terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

A melhor Religião


Estabelecer critérios competitivos faz parte da natureza humana em todos os aspectos da vida, sempre comparamos nossa vida e as situações que ela envolve com as das demais pessoas. Acostuma-se dizer que política e religião não são passíveis de discussão, entretanto deixar de apresentar nossa opinião sobre os assuntos a nossa volta é tarefa quase impossível.
No processo de estruturação de “O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec perguntou aos espíritos na questão de número 842, qual seria a melhor religião. Na íntegra a questão foi formulada da seguinte maneira: - “Por que indícios se poderão reconhecer, entre todas as doutrinas que alimentam a pretensão de ser a expressão única da verdade, a que tem o direito de se apresentar como tal?”.

A resposta é inundada de profundo bom senso:

- “Será aquela que mais homens de bem e menos hipócritas fizer, isto é, pela prática da lei de amor na sua maior pureza e na sua mais ampla aplicação. Esse é o sinal por que reconhecereis que uma doutrina é boa, visto que toda doutrina que tiver por efeito semear a desunião e estabelecer uma linha de separação entre os filhos de Deus, não pode deixar de ser falsa e perniciosa.”

Analisar a questão acima nos evidencia uma fonte inesgotável de reflexões a serem feitas, afinal, seria natural que cada segmento religioso defendesse o caminho por ele proposto como sendo “o melhor”, mas a natureza elevada e universalista oferecida pelos espíritos à Allan Kardec, apresenta uma visão dilatada, sem defender esta ou aquela filosofia religiosa. Simplesmente esclarece que a melhor religião, a mais verdadeira, é a que fizer “mais homens de bem”. Desta forma, pouco importa a que religião pertencemos, o mais importante é possuir um comportamento de religiosidade, norteado por um caráter sólido e bases éticas depositadas nas próprias ações. Nossas atitudes, nossos comportamentos mostram quem verdadeiramente somos, todo o resto forma apenas o cenário onde a vida se desenrola, visando o crescimento moral e espiritual da criatura humana. Em boa definição é indiferente o rótulo utilizado para nossa apresentação na vida social, apenas o bem que fazemos e a nobreza que imprimimos em nossos atos, é capaz de dizer se a religião que abraçamos é a melhor, pois isso só pode ser medido quando ela nos faz melhor.
Por meio desse bom senso universal, é que o Espiritismo contribui para o desenvolvimento da consciência do homem e como consequência, auxilia a construção de um mundo melhor.

Roosevelt Andolphato Tiago 
http://rooseveltat.blogspot.com.br/2012/08/a-melhor-religiao.html 
http://rooseveltat.blogspot.com.br/

Imagem ilustrativa  

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

A incrível história de James Huston Jr.


Gosto muito de visitar livrarias nos shoppings. É visita obrigatória e extremamente prazerosa passear no meio dos livros, admirar a arte das capas, pesquisar os lançamentos, verificar os temas e deparar-me os assuntos em destaque no extenso e variado mercado livreiro no Brasil.Em viagem recente lá estava eu no meio dos livros novamente. Deparei-me com o livro de Bruce e Andrea Leininger, pais do menino James. O livro tem o sugestivo nome de A Volta. Foi traduzido por Claudia Gerpe Duarte e publicado pela BestSeller. Devidamente documentado, através de pesquisas, fotos, depoimentos, tudo começou no dia 1 de maio de 2000, com os gritos repentinos na madrugada do pequeno James, então com apenas 2 anos. Os então considerados pesadelos se transformaram em sonhos reveladores e impactantes para os pais que viram o próprio filho trazer informações e conhecimentos natos de aviões, especialmente os de guerra. As pesquisas de nomes, sobrenomes, dados geográficos, datas, ocorrências, locais e personagens de episódios da 2ª. Guerra Mundial, as sessões de terapia com psicólogos e pesquisadores da questão levaram à constatação de que o pequeno James é a reencarnação do piloto James Huston Jr, abatido por japoneses quando pilotava seu avião de guerra, em 1945. A precisão de datas e nomes mencionados é impressionante. Inclusive há um pequeno trecho de filme no portal youtube com trechos de algumas evidências. E Ken Gross, romancista e escritor de não ficção reuniu tudo isso numa obra de 320 páginas, que encontrei com grande destaque na livraria do shopping. Isso me faz lembrar outro caso verídico, ocorrido nos Estados Unidos, que também virou livro e depois transformado em filme de grande sucesso, face à emoção que transmite. Trata-se do filme: Minha Vida na Outra Vida, já disponível nas locadoras. No caso uma mãe começa também em sonhos a ter visões que ela constata depois tratar-se recordação de vidas passadas, que se comprova com documentos e vasta pesquisa e que culminam no encontro com os filhos, agora idosos, da existência passada, quando os deixou pequenos. Se você está querendo algo para se emocionar bastante, não deixe de ver o filme. É que a temática reencarnação está na mídia. Novelas, filmes, livros, peças teatrais abordam hoje o assunto com a maior naturalidade, face à coerência de seus fundamentos. Pesquisadores e cientistas hoje a estudam com profundidade, havendo evidências muito acentuadas de sua realidade. Exatamente para entender o porquê de tantos extremos humanos – no intelecto, na moral, na psicologia, no emocional e especialmente nas condições em que nascem e vivem, nas diferenças que apresentam. Há estudos avançados, inclusive, na questão das impressões digitais e na grafoscopia. Por outro lado o crescente número de crianças prodígio é outro desafio para a ciência. Como explicar a ocorrência de crianças que nascem e precocemente apresentam conhecimentos e habilidades avançadas, sem terem aprendido? Privilégio de nascimento não é justo porque contraria o senso de justiça do Criador. A resposta lógica está no aprendizado em existência anterior, o que vem merecendo especial atenção da ciência. Por tudo isso, é assunto que merece atenção e respeito para não ser confundido com misticismo e fragilidades intelectuais, afinal aí está a ciência a pesquisar o empolgante tema. E o mais empolgante é que ela, a reencarnação, não ocorre como obra do acaso, mas é fruto de cuidadoso planejamento que visa atender aos programas de aperfeiçoamento do protagonista principal. Isso leva em conta suas carências, traumas, méritos e deméritos, mas também conquistas e habilidades, sempre visando o aprendizado que falta ou o aprimoramento nas áreas em que já acumula experiências. Na verdade, é a caridade de Deus para conosco, que nunca nos fecha as portas dos reajustes, aprendizados, reconciliações e do progresso para construção da felicidade.



Orson Peter Carrara
http://orsonpetercarrara.blogspot.com.br/2015/02/a-incrivel-historia-de-james-huston-jr.html