A missão redentora do gênero humano feita pelo
Messias foi a de trazer para nós o evangelho. E Ele próprio confirmou essa sua
missão de enviado de Deus: “... É necessário que eu anuncie o evangelho do
reino de Deus também às outras cidades, pois é para isso que eu fui enviado.”
(Lucas 4: 43).
Não foi, pois, para ser assassinado pela morte cruel
de crucificação que Deus no-lo enviou, mas realmente, para trazer-nos o
evangelho.
Deus o Pai estaria por trás do pecado de assassinato
de Jesus, se Ele, o Deus Pai, tivesse enviado seu Filho para se deleitar com o
pecado de seu assassinado. E o maior sofrimento de Jesus não foi bem morrer na
cruz que, naquela época, no Império Romano, era uma morte comum para os
condenados à morte. Seu maior sofrimento
foi Ele vir viver nesse nosso mundo ainda muito atrasado e, há dois mil anos,
mais ainda. Ele ficou aqui, pois, como um peixe fora d’ água.
Porém, é claro, que o sofrimento da morte de Jesus
na cruz é motivo de muita emoção de tristeza para nós, apesar de Ele, o Deus
Pai, não sofrer com os pecados da Humanidade, pois quem sofre somos nós mesmos
vítimas dos pecados e os próprios autores deles, já que, de acordo com a lei de
causa e efeito, nós colhemos o que semeamos: “Não vos enganeis: de Deus não se
zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará.” (Gálatas 6: 7). Os
cristãos, de um modo geral, com exceção dos espíritas, não dão muita
importância a essa lei inexorável universal de causa e efeito, o que é um
grande erro. É que eles pensam erradamente que Jesus já sofreu para nós,
quando, pela Bíblia, quem sofre é o que peca. Pai não paga pecado de filho nem
filho paga pecado de pai. A alma que pecar morrerá moralmente, e, portanto,
fica sujeita ao carma de sofrimento (Ezequiel 18: 20). E Jesus tapa a boca de quem discorda dessa
lei de causa e efeito ou cármica: Não sairás da prisão, enquanto não pagares o
último centavo (São Mateus 5: 26).
Atribuir, pois, a Deus a responsabilidade pelo
pecado do assassinado de Jesus é até uma blasfêmia contra o Espírito Santo, por
excelência, que é o Espírito perfeito do Deus Pai. Isso seria mesmo tomar o
Espírito de Deus como um espírito atrasado vampiro, que se satisfaz com sangue
humano derramado, o que seria uma aberração teológica! É natural que os
teólogos do passado e os próprios apóstolos, influenciados pela teologia
judaica antiga de sacrifícios agradáveis a Deus, pensassem assim. Mas em pleno
século 21, essa teologia de sangue não pode mais continuar sendo aceita como
certa, ela que foi condenada pelo próprio excelso Mestre: “Misericórdia quero e
não sacrifícios.” (São Mateus 9: 13); e “Amá-lo excede a todos os sacrifícios”
(São Mateus 12: 33).
Mas cabe aos
que já conhecem o evangelho do enviado de Deus fazerem a sua parte tornada
possível por Deus pela sua criação do fenômeno da reencarnação, do nosso
intelecto e livre arbítrio para serem usados exatamente nas reencarnações.
Uma só
encarnação não daria nem para começarmos a nossa peregrinação terrena em busca
da nossa passagem pela porta estreita, símbolo da concretização da nossa
redenção pela vivência do evangelho do qual foi portador o Messias, um homem
santíssimo judeu!
PS: “Presença Espírita na Bíblia”, com este colunista:
www.tvmundomaior.com.br e parabólica digital.
José
Reis Chaves
Prof. de português e literatura aposentado formado na PUC
Minas / Escritor e jornalista colunista do diário O TEMPO, de Belo Horizonte /
Palestrante nacional e internacional espírita e de outras correntes
espiritualistas / Apresentador do programa “Presença Espírita na Bíblia” da TV
Mundo Maior / Participante do programa “O Consolador” da Rádio Boa Nova /
Tradutor de "O Evangelho Segundo o Espiritismo", de Kardec, para a
Editora Chico Xavier. E autor dos livros, entre outros, "A Reencarnação na
Bíblia e na Ciência" e "A Face Oculta das Religiões", Editora
EBM, SP, ambos lançados também em inglês nos Estados Unidos.
Podem-se ler também as matérias da coluna de José Reis
Chaves em O TEMPO, de Belo Horizonte, no seu facebook e no site desse jornal:
www.tempo.com.br / Procurar colunistas. No final das matérias, há um espaço
para comentários dos leitores, espaço este que se tornou um verdadeiro fórum de
religiões. E qualquer um pode deixar seu comentário lá. Se não quiser que seu
nome apareça, use um pseudônimo. E seu e-mail nunca aparece lá.
Obs.: Se meus livros não são encontrados em sua cidade,
eles podem ser adquiridos diretamente comigo por meu e-mail ou telefone.
Telefone: (31) 3373-6870
Imagem ilustrativa
Prezados...
ResponderExcluirConvido a todos para ler e debater o estudo Bíblico a seguir:
**Estudo Bíblico sobre a prática kardecista de consulta aos mortos e a idolatria católica**
http://oseias46a.blogspot.com.br/2016/07/estudo-biblico-sobre-pratica-kardecista.html