quarta-feira, 5 de maio de 2010
Já se fazem cursos de pós-graduação de teses espíritas
Foram fundadas duas universidades espíritas, em Paris (França), e em Guarulhos (SP), e uma faculdade umbandista em São Paulo. E há cursos superiores, de mestrado e pós-graduação de teses espíritas, de terapia de vivências passadas (TVP) e de transcomunicação instrumental (TCI) - contato com os espíritos por aparelhos eletrônicos -, de que Sônia Rinaldi é uma autoridade mundial e vai fazer mestrado de TCI na PUC-SP. Muitos padres e pastores dedicam-se a essa pesquisa.
Vejamos alguns desses cursos nas cidades de São Paulo (SP), Rio (RJ), Campinas (SP) e Curitiba (PR): Faculdade de Teologia Espírita em Curitiba (PR), e de pós-graduação de pedagogia espírita na Universidade de Santa Cecília, em São Paulo (SP) e Santos (SP). E eis alguns componentes do corpo docente desses cursos: Dora Incontri, doutora e pós-doutora em educação pela USP; Alexandro César Bigheto, doutor em educação pela Unicamp; Alexander Moreira Almeida, doutor em medicina pela USP e pós-doutor pela Duke University (EUA); Franklin Santana Santos, doutor em medicina pela USP e pós-doutor pelo Instituto Karolinska (Suécia); Alysson Leandro Mascaio, doutor em filosofia do direito pela USP; Luiz Augusto Beraldi Colombo, mestre em arte e educação pela Universidade Mackenzie de São Paulo; Régis Morais, doutor em educação, professor da Unicamp, da PUC-Chile e Universidade Nacional de Lisboa (Portugal); José Pacheco, da Escola de Ponte (Portugal); José Mafra, doutor em educação pela USP e Instituto Paulo Freire; Júlio Peres, doutor em psicologia e neurociências pela USP e pós-doutor pelo Center for Mind and Spirituality da Universidade da Pensilvânia (EUA); Leonildo Silveira Campos, doutor em ciências da religião pela Universidade Metodista (São Paulo); Sheikh Muhammad Ragib al-Jerrahi, xeque muçulmano da linha sufi; Maria das Graças Mota Cruz de Assis Figueiredo, médica, budista e professora da Unifesp; José J. Queiroz, com mestrado em teologia e direito canônico pela Universidade Santo Tomás de Aquino, de Roma; Alexander de Almeida, psiquiatra, com pós-graduação de fenomenologia das experiências mediúnicas, defendida na USP, e coordenador do Núcleo de Estudos de Problemas Espirituais e Religiosos do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP; Sérgio Felipe, catedrático de medicina da USP etc.
Outro dom mediúnico bíblico é o da projeciologia, bilocação ou desdobramento (saída do corpo ou viagem astral), o qual pesou na canonização de santos da Igreja. E a Nasa está avançada nas pesquisas desse fenômeno denominado por Kardec de desdobramento.
Um dos postulados espíritas é o da evolução, que é comprovada pelo próprio avanço científico da doutrina codificada por Kardec!
José Reis Chaves
Teósofo e biblista - jreischaves@gmail.com
Imagem ilustrativa
terça-feira, 4 de maio de 2010
A planta Maldita
Cansanção
- Comprei uma fazenda. Fica a menos de vinte quilômetros da cidade e a pouco mais de meia légua da estrada principal. Vou mandar fazer uma reforma na casa grande, uma limpeza no riacho, um banho de bica e quadras para jogos.
- Uma boa, vó Lúcia! Nossos fins de semana serão ainda mais animados - comentou Eulália, a neta de quatorze anos.
O tempo que antecedeu a inauguração foi de ansiedade, de planos, de sonhos. Convidariam os colegas, organizariam corrida de saco, quebra pote, cabra cega, jogos de vôlei, torneios de futebol.
O grande dia chegou. Vovó Lúcia exultava, observava cuidadosamente a meia centena de crianças esbanjando energias numa explosão de contentamento.
À tardinha, durante uma acirrada partida de futebol entre os de camisa azul e os de vermelha, a bola, seguida pelo esperto Rubinho, ganhou distância indo alojar-se numa touceira, longe dos limites do campo.
De repente, um grito lancinante. Rubinho, apresentando vergões avermelhados nos braços e nas pernas, contorcia-se em desesperado pranto. A moita era de cansanção, erva peluda de grande toxidez.
Muito contrariada, vovó Lúcia, sem poder conter a revolta, resmungava dizendo não aceitar a existência da “planta maldita” e de outras coisas nocivas.
