Autor: Alencar Campitelli
Passamos boa parte de nossa existência rogando a Deus o perdão e a compreensão de nossas faltas, algumas culturas fazem oferendas e outras promovem contra a saúde corporal as flagelações à maneira de justificarem a suas irregularidades morais.
Lembrando a passagem de Matheus (V: 23 e 24) que nos esclarece que devemos: “deixar no altar nossa oferta e nos reconciliar com aqueles que nos fizeram algum mal”, se ponderarmos este procedimento, veremos que o preferível para Deus é a relação com o semelhante e não as ofertas que são expressões transitórias de cunho material..
Cabe ressaltar que as práticas das ofertas têm sua reminiscência no politeísmo, na crença pagã, porém, em verdade, já que dificilmente estaremos totalmente limpos quanto à nossa animosidade, deveríamos avaliar esta parábola no devotamento aos preceitos da igualdade e da indulgência que elucida não guardarmos ressentimento quando somos feridos de alguma maneira, visto que todos erram e que perante Deus somos filhos em processo evolutivo, lembremo-nos: “Quem não tiver pecado que atire a primeira pedra”.
Quando oramos, devemos lembrar que esta conduta é uma expressão de submissão às leis de Deus e de reconhecimento e agradecimento Àquele que é misericordioso, benevolente e acima de tudo justo, nos concedendo a oportunidade da existência, deixando cada um no seu devido lugar com o que merece ter, senão não seria justa esta frase de Jesus: “ Cada um será conforme suas obras. “
Existe uma frase popular que diz: “Nem tudo o que queremos é o que merecemos”.
Qual a nossa posição perante a prece ou ofertas e ou flagelações perante a Deus?
Será que Ele realmente desejaria que nós nos flagelássemos ou fizéssemos oferendas, ou será que ele realmente desejaria de nós uma atitude mais sublimada que mudasse a nossa personalidade perante a suas leis?
A oração é uma atitude à altura, que tem alcance, que supera estas duas posturas anteriores, contudo, será que nossas orações não estão cheias de hipocrisia? Será que não estamos orando somente quando temos dificuldades e para pedirmos bens materiais ao invés de agradecermos as dificuldades rogando a Deus as forças necessárias para que o nosso propósito de reforma interior seja alcançado?
O sacrifício que realmente agrada a Deus é o de alijarmos em definitivo e com muita dedicação as nossas intemperanças ante as faltas alheias, como também o nosso excesso de orgulho e de egoísmo, tal qual uma chaga a nos impedir o crescimento.
Devemos lutar para expurgar o sentimento de ódio e de vingança de nossos pensamentos, eliminar o rancor e a amargura pelos valores da condescendência de que todos somos limitados.
Tudo no seu devido tempo se transforma, lutar para valorizar as Leis de Deus tão bem exemplificadas por Jesus é trabalho árduo, todavia, a recompensa é melhor pelo estado de espírito que nos encontraremos.
Tenhamos a certeza de que agradaremos ao nosso Pai se nos predispormos a transformação moral, Ele conhece as nossas limitações, mais se enche de ventura quando vê um filho lutando pela reforma intima e pelos melhores testemunhos.
Qual o seu retrato?, perscrutemos, ante estas realidades.
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