade. Quem a possui deposita mais confiança em Deus que em si próprio, pois sabe que, sendo simples instrumento da vontade divina, nada pode sem Deus. Por isso é que os bons Espíritos sempre lhe vêm em auxílio.

Por fim, lembremos esta afirmação, constante do item 7 do capítulo em questão: "A fé raciocinada, por se apoiar nos fatos e na lógica, nenhuma obscuridade deixa. A criatura então crê porque tem certeza, e ninguém tem certeza senão porque compreendeu. Eis porque não se dobra. Fé inabalável só é a que pode encarar de frente a razão, em todas as épocas da Humanidade".

"A esse resultado conduz o Espiritismo, pelo que triunfa da incredulidade, sempre que não encontra oposição sistemática e interessada."

Altamirando Carneiro

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 oposição sistemática e interessada."