quinta-feira, 11 de abril de 2024
sexta-feira, 22 de março de 2024
Voz das Estrelas
Marcelo Gleiser é um físico, astrônomo, professor, escritor e roteirista brasileiro bem conhecido na mídia. Atualmente é pesquisador e professor da Faculdade de Dartmouth, nos Estados Unidos. Recebeu o Prêmio Jabuti em 1998, pelo livro A Dança do Universo, e em 2002 por O Fim da Terra e do Céu. Em 2007, foi eleito membro da Academia Brasileira de Filosofia. Em março de 2019, tornou-se o primeiro latino-americano a ser contemplado com o Prêmio Templeton, tido informalmente como o “Nobel da espiritualidade”.
Ele estudou tão profundamente a física que precisou estudar filosofia e dela chegou à espiritualidade, a Deus.
Deparei-me com uma entrevista bem informal de Marcelo do canal mundo físico em que ele diz:
“Estrelas são os grandes alquimistas, com perdão a Paulo Coelho, as estrelas pegam o hidrogênio, que é a coisa mais simples que existe no universo e formam todos os elementos que existem. Elas fazem isso, e depois, quando elas morrem nos bilhões de anos elas explodem, jogam esse negócio todo no espaço, e eventualmente esses elementos físicos, esse carbono, ferro, vai virar uma semente para um outro mundo que vai nascer, onde neste caso aqui do nosso planeta virou gente, virou girafa, virou lagosta, e virou gente que é capaz de se perguntar, nós, pedacinhos de estrelas que somos, nós é que estamos contando a história do universo, nós é que somos a voz do universo, e isso é o despertar do universo consciente, é eu contar essa história”.(1)
Vejam que interessante o que Marcelo concluiu de seus estudos, que somos vozes do universo. Apesar de nossa imaturidade e inferioridade, estamos também sendo vozes da criação, das estrelas, na medida em que despertamos nossa consciência através do conhecimento e de experiências de vida. Faltou ele adicionar que somos cocriadores de realidades em nosso pequenos servicinhos. Somos ensaios de futuros Jesus.
Sabemos pela Bíblia e pela Doutrina Espírita que uma voz criadora e misteriosa produziu matéria:
Que mortal poderia dizer das magnificências desconhecidas e soberbamente veladas sob a noite das idades que se desdobraram nesses tempos antigos, em que nenhuma das maravilhas do Universo atual existia; nessa época primitiva em que, tendo-se feito ouvir a voz do Senhor, os materiais que no futuro haviam de se agregar por si mesmos e simetricamente, para formar o templo da Natureza, se encontraram de súbito no seio dos vácuos infinitos; quando aquela voz misteriosa, que toda criatura venera e estima como a de uma mãe, produziu notas harmoniosamente variadas, para irem vibrar juntas e modular o concerto dos céus imensos!(grifo nosso)(2)
A voz do Senhor, a voz misteriosa que como uma mãe criou nosso planeta. Que ser é esse que cria universos senão uma consciência inteligente e não há efeito inteligente sem uma causa inteligente.(4)
Essa inteligência suprema nos criou sua imagem, com o poder de pensar e de criar também, mas em escalas gradativas, de acordo com o grau de evolução. Jesus é um ser muitíssimo evoluído que foi a voz que criou nossa amada Terra.
Nossos pensamentos são a matriz de criações e nossa voz é a primeira expressão.
A palavra humana é fruto de milhões de anos, em que se falando da maravilha das maravilhas – o corpo humano – dotado pela natureza para que o Espírito pudesse expressar suas ideias movidas no campo mental, oriundas de regiões até então desconhecidas pela ciência dos homens. Mas podemos dizer que o verbo vem de Deus.(3)
Ser uma criatura de Deus é algo muito sagrado e não temos ainda a capacidade de compreender a profundidade disso. Mas sabemos que este planeta é belo, que o Universo é algo fascinante e que a vida é uma dádiva. A Fonte Criadora sempre tem nos enviados missionários para abrir a nossa mente para que nossa percepção aumente, então vemos os cientistas deslumbrados por seus achados, tal como Marcelo Gleiser a nos revelar algo profundo, que faz muito sentido, pois a nova era está aí, e a ciência está começando a ver que tudo tem a ver com Deus.
(1) Disponível em <https://www.instagram.com/reel/C3qgAfLRj0i/?igsh=MWlyZ3pnaTh4bjNmcw==>. Acesso em: 20/03/2024.
(2) KARDEC, Allan. A Gênese. Editora Feb. Cap. VI: Uranografia Geral, item 14.
(3) MAIA, João Nunes, pelo espírito Miramez. Editora Fonte Viva. Horizontes da Fala. Cap.1.
(4) KARDEC, Allan. A Gênese. Editora Feb. Cap.2, item 3.
Maria Lúcia Garbini Gonçalves
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sexta-feira, 15 de março de 2024
Construindo a nossa capacidade de resiliência/resistência
Há poucas semanas uma querida amiga externou-me toda a sua preocupação com o número crescente de desencarnações que ora afligem muitas famílias culminando por me pedir para que algo escrevesse a respeito. Muito bem. Creio que não é mais novidade alguma o fato de que vivemos tempos muito complicados nos quais as sombras densas - constituídas de excessivas preocupações, aflições, atribulações e dores - atingem implacavelmente, de modo geral, o coração humano. Com efeito, nenhum de nós está isento de passar por esse intenso torvelinho de dificuldades, tragédias e adversidades. A verdade nua e crua é que os “tempos são chegados”... Tempos, aliás, de aferição de valores, de conduta e de progresso espiritual nos quais cada um de nós deve necessariamente mostrar suas conquistas interiores se, de fato, as obteve.