No seu entender, houve uma perversão da natureza por um cochilo de Deus.
Seu Dadá, o encarregado do sítio, em tom conciliador, tentava convencê-la de que tudo na natureza é obra de Deus, tem sua função, é necessário, só precisa o homem descobrir sua utilidade.
No dia seguinte, a zelosa senhora ordenou que fossem arrancados e queimados todos os pés de cansanção, urtiga, tamearana e de qualquer outra erva que provocasse reações cutâneas dolorosas. Em sua propriedade, jamais subsistiriam plantas daquele tipo.
Era uma determinação.
Em pouco tempo, o jardim e a horta da vovó Lúcia estavam sendo dizimados por cotias e coelhos silváticos vindos da mata contígua.
De nada valeram iscas envenenadas, armadilhas, cercas de estacas protegidas com tapumes de palhas de coqueiro. Os roedores destruíam, principalmente, as plantações de batata e de cenoura.
Seu Dadá, profundo conhecedor da sabedoria popular, chamou a si a responsabilidade de combater a praga e pediu licença para resolver o problema a seu modo.
Em quatro meses, horta e jardim voltaram a exibir a exuberância das flores e das verduras, propiciando fartas colheitas.
Chamado a explicar o “milagre”, seu Dadá juntificou:
O tempo que antecedeu a inauguração foi de ansiedade, de planos, de sonhos. Convidariam os colegas, organizariam corrida de saco, quebra pote, cabra cega, jogos de vôlei, torneios de futebol.
O grande dia chegou. Vovó Lúcia exultava, observava cuidadosamente a meia centena de crianças esbanjando energias numa explosão de contentamento.
À tardinha, durante uma acirrada partida de futebol entre os de camisa azul e os de vermelha, a bola, seguida pelo esperto Rubinho, ganhou distância indo alojar-se numa touceira, longe dos limites do campo.
De repente, um grito lancinante. Rubinho, apresentando vergões avermelhados nos braços e nas pernas, contorcia-se em desesperado pranto. A moita era de cansanção, erva peluda de grande toxidez.
Muito contrariada, vovó Lúcia, sem poder conter a revolta, resmungava dizendo não aceitar a existência da “planta maldita” e de outras coisas nocivas.
No seu entender, houve uma perversão da natureza por um cochilo de Deus.
Seu Dadá, o encarregado do sítio, em tom conciliador, tentava convencê-la de que tudo na natureza é obra de Deus, tem sua função, é necessário, só precisa o homem descobrir sua utilidade.
No dia seguinte, a zelosa senhora ordenou que fossem arrancados e queimados todos os pés de cansanção, urtiga, tamearana e de qualquer outra erva que provocasse reações cutâneas dolorosas. Em sua propriedade, jamais subsistiriam plantas daquele tipo.
Era uma determinação.
Em pouco tempo, o jardim e a horta da vovó Lúcia estavam sendo dizimados por cotias e coelhos silváticos vindos da mata contígua.
De nada valeram iscas envenenadas, armadilhas, cercas de estacas protegidas com tapumes de palhas de coqueiro. Os roedores destruíam, principalmente, as plantações de batata e de cenoura.
Seu Dadá, profundo conhecedor da sabedoria popular, chamou a si a responsabilidade de combater a praga e pediu licença para resolver o problema a seu modo.
Em quatro meses, horta e jardim voltaram a exibir a exuberância das flores e das verduras, propiciando fartas colheitas.
Chamado a explicar o “milagre”, seu Dadá juntificou:
- A natureza não erra, ela não pode ser ofendida, precisa ser respeitada. O homem não deve “matar” o que Deus fez, basta deixar no lugar certo.
Intrigada com o discurso do morador, vovó Lúcia replicou, cheia de curiosidade:
Intrigada com o discurso do morador, vovó Lúcia replicou, cheia de curiosidade:
- Sim, concordo, mas quero saber o que, de fato, foi feito para que os detestáveis bichinhos sumissem.
- A patroa me desculpe, desobedeci a ordem de vossemecê. Do outro lado da cerca, onde os meninos não vão, fiz uma “cerca viva” de cansanção com sementes que arranjei longe daqui. Os pêlos da “planta maldita” queimam e ferem os focinhos dos bichos e eles fogem.
- Muito bem, seu Dadá, agora entendo... O senhor fez ressurgir o que a ciência chama de “equilíbrio ecológico” e que eu, em minha ignorância e prepotência, havia destruído. O senhor é que está certo! Dou minha mão à palmatória!
