quarta-feira, 16 de junho de 2010

Consequências do Passado


1 - Como podemos compreender os resultados de nossas experiências anteriores?

Para compreender os resultados de nossas experiências anteriores, basta que o homem observe as próprias tendências, oportunidades, lutas e provas.


2 - Como entender, na essência, as dívidas ou vantagens que trazemos das existências passadas?

Estudos que efetuamos corretamente, ainda que terminados há longo tempo, asseguram-nos títulos profissionais respeitáveis. Faltas praticadas deixam azeda sucata de dores na consciência, pedindo reparação. Se plantamos preciosa árvore, desde muito, é natural venhamos a surpreendê-la, carregada de utilidades e frutos para os outros e para nós. Se nos empenhamos num débito, é justo suportemos a preocupação de pagar.

3 – Qual a lição que as horas nos ensinam?

Meditemos a simples lição das horas.
Comumente, durante a noite, o homem repousa e dorme; em sobrevindo a manhã, desperta e levanta-se com os bens ou com os males que haja procurado para si mesmo, no transcurso da véspera.
Assim, a vida e a morte, na lei da reencarnação que rege o destino.

4 – Qual a situação moral da alma no túmulo e no berço?

No túmulo, a alma, ainda vinculada ao crescimento evolutivo, entra na posse das alegrias e das dores que amontoou sobre a própria cabeça; no berço, acorda e retoma o arado da experiência, nos créditos que lhe cabe desenvolver e nos débitos que está compelida a resgatar.

5 – Em síntese, onde permanece, espiritualmente, a criatura reencarnada?

Cada criatura reencarnada permanece nas derivantes de tudo o que fez consigo e com o próximo.

6 – Qual a explicação lógica das enfermidades congênitas?

Os grandes delitos operam na alma estados indefiníveis de angústia e choque, daí nascendo a explicação lógica das enfermidades congênitas, às vezes inabordáveis a qualquer tratamento.

7 – O que ocorre aos suicidas nas vidas ulteriores?

Suicidas que estouraram o crânio ou que se entregaram a enforcamento, depois de prolongados suplícios, nas regiões purgatoriais, freqüentemente, após diversos tentames frustrados de renascimento, readquirem o corpo de carne, mas transportam nele as deficiências do corpo espiritual, cuja harmonia desajustaram. Nessa fase, exibem cérebros retardados ou moléstias nervosas obscuras.

8 – E os protagonistas de tragédias passionais?

Protagonistas de tragédias passionais, violentas e obscuras, criminosos de guerra, aproveitadores de lutas civis, que manejam a desordem para acobertar interesses escusos, exploradores do sofrimento humano, caluniadores, empreiteiros do aborto e devassidão e malfeitores outros, que a justiça do mundo não conseguiu cadastrar, voltam à reencarnação em tribulações compatíveis com os débitos que assumiram e, muitas vezes, junto das próprias vítimas, sob o mesmo teto, marcados por idênticos laços consangüíneos, tolerando-se mutuamente até a solução dos enigmas que criaram contra si mesmos, atentos ao reequilibro de que se vêem necessitados; ou sofrem a pena do resgate preciso em desastres dolorosos, integrando os quadros inquietantes dos acidentes em que se desdobra o resgate do espírito reencarnado, seja nos transes individuais ou nas provações coletivas.


9 – E aos cúmplices de erros e enganos?

As grandes dificuldades não caem exclusivamente sobre os suicidas e homicidas comuns. Quantos se fizeram instrumentos diretos ou indiretos das resoluções infelizes que se adotaram são impelidos a recebê-los nos próprios braços, ofertando-lhes o recinto doméstico por oficina de regeneração.

10 – O que ocorre àqueles que provocaram o suicídio de alguém?

Se levianamente provocamos o suicídio de alguém, é possível que tenhamos esse mesmo alguém, muito breve, na condição de um filho-problema ou de um familiar padecente, requisitando-nos auxílio, na medida das responsabilidades que assumimos, na falência a que se arrojou.

11 – Que acontece àqueles que impelem o próximo à falência moral?

Se instilamos viciação e criminalidade em companheiros do caminho, asfixiando-lhes as melhores esperanças na desencarnação prematura, é certo que se corporificarão, de novo, na Terra, ao nosso lado, a fim de que lhes prestemos concurso imprescindível à reeducação, na pauta dos compromissos a que enredamos, ao precipitá-los aos enganos terríveis de que buscam desvencilhar-se, abatidos e desditosos.
Nas mesmas circunstâncias, carreamos em nós, enraizados nas forças profundas da mente, os bens ou os males que cultivamos.

12 – E o que ocorre aos desencarnados que malbarataram os tesouros da emoção e da idéia?

Quando desencarnados, não fugimos as leis de causa e efeito.
Se malbaratamos os tesouros da Terra, deambulamos nas esferas espirituais por doentes da alma, que a perturbação ensandece, fadados a reaparecer no plano carnal com as enfermidades conseqüentes, a se entranharem, nos tecidos orgânicos, que nos compõem a vestimenta física.

13 – E aqueles que se entregam aos desequilíbrios do sexo?

Se abraçamos desequilíbrios de sexo, agravados com padecimentos alheios por nossa conta, agüentamos inibições genésicas, muitas vezes, com o cansaço precoce e a distrofia muscular, a epilepsia ou o câncer, de permeio.

14 - E àqueles que perpetram crimes?

Se perpetramos crimes na pessoa dos semelhantes, ei-nos a frente de mutilações dolorosas.

15 – E àqueles que se entregam às extravagâncias da mesa?

Se nos entregamos às extravagâncias da mesa, arcamos com ulcerações e gastralgias que persistem tanto tempo quanto se nos perdurem as alterações do veículo espiritual.


16 – E àqueles que se afeiçoam ao alcoolismo?

Se nos afeiçoamos ao alcoolismo ou ao abuso de entorpecente, somos induzidos à loucura ou à idiotia seja onde for.

17 – E àqueles que se empenham em delitos de maledicência e calúnia?

Se nos empenhamos em delitos de maledicência e calúnia, atravessamos vastos períodos de surdez ou mudez, precedidas ou seguidas por distonias correlatas.


18 – As conseqüências de nossos erros se verificam apenas na forma de doenças comuns?

Não. Além disso, é preciso contar com as probabilidades da obsessão, porquanto, cada vez que ofendemos aos que partilham a marcha, atraímos, em prejuízo próprio, as vibrações de revolta ou desespero daqueles que se categorizam por vítimas de nossas ações impensadas.

19 – Qual deve ser nossa atitude perante as provas da vida?

Diante das provas inquietantes que se demoram conosco, aprendamos a refletir, para auxiliar, melhorar, amparar e servir aqueles que nos cercam.

20 – Quais as relações entre o presente, o passado e o futuro?

Todos estamos no presente, com o ensejo de construir o futuro, mas envolvidos nas conseqüências do passado que nos é próprio. Isso porque tudo aquilo que a criatura semeie, isso mesmo colherá.

EMMANUEL
extraído do livro "Leis de Amor", ítem VI - Francisco C. Xavier e
Waldo Vieira - pelo espírito de Emmanuel - 3º ed. FEESP
GFEIC - Perguntas e Respostas à Emmanuel


Imagem ilustrativa

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