Tendo sido devidamente preparados pela mensagem de Jesus há mais de dois milênios, não cabe mais alegarmos desconhecimento ou ignorância no que concerne aos sagrados objetivos que nos competem realizar em benefício da evolução dos nossos Espíritos. Cada um de nós já foi apresentado, de uma forma ou de outra, às doces revelações do Evangelho redentor. Portanto, não podemos mais virar as costas para tão significativo assunto da vida. Desse modo, é chegada a hora da nossa conscientização e consequente transformação para o bem e o amor universal (pilares do desenvolvimento espiritual).
A hora presente nos impõe a necessidade de sermos fortes, a fim de resistirmos todos os embates e lutas no caminho da luz imperecível. Para usar um termo da moda, precisamos ser resilientes acima de tudo para suportarmos os pesos das provações e expiações da nossa atual experiência corpórea. Nesse sentido, cabe frisar que a resiliência tornou-se um conceito proeminente no âmbito das ciências sociais nas últimas décadas ganhando espaço em muitos campos do saber humano. Aqui o empregamos obviamente no terreno religioso para refletirmos a respeito.
Assim sendo, cientistas renomados têm proposto que a resiliência abrange a capacidade psicológica positiva de recuperação das adversidades, incertezas, conflitos, fracassos ou até mesmo aquelas mudanças benéficas envolvendo o progresso e aumento das responsabilidades.[1] No entanto, é inegável que o positivo funcionamento humano torna-se, talvez, mais extraordinário e saliente em contextos sublinhados por acentuados desafios da vida e percalços. Segundo eles ainda, quando os indivíduos estão sendo efetivamente testados, podemos identificar os seus pontos fortes, isto é, o que são, como surgem e como são nutridos ou prejudicados. [2]
Num nível mais básico, a resiliência compreende “a habilidade de prosperar, amadurecer e aumentar a competência diante das circunstâncias adversas e obstáculos”.[3] Vale também ressaltar que a capacidade de resiliência não apenas pode se manifestar em ações puramente reativas, mas igualmente em situações que demandam aprendizado proativo e crescimento através da superação dos desafios. Essencialmente, resiliência pode requerer tanto medidas proativas como reativas diante da adversidade que possa estar nos atingindo. [4]
Por sua vez, a Doutrina Espírita emprega com assiduidade o termo resistência para expressar a necessidade de desenvolvermos tal capacitação. Pode-se, assim, inferir que resiliência e resistência são termos similares ou sinônimos, já que propõem, a rigor, a mesma coisa. Dito de outra forma, precisamos estar aptos a resistir (ou sermos dotados de resiliência) para sobreviver a todas as tempestades existenciais. Afinal de contas, é certo que não alcançaremos um estágio evolutivo superior sem termos as marcas da resistência gravadas em nossas almas. Para nós espíritas-cristãos há muito a considerar nesse particular.
Posto isto, o Espírito Emmanuel esclarece que:
“O cristão é um ponto vivo de resistência ao mal, onde se encontre.
Pensa nisto e busca entender a significação do verbo suportar.
Não olvides a obrigação de servir com Jesus. É para isto que fomos chamados.” [5]
Desse modo, os verbos resistir, suportar e aguentar são elementos decisivos para o sucesso da nossa encarnação. É fundamental entender que em distintos momentos e ocasiões necessitamos conjugá-los em nós mesmos, isto é, no exercício da nossa fé. Sendo assim, Emmanuel também adverte que:
“Contra a aspiração bruxuleante do bem, no dia que passa, levanta-se a pesada bagagem de sombras acumuladas em nossas almas desde os séculos transcorridos. Indispensável, portanto, grande serenidade e resistência de nossa parte, a fim de que o progresso alcançado não se perca.
O Senhor concede-nos a claridade de Hoje para esquecermos as trevas de Ontem, preparando-nos para o Amanhã, no rumo da luz imperecível.” [6]
Portanto, tenhamos plena consciência de que haveremos de passar por intensos e frequentes testes de resistência ao longo da vida. Afinal de contas, como poderemos mostrar a Deus o nosso valor sem tais avaliações? Confiemos, então, na Providência Divina, que jamais nos desempara, e roguemos forças para suportar as experiências decisivas – geralmente adornadas pela dor, decepção, perda de entes queridos, adversidades, fracassos e reveses – e indispensáveis à nossa ascensão espiritual. Nos dias mais conturbados recorramos com mais frequência às sempre benéficas preces, meditações, leituras edificantes e passes, alimentando, desse modo, dentro de nós a esperança e confiança em dias melhores. Como pondera Emmanuel, “Provas, aflições, problemas e dificuldades se erigem na existência como sendo patrimônio de todos. O que nos diferencia, uns diante dos outros, é a nossa maneira peculiar de apreciá-los e recebê-los”. [7]
Sendo essa a realidade insofismável, lembremos, por fim, que as tempestades - por mais destrutivas e intensas que sejam - sempre cedem à calmaria.
