quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Traduções da Literatura Espírita.




*Espiritismo: doutrina fundada sobre a crença na existência dos Espíritos e em suas manifestações.

** Espírita: todo aquele que aceita a Doutrina Espírita baseada nos ensinamentos morais do Cristo, que trata da inter-relação do mundo corpóreo com os Espíritos, a reencarnação, as vidas sucessivas e os mundos evolutivos, conforme a codificação de Allan Kardec das instruções que lhe deram os Espíritos.

**Espírito: no sentido especial da Doutrina Espírita, os Espíritos são os seres inteligentes da criação, que povoam o universo fora do mundo material e que constituem o mundo invisível.
Não são seres de uma criação particular, mas as almas daqueles que viveram sobre a Terra ou em outras esferas e que deixaram seu envoltório corporal.

**** Médium: (do latim medium, meio, intermediário). Pessoa que pode servir de intermediário entre os Espíritos e os homens.

***** Espiritualismo: diz-se no sentido oposto ao do materialismo (academia); crença na existência da alma espiritual e imaterial. O espiritualismo é a base de todas as religiões.

****** Perispírito: (do grego péri, ao redor). Envoltório semimaterial do Espírito. Nos encarnados, serve de laço ou intermediário entre o Espírito e a matéria; nos Espíritos errantes, constitui seu corpo fluídico.


Fica a disposição para download o dicionário completo:   DICIONÁRIO ESPÍRITA

terça-feira, 10 de novembro de 2009

O que é prudente?





Autor: Alencar Campitelli


Passamos boa parte de nossa existência rogando a Deus o perdão e a compreensão de nossas faltas, algumas culturas fazem oferendas e outras promovem contra a saúde corporal as flagelações à maneira de justificarem a suas irregularidades morais.

Lembrando a passagem de Matheus (V: 23 e 24) que nos esclarece que devemos: “deixar no altar nossa oferta e nos reconciliar com aqueles que nos fizeram algum mal”, se ponderarmos este procedimento, veremos que o preferível para Deus é a relação com o semelhante e não as ofertas que são expressões transitórias de cunho material..

Cabe ressaltar que as práticas das ofertas têm sua reminiscência no politeísmo, na crença pagã, porém, em verdade, já que dificilmente estaremos totalmente limpos quanto à nossa animosidade, deveríamos avaliar esta parábola no devotamento aos preceitos da igualdade e da indulgência que elucida não guardarmos ressentimento quando somos feridos de alguma maneira, visto que todos erram e que perante Deus somos filhos em processo evolutivo, lembremo-nos: “Quem não tiver pecado que atire a primeira pedra”.

Quando oramos, devemos lembrar que esta conduta é uma expressão de submissão às leis de Deus e de reconhecimento e agradecimento Àquele que é misericordioso, benevolente e acima de tudo justo, nos concedendo a oportunidade da existência, deixando cada um no seu devido lugar com o que merece ter, senão não seria justa esta frase de Jesus: “ Cada um será conforme suas obras. “

Existe uma frase popular que diz: “Nem tudo o que queremos é o que merecemos”.

Qual a nossa posição perante a prece ou ofertas e ou flagelações perante a Deus?

Será que Ele realmente desejaria que nós nos flagelássemos ou fizéssemos oferendas, ou será que ele realmente desejaria de nós uma atitude mais sublimada que mudasse a nossa personalidade perante a suas leis?

A oração é uma atitude à altura, que tem alcance, que supera estas duas posturas anteriores, contudo, será que nossas orações não estão cheias de hipocrisia? Será que não estamos orando somente quando temos dificuldades e para pedirmos bens materiais ao invés de agradecermos as dificuldades rogando a Deus as forças necessárias para que o nosso propósito de reforma interior seja alcançado?

O sacrifício que realmente agrada a Deus é o de alijarmos em definitivo e com muita dedicação as nossas intemperanças ante as faltas alheias, como também o nosso excesso de orgulho e de egoísmo, tal qual uma chaga a nos impedir o crescimento.

Devemos lutar para expurgar o sentimento de ódio e de vingança de nossos pensamentos, eliminar o rancor e a amargura pelos valores da condescendência de que todos somos limitados.

Tudo no seu devido tempo se transforma, lutar para valorizar as Leis de Deus tão bem exemplificadas por Jesus é trabalho árduo, todavia, a recompensa é melhor pelo estado de espírito que nos encontraremos.

Tenhamos a certeza de que agradaremos ao nosso Pai se nos predispormos a transformação moral, Ele conhece as nossas limitações, mais se enche de ventura quando vê um filho lutando pela reforma intima e pelos melhores testemunhos.

Qual o seu retrato?,  perscrutemos, ante estas realidades.

domingo, 8 de novembro de 2009


Autora: Rubia A. Dantés


Estamos mesmo em um novo tempo e cada vez mais pessoas percebem isso e querem fazer mudanças em sua vida... Percebem que estão muito distantes da sua verdadeira natureza e já não se sentem mais felizes com a existência que levaram até então...

Contudo, entre o querer e o estar disposto a abrir mão do que precisa ser deixado, existe uma distância enorme.

Vejo pessoas que sabem que não querem mais ser do jeito que estão sendo e querem mudar coisas e coisas em suas vidas, mas... desde que algumas coisas sejam preservadas exatamente como estão...

Infelizmente... ou felizmente... as coisas não acontecem assim...
Nesse processo de mudança sei como é difícil abrir mão de algumas coisas... especialmente aquelas que pensamos serem as que mais queremos que aconteçam.

No entanto, se queremos realmente nos transformar de quem não somos em “Quem Somos” é preciso que estejamos dispostos a abrir mão de tudo que for preciso para que esse Ser apareça em toda a sua beleza...

A vida flui como um rio ininterruptamente e tentar segurar a felicidade entre os dedos só faz com que percamos esse fluxo... Acho que cada dia tem um prazo de validade que só dura um dia... tudo que tentamos manter na mesma forma no outro dia já vai estar vencido e não será mais saudável... Não daquela mesma forma...
Saber fluir com a vida é entender que tudo é impermanente e que estamos em constante transformação... nós e tudo ao nosso redor...

Tem uma parte nossa que não aceita a mudança e faz tudo para tentar segurar as coisas do jeito que estão... seguramos tanto que nem percebemos que a vida continua a passar e que, o que tentamos segurar... na mesma maneira que foi boa um dia, acaba se tornando ruim... cada dia pior...

Lembro-me quando, faz alguns anos, eu não conseguia, de jeito nenhum, abrir mão de algumas coisas que eu julgava serem indispensáveis para a felicidade...
Entregava ao Grande Mistério o meu destino, desde que aquelas coisas acontecessem da minha forma...
Eu até conseguia segurar o que queria... mas aquilo não me trazia felicidade.

Até que entendi que poderia me entregar com segurança às transformações que a vida me trazia... e que quando nos entregamos às mudanças sem resistência a vida flui com muito mais leveza...

Enquanto escrevia chegou um e-mail com essa mensagem que eu adorei:

“O navio estará seguro, enquanto estiver no porto; mas não foi para isso que os navios foram feitos”. (autor desconhecido)

Assim como os navios não foram feitos para ficar na segurança dos portos, nós também não estamos aqui para ficar na segurança das situações conhecidas e já vividas e que não nos levam mais a lugar nenhum...

Aceite o fluxo da vida e mergulhe no desconhecido... é de lá que a Alma costuma chamar para nos trazer aquilo que mais queremos...