quinta-feira, 6 de maio de 2010

A reencarnação é confirmada pela bíblia


1) INTRODUÇÃO

"É certo que os vivos nascem dos mortos; que as almas dos mortos renascem ainda." (Phèdre)
A noite estava começando e meu filho mais velho e eu comentávamos sobre fatos da História. De repente, ele fez uma pergunta difícil para sua idade:
- Será que nós fomos os maus de antigamente?
Pergunta intrigante! Católico que eu era, respondi-lhe que isso não era possível. Todavia, guardei na memória esse questionamento, principalmente porque ele perguntou se fomos os maus! Por que os maus e não os bons? Mais tarde, estudando a doutrina das vidas sucessivas, concluí que essa pergunta indicava uma reminiscência do passado, muito presente em crianças com idade inferior a sete anos.
A doutrina das vidas sucessivas ou reencarnação é chamada também de palingenesia, que se origina do grego palin (novo) e gênese (nascimento). Ela também foi aceita na Índia antiga, conforme se encontra nos Vedas: "Da mesma forma que nos desfazemos de uma roupa usada para pegar uma nova, assim a alma se descarta de um corpo usado para se revestir de novos corpos."
A doutrina da reencarnação foi introduzida na Grécia por Pitágoras, o matemático famoso que deu nome ao teorema de que o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos. Sócrates e seu discípulo Platão adotaram as idéias de Pitágoras sobre as vidas sucessivas. A escola platônica da Alexandria ensinava a reencarnação precisando a vantagem desta evolução progressiva para as condições da alma.
Há, na Antigüidade, outros adeptos da doutrina das vidas sucessivas, como Plotino, que a cita várias vezes no curso de suas Eneidas. É um dogma, disse ele, muito antigo e universalmente ensinado que, se a alma comete faltas, é condenada a expiá-las submetendo-se a punições nos infernos tenebrosos, depois do que é admitida a voltar em um novo corpo para recomeçar suas provas. Diz ele que "a providência de Deus assegura a cada um de nós a sorte que lhe convém e que é harmônica com seus antecedentes, segundo suas existências sucessivas."
Jamblico trata do mesmo assunto: "Assim as penas que nos afligem são freqüentemente castigos de um pecado do qual a alma se rende culpada em sua vida anterior. Algumas vezes, a razão do castigo nos é ocultada por Deus, mas nós não devemos duvidar de sua justiça."
Entre os romanos que adquiriram a maior parte de seus conhecimentos na Grécia, Virgílio exprime claramente a idéia dos renascimentos nestes termos: "Todas as almas, ainda que por milhares de anos tenham retornado à roda desta existência (no Elísios ou no Tártaro), Deus as chama em numerosos enxames ao rio Léthé, a fim de que, privadas de recordações, revejam os lugares superiores e convexos e comecem a querer voltar ao corpo."
Os Gauleses acreditavam nas vidas sucessivas. César escreveu na Guerra de Gales: "Uma crença que eles buscam sempre estabelecer, é que as almas não perecem de forma alguma e que após a morte elas passam de um corpo para outro."
Em suas obras, o historiador Joseph fez profissão de sua fé na reencarnação; relata que essa era a crença dos fariseus.
O Zoar diz: "Todas as almas são submetidas às provas da transmigração" e a Cabala: "São os renascimentos que permitem aos homens se purificar."
Os judeus tinham uma idéia muito confusa a respeito da reencarnação, mas há indícios no Talmude de que o assunto não era desconhecido dos iniciados: "A alma de Abel passou ao corpo de Set e mais tarde ao de Moisés." Além disso, acreditavam que o retorno de Elias sobre a Terra devia preceder o do Messias.
Também alguns padres da Igreja Católica admitiram a teoria das vidas sucessivas. O Pe. Didon, em sua Vida de Jesus, diz o seguinte: "Então se crê, entre o povo (judeu) e mesmo nas escolas, no retorno à vida da alma dos mortos." O sábio beneditino Dom Calmet se exprime assim em seu Comentário: "Vários doutores judeus crêem que as almas de Adão, Abraão e Phinées animaram sucessivamente vários homens de sua nação."
