Onde a obrigação termina, começa a abnegação
“Somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer.”
Jesus (Lucas, 17:10.)
O verdadeiro discípulo do Cristo não conhece a acomodação e tampouco a
preguiça... Tem sempre “ligeiros os pés” e disposição constante
para as tarefas do Bem. Não se contenta tão-somente em cumprir suas
obrigações e deveres rotineiros, mas vai além, dá sempre um tanto mais de seu
tempo e de seus talentos...
No livro de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier,
intitulado “Pensamento e Vida”, no capítulo 17, “o nobre Mentor
define a palavra abnegação como aquela cota de serviço que se faz
além da obrigação, visto que onde termina o dever, aí começa a abnegação”.
O Espírito de Verdade ensina: “(...) A abnegação e o
devotamento são uma prece contínua e encerram um ensinamento profundo. A
sabedoria humana reside nessas duas palavras. Tomai-as, pois, por divisa:
devotamento e abnegação, e sereis fortes, porque elas resumem todos os deveres
que a caridade e a humildade vos impõem”.
Sobre o auxílio espontâneo, a doce Meimei conta que “(...)
Um homem, desejando aprender como colaborar na construção do Reino de Deus,
pediu ao Senhor o discernimento para compreender os Propósitos Divinos, e saiu
para o campo...
De início, encontrou-se com o Vento que cantava e o Vento
lhe disse: Deus mandou que eu ajudasse as sementeiras e varresse os
caminhos, mas eu gosto também de cantar, embalando os doentes e as criancinhas.
Em seguida, o homem surpreendeu uma Flor que embalsamava o
ar com seu inebriante perfume, e a Flor lhe contou: Minha missão é
preparar o fruto; entretanto, produzo também o aroma que perfuma até mesmo os
lugares mais impuros.
Logo após, o homem estacou ao pé de grande Árvore, que
protegia um poço d`água, cheio de rãs, e a Árvore lhe falou: Confiou-me o
Senhor a tarefa de auxiliar o homem; contudo, creio que devo amparar igualmente
as fontes, os pássaros e os animais.
O visitante fixou os feios batráquios e fez um gesto de
repulsa, mas a Árvore continuou: Estas rãs são boas amigas. Hoje posso
ajudá-las, mas depois serei ajudada por elas, na defesa de minhas raízes,
contra os vermes destruidores.
O homem compreendeu o ensinamento e seguiu adiante,
deparando com uma grande cerâmica. Acariciou o Barro que estava sobre a
mesa e o Barro lhe disse: Meu trabalho é o de garantir o solo firme, mas
obedeço ao oleiro e procuro ajudar na residência do homem, dando forma a
tijolos, telhas e vasos.
Então, regressando ao lar, o homem compreendeu que, para
servir na edificação do Reino de Deus, é preciso ajudar os outros, sempre mais,
e realizar, cada dia, algo mais do que seja justo fazer”.
Se conforme o ensino dos Espíritos Superiores receberemos,
pelo cêntuplo, tudo que fizermos, quão afortunado não será aquele que, não se
restringindo apenas ao âmbito do dever, o extrapola, percorrendo, a largos
passos, o terreno fértil da abnegação!...
Rogério Coelho
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, MG (Brasil)
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, MG (Brasil)
Imagem ilustrativa
Deus nós da todas as ferramentas, então porque não usa-las para nós e a nossos irmãos. Devemos sermos nos melhorar a cada dia mais até sermos abnegados por completo!
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