segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Sinal dos Tempos


“Em tudo somos atribulados, mas não
angustiados; perplexos, mas não
desanimados.
Perseguidos, mas não desamparados;
abatidos, mas não destruídos"
(PAULO – 2ª Epist . Coríntios, 4 : 8 e 9)


Nesse final de milênio, a Terra iniciou um lento processo de transição de mundo de expiações e provas para o de regeneração.
Como um sinal dos tempos, assustada, a humanidade convive com intensa convulsão social entremeada por conflitos armados, contendas verbais, pressões psicológicas, disputas emuladas por paixões políticas. Assalta-se, rouba-se, mata-se sem que a justiça dos homens ponha termos aos desmandos.
Aproxima-se a época da ceifa e da separação do joio do trigo.
Inapelavelmente participaremos do pranto e ranger de dentes dos renegados ou então integraremos o préstito triunfal dos escolhidos, porque cada um será distinguido conforme seu merecimento.
Espíritos recalcitrantes no erro, infensos à evolução moral, serão expurgados para um planeta inferior onde conhecerão a adversidade em permeio com uma humanidade primitiva e experimentarão, por tempo indefinido, as conseqüências de sua rebeldia.
Nada temem aqueles que consolidaram na fé o aprendizado e a prática do AMOR e do PERDÃO ensinados e exemplificados por Jesus. Sofrem, contudo, as atribulações da vida, mas não se angustiam; os desregramentos presenciados deixam-nos perplexos, mas não desanimados; quando perseguidos, mostram-se confiantes e encontram no Senhor o amparo merecido; podem ser abatidos materialmente, mas seus ideais de paz e de evolução espiritual jamais serão destruídos.
Os espíritas, em especial, conhecedores da lei do progresso através de vidas sucessivas pela reencarnação, devem ficar atentos para o advento do terceiro milênio, durante o qual se verificará a ascensão do nosso orbe a mais um degrau na grande escalada rumo ao infinito.

Felinto Elízio Duarte Campelo
felintoelizio@gmail.com

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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Para além da porteira


Túu-Túu-Túuu- Ressoava novamente lá pras bandas de Ouro Fino, no Estado de Minas Gerais, o brado daquele berrante. Instrumento imponente, de chamar gado e gente, cortava com sua nota dissonante vales e serras, anunciando a novidade daquela manhã.
O vaqueiro, que em outros tempos ficara desolado com a súbita partida do menino, vítima de um boi sem coração, via agora a sua vida se esvair. O tempo, implacável, levava as forças daquele corpanzil que conduziu boiadas mil pelo nosso Brasil, somando-se mais uma cruz à do menino no antigo estradão.
Olhando perdido para todos os lados, já confuso entre os portões da vida e da morte, o velho boiadeiro somente consegue distinguir no dourado do horizonte o som daquele berrante que ele jurara jamais tocar novamente. Som que ele há muito não ouvia e que lhe trazia no coração as lembranças do menino tão trigueiro, que abria a porteira para a sua boiada passar.
À medida que o som se aproximava, via surgir um pequeno jovem de cor de ébano, cavalgando bela montaria, tocando berrante em meio de uma imensa boiada. O vaqueiro, em um misto de alegria e de espanto, pergunta com sua voz de trovão ao jovem anjo:

“- Quem é você, que como eu conduz o gado? Por que toca esse berrante que jurei jamais tocar?”
O menino apeia do cavalo, tira o seu chapéu para cumprimentar o boiadeiro. De seu bolso, tira uma moeda, entrega ao boiadeiro, juntamente com seu berrante.

“- Boiadeiro, que Deus vá lhe acompanhando! Eu sou aquele menino da porteira e estou aqui para recebê-lo, nas portas do país da luz. Seja bem-vindo! Siga agora para amealhar outros rebanhos, para tocar outra vez com fé o seu berrante...”

E com as mãos firmes, apagada da memória a cruzinha do estradão, o boiadeiro toma de novo o seu berrante, que prometera jamais tocar, e, com novo ar em seus pulmões, corta com sua nota dissonante vales e serras, anunciando a novidade daquela manhã: Túu-Túu-Túuu.

Inspirado na famosa música do cancioneiro popular “O menino da porteira” (1955), sucesso na voz do cantor Sérgio Reis, composição de Teddy Vieira / Luizinho, transformada em filme homônimo em 2009, pela direção de Jeremias Moreira, existindo também uma versão em 1977.