O assunto ficou encerrado, entretanto, o rústico trabalhador da terra, ferrenho defensor da natureza, cresceu no conceito da vovó Lúcia que passou a comentar:
O assunto ficou encerrado, entretanto, o rústico trabalhador da terra, ferrenho defensor da natureza, cresceu no conceito da vovó Lúcia que passou a comentar:
- Até quando os homens desconhecerão e desrespeitarão as leis da natureza? Até quando Deus - a infinita sabedoria - será desconsiderado por nossa tola presunção?
Responderemos à vovó Lúcia. Malgrado nossa rebeldia, a cada nova encarnação, aprendemos um pouco dos muitos “mistérios” que envolvem a humanidade. A cada nova experiência a que o espírito se submete no corpo material, ele adquire mais conhecimentos e sobe um degrau na grande escala evolutiva a caminho da perfeição.
Por tudo isso, Jesus asseverou: “Em verdade, em verdade, digo-te: Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo”.
Indubitavelmente, a reencarnação é fator imprescindível para o progresso espiritual.
Responderemos à vovó Lúcia. Malgrado nossa rebeldia, a cada nova encarnação, aprendemos um pouco dos muitos “mistérios” que envolvem a humanidade. A cada nova experiência a que o espírito se submete no corpo material, ele adquire mais conhecimentos e sobe um degrau na grande escala evolutiva a caminho da perfeição.
Por tudo isso, Jesus asseverou: “Em verdade, em verdade, digo-te: Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo”.
Indubitavelmente, a reencarnação é fator imprescindível para o progresso espiritual.
Felinto Elízio Duarte Campelo
felintoelizio@gmail.com - Colunista Espírita
Matéria extraída de seu livro: O Pulo do Gato - Imagem ilustrativa
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Você sabia?
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Nota do blog: No tópico destino da alma, sabemos que os Espíritos não ficam exclusivamente vagando entre os vivos, existem locais específicos de readaptação e atividades, ficam os que continuam com suas provas e expiações.
Matéria extraída da Revista da Editora Abril ( Aventuras na História ) em: A trajetória de uma doutrina, Espiritismo. - Ed. 80-A de março de 2010.
Da epístola de Paulo aos Gálatas
Não há judeu, nem grego; não há servo, nem livre; não há homem, nem mulher, porque todos vós sois um só em Cristo Jesus." (Cap. 3 - vers. 28)
Estas palavras de Paulo caracterizam o sentido universalista da Doutrina Cristã, confirmado pelo Espiritismo, o Consolador prometido por Jesus, no Evangelho de João.
O Cristianismo nascente, pelo trabalho intenso de Paulo, ultrapassou logo as fronteiras da Palestina, derramando-se pelos países banhados pelo Mediterrâneo, e penetrando em Roma.
A divulgação da Boa Nova constituiu um processo doloroso e lento, que implicaria no sacrifício de milhares de mártires anônimos, mortos em holocausto ao seu ideal nobre de testemunhar o Cristo.
Paulatinamente, o Paganismo romano foi derrubado, e, no ano 325, o imperador Constantino legalizaria o Cristianismo, permitindo, assim, o livre exercício das práticas religiosas cristãs.
Este primeiro passo, para maior alegria dos cristãos, foi seguido de um segundo e decisivo passo: Teodósio, sucessor de Constantino, poucos anos depois, oficializaria o Cristianismo, tornando-o religião oficial de Roma.
O Cristianismo nascente, pelo trabalho intenso de Paulo, ultrapassou logo as fronteiras da Palestina, derramando-se pelos países banhados pelo Mediterrâneo, e penetrando em Roma.
A divulgação da Boa Nova constituiu um processo doloroso e lento, que implicaria no sacrifício de milhares de mártires anônimos, mortos em holocausto ao seu ideal nobre de testemunhar o Cristo.
Paulatinamente, o Paganismo romano foi derrubado, e, no ano 325, o imperador Constantino legalizaria o Cristianismo, permitindo, assim, o livre exercício das práticas religiosas cristãs.
Este primeiro passo, para maior alegria dos cristãos, foi seguido de um segundo e decisivo passo: Teodósio, sucessor de Constantino, poucos anos depois, oficializaria o Cristianismo, tornando-o religião oficial de Roma.
(Do livro "APRENDENDO COM AS EPÍSTOLAS", de Luiz Rodrigues da Cruz - Edições FEESP)
Imagem ilustrativa
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