Notas:
1. Luthans, F. (2002). The need for and meaning of positive organizational behavior. Journal of Organizational Behavior, 23(6), 695-706.
2. Ryff, C.D., & Singer, B. (2003). Flourishing under fire: Resilience as a prototype of challenged thriving. In C.L.M. Keyes & J. Haidt (Eds.). Flourishing: Positive psychology and the life well-lived (pp. 15-36). Washington, DC: American Psychological Association.
3. Conforme citada em Lopez, S. J., Prosser, E.C., Edwards, L.M., Magyar-Moe, J.L., Neufeld, J. E., & Rasmussen, H. N. (2005). Putting positive psychology in a multicultural context. In Snyder, C.R. & Lopez, S.J. (Eds.), Handbook of positive psychology (pp. 700-714). New York: Oxford University Press.
4. Yuossef, C.M., & Luthans, F. (2007). Positive organizational behavior in the workplace: The impact of hope, optimism, and resilience. Journal of Management, 33(5), 774-800.
5. Xavier, F.C. (Pelo Espírito Emmanuel). (1977). Pão Nosso. 5ª edição. FEB: Rio de Janeiro, capítulo 118.
6. ______. Idem. Capítulo 136.
7. ______. (1977). Rumo Certo. 2ª edição. FEB: Rio de Janeiro, capítulo 10.
Anselmo Ferreira Vasconcelos
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sexta-feira, 26 de janeiro de 2024
A fraternidade não se decreta
A fraternidade entre os homens foi um dos mais importantes preceitos ensinados por Jesus. No entanto, após mais de dois milênios ela ainda não se estabeleceu nem mesmo entre todos os cristãos. Promulgando-se a fraternidade universal como lei civil, não se daria um impulso para que a felicidade tão sonhada pela humanidade se realizasse na Terra? Essas foram reflexões feitas por um grupo espírita. Ao pedirem instruções a esse respeito ao guia espiritual do grupo, a seguinte comunicação lhes foi ditada:
"O homem quer ser feliz, ele almeja viver em um mundo mais feliz, onde os seus direitos naturais sejam respeitados por todos e a verdadeira fraternidade seja o elo vibrando em todos os corações; um mundo, enfim, onde as instituições sejam todas erigidas sobre as bases da lei de amor e de caridade.
No entanto, a fraternidade, assim como todas as demais virtudes, são sentimentos íntimos, dados por Deus às suas criaturas, inicialmente em germe, mas que só se desenvolvem por uma vontade ativa com o auxílio da razão e do amadurecimento do senso moral. Por aí se vê que a fraternidade, tão desejada, não pode ser imposta por decreto, como aliás nenhuma outra virtude, por ser um dever de consciência, portanto um dever moral; tentar forçá-la na criatura livre é fazer hipócritas, o que produziria um grande mal para a sociedade, podendo incitar mesmo o ódio, que é seu contrário.
Vemos o tumulto gerado nas consciências quando se tenta impor um sentimento qualquer por decreto ou à força de ruídos ecoando em toda parte. Não, não, a fraternidade não se impõe, porque seria uma violação da liberdade de consciência que é dada por Deus a todos os seus filhos. As leis humanas podem estabelecer uma ordem na sociedade, fazendo respeitar os direitos de cada um, por uma justiça bem entendida, mas não podem impor, à força de decretos, deveres que são exclusivamente da alçada da consciência, assim como não é da alçada das leis humanas, ou do direito positivo, sancionar infrações cometidas ao dever moral, justamente porque o homem não tem qualquer acesso aos sentimentos íntimos de seus semelhantes.
Se quereis uma sociedade mais justa, mais fraterna, que cada um observe os mandamentos morais deixados pelo Cristo: Não faças ao próximo o que não queres que te façam; faças ao próximo o que gostarias que te fizessem. Eis aí o excelente remédio para boa parte dos males sociais que enfrentais, e que está ao alcance de todos, sem exceção.
Admitindo-se que o pior inimigo da sociedade é o egoísmo, esse vício terrível que arrasta um cortejo de suscetibilidades, descobrireis que o único antídoto eficaz para esse mal é a caridade, como a entendia Jesus: benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições de outrem, perdão das ofensas. Onde há egoísmo, não pode haver verdadeira fraternidade. Quando o egoísmo fala, a fraternidade se cala e a intolerância ganha força; a hostilidade se espalha e todos se ressentem dos efeitos da desunião gerada no seio da grande família humana, como se ressentem os membros de uma família quando a desarmonia se faz dentro do lar.
Espíritas, atentai para o que tendes buscado e com o que tendes alimentado a vossa alma. Compenetrai-vos de que estais no mundo para cumprir as provas escolhidas, e não sois constrangidos a mergulhar vossa alma na incredulidade espalhada pelos inimigos do progresso e da ordem social. Lembrai-vos que a cada um será dado segundo as suas obras, e não segundo o que disse, viu ou ouviu dizer."
Allan Kardec
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terça-feira, 16 de janeiro de 2024
Paz pela Paz
Dias de absoluta agitação e incertezas pelo mundo, mormente pelos países do Oriente Médio, local este em que há 4.000 anos os conflitos tiveram início com os povos hebreus que chegaram a Canaã (hoje Palestina) lá encontrando os cananeus e os filisteus, conquistada em uma campanha militar sob o comando de Josué.