Marcus Vinícius de Azevedo Braga
acervobraga@gmail.com
Guará II, Distrito Federal (Brasil)


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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Psicografia: O novo olhar da justiça

  
Mensagens psicografadas devem ser aceitas como provas nos tribunais?
É isso que Nemer da Silva Ahmad busca responder em seu recém-lançado livro – “Psicografia: o novo olhar da Justiça” –, através de uma análise criteriosa sobre as manifestações mediúnicas, com destaque para a psicografia. Este trabalho surge num momento bastante oportuno, já que se está em vias de se debater no Congresso Nacional projetos de lei que visam criar empecilhos ao livre convencimento dos julgadores, simplesmente proibindo a utilização de documentos resultantes da psicografia.
No livro, o autor, que é formado em Ciências Jurídicas e Sociais e professor de Pós-Graduação em Processo Civil e Direito Civil no Rio Grande do Sul, serviu-se de uma correspondência recebida por Allan Kardec, na qual é narrada a experiência vivida por um acusado de homicídio cuja sentença de morte foi suspensa mediante comunicação do Espírito da vítima, que o inocentou afirmando que o mesmo estivera sob influência de um Espírito que a perseguia desde remotas épocas. Este Espírito se aproveitou da indisciplina e do desequilíbrio do então acusado para cometer o crime.
Esta interessante passagem está registrada na “Revista Espírita” de novembro de 1859 com o título “O Espírito e o jurado” e, sem dúvida, foi levada em consideração a autenticidade do comunicado mediúnico que teve peso jurídico no caso.
Como este, o livro de Nemer reproduz, ainda, aqueles episódios vividos pelo saudoso Francisco Cândido Xavier, que teve algumas das mensagens por ele psicografadas utilizadas por advogados de defesa para tentar a absolvição de dois acusados de homicídio, em locais e datas diferentes.
O primeiro caso ocorreu no dia 8 de maio de 1976, em Goiânia, quando Maurício Garcez Henrique, involuntariamente, atingiu com um tiro seu amigo José Divino Nunes, que veio a falecer. O segundo caso envolveu o casal João Francisco Marcondes Fernandes de Deus e Gleide Dutra de Deus e aconteceu no dia 1o de março de 1980, em Campo Grande (MS). As mensagens, ditadas pelos Espíritos das vítimas, foram apresentadas no Tribunal e serviram como provas de inocência dos acusados, que lograram absolvição das acusações, já que juízes, promotores e jurados autenticaram as mensagens psicografadas por Chico. Na parte final do livro, são estampados os despachos e pareceres dos juízes, além de uma resumida biografia do saudoso medianeiro.
O livro é dividido em três partes, intituladas: “Natureza da psicografia como prova processual”, “Aplicação da psicografia como fonte de prova” e “Conclusão”, sendo nelas abordados temas como: “Ciência espírita e psicografia”, “A cientificidade da escrita mediúnica”, “Posições contrárias ao uso da prova psicografada”, “Critérios de credibilidade da psicografia como fonte de prova processual”, “Outras qualidades necessárias ao médium psicógrafo”, “A influência do médium na prova psicografada”, “Requisitos técnicos da prova psicografada” e “Perícia grafodocumentoscópica”.

“Psicografia – o novo olhar da Justiça” tem 222 páginas, 14x21cm e é um lançamento da Editora Aliança, que atende a pedidos na Rua Major Diogo, 511 – Bela Vista – CEP 01324-001 São Paulo, SP – telefone begin_of_the_skype_highlighting - (11) 2105-2600 - end_of_the_skype_highlighting, correio eletrônico    editora@editoraalianca.org.br ou e página www.editoraalianca.org.br. 

Matéria extraída  do site: http://www.divulgacaoespirita.com.br/index.php/artigos/psicografia-o-novo-olhar-da-justica/

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Segue a matéria referida pelo artigo da Revista Espírita de 1859 com o titulo: 


 O Espírito e o Jurado
 
Um dos nossos correspondentes, homem de grande saber e provido de títulos científicos oficiais, o que não o impede de ter a fraqueza de crer que temos uma alma, que essa alma sobrevive ao corpo, que depois da morte ela erra no espaço, e pode ainda se comunicar com os vivos, tanto melhor que ele mesmo é um bom médium, e tem numerosas conversas com os seres de além-túmulo, nos endereçou a seguinte carta "Senhor, "Fui jurado há algum tempo; a Corte criminal havia julgado um homem jovem, apenas saído da adolescência, acusado de uma morte cumprida na pessoa de uma mulher idosa, com horríveis circunstâncias. O acusado confessara e contara os detalhes do crime com uma impassividade e um cinismo que faziam a assembléia tremer.
"Entretanto, era fácil de prever que, tendo em vista sua idade, sua falta absoluta de educação, e os estímulos que recebera em sua família, solicitariam para ele circunstâncias atenuantes, tanto mais que rejeitava a cólera que o fizera agir numa provocação por injúrias.
"Eu quis consultar a vítima sobre o grau de sua culpabilidade. Apelei, durante a sessão, por uma evocação mental; ela deu-me a conhecer que estava presente, e lhe entreguei a minha mão. Eis a conversa que tivemos, eu mentalmente, ela por escrito:

