segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Plástica no corpo é conservada após a desencarnação?


Trata-se de dúvida recorrente dos alunos nas salas de aulas de Doutrina Espírita.
Poderá, sim, manter os benefícios da plástica, a depender, em primeiro lugar, da sua “beleza interior”.
Isso porque o exterior sempre reflete o interior, aqui na Terra e muito mais no Plano Espiritual.
A boa aparência do corpo espiritual após a desencarnação dependerá da posição espiritual do ser, do seu equilíbrio, da sua conduta aqui na Terra, enfim, da sua depuração.
A plástica realizada no corpo físico de nada valerá se o Espírito não tiver uma condição espiritual que o favoreça a assumir uma forma mais bela. Ação no Bem, responsabilidade pelos atos, consciência do dever cumprido são requisitos básicos que irão lhe garantir um períspirito, do ponto de vista espiritual, mais belo.
Os que atingem essa condição, por méritos próprios, quase sempre buscam adquirir, com o poder do seu pensamento, formas mais jovens e belas (ou outra qualquer que deseje ou se sinta bem).
Podemos “concluir que a operação plástica não muda nada. O que realmente interfere na estrutura e aparência do perispírito é a posição espiritual da alma. As ações no campo do bem ou do mal são, pois, determinantes na forma de apresentação do perispírito, entendendo-se por bem tudo aquilo que é feito em obediência à lei maior do amor universal” (2)
“No livro Carmelo por ele Mesmo, de Carmelo Grisi, recebido por Chico Xavier, temos o relato de exercícios mentais que são feitos na vida espiritual para favorecer o rejuvenescimento. No excelente livro Memórias de um Suicida, recebido por Ivonne Pereira, também há referências quanto à aparência do períspirito”. (2)
Outrossim, no Livro Libertação (1), de André Luiz, verificamos o caso de uma senhora que se apresentava muito bonita aos olhos humanos, mas que, ao afastar-se do corpo pelo sono, transfigurava-se numa mulher horrível, uma bruxa, revelando aos olhos dos Espíritos desencarnados a sua baixa condição espiritual.
A explicação para a estranha ocorrência foi clara: a referida senhora levava uma existência de futilidades, dissimulações e ações maléficas.
Vejamos um trecho do Cap. 10 do citado livro sobre o caso em tela:

“O homem e a mulher, com os seus pensamentos, atitudes, palavras e atos criam, no íntimo, a verdadeira forma espiritual a que se acolhem. Cada crime, cada queda, deixam aleijões e sulcos horrendos no campo da alma, tanto quanto cada ação generosa e cada pensamento superior acrescentam beleza e perfeição à forma perispirítica, dentro da qual a individualidade real se manifesta, mormente depois da morte do corpo denso.”

Referências:
(1) André Luiz/Chico Xavier, Libertação, cap. 10.
(2) Marlene Nobre – trechos de texto do site da Associação Médico-Espírita.

Fernando Rossit
Funcionário público, residente em São José do Rio Preto, Espírita desde 1978, trabalhador da Associação Espírita Allan Kardec, atuando como Doutrinador, Médium Psicofônico, Orador e Instrutor Cursos da Doutrina Espírita.

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sábado, 16 de dezembro de 2017