Contudo, entre os padres católicos, Orígenes é o que afirmou de forma mais precisa, em numerosas passagens de seu Princípios (livro 1°), a reencarnação ou renascimento das almas. Sua tese é esta: "A justiça do Criador deve aparecer em todas as coisas."
Alguns teólogos da Igreja Católica também foram simpáticos à idéia. São Jerônimo afirma que a transmigração das almas fazia parte dos ensinamentos revelados a um certo número de iniciados. Em suas Confissões, Santo Agostinho expressa dúvida com relação à reencarnação: "Minha infância não sucedeu a um idoso morto antes dela?... Mesmo antes desse tempo, tinha já estado em qualquer parte? Fui alguma pessoa qualquer?"
Ainda no século quinze, o cardeal Nicolas de Cusa sustentava em pleno Vaticano a teoria da pluralidade das existências da alma e dos mundos habitados, não somente com o assentimento, mas com os encorajamentos sucessivos de dois papas: Eugênio IV e Nicolau V.
Por que, então, a Igreja Católica combate tão veementemente à doutrina da reencarnação?
Trata-se de um erro histórico. O Imperador Justiniano tomou como esposa uma exprostituta, de nome Teodora. Esta, na tentativa de libertar-se de seu passado, mandou matar cerca de quinhentas antigas "colegas". Mais tarde, alertada de que havia criado para si um débito que poderia ser quitado em outras encarnações, ela se empenhou em eliminar da exegese católica toda a crença na reencarnação como se, dessa forma, estivesse eliminando, de fato, as vidas sucessivas e, por extensão, o seu débito. Seu marido mandou seqüestrar o Papa Virgílio em Roma e o manteve prisioneiro durante oito anos. Nesse período, convocou um concílio ecumênico, que tomou o nome de Segundo Concílio de Constantinopla. Do total de 165 bispos presentes, 159 eram do Oriente, o que tornou fácil o trabalho do Imperador para conquistar os votos de que necessitava. Todavia, de acordo com a doutrina católica, as decisões de um concílio ecumênico somente têm valor se assinadas pelo papa e Virgílio recusou-se terminantemente a assinar o documento aprovado pelos bispos. Os Papas que o sucederam, embora se referissem ao Segundo Concílio de Constantinopla, também não o assinaram. Dessa forma, a Igreja Católica não dispõe de um documento oficial contra a reencarnação.
Nos tempos modernos, é maior o número de pensadores que admitem a reencarnação.
Leibnitz, estudando o problema da origem da alma, admitiu que o princípio inteligente, sob a forma de mônada, tinha podido se desenvolver no reino animal. Numerosos pensadores se reuniram à reencarnação: Dupont de Nemours, Charles Bonnet, Lessing, Constant Savy, Pierre Leroux, Fourier, Jean Reynaud. A doutrina das vidas sucessivas foi vulgarizada para o grande público por autores como Balzac, Théophile Gautier, George Sand e Victor Hugo.
Hoje, as provas de reencarnações são, em geral, obtidas pela terapia de vidas passadas (TVP). O homem aprendeu que, pela hipnose, pode fazer a pessoa regredir mentalmente a vidas anteriores. Entre os pesquisadores que trabalham com a TVP estão: Dr. Morris Netherton, psiquiatra americano; Dr. Dehtlesfsen, catedrático de Psicologia da Universidade de Munique, Alemanha; Dra. Helen Wambach, psiquiatra americana e autora de "Recordando Vidas Passadas"; Dr. Roger Woolger, destacado psiquiatra americano, autor de "As Várias Vidas da Alma"; Dr. Ken Wilber, célebre psicológico americano, com grande influência na Psicologia Moderna, e autor de "O Espectro da Consciência"; Dr. Joel Whitton, catedrático de Psicologia da Universidade de Toronto, Canadá, e autor de "Vida - Transição - Vida".
Se a reencarnação é objeto de análise no mundo científico, o mesmo não acontece no mundo religioso ocidental, porque padres e pastores dizem que a Bíblia fala de céu e de inferno e que ambos seriam incompatíveis com a doutrina da reencarnação.
O propósito do presente trabalho é listar algumas referências bíblicas a respeito da reencarnação. Provaremos, também, à luz da Bíblia, que a doutrina simplista do céu ou do inferno não passa de uma figura de pensamento e que Jesus jamais a sancionou. As citações bíblicas da reencarnação são, algumas vezes, mais claras, mas, em outras, somente são entendidas por aqueles que têm olhos de ver...

