quarta-feira, 28 de abril de 2010

O Celibato obrigatório dos Padres tem culpa no cartório


Toda religião tem seu lado bom e positivo, pois seus fundadores são geralmente pessoas de espíritos evoluídos, algumas das quais até foram consideradas como sendo Deus.
Mas as religiões erram. A Igreja, por exemplo, que se aliou ao poder civil autoritário dos governos do passado, tem os seus erros impostos e mantidos pela força.. Hoje, ela poderia corrigi-los, pois ela não está mais ligada a nenhum poder civil. Mas há outros fatores que ainda impedem que ela corrija seus erros: o egoísmo e o orgulho de suas autoridades, que, com raras exceções, são iguais à maioria de todos nós ainda muito imperfeitos espiritualmente. Fossem elas mais evoluídas, e a Igreja não teria tantos problemas como tem.
A cizânia (joio) é do anticristo, o responsável pelas divisões no cristianismo, e que faz as autoridades religiosas ficarem surdas às palavras proféticas de renomados baluartes do cristianismo, como Ário, Giordano Bruno, são Francisco de Assis, Maïtre Ekart, John Hus, Lutero, Kardec, Papa João XXIII e muitos outros que não foram aqui na Terra apenas alunos de Jesus, mas verdadeiros discípulos Dele.
Entre os erros da Igreja, um se destaca. Trata-se do celibato obrigatório para os padres, que é um erro do Direito Canônico da Igreja, pois essa exigência é contra a lei natural, que é divina e bíblica. O celibato obriga os padres a serem misóginos (aversão às mulheres), o que é um absurdo. Isso pode trazer-lhes desequilíbrios psicológicos, entre eles, o da pedofilia, que sempre houve no clero católico do passado, mas era abafada pelo poder da Igreja. Porém os padres pedófilos sempre foram uma minoria insignificante. E sempre houve os envolvidos clandestinamente com mulheres, demonstrando que a lei divina, natural e bíblica é mais poderosa do que o Direito Canônico da Igreja.
Muitos jovens idealistas, ainda imaturos para uma escolha definitiva do que querem mesmo de sua vida, comprometem-se precipitadamente com o celibato, ordenando-se padres.
Mais tarde, 10 ou 20 anos depois, descobrem que não era bem esse tipo de vida que queriam.
Voltar atrás era um Deus nos acuda e, às vezes, ainda é!
Mas esse sacrifício do celibato, apesar de ser antinatural, vai ter, sem dúvida, uma recompensa de Deus, que leva em consideração a boa intenção do indivíduo. Um dos erros do celibato consiste em os padres acharem que só porque passaram pelo ritual da ordenação sacerdotal estão entre aqueles especiais, que são eunucos não feitos pelos homens, mas pelo reino dos céus, os quais são muito poucos.Os outros (a maioria?), que Deus tenha misericórdia deles, pois, como disse são Paulo, é melhor casar do que abrasar. E isso nos leva a crer que o celibato, como se diz, tem mesmo culpa no cartório!
Não tenho dúvidas na promessa de Jesus de que as portas do inferno não prevalecerão (o verbo está no futuro) contra a Igreja, pois ela será vitoriosa. Mas isso se dará quando ela se livrar dos seus erros doutrinários, que levam à descrença, e que são as portas do inferno dentro dela própria! Que a Igreja se regenere o quanto antes e não continue, pois, a se autodestruir com seus erros, entre eles o do celibato obrigatório para os padres, os quais dão origem a vários outros problemas que a afetam!

PS:
Agradeço os comentários de Júlio Horta, Guarapari (ES), Eden Mattar (FUMEC), Wellerson Silva, Élber, Nestor Martins Amaral Jr., Alencar e José Carlos Alves Martins, Curvelo (MG).