Alertas sérios de Divaldo


Nos últimos meses, em eventos diversos, Divaldo Pereira Franco tem feito algumas abordagens diretas que representam sérios alertas aos espíritas e ao movimento espírita.
Durante a 64a Semana Espírita de Vitória da Conquista (Bahia), em setembro de 2017, focalizou as influências espirituais negativas que rondam os espíritas. Entre outros fatos cita alguns excessos normativos que dificultam a prática da mediunidade, a proliferação de livros que não estão sintonizados com as obras do Codificador e a disputa pelo “poder” no interior das instituições e do movimento espírita.(1)
Em outubro de 2017, no Congresso Espírita Colombiano realizado em Bogotá (Colômbia), Divaldo desenvolveu o seminário “Desafio dos trabalhadores espíritas”. Na oportunidade, fez referência à falta de cuidados na seleção de expositores que são convidados em vários países e que disseminam práticas estranhas. Comentou também a sua não concordância e citou alguns projetos que têm sido divulgados e implementados no movimento espírita brasileiro. (2)
Durante o citado evento na Colômbia, o expositor compareceu à reunião da Comissão Executiva do Conselho Espírita Internacional e, pessoalmente, e em nome de espíritos que foram fundadores do CEI, inclusive registrando a presença deles, apresentou um grave alerta sobre decisões relacionadas com a Entidade, o respeito aos que a dirigiram e, ao final, houve psicofonia com mensagem de Bezerra de Menezes, convidando-os para uma ação fraternal, lembrando que “Jesus Cristo é amor e o Espiritismo é caridade.”(3)
Há informações de que em atividades do CFN da FEB, em novembro de 2017, Divaldo manteve diálogo sobre problemas e riscos do movimento espírita e, atendendo a questionamento específico, opinou que deve haver esclarecimentos sobre dúvidas relacionadas com traduções de A Gênese, de Kardec.
Entendemos que as observações de Divaldo naturalmente estão fundamentadas na sua fidelidade às obras da Codificação nessa sua longa trajetória de 70 anos de ações espíritas e como profundo conhecedor do movimento espírita do Brasil e de muitos países. Divaldo Pereira Franco está apontando fatos que devem merecer reflexão, estudo e análise cuidadosa por parte dos dirigentes e lideranças espíritas.
Por oportuno, transcrevemos trecho de recente mensagem psicofônica de Bezerra de Menezes, pelo citado médium, intitulada “Vigilância e fidelidade da última hora”:

“Algo temos que fazer e o Mestre Incomparável pede-nos fidelidade da última hora. A noite desce e a treva não se faz total porque as estrelas do amor brilham no cosmo das reencarnações. Este é momento grave, filhas e filhos do coração, e vós tendes a oportunidade de O servir como dantes não lograstes. […] Mantende-vos em paz e amai, ajudando-vos uns aos outros nas suas debilidades e fraquezas, pois que são eles que precisam do vosso auxílio para também atingirem a meta.”(4)

A propósito, recordamos de antiga mensagem de Joanna de Ângelis, intitulada “Os novos obreiros do Senhor”, incluída no livro Após a Tempestade, que teve sua 1a edição no ano de 1974:

“Depois de tudo consumado, porém, conforme acentua o Mestre: ‘Os primeiros serão os últimos e os últimos serão os primeiros no reino dos Céus.’
Não será fácil. Nada é fácil. O fácil de hoje foi o difícil de ontem, será o complexo de amanhã. Quanto adiemos agora, aparecerá, depois, complicado, sob o acúmulo dos juros que se capitalizam ao valor não resgatado. Aclimatados à atmosfera do Evangelho, respiremos o ideal da crença… E unidos uns aos outros, entre os encarnados e com os desencarnados, sigamos. Jesus espera: avancemos!”(5)


Referências [*]:
(1) Acesso: https://www.youtube.com/watch?v=n8WB4JtN5aU;
(2) Acesso: https://www.youtube.com/watch?v=NryRJMdckXU&feature=youtu.be;
(3) Gravação em áudio divulgada em whatsapp;
(4) Acesso – Facebook de Jorge Moehlecke: https://www.facebook.com/search/top/?q=jorge%20henrique%20moehlecke;
(5) Acesso: http://grupochicoxavier.com.br/os-novos-obreiros-do-senhor/;



Ex-presidente da Federação Espírita Brasileira (interino de 5/2012 a 3/2013 e efetivo de 3/2013 a 3/2015); membro da Comissão Executiva e Primeiro Secretário do Conselho Espírita Internacional; Membro do Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier.

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