Essa história ficou marcada por três períodos a saber: Os Patriarcas, os Juízes e a Monarquia. Apesar de os historiadores discordarem entre si, o que não muda são os conflitos que marcaram a região. A guerra sempre esteve presente. É dessa parte do mundo que surgiram grandes personalidades da História Universal, e, no meu parecer, o maior de todos foi e continuará sendo Jesus, filho de Maria e José, o carpinteiro.
Ao contrário de fomentar a discórdia, em disputas frenéticas e sangrentas por posses materiais e poder sobre os povos, Ele proclamou que seu reino não era deste mundo; que todos são irmãos e filhos de um único Pai; que não havia diferença entre ricos e pobres, sexo ou cor da pele, raças ou origens; uma só linhagem; todos são igualmente herdeiros do seu trono; que sua missão na Terra foi separar o joio do trigo e unir os homens de boa vontade, “porque esses serão os bem-aventurados do meu Pai que está nos céus”.
Com o seu poder de autoproclamar-se filho do homem e afirmando “Eu e o Pai somos um”, disparou a inveja e a revolta das autoridades, que não fizeram nenhuma questão de entender o significado de sua mensagem e conspiraram junto ao poderio romano, até conseguir que fosse preso, torturado e levado ao Calvário para ser crucificado pela turba infamante que o sentenciou, sem que fosse sequer julgado e sem direito à defesa. Ainda assim afirmou que não veio destruir a Lei, mas fazer com que ela fosse cumprida.
Na sua estada pela Terra, curou os doentes e enfermos de toda sorte, do corpo e do espírito, praticando o bem e o perdão das ofensas, oferecendo o outro lado da face para os seus agressores e pedindo ao Pai que os perdoassem porque eles não sabiam o que estavam fazendo, deixando a cada um seguir o curso da vida que escolhera viver: “A cada um segundo as suas obras”.
Tudo isso aconteceu há mais de 2.000 anos. Há 2.023 anos para ser exato. Naquele momento Ele mudou o paradigma do “olho por olho, dente por dente” para “ama ao próximo como a ti mesmo, faça ao outro aquilo que gostaria que fosse feito a você”, semeando assim as sementes profícuas do amor pela humanidade como única solução para todos os conflitos e remédio para todos os males. Umas caíram em espinheiros e outras entre as pedras ou à beira do caminho, e poucas caíram em terreno fértil e deram frutos sazonados. O Evangelho para todos os povos, cuja máxima “amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a vós mesmos”, continua sendo propagado aos quatro cantos do planeta pelos homens de boa vontade, para que possa servir de parâmetro para avaliarmos quanto evoluímos os nossos sentimentos nestes dois milênios; quanto estamos diferentes daquele povo que crucificou o substrato e a essência do amor e da paz; como estou me comportando diante do meu próximo que não pertence à minha família consanguínea, religião ou partido político; quanto estou disponível para ajustar os meus pensamentos, sentimentos, atos e emoções, para que a harmonia e o equilíbrio possam ser a palavra de ordem do meu existir. Por onde vagueiam os meus desejos ocultos? Estou sendo verdadeiro e sincero comigo e com os outros? Posso no fim do dia, ao recolher-me para repousar, ter a coragem de fazer a pergunta de Santo Agostinho: “o que fiz hoje que poderei fazer melhor amanhã? O que preciso melhorar em mim?” Estou, de fato construindo a paz?
“A Paz do Mundo
Começa em mim.
Se eu tenho amor,
Com certeza sou feliz.
Se eu faço o bem ao meu irmão,
Tenho a grandeza dentro do meu coração.
Chegou a hora da gente construir a Paz
Ninguém suporta mais o desamor.
Paz pela paz, pelas crianças, pelas florestas, pela coragem de mudar, pela justiça, pela liberdade, pela beleza de te amar, pro mundo novo, a esperança.
Paz pela Paz.” (*)
(*) Letra da canção de Nando Cordel – Paz pela Paz.
Arleir Bellieny
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quarta-feira, 3 de janeiro de 2024
Bons hábitos
As pessoas que têm moral são as que procedem bem, ou seja, tem hábitos positivos. Agir moralmente é ter atitudes que promovam o bem geral.
Moral, desta forma, está relacionada à ação, ou seja, aos hábitos adquiridos.
Podemos melhorar moralmente e, para isso, não existe outro caminho senão o que passa pela aquisição de bons hábitos.
A razão tem papel fundamental nesse processo, pois, antes de adquirirmos hábitos morais sadios, precisamos usar bem o intelecto. É ele que vai nos dar consciência do que é certo e do que é errado nas diversas situações que vivemos.
James Hunter e os hábitos morais
O autor do best-seller O Monge e o executivo trabalha com uma linha muito interessante. Propõe que hábitos morais podem ser adquiridos com treinamento e muito esforço. Para tanto precisamos, necessariamente, passar por algumas etapas.
1. Inconsciente e sem hábito
Antes de ter o hábito adquirido a pessoa não sabe que necessita tê-lo.
É preciso saber o que deve ser mudado, o que deve ser conquistado e por quê, para que haja um esforço na aquisição do hábito.
Dessa forma, todos passamos por essa etapa de não saber o que precisamos mudar. Somos ignorantes em relação aos novos hábitos. É como a criança que ainda não foi orientada que deve escovar seus dentes sozinha.