Obs.: Esta coluna, de José Reis Chaves, às segundas-feiras, no diário de Belo Horizonte, O TEMPO, pode ser lida também no site www.otempo.com.br - Clicar colunas. Ela está liberada para a publicação. Nas publicações, fico grato pela citação de meus livros: “A Face Oculta das Religiões”, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” Ed.EBM (SP) e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte (MG) – www.literarium.com.br - e meu e-mail: jreischaves@gmail.com - Os livros de José Reis Chaves podem ser adquiridos também pelo e-mail: contato@editorachicoxavier.com.br e o telefone: 0800-283-7147.

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terça-feira, 27 de abril de 2010

O pecado original tem a ver com a existência da reencarnação

Vamos relembrar alguns textos bíblicos, que nos mostram que nós mesmos é que pagamos os nossos pecados. "A alma que pecar, essa morrerá: o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai a iniquidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre ele" (Ezequiel 18,20). "Os pais não serão mortos em lugar dos filhos, nem os filhos em lugar dos pais: cada qual será morto por seu pecado"(Deuteronômio 24,16). "Naqueles dias já não dirão: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos é que se embotaram. Cada um, porém, será morto pela sua iniquidade; de todo homem que comer uvas verdes os dentes se embotarão" (Jeremias 3, 29 e 30).
A pequena parcela católica dos carismáticos, percebendo que a lei de causa e efeito ou cármica é uma realidade, cai em erro semelhante ao da doutrina do pecado original. Segundo eles, nós temos alguns problemas, porque os nossos ancestrais cometeram certos pecados. Mas, nós vimos pelos textos bíblicos citados que somos nós mesmos, os autores dos pecados, que os pagamos. Aliás, seria um grave erro da lei e da justiça divinas um inocente pagar pecados de outro. Nem a lei e a justiça humanas imperfeitas aceitam tal coisa! Existe herança dos bens ou males materiais, mas não de moralidade.
Não confundamos, pois, as coisas materiais com as espirituais ou morais do reino de Deus. Ninguém pode ganhar o céu para outra pessoa e nem pagar pecado de outro. O que acontece, na verdade, é que o espírito do neto pode ser o mesmo espírito que animou o corpo de seu avô, do mesmo modo que o sangue que corre nas veias dum neto é o mesmo que corria nas veias do seu avô ou de um outro seu antepassado. Esse raciocínio lógico e também bíblico põe-nos frente a frente com o fenômeno da reencarnação. E um estudo racional da Bíblia, sem as peias ou viseiras de dogmas, mostra-nos que as gerações na Bíblia são, geralmente, reencarnações do espírito. Daí que Jó, falando de gerações passadas, afirma que nós somos de ontem e nada sabemos (Jó 8,9).
No tocante à história metafórica de Adão e Eva, nós só podemos herdar deles a espécie humana a que pertencemos, a qual é inteligente e dotada de livre-arbítrio, e que tem, pois, a capacidade de pecar também, mas nós não podemos herdar os próprios pecados deles, já que, como foi dito, pecados são de ordem moral ou espiritual, e só as coisas de ordem material podem ser herdadas.
E, se nós, descendentes de Adão e Eva, tivéssemos mesmo que pagar os pecados deles, por mais numerosos que eles fossem, eles já teriam sido pagos e repagos, há muito tempo. Ou será que o número de pecados de Adão e Eva é infinito?
E não dizem que o batismo apaga o pecado original? Então por que ainda já não foi pago o último centavo dessa dívida?
Seria porque os teólogos do passado viram no pecado original uma boa e inesgotável fonte de renda? Mas como Justiniano aboliu a reencarnação do cristianismo, no Concílio Ecumênico de Constantinopla (553), os teólogos passaram a ensinar que esse pecado advinha de Adão e Eva.
O pecado original é inato em nós, exatamente porque ele é o nosso carma com o qual nascemos, pois o trazemos de nossas vidas passadas!

José Reis Chaves
Teósofo e biblista - jreischaves@gmail.com

Matéria extraída do Jornal o Tempo - Imagem ilustrativa

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