quarta-feira, 26 de agosto de 2020

A missão de Allan Kardec


Camille Flammarion tinha razão quando, à beira do túmulo de Allan Kardec, afirmou que ele era o bom senso encarnado.
Se estudarmos a sua vida, desde que teve conhecimento das mesas girantes pelo magnetizador M. Fortier, até o final da sua existência terrena, veremos, realmente, que o Mestre pautou a sua vida estritamente pelas normas da ponderação, do exame sem preconceito e da análise imparcial.
Esse seu espírito de perscrutador profundo foi que contribuiu consideravelmente para que a Doutrina dos Espíritos tomasse corpo, assumindo proporções gigantescas até hoje.
A missão de Allan Kardec foi a de um reformador. Ele codificou a Doutrina Espírita, que condiz com a comunicação do Espírito de Verdade que, na afirmação de Jesus Cristo (João, 14:15 a 17 e 26), viria em tempo oportuno trazer novos ensinamentos, quando o gênero humano estivesse melhor preparado para assimilá-los.
O notável francês desempenhou uma tarefa árdua e cheia de imensos sacrifícios, principalmente por ter como cenário um século no qual a ciência caminhava a largos passos para o materialismo, distanciada de Deus.
A exemplo do que aconteceu com Jesus Cristo, Allan Kardec também teve opositores sistemáticos, que jamais esmoreciam no combate às novas ideias.
Entretanto, como os tempos são chegados, a Doutrina Espírita se apresentou como verdade irretorquível, abalando a estrutura milenar dos velhos sistemas religiosos e empolgando a Humanidade do mundo em que vivemos.
O ilustre filho de Lyon não veio para destruir o que Jesus havia ensinado, mas, sim, descerrar o espesso véu que empanava as palavras contidas no Evangelho, e, auxiliado pelos Espíritos esclarecidos, extrair desses ensinamentos a letra que mata, deixando tão somente o espírito que vivifica.

Altamirando Carneiro

Imagem ilustrativa

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