2. Consciente e sem o hábito
Chega um momento em que alguém nos informa, ou tomamos conhecimento através de livros, palestras ou experiências de vida, da necessidade de termos hábitos morais sadios.
É aí que passamos a ter conhecimentos teóricos sobre a importância desses hábitos. Ainda não agimos, mas temos o conhecimento intelectual. Somos semelhantes às crianças que ouviram da mãe a importância da higiene bucal e as instruções de como escovar corretamente os dentes.
3. Consciente com o hábito
Após a tomada de consciência do que deve ser feito e do como deve ser feito, passamos a treinar os hábitos morais sadios.
Após um bom período de repetições e esforços, já agimos com mais naturalidade. Sabemos como agir e nos esforçamos para isso.
Nossos esforços são recompensados com as ações boas. As situações problema surgem e o intelecto já aciona a pessoa na tomada de decisões.
Seguindo o exemplo da criança, estamos numa fase onde além de saber como escovar os dentes e da importância desse hábito, despertamos pela manhã e nos lembramos de que devemos realizar a escovação e nos dirigimos à pia, procurando de forma consciente a escova e o creme dental.
4. Inconsciente e com o hábito
Essa é a fase onde sabemos o que precisamos fazer, mas não necessitamos lembrar a cada situação. Agimos de forma correta nas situações onde devemos fazer o melhor.
Não precisamos recorrer à memória ou a teorias. Passamos a agir naturalmente, de forma espontânea, pois já temos o hábito adquirido.
O menino já escova os dentes de forma automática. Pensa em outras coisas, sem precisar repassar as instruções da mãe no que diz respeito ao sentido da escovada... se de baixo para cima ou de cima para baixo. Simplesmente faz.
É uma espécie de segunda natureza. O hábito está adquirido.
Treino, treino e treino.
Mesmo que muitos digam: "falar é fácil, o negócio é fazer", é bom nos desafiarmos a adquirir bons hábitos.
O mundo se tornará um lugar melhor para viver, na medida em que nos melhorarmos moralmente.
Precisamos agir corretamente, pensando no bem das pessoas a nossa volta.
E nada melhor do que o esforço real, que o treinamento constante, para adquirirmos novos valores, novas capacidades.
São esforços pequenos e diários que certamente valerão a pena.
https://www.oconsolador.com.br/3/cristianmacedo.html
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terça-feira, 26 de dezembro de 2023
Lições da Natureza
Alguns anos atrás, um dentista no início de sua carreira profissional, para poder atender seus primeiros clientes, precisou alugar uma residência e montar o seu próprio consultório.
E de frente a sala onde ele atendia, havia uma grande árvore que lhe causava muito transtorno com a queda de folhas, pequenos gravetos e insetos que eram atraídos sobrevoando o local. Entretanto, como a situação era bastante desagradável, decidiu então manter a porta fechada. Mas em virtude dos dias quentes e do insuportável calor que fazia, não havia como mantê-la daquela maneira, apesar de todo o incomodo.
Certo dia, saindo de casa para o trabalho, lembrou-se que na véspera havia esquecido a porta do consultório aberta, e lá chegando encontrou o chão todo sujo. Daquele dia em diante, sempre numa alternativa de solucionar ou atenuar o seu problema, cadeiras e móveis eram dispostos de maneira diferente, mas de nada adiantava.
Cansado e muito aborrecido por não mais suportara sujeira daquela árvore, decidiu realizar um plano. Na posse de um galão de ácido clorídrico, sem que ninguém pudesse dele suspeitar, numa certa altura da noite, espalhou o corrosivo e tóxico produto sobre as raízes.
Ao passar do tempo, percebia intrigado que a árvore permanecia do mesmo jeito, inalterada, imaginando o que poderia ter dado de errado. Contrariado e insatisfeito, sem se dar por vencido, outra dose de ácido foi administrada. Após alguns dias, observando agora mais atentamente a árvore, visíveis sinais já eram notados; folhas amareladas começavam a cair e galhos a secar. Aliviado exclamou intimamente consigo – Finalmente, acho que me livrei desta árvore!
E as semanas se passaram, quando por um momento, relanceando novamente o seu olhar sobre a árvore, foi colhido por uma grande surpresa. Perplexo e admirado, começou a observar minúsculas e viçosas folhas verdejantes, a despontarem nos galhos aparentemente secos e mortos; com flores ressurgindo em tons de belíssimas cores e suave perfume, anunciando a chegada da majestosa primavera.
Por fim, numa bela manhã, quando pela segunda vez havia esquecido aberta a porta do consultório, notou agora que o chão estava todo atapetado de lindas e coloridas flores. Arrependido e chateado, passou então a refletir no amoroso gesto e a forma com que a árvore lhe dera como resposta, compreendendo finalmente, que a sabedoria e a força da natureza pelo inexcedível amor de Deus, são capazes de nos dar grandes lições de vida, nos ensinando sempre retribuir o mal com o bem; segundo o sublime preceito de Jesus Cristo anunciado em Mateus capítulo 5 – versículos de 38 a 42 – “Se alguém vos fere a face direita, apresente também a outra”.