"P. Que pensais de vosso assassino? - R. Não serei eu quem o acusará.
"P. Por que? - R. Porque ele foi impelido ao crime por um homem que me fez a corte, há cinqüenta anos, e que nada tendo obtido de mim jurou que disso se vingaria. Ele conservou, na morte, seu desejo de vingança; aproveitou-se das disposições do acusado para lhe inspirar o desejo de me matar.
"P. Como o sabeis? - R. Porque ele mesmo me disse, quando cheguei ao mundo que hoje habito.
"P. Concebo a vossa reserva, diante desse impulso que o vos- • só assassino não repeliu como o devia e como o podia; mas não pensais que a inspiração criminosa, à qual tão voluntariamente obedeceu, não teria sobre ele a mesma força, se não tivesse nutrido e entretido, há longo tempo, sentimentos de inveja, de ódio e de vingança contra vós e vossa família? - R. Seguramente; sem isso teria sido mais culpado por resistir por isso eu disse que aquele que quis se vingar aproveitou as disposições desse jovem; pensai bem que ele não teria se dirigido a alguém que tivesse vontade de resistir.
"P. Ele goza por sua vingança? - Não, porque vê que lhe custará caro, e que, por outro lado, em lugar de me fazer mal, prestou-me serviço em me fazendo reentrar mais cedo no mundo dos Espíritos, onde sou mais feliz, foi, pois, uma ação má sem proveito para ele.
"Circunstâncias atenuantes foram admitidas pelo júri, pelos motivos que indiquei mais acima, e a pena de morte foi afastada.

"Sobre o que acabo de contar, há que fazer-se uma observação moral da mais alta importância. É necessário disso concluir, com efeito, que o homem deve vigiar, até nos seus menores pensamentos, até os seus maus sentimentos, em aparência os mais fugidios, porque têm a propriedade de atraírem contra ele os Espíritos maus e corrompidos, e de o oferecer, fraco e desarmado, às suas culpáveis inspirações: é uma porta que abre ao mal, sem compreender-lhe o perigo. Foi, pois, com um profundo conhecimento do homem e do mundo espiritual que J.C. cometeu adultério em seu coração." (São Mateus, cap. V, v. 28.)

'Tenho a honra, etc.


"Simon M..."


 

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Se não for sempiterna, é falsa a misericórdia divina infinita


Seguidores da Teologia Paulina e Luterana pregam a salvação pela graça. Mas Jesus ensina que a cada um será dado de acordo com suas obras. (São Mateus 16,27). Em certo sentido, está certa a teologia da graça, pois a nossa própria existência é uma graça de Deus. Mas ela é dada a todos nós, pois Deus não faz acepção de pessoas. (Atos 10,34). O próprio Paulo até ensinou que onde abundou o pecado, superabundou a graça. (Romanos 5,20). Ninguém, pois, perde a salvação por falta da graça. Mas cabe a nós fazermos também a nossa parte.
A lei de causa e efeito é científica: “A cada ação corresponde uma reação de igual potência e reversibilidade”. E, moralmente, ela não é só bíblica, mas universal. “Colhemos o que plantamos.” Chamam-na também de carma. E ela nunca termina, pois cada ação dá origem a outra, automaticamente. E é por ela que acontece a nossa evolução espiritual sempiterna. São Paulo diz: “Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, nós somos os homens mais infelizes.”
(1Coríntios 15,19). De fato, em espíritos, nós somos imortais, colhendo no futuro os frutos da boa semeadura que tivermos feito.
Fala-se muito na misericórdia infinita de Deus para conosco, o que tem muito a ver também com a imortalidade do espírito e o carma.
Realmente, se a misericórdia de Deus é infinita, ela jamais termina, beneficiando, pois, o espírito que, por ser também imortal, jamais termina, esteja ele encarnado ou desencarnado. Aliás, se a misericórdia divina é infinita para nós, isso significa também que ela será sempre necessária, pois poderemos continuar errando em outras vidas, aqui na Terra ou em outros mundos. “A casa do Pai tem várias moradas”.
Deus atua através dos seus espíritos (Hebreus 2,2; e 1,14). Os espíritos do bem, que agem em nome de Deus, são chamados na Bíblia de anjos. Mas os maus ou atrasados (ainda impuros) são também de Deus, e podem atuar, igualmente, em nome de Deus, do bem. “Um espírito maligno da parte de Deus atormentava Saul”. (1 Samuel 16,23).
O “O Livro dos Espíritos”, de Kardec, na questão 459, nos ensina também que os espíritos não só nos influenciam os pensamentos, mas até controlam a nossa vida. E são Paulo adverte-nos de que a nossa luta não é contra o sangue e a carne, mas contra as potestades do mal. Aliás, até Jesus foi tentado por um espírito. Mas “Deus sabe tirar do mal o bem.” Exemplificando: Se alguém ou um espírito de alguém me fizer um mal, esse mal pode ser a colheita minha de um mal semelhante ao da semeadura que fiz. A pessoa ou espírito, que está me ofendendo, pode estar, pois, queimando meu carma, fazendo, portanto, um bem a mim. E, em parte, é por isso, também, que Jesus ensinou que devemos perdoar sempre, não só sete vezes, mas setenta vezes sete, e que devemos amar até os nossos inimigos.
Deus é onisciente, sabendo, pois, o passado, o presente e o futuro, e nos criou com amor. Se o nosso livre-arbítrio pudesse, pois, ser causa de uma condenação irremediável para nós, Deus jamais no-lo teria dado. 
E a expressão de que a misericórdia de Deus é infinita só pode ser mesmo verdadeira, se ela for sempiterna, não podendo, pois, jamais, terminar com a morte do corpo, além de que, também, nós fomos criados por Deus para sermos, um dia, realmente felizes para sempre!