Paulo Afonso da Mata Machado
Colunista do Portal do Espírito

Disponibilizo a continuidade da matéria para download: Reencarnação na Bíblia

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quarta-feira, 5 de maio de 2010

A Depressão e Jesus o Maior Psicólogo do Mundo por Nazareno Feitosa

Já se fazem cursos de pós-graduação de teses espíritas


A mediunidade, que pode ser para alguns um dom ostensivo ou muito especial, é universal e própria do ser humano, como o é a sua inteligência. Não se trata, pois, de uma questão só religiosa, mas de uma realidade estudada, hoje, em grandes universidades do mundo. Mas há religiosos fanáticos e mal informados que ainda dizem que isso é superstição, quando não afirmam que é coisa do diabo! Os fenômenos mediúnicos, chamados por são Paulo de dons espirituais, sempre incomodaram os padres e pastores que não os possuem, pelo que foram ocultados e combatidos durante séculos por esses líderes religiosos, pois esses dons colocam os médiuns em posição superior à deles perante as comunidades a que pertencem.
Foram fundadas duas universidades espíritas, em Paris (França), e em Guarulhos (SP), e uma faculdade umbandista em São Paulo. E há cursos superiores, de mestrado e pós-graduação de teses espíritas, de terapia de vivências passadas (TVP) e de transcomunicação instrumental (TCI) - contato com os espíritos por aparelhos eletrônicos -, de que Sônia Rinaldi é uma autoridade mundial e vai fazer mestrado de TCI na PUC-SP. Muitos padres e pastores dedicam-se a essa pesquisa.
Vejamos alguns desses cursos nas cidades de São Paulo (SP), Rio (RJ), Campinas (SP) e Curitiba (PR): Faculdade de Teologia Espírita em Curitiba (PR), e de pós-graduação de pedagogia espírita na Universidade de Santa Cecília, em São Paulo (SP) e Santos (SP). E eis alguns componentes do corpo docente desses cursos: Dora Incontri, doutora e pós-doutora em educação pela USP; Alexandro César Bigheto, doutor em educação pela Unicamp; Alexander Moreira Almeida, doutor em medicina pela USP e pós-doutor pela Duke University (EUA); Franklin Santana Santos, doutor em medicina pela USP e pós-doutor pelo Instituto Karolinska (Suécia); Alysson Leandro Mascaio, doutor em filosofia do direito pela USP; Luiz Augusto Beraldi Colombo, mestre em arte e educação pela Universidade Mackenzie de São Paulo; Régis Morais, doutor em educação, professor da Unicamp, da PUC-Chile e Universidade Nacional de Lisboa (Portugal); José Pacheco, da Escola de Ponte (Portugal); José Mafra, doutor em educação pela USP e Instituto Paulo Freire; Júlio Peres, doutor em psicologia e neurociências pela USP e pós-doutor pelo Center for Mind and Spirituality da Universidade da Pensilvânia (EUA); Leonildo Silveira Campos, doutor em ciências da religião pela Universidade Metodista (São Paulo); Sheikh Muhammad Ragib al-Jerrahi, xeque muçulmano da linha sufi; Maria das Graças Mota Cruz de Assis Figueiredo, médica, budista e professora da Unifesp; José J. Queiroz, com mestrado em teologia e direito canônico pela Universidade Santo Tomás de Aquino, de Roma; Alexander de Almeida, psiquiatra, com pós-graduação de fenomenologia das experiências mediúnicas, defendida na USP, e coordenador do Núcleo de Estudos de Problemas Espirituais e Religiosos do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP; Sérgio Felipe, catedrático de medicina da USP etc.
Outro dom mediúnico bíblico é o da projeciologia, bilocação ou desdobramento (saída do corpo ou viagem astral), o qual pesou na canonização de santos da Igreja. E a Nasa está avançada nas pesquisas desse fenômeno denominado por Kardec de desdobramento.
Um dos postulados espíritas é o da evolução, que é comprovada pelo próprio avanço científico da doutrina codificada por Kardec!

José Reis Chaves
Teósofo e biblista - jreischaves@gmail.com

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terça-feira, 4 de maio de 2010