Essa é uma história real contada por um amigo, demonstrando o quanto é imperioso recapitularmos as lições inolvidáveis do Mestre Querido, considerando que, como Espíritos milenares no transcurso de nossas existências múltiplas, muito temos negligenciado e ferido as leis amorosas e santificantes.
Ninguém pede angelitude nos desdobrar da noite para o dia, mas acautelemo-nos na observância de vigiar e iluminar nossos próprios passos, compreendendo por fim, que a vida sem se limitar aos nossos caprichos desvairados e egoísticos, só nos pede um pouco mais de amor a natureza e aos nossos semelhantes.
Marildo Campos Brito
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terça-feira, 5 de dezembro de 2023
Viver é dançar
A vida é como uma dança, um movimento constante de passos e manobras que realizamos durante toda a nossa existência. Quando interrompemos estes movimentos para lamentarmos das dificuldades que nos surgem acabamos tropeçando nos “pés” do nosso próprio destino.
E por que será que lamentamos tanto, se nós mesmos escolhemos antes de nascer os “ritmos” que iriam ser executados?
A vida é uma escola de aprendizados profundos para a alma. As dificuldades, os obstáculos surgem em nossa vida com um único objetivo: proporcionar a nossa evolução.Quando a vida só exige de nós uma dança simples de apenas um dois pra lá, um dois pra cá, e tudo corre bem, parece que nossa caminhada é moleza, não é verdade? O difícil é encarar as dificuldades que parecem ser insuperáveis, onde somos obrigados a dançar ritmos de difícil execução como o tango argentino.
Tenhamos sempre em mente que Deus sempre guia e conduz cada um de nossos passos. Basta apenas que confiemos em sua bondade de Pai. As dificuldades precisam ser encaradas não como instrumentos de dor, mas como escolas que formam seres de grande sabedoria.
E como estamos falando de dificuldades e obstáculos, acredito que seja de extrema importância investir um pouco mais do nosso tempo para refletir a respeito dos relacionamentos familiares. Afinal, passamos maior parte de nosso tempo aqui na Terra em contato com a família. Nosso lar é o ambiente que nós mesmos escolhemos para vencer nossas dificuldades e limitações. Ou você acredita que está vivendo em um local por sorte, azar ou, simplesmente, por obra do acaso?
Atraímos as pessoas para perto de nós, isso é lei. Guarde isso! As afinidades nos atraem. Estamos na maior parte do tempo com pessoas que possuem a mesma afinidade que a nossa.
É importante frisarmos que todos nós estamos no mesmo “barco”. Aqui na Terra ninguém é superior a ninguém. Todos devem aprender uns com ou outros. Uns já conseguiram superar certas inferioridades, outros já desenvolveram algumas virtudes, mas todos ocupam um grau similar de evolução.
Para vivermos em paz é necessário utilizarmos os sentimentos nobres que temos a nosso favor. E por que não começarmos exercitando cada vez mais o respeito, este sentimento que deveria estar sempre na moda entre os relacionamentos? Os filhos, por exemplo, devem sempre respeitar seus pais, mas também é tarefa dos pais respeitarem seus filhos. Quando este sentimento estiver presente em todas as faixas etárias atingiremos um ponto de equilíbrio, onde prevalecerá o amor entre as pessoas.
Quando a vida te cobrar passos difíceis, lembre-se sempre de Deus!
Confie! Ele sempre tocará o melhor ritmo para sua evolução!
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sábado, 21 de outubro de 2023
Hoje o seu dia está triste? Mude de janela!
A menina debruçada na janela trazia nos olhos grossas lágrimas e o peito oprimido pelo sentimento de dor causado pela morte de seu cão de estimação. Com pesar, observava atenta o jardineiro enterrar o corpo do amigo de tantas brincadeiras. A cada pá de terra jogada sobre o animal, sentia como se sua felicidade estivesse sendo soterrada também.
O avô, que observava a neta, aproximou-se, envolveu-a em um abraço e falou-lhe com serenidade:
- Triste a cena, não é verdade?
A netinha ficou ainda mais triste, e as lágrimas rolaram em abundância.
No entanto, o avô, que desejava confortá-la, chamou-lhe a atenção para outra realidade. Tomou-a pela mão e a conduziu para uma janela localizada no lado oposto da ampla sala. Abriu as cortinas e permitiu-lhe que visse o jardim florido a sua frente. Então, perguntou-lhe carinhosamente:
- Está vendo aquele pé de rosas amarelas bem ali na frente?
- Lembra-se que você me ajudou a plantá-lo?
- Foi em um dia de sol como hoje que nós dois o plantamos. Era apenas um pequeno galho cheio de espinhos, e hoje, veja como está lindo, carregado de flores perfumadas e botões como promessa de novas rosas.
A menina enxugou as lágrimas que ainda teimavam em permanecer em suas faces e abriu um largo sorriso, mostrando as abelhas que pousavam sobre as flores e as borboletas que faziam festa entre umas e outras das tantas rosas de variados matizes que enfeitavam o jardim.
O avô, satisfeito por tê-la ajudado a superar o momento de dor, falou-lhe com afeto:
- Veja, minha filha. A vida nos oferece sempre várias janelas. Quando a paisagem de uma delas nos causa tristeza sem que possamos alterar o quadro, voltamo-nos para outra e certamente nos deparamos com uma paisagem diferente.
Mude de janela!