Obs.: Esta coluna, de José Reis Chaves, às segundas-feiras, no diário de Belo Horizonte, O TEMPO, pode ser lida também no site www.otempo.com.br - Clicar colunas. Ela está liberada para publicações. Meus livros: “A Face Oculta das Religiões”, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” Ed. EBM (SP) e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte (MG) – www.literarium.com.br - e meu e-mail: jreischaves@gmail.com Os livros de José Reis Chaves podem ser adquiridos também pelo e-mail: contato@editorachicoxavier.com.br e o telefone: 0800-283-7147.

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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

25 de Dezembro


Apesar da data simbólica, o ambiente é diferente. A cada ano, as luzes – ainda que externas – oferecem um colorido agradável e a sensibilidade se eleva pela própria vibração daquele que é o Luz do Mundo, o Modelo e Guia para a Humanidade.
Ele tomou ainda o cuidado de enviar Francisco de Assis, Vicente de Paulo, Irmã Dulce, Madre Tereza, Zilda Arns, João Paulo II, Chico Xavier, Martin Luther King, Mahtma Gandi, Bezerra de Menezes, Eurípides Barsanulfo, Helder Câmara, Cairbar Schutel, Mandela e tantos outros nomes que encheriam essa página, pois que também enviou aqueles que não ficaram conhecidos ou famosos, mas todos se distinguiam por algo comum: vivenciaram o amor. Era para não nos esquecermos da sublime mensagem.
Mesmo em nossas pequenas cidades interioranas não será difícil localizar benfeitores que se destacaram pela vivência plena de sua mensagem de amor ao próximo. Muitos deles analfabetos, pobres e todos eles com algo que os caracteriza: a simplicidade, a humildade e principalmente a marca das adversidades, de dificuldades de toda ordem, e também a incompreensão, perseguição, calúnias.
Mas é pela doce presença de Jesus que a vida pode se tornar mais suave. É dele a inspiração para esses nomes que mudaram a face do mundo, pois que perceberam que a única solução para os grandes dramas sociais e mesmo para as angústias individuais – de todas as origens – é mesmo a presença de Jesus no coração, na vivência familiar, no toque especial dos relacionamentos.
Convidemo-lo seriamente para estar conosco em família nesta Noite de Natal, mas façamos disso uma presença perene durante todo o ano. Comecemos pela adoção da tolerância, da fraternidade pura em família que se estenderá depois para a sociedade. Atentemos que sua doutrina de amor resume os deveres para com Deus e para com o próximo. Pensemos seriamente quais seriam nossos deveres para com Deus e como entender efetivamente os deveres para com o próximo. Ora, não são outras as conclusões senão a confiança na vida, o estender de mãos da solidariedade uns para com os outros, o respeito pelas diferenças, a vivência da solidariedade e a extinção gradativa do egoísmo ou dos ímpetos agressivos, ainda que verbais ou mentais. Jesus efetivamente nos convida ao amor. E o amor está mais no gesto do que no fato. O amor une as criatuas, extingue as misérias sociais (pensemos na abrangência dessa expressão) e traz como resultado o aprimoramento moral e a felicidade relativa que se pode alcançar nesta vida.
Analise-se calmamente as Bem-Aventuranças e se sentirá o doce perfume do conforto que abriga, que aconchega, que convida à paz e à harmonia. Como disse Gandhi, se fossem perdidos todos os ensinos e ficasse apenas o Sermão do Monte, de nada mais precisaríamos para pautar a vida na dignidade e no amor que precisamos para viver.
Por isso nessa data especial, o sentimento que surge é o da gratidão!
Obrigado Senhor, pela sua presença, pela sua vida, pelo seu amor! Fica conosco Jesus.
Ajuda-nos a endireitar nossos passos vacilantes na senda do bem.
Aos leitores, nosso abraço de um Feliz Natal, com Jesus no coração!