A planta Maldita

                Cansanção
A meninada estava eufórica. Vovó Lúcia reuniu os doze netos e anunciou:
- Comprei uma fazenda. Fica a menos de vinte quilômetros da cidade e a pouco mais de meia légua da estrada principal. Vou mandar fazer uma  reforma na casa grande, uma limpeza no riacho, um banho de bica e quadras para jogos.
- Uma boa, vó Lúcia! Nossos fins de semana serão ainda mais animados - comentou Eulália, a neta de quatorze anos.
O tempo que antecedeu a inauguração foi de ansiedade, de planos, de sonhos. Convidariam os colegas, organizariam corrida de saco, quebra pote, cabra cega, jogos de vôlei, torneios de futebol.
O grande dia chegou. Vovó Lúcia exultava, observava cuidadosamente a meia centena de crianças esbanjando energias numa explosão de contentamento.
À tardinha, durante uma acirrada partida de futebol entre os de camisa azul e os de vermelha, a bola, seguida pelo esperto Rubinho, ganhou distância indo alojar-se numa touceira, longe dos limites do campo.
De repente, um grito lancinante. Rubinho, apresentando vergões avermelhados nos braços e nas pernas, contorcia-se em desesperado pranto. A moita era de cansanção, erva peluda de grande toxidez.
Muito contrariada, vovó Lúcia, sem poder conter a revolta, resmungava dizendo não aceitar a existência da “planta maldita” e de outras coisas nocivas.
No seu entender, houve uma perversão da natureza por um cochilo de Deus.
Seu Dadá, o encarregado do sítio, em tom conciliador, tentava convencê-la de que tudo na natureza é obra de Deus, tem sua função, é necessário, só precisa o homem descobrir sua utilidade.
No dia seguinte, a zelosa senhora ordenou que fossem arrancados e queimados todos os pés de cansanção, urtiga, tamearana e de qualquer outra erva que provocasse reações cutâneas dolorosas. Em sua propriedade, jamais subsistiriam plantas daquele tipo.
Era uma determinação.
Em pouco tempo, o jardim e a horta da vovó Lúcia estavam sendo dizimados por cotias e coelhos silváticos vindos da mata contígua.
De nada valeram iscas envenenadas, armadilhas, cercas de estacas protegidas com tapumes de palhas de coqueiro. Os roedores destruíam, principalmente, as plantações de batata e de cenoura.
Seu Dadá, profundo conhecedor da sabedoria popular, chamou a si a responsabilidade de combater a praga e pediu licença para resolver o problema a seu modo.
Em quatro meses, horta e jardim voltaram a exibir a exuberância das flores e das verduras, propiciando fartas colheitas.
Chamado a explicar o “milagre”, seu Dadá juntificou:
- A natureza não erra, ela não pode ser ofendida, precisa ser respeitada. O homem não deve “matar” o que Deus fez, basta deixar no lugar certo.
Intrigada com o discurso do morador, vovó Lúcia replicou, cheia de curiosidade:
- Sim, concordo, mas quero saber o que, de fato, foi feito para que os detestáveis bichinhos sumissem.
- A patroa me desculpe, desobedeci a ordem de vossemecê. Do outro lado da cerca, onde os meninos não vão, fiz uma “cerca viva” de cansanção com sementes que arranjei longe daqui. Os pêlos da “planta maldita” queimam e ferem os focinhos dos bichos e eles fogem.
- Muito bem, seu Dadá, agora entendo... O senhor fez ressurgir o que a ciência chama de “equilíbrio ecológico” e que eu, em minha ignorância e prepotência, havia destruído. O senhor é que está certo! Dou minha mão à palmatória!
O assunto ficou encerrado, entretanto, o rústico trabalhador da terra, ferrenho defensor da natureza, cresceu no conceito da vovó Lúcia que passou a comentar:
- Até quando os homens desconhecerão e desrespeitarão as leis da natureza? Até quando Deus - a infinita sabedoria - será desconsiderado por nossa tola presunção?
Responderemos à vovó Lúcia. Malgrado nossa rebeldia, a cada nova encarnação, aprendemos um pouco dos muitos “mistérios” que envolvem a humanidade. A cada nova experiência a que o espírito se submete no corpo material, ele adquire mais conhecimentos e sobe um degrau na grande escala evolutiva a caminho da perfeição.
Por tudo isso, Jesus asseverou: “Em verdade, em verdade, digo-te: Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo”.
Indubitavelmente, a reencarnação é fator imprescindível para o progresso espiritual.

Felinto Elízio Duarte Campelo
felintoelizio@gmail.com - Colunista Espírita

Matéria extraída de seu livro: O Pulo do Gato - Imagem ilustrativa

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Você sabia?


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Nota do blog: No tópico destino da alma, sabemos que os Espíritos não ficam exclusivamente vagando entre os vivos, existem locais específicos de readaptação e atividades, ficam os que continuam com suas provas e expiações.

Matéria extraída da Revista da Editora Abril ( Aventuras na História ) em: A trajetória de uma doutrina, Espiritismo. - Ed. 80-A de março de 2010.