Certos acontecimentos na vida só farão sentido depois de alguns dias, meses ou até anos. São fatos que não temos como mudar, voltar no passado para rearranjar ou até mesmo esquecer. Simplesmente aconteceram, e nós devemos encarar a vida daqui para a frente com aquela realidade.
Por mais triste que seja, ficar olhando somente o cenário desta janela fará com que a mágoa seja corrosiva e profundamente dolorida. Não se trata de fechar aquela janela - até porque se é muito triste, você certamente não conseguirá simplesmente "esquecer".
Quando meu pai faleceu - de forma muito repentina -, a família inteira ficou profundamente abalada. Mas havia algo - outra janela - que nos rendia sorrisos e esperança: a minha filha caçula, que chegaria à luz dentro de algumas semanas. Veja: aquela janela - alegre e esperançosa - não fechava a outra - triste e cheia de saudades. Mas era um ponto de conforto, de apoio para os nossos pensamentos.
As experiências que se passam são verdadeiras joias - lições de vida que, quando se partem, doem-nos o coração. Mas não podemos ter a visão do mundo limitada a essa perda, já que são tantas as conquistas e alegrias que temos.
Nossa vida tem várias "janelas", com paisagens diferentes! Encontre alguma que você goste de ficar olhando! Não se permita contemplar a janela da dor.
Autor desconhecido
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terça-feira, 3 de outubro de 2023
Conquista da paz
No entanto, será que sabemos como conquistar a paz?
E se sabemos, o que temos feito para alcançar esse objetivo?
Conta-se que, um dia, vários deuses da mitologia grega se reuniram para decidir onde esconderiam um tesouro precioso, para que os homens o encontrassem.
Não poderia ser em um lugar qualquer, pois se estivesse muito à vista, poderia ser encontrado facilmente e não lhe dariam o devido valor.
As sugestões começaram a surgiu, na grande assembleia.
Um dos deuses sugeriu que se pusesse o tesouro no fundo dos oceanos.
Todavia, aquele que presidia a reunião argumentou que o homem certamente iria encontrá-lo com facilidade. Com sua inteligência, sua criatividade, inventaria equipamentos de mergulho, alcançaria o tesouro e não lhe daria a importância merecida.
Outra sugestão foi a de esconder o tesouro nos espaços infinitos do Universo.
Argumentou um dos deuses: O homem o descobrirá facilmente, pois se inventar equipamentos para mergulhar nas profundezas dos mares, é lógico que os inventará para percorrer os espaços infinitos.
Depois de várias sugestões infrutíferas, alguém teve uma ideia que foi aceita por todos.
O tesouro deve ser cuidadosamente escondido, num lugar onde o homem só irá procurar depois que estiver suficientemente maduro para valorizá-lo, e mantê-lo consigo.
Depois de muitos debates e sugestões, foi definido que o local seria o íntimo de cada ser humano.
* * *
Esse tesouro valioso e imperecível é a paz.
Sim, a paz que tanto buscamos, sem lograr êxito, está dentro de cada um de nós.
Quando encontramos o tesouro da paz, não mais nos perturbamos, mesmo que a situação, ao nosso redor, pareça estar em polvorosa.
Importante que não confundamos paz com passividade porque o passivo é um ser sem ação.
O pacifista é ativo. Onde há discórdia, ele leva a sua paz, compartilha o seu tesouro.
É assim que devemos entender a recomendação de Jesus de mostrar a outra face.
Se a face que se apresenta é a da violência, mostremos a face da paz.
De fato, conquistamos os mares. Estamos vencendo o espaço com nossos telescópios e naves espaciais. Desvendamos vários mistérios do Universo, no entanto, ainda não empreendemos a viagem fantástica para dentro de nós mesmos.
Alcançamos muitas conquistas tecnológicas, contudo, ainda apresentamos dificuldade em resolver um simples problema de relacionamento com nosso próximo.
Falta descobrirmos como afastar do nosso íntimo o orgulho, a vaidade desmedida, a inveja, e outros tantos entulhos morais que impedem o acesso à paz.
Pensemos: se a paz é um tesouro que cada um de nós pode conquistar, cabe-nos iniciar, sem demora, essa busca.
No autoconhecimento traçaremos um mapa de nós mesmos, que nos mostrará onde se encontra cada empecilho, cada obstáculo que devemos remover da nossa intimidade.
Somente quando o caminho estiver limpo, nos depararemos com um recanto de luz brilhando em nós: a tão esperada paz íntima!
Paz que espalharemos pelo mundo. Pensemos a respeito.
Redação do Momento Espírita.
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sábado, 16 de setembro de 2023
Conselhos de André Luiz para seu amigo na terra
Através de uma carta André Luiz enviou alguns conselhos valiosos para um amigo que buscava informações sobre sua situação na terra.
CARTA:
Caro companheiro.
Você quer saber algo de sua verdadeira situação na Terra.
Compreendo.
Quando a pessoa entra nessa grande colônia de tratamento e cura, é convenientemente tratada.
A memória deve funcionar na dose justa.
É natural.
A permanência aí poderá ser longa e, por isso mesmo, certas medidas se recomendam em favor dos beneficiários.
Atende às instruções do internato e não se preocupe, em demasia, com os problemas que não lhe digam respeito.
Não se prenda aos seus apetrechos de uso e nem acumule utilidades que deixará inevitavelmente, quando as autoridades observarem você no ponto de retorno.