Orson Peter Carrara
orson peter92@gmail.com

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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Namoro Espírita


Conheci vários... Conheci casais que começaram a namorar nas atividades da juventude espírita e que hoje se apresentam como belas famílias, integradas e felizes. Diria mais! A maioria dos enlaces são oriundos de amizades que cultivamos no ambiente escolar, no ambiente profissional e, para aqueles afetos, no ambiente religioso. Como local de convívio de pessoas que comungam a mesma visão da vida, a prática religiosa termina por ser a fonte de muitos e longos relacionamentos.
Daí surgem momentos de fortalecimento, de vivência, nas atividades do “Culto do Evangelho no lar”, na emoção dos trabalhos assistenciais, nas discussões acaloradas e toda a gama de eventos mágicos de que se compõe a nossa juventude em uma casa espírita, vividos pelo jovem casal e que trazem as mais ternas lembranças, passados os anos. O livro “Vida e Sexo”, de Emannuel, psicografia de Chico Xavier, com belas palavras descreve o período do namoro, como :
Inteligências que traçaram entre si a realização de empresas afetivas ainda no Mundo Espiritual, criaturas que já partilharam experiências no campo sexual em estâncias passadas, corações que se acumpliciaram em delinqüência passional, noutras eras, ou almas inesperadamente harmonizadas na complementação magnética, diariamente compartilham as emoções de semelhantes encontros, em todos os lugares da Terra.
Mas nem tudo são flores. Nos momentos de desavenças, de conflito, de separação, o conhecimento espírita e a conduta digna devem também pautar a relação. É nessa hora que nós realmente nos mostramos espíritas. Culpabilidades, ciúmes doentios, traições, abandono afetivo, gravidez indesejada e tantos outros eventos comuns aos relacionamentos não estão ausentes do mundo do relacionamento afetivo entre espíritas, o que demanda uma conduta cristã dos jovens e principalmente dos dirigentes da juventude e frequentadores da casa, entendendo os contextos, sempre com os “olhos do Cristo”.
Enumero também as desavenças entre casais que causaram entraves nos trabalhos espíritas. Companheiros ovens, labutando no bem, se ocorre uma separação, uma briga, tudo se desarmoniza. Esse é um outro cuidado que nos cabe. Saber separar a individualidade da figura do casal. Relações afetivas podem ter fim, principalmente no período da juventude, e sejamos sinceros, a “Vida continua”. Nossa relação com o trabalho no bem e com a Doutrina Espírita deve ser separada da relação afetiva. Talvez não dê para frequentar a mesma casa espírita, revendo sempre o ex-companheiro. Mas, existem outras casas e outros trabalhos...
E por fim, a questão do namoro espírita suscita no jovem ainda um outro grande desafio: E se o jovem espírita, ativo e trabalhador, engajado nas atividades doutrinárias, se apaixona por uma pessoa vinculada a outra denominação religiosa? Parece complicado...Mas tudo é uma questão de abordagem. Religião é questão de afinidade e entendimento. Deve servir para unir as pessoas e não para dividí-las. Caso o coração escolha alguém de outra seara, o “respeito mútuo a individualidade”, uma grandeza que sustenta grandes relações, deve ser a tônica que permita a vivência do amor, compreendendo a sua identidade religiosa. E nada de se afastar do trabalho no bem!
O nosso compromisso é com Jesus!
Tantas questões, tantos cuidados...Mas, ainda acho que uma das coisas mais belas do mundo é ver jovens casais irmanados no mesmo ideal, atuando na distribuição de sopa, consolando os doentes, sonhando com o dia em que terão o seu lar, farão o Culto do Evangelho, na companhia de seus filhos, espíritos que desde aquela época de “namoro espírita” os acompanhavam, já sonhando com aquele espaço doméstico envolto em ideais sublimes.

Marcus Vinicius de Azevedo Braga
autor de artigos publicados em diversos sites espíritas e do
livro infantil “Alegria de Servir”, editado pela FEB, evangelizador
do GE Atualpa, em Brasília-DF.
acervobraga@gmail.com

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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Matemos a fome das crianças famintas e não a elas próprias