Se algum colega de vivência estima criar casos, esqueça isso. Não vale a pena incomodar-se. Ninguém ou quase ninguém passa por aí sem dificuldades por superar.
Viva alegre, com a sua consciência tranquila.
Em se achando numa estância de refazimento, é aconselhável manter-se fiel à tarefa que a administração lhe confie.
Procure ser útil, deixando o seu lugar tão melhorado quanto possível, para alguém que aí chegue depois.
Quanto ao mais, considere você e os demais companheiros de convivência e necessidade simplesmente acampados, unidos numa instituição de tratamento oportuno e feliz.
Aí você consegue dormir mais tempo, distrair-se na sua faixa temporária de esquecimento terapêutico, deliciar-se com excelente alimentação, compartilhar de vários jogos e ensaiar muita atividade nobre para o futuro.
Aproveite.
O ensejo é dos melhores.
Descanse e reajuste as próprias forças porque o trabalho para você só será serviço mesmo, quando você deixar o seu uniforme do instituto no vestiário da morte e puder regressar.
Do livro: “Vida em Vida”, Francisco Cândido Xavier.
André Luiz
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sábado, 12 de agosto de 2023
20 exercícios para Reforma Íntima
2. Silenciar diante da ofensa.
3. Esquecer o favor prestado.
4. Exonerar os amigos de qualquer gentileza para conosco.
5. Emudecer a nossa agressividade.
6. Não condenar as opiniões que divergem da nossa.
7. Abolir qualquer pergunta maliciosa ou desnecessária.
8. Repetir informações e ensinamentos sem qualquer
azedume.
9. Treinar a paciência constante.
10. Ouvir fraternalmente as mágoas dos companheiros sem
biografar nossas dores.
11. Buscar sem afetação o meio de ser mais útil.
12. Desculpar sem desculpar-se.
13. Não dizer mal de ninguém.
14. Buscar a melhor parte das pessoas que nos comungam a experiência.
15. Alegrar-se com a alegria dos outros.
16. Não aborrecer quem trabalha.
17. Ajudar espontaneamente.
18. Respeitar o serviço alheio.
19. Reduzir os problemas particulares.
20. Servir de boa mente quando a enfermidade nos fira
Francisco Cândido Xavier
3. Esquecer o favor prestado.
4. Exonerar os amigos de qualquer gentileza para conosco.
5. Emudecer a nossa agressividade.
6. Não condenar as opiniões que divergem da nossa.
7. Abolir qualquer pergunta maliciosa ou desnecessária.
8. Repetir informações e ensinamentos sem qualquer
azedume.
9. Treinar a paciência constante.
10. Ouvir fraternalmente as mágoas dos companheiros sem
biografar nossas dores.
11. Buscar sem afetação o meio de ser mais útil.
12. Desculpar sem desculpar-se.
13. Não dizer mal de ninguém.
14. Buscar a melhor parte das pessoas que nos comungam a experiência.
15. Alegrar-se com a alegria dos outros.
16. Não aborrecer quem trabalha.
17. Ajudar espontaneamente.
18. Respeitar o serviço alheio.
19. Reduzir os problemas particulares.
20. Servir de boa mente quando a enfermidade nos fira
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sábado, 5 de agosto de 2023
Energias
“Eles se alimentam, diariamente, de formas mentais, sem utilizarem a boca física, valendo-se da capacidade de absorção do organismo perispíritico, mas ainda não sentem a extensão desses fenômenos em suas vidas diárias. No lar, na via pública, no trabalho, nas diversões, cada criatura recebe o alimento mental que lhe é trazido por aqueles com quem convive, temperado com o magnetismo pessoal de cada um.” (Apuleio, em Missionários da Luz, cap 14).
Olha só o que relata Apuleio à André Luiz nessa passagem do livro Missionários da Luz. Os personagens da frase, a quem Apuleio se refere, somos nós, os encarnados.
Nos afirma que, além do alimento físico, que nutre o corpo, nos alimentamos, numa troca incessante, das energias de todos aqueles com os quais convivemos, às vezes, nem tanta convivência assim, bastará apenas o breve contato.
Refletindo sobre o tema, que me impressionou bastante, podemos perceber e entender melhor o que determinadas companhias, encarnadas e desencarnadas, nos causam. Além disso o que assistimos, ouvimos, lemos, tudo nos proporciona algo além.
De fato, é necessário selecionarmos, no que for possível, nossas escolhas e companhias por dela nos alimentamos e, logicamente, quando se trata de pessoas, a elas também doamos o que temos, ainda que sem saber.
Há aquelas pessoas que no simples contato, a distância ou, melhor ainda, num abraço nos causam enorme bem, nos entregam um pouco de si e saímos dessa troca melhor do que chegamos. O contrário também é verídico, diante de uma simples conversa com alguém que, em nada temos de comum, especialmente, nos valores, nos sentimos incomodados.
Por outro lado, é preciso trabalhar para que sejamos aquela pessoa que alimenta com algo bom aquele que convive conosco, precisamos lhe entregar uma boa energia, uma sensação positiva, emanar-lhe o que temos de melhor e, para tanto, precisamos também termos fontes que nos alimentem adequadamente.
Nunca o orai e vigiai de Jesus fez tanto sentido.
André Tarifa
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