Alguns defendem a descriminalização do aborto, dizendo que é melhor não deixar a criança nascer do que ela nascer e morrer de fome.
Esse argumento é equivalente ao do médico que, tratando de um doente incurável, tomasse a decisão de matá-lo de vez!
O aborto é uma morte certa da criança, mas sua morte por fome é incerta. Ela morreria mesmo de fome? Quem pensa assim, admite ou finge que admite que a miséria e a injustiça social jamais terão fim neste mundo, e que a vitória do bem sobre o mal é uma utopia. É, pois, de fato, um equívoco alguém justificar, moralmente, o aborto, apelando para essas idéias fantasiosas e pessimistas de que criança nascida morrerá de fome. A Doutrina Espírita ensina que a Terra é um mundo de provas e expiações, mas que ele vai entrar na fase de regeneração, o que já está começando a acontecer aqui e acolá, isto é, entre algumas pessoas: Teresa de Calcutá, irmã Dulce, Chico Xavier, Bezerra de Menezes, Eurípedes Barsanulfo, Gandhi, pastor Luther King e milhões de anônimos por esse mundo afora. Aliás, na História da Humanidade, sempre nós tivemos exemplos dessas almas de escol: são Francisco de Assis, são Vicente de Paulo e outros.
As pessoas, que são a favor do aborto, não certamente por princípio, ao preferirem assassinar seus rebentos nos ventres maternos, a deixá-los viverem e nascerem, têm as suas consciências embotadas, ou seja, indiferentes às suas faltas morais ou pecados, sendo tudo válido para elas, desde que sejam beneficiadas em seu bem-estar egoísta. Assim, mesmo sabendo que o aborto é uma transgressão grave das leis naturais ou divinas, o cometem. A teologia cristã tradicional ensina que o aborto é um exemplo do chamado pecado contra o Espírito Santo, exatamente porque se trata de um pecado contra a lei da natureza. Realmente, ele é uma falta contra a voz da consciência do indivíduo, que é a voz do seu Eu interior ou do seu Espírito Santo que nele habita. E com a agravante de que tudo é feito de livre e espontânea vontade, com pleno consentimento, com data e hora marcadas para o aborto, que, sem dúvida, ser-lhes-á mais prejudicial do que para o feto assassinado, pois são muito graves as consequências morais e espirituais para os que o praticam. Ele só é moralmente tolerável, quando for um risco de vida para a mãe, o que é admitido pela Igreja e pela Doutrina Espírita.
A eliminação duma vida humana é um assassinato, não importando se ela tenha apenas alguns minutos ou já cem anos de existência. E, por ser uma ação premeditada, mesmo que a lei a aprove, tomando emprestado o termo jurídico, ousamos dizer que, moralmente, se trata dum pecado doloso, e na linguagem da Igreja, um pecado mortal. E, como já vimos, é até considerado também como pecado contra o Espírito Santo, pelo que não tem perdão, isto é, tem que ser mesmo pago pelo pecador e até o último centavo.Que os que não querem filhos usem, pois, os meios anticonceptivos, mas não o aborto.
Mães e pais grávidos, lutem para que seu filho não venha a morrer de fome, amanhã, e principalmente, para que vocês não sentenciem a pena de morte para ele, a qual é antidivina, antinatural, injusta e covarde, pois ele é um ser humano inocente e indefeso!


Obs.: Esta coluna, de José Reis Chaves, às segundasfeiras, no diário de Belo Horizonte, O TEMPO, pode ser lida também no site www.otempo.com.br - Clicar colunas. Ela está liberada para publicações. Meus livros: “A Face Oculta das Religiões”, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” Ed. EBM (SP) e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte (MG) – www.literarium.com.br - e meu e-mail: jreischaves@gmail.com Os livros de José Reis Chaves podem ser adquiridos também pelo e-mail: contato@editorachicoxavier.com.br e o telefone: 0800-283-7147.

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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Sofrimento dos animais


Esse é um tema que sempre volta às cogitações. Por que sofrem os animais? Como entender as doenças que afetam esses seres que fazem parte de nossa vida, estão sujeitos às nossas ações humanas, muitas vezes cruéis, e demonstram carinho, ternura, gratidão?
Existem várias obras e estudos sérios sobre animais à luz do Espiritismo. Entre os autores clássicos, destaca-se Ernesto Bozzano; entre os autores atuais Marcel Benedeti e Eurípides Kuhl são os mais destacados, com excelentes obras que o leitor pode pesquisar em nossas distribuidoras. Também a Dra. Irvênia Prada, professora catedrática e médica veterinária da USP, tem proferido excelentes palestras e seminários sobre a questão espiritual dos animais, tendo já disponível um DVD e um livro com a temática. No portal youtube igualmente podem ser encontradas excelentes abordagens com a citada autora.
É um tema muito atraente, motivador.
Na revista Reformador, da FEB, edição 2.179, ano 128, de outubro de 2010, em excelente artigo publicado com o título As doenças podem ser evitadas?, de A. Merci Spada Borges, encontramos importante material para reflexão. Após analisar com profundidade a causa das doenças humanas – em sua grande maioria decorrentes de nossas condutas e do peso das emoções – Merci adentra o campo dos animais e indaga: 
“(...) como entender as doenças que afetam os animais? Que débitos tem eles com as leis divinas, se não possuem raciocínio, e, portanto, não são responsáveis por seus atos?” (...)”.

Destaco ao leitor trechos parciais e notáveis para reflexão e estudo do citado artigo:

a) Para os animais, as doenças funcionam como fenômenos naturais, que colaboram com a lei de destruição e transformação da matéria a que todos os seres vivos estão sujeitos.
b) As doenças e anomalias despertaram o interesse científico e isso é produtivo pois, de uma forma ou de outra, trará benefícios, não só para os animais, mas também para a população terrena.
c) É importante observar que o sofrimento dos animais é avaliado pelo teor do sofrimento humano. Quem pode garantir que eles sofrem como os humanos?

A questão em destaque abre perspectivas que a própria abordagem amplia. Vejamos o raciocínio apresentado:

a) Eles não têm preocupação com estética, não são preconceituosos, não têm consciência de suas anomalias, adaptam-se facilmente ao meio, não se preocupam com o futuro e muito menos vivenciam o terror pela invalidez e morte como os seres racionais.
b) A dor moral, expiatória e duradoura não afeta os animais.
c) Infelizmente, há um elemento que contribui para o sofrimento deles: o próprio homem.

Pensamentos, palavras e atitudes agressivos emitem energias deletérias que contaminam o ambiente e, como dardos envenenados, atingem todos os seres vivos presentes no raio de atuação.
É importante que o leitor busque o texto na íntegra, que breve deverá estar disponível no portal da FEB.
Para concluir, destaco ao leitor, também extraindo do próprio artigo:

“(...) O Espírito Emmanuel esclarece: Os produtos teratológicos constituem luta expiatória, não só para os pais sensíveis, como para o Espírito encarnado sob penosos resgates do pretérito delituoso. Quanto aos animais, temos de reconhecer a necessidade imperiosa das experiências múltiplas no drama da evolução anímica (...)”.1

E conclui a matéria:

“(...) Está nas mãos do homem contribuir para o alívio e evolução dos animais e do próprio homem. Entretanto, uma boa parte, indiferente e agressiva à Natureza, dedica-se às queimadas, à caça e à pesca predatória, à escravização dos irracionais; mal sabem eles que estão na mira infalível da lei de causa e efeito (...)”.

Nesta como em outras questões, vemos a amplidão do pensamento espírita que oferece campo de estudo e pesquisa para todas as áreas do conhecimento humano.

1 - A citação de Emmanuel, transcrita no artigo e aqui novamente reproduzida, é do livro O Consolador, questão 39, psicografia de Chico Xavier, edição FEB.

Orson Peter Carrara
orsonpeter92@gmail.com

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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Aqueles que creem em mais Espíritos não são os Espíritas


Tudo no Universo é bipolar, com um oposto complementando o outro. A corrente elétrica positiva precisa da negativa. E nos seres vivos é notória a complementação sexual oposta recíproca entre eles, sem o que não haveria a conservação e propagação das suas espécies.
Quanto aos opostos espírito e matéria, o espírito humano encarnado está impregnado do corpo, que está também impregnado do espírito, formando os dois o homem, que, em sua essência, é o espírito imperecível ou imortal, que habita temporariamente o corpo. O espírito distingue-se da matéria por ser um ser que tem inteligência, enquanto que a matéria não a tem, embora a matéria se torne intelectualizada enquanto o espírito está nela encarnado, como ensina Kardec. A inteligência é do espírito e não do cérebro, que é um instrumento da manifestação do espírito.Exemplificando: A inteligência vem do espírito através do cérebro, como a água de nossas casas vem da mina através do cano, ou como o som procede da emissora de rádio através do rádio. Se o cérebro estiver doente, é óbvio que a inteligência do espírito não pode manifestar-se normalmente, como a emissora de rádio não pode ser ouvida através dum rádio estragado.
Kardec perguntou a uma entidade: “Influem os espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos?” A resposta foi: “Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem.”(Questão 459, de “O Livro dos Espíritos”, de Kardec), o que confere com o ensino paulino: “A nossa luta não é contra o sangue e a carne, mas contra as potestades do mal.” (Efésios 6,12) Os cristãos não espíritas, de um modo geral, creem em anjos como sendo uma categoria diferente de espíritos, e nos demônios como sendo também outra categoria de espíritos. Ademais, os cristãos, com suas doutrinas antigas influenciadas pelas mitológicas, geralmente, tomam erroneamente o diabo, satanás, satã etc. como sendo espíritos, quando não o são. Apenas os demônios são espíritos.Diabo (diábolos em grego), satanás e satã significam adversários e acusadores. São adversários dos espíritos que somos, pois eles são as nossas faltas ou pecados, que são contrários à nossa evolução espiritual e moral. Jesus só tirava das pessoas demônios ou espíritos impuros (ainda não purificados). Mas nunca Jesus tirou satanás, diabo ou satã de alguém.
Os anjos são espíritos humanos superevoluídos. Há também os anjos maus (demônios) ou espíritos humanos atrasados. Isso está de acordo com a Bíblia, pois a Hermenêutica nos mostra que demônios (“daimones” em grego) significavam almas na época em que o Novo Testamento foi escrito. Também na Literatura Grega da época dos autores do Novo Testamento e dos séculos anteriores àquele tempo, “daimones” são almas humanas dos mortos.E porque Jesus só tirou demônios maus das pessoas, essa palavra passou a ser entendida só como espírito mau.
Há um ensino que afirma que quando alguém ora em línguas, é o Espírito Santo da Trindade que ora. Mas são Paulo diz que é o próprio espírito do indivíduo que ora em línguas.(1 Coríntios 14,14). E para Deus, o Pai dos espíritos (Hebreus 12,9), os teólogos cristãos, salvo as exceções, entre elas os teólogos espíritas, criaram e sustentam três espíritos para um só Deus, o que é um prato cheio para os materialistas fazerem chacotas contra o espiritualismo, prejudicando o cristianismo e incrementando o materialismo.
Creiamos em espíritos, mas com moderação!


Obs.: Esta coluna, de José Reis Chaves, às segundasfeiras, no diário de Belo Horizonte, O TEMPO, pode ser lida também no site: www.otempo.com.br - Clicar colunas. Ela está liberada para publicações. Seus livros: “A Face Oculta das Religiões”, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” Ed. EBM (SP) e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte (MG) – www.literarium.com.br - e meu e-mail: jreischaves@gmail.com - Os livros de José Reis Chaves podem ser adquiridos também pelo e-mail: contato@editorachicoxavier.com.br e o telefone: 0800-283-7147.

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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

E o fim do mundo em 2012?


Para início de conversa e para citarmos referências mais expressivas, relembramos as famosas previsões MAIAS (2000 a.C a 900 d.C), as profecias de Nostradamus (1503 – 1566) e Malaquias (1094 – 1148), sem nos preocuparmos aqui com dados biográficos ou históricos que deixamos ao leitor pesquisar, para trazer aos leitores algumas reflexões sobre o suposto “fim do mundo”, alardeado agora com a aproximação do ano de 2012, que gerou inclusive um filme.
Além dessas previsões históricas, trechos do Velho e Novo Testamento, a NASA e expressivos nomes da ciência no planeta têm se dedicado com empenho para estudar fatos extraordinários que vêm se verificando – desde as alterações climáticas que estão alterando a vida na Terra, cujo eixo de equilíbrio está sofrendo mudanças, até o surgimento misterioso, da noite para o dia, de mensagens codificadas estampadas ou esculpidas (os chamados crop circles, que o leitor vai localizar em abundância por meio de pesquisa na internet, detectados principalmente através do conhecido programa Google Earth) no solo e nas plantações por meio de desenhos gigantescos em áreas extensas de cultivo agrícola – , há também o fato da explosão do número de satélites lançados ao espaço para pesquisa aeroespacial e a aceleração na construção de abrigos subterrâneos, preservação e estocagem de sementes, demonstrando que as transformações em ocorrência não se devem apenas a coincidências ou misticismo nas profecias.
O notável astrônomo Carl Sagan (1934 – 1996), em esforços somados com outros expressivos nomes da Astronomia, e a NASA lançaram em 1974, por meio de ondas de rádio, para o cosmo infinito, um cartão com informações codificadas de nossa localização no sistema solar, o desenho da forma humana, entre outros informes. Depois de 28 anos, em 2002, surgiu ao lado de um dos gigantescos telescópios que a ciência dispõe em todo o planeta para pesquisa astronômica, esculpido no solo em plantações – da noite para o dia –, e também codificado, em resposta ao cartão enviado em 1974, e também com informações sobre localização, formato humano – que difere um pouco de nossa aparência, com a cabeça maior –, entre outras, deixando claro que uma inteligência desconhecida, distante ou próxima do planeta, supostamente respondeu. Decodificada, foi possível traduzir para o inglês, cujo conteúdo convida os seres humanos para uma transformação para o bem.
Sugiro aos leitores pesquisarem na internet, pois inviável alongar aqui com transcrições e outras argumentações e citações que o assunto comporta. Referidas pesquisas podem ser efetuadas especialmente através do portal www.youtube.com.br e mesmo por meio do www.google.com.br
Por outro lado já existem estudos da ciência com indicações que detectam um planeta ou estrela gigante que se aproxima da Terra, em ciclo normal nas viagens dos corpos celestes, como ocorre com o cometa Halley que periodicamente nos visita. No caso em questão, da estrela ou planeta que se aproxima, o tempo de vir e voltar é de milênios, o que deve ocorrer novamente nos próximos anos, independente de ser 2012, 2020 ou mais adiante. A temática ocupa tanto os interesses da ciência que plataformas de observações já estão sendo instaladas no Pólo Sul, onde referido corpo celeste será avistado primeiro.
Interessante porque previsões e citações de variada origem classificam referido corpo celeste com nomes bem conhecidos, como planeta destruidor, planeta chupão, higienizador, entre outros, de espiritualistas, profetas, místicos, etc.
O assunto não deve alarmar ninguém. O mundo não será destruído fisicamente, mas está maduro para uma nova era de progresso moral. É o fim de um ciclo, o ciclo do egoísmo, das guerras, da fome, e a implantação de um ciclo novo, de fraternidade, de solidariedade real, superando o egoísmo para agir com bondade, destinado para aqueles que aprenderam a perdoar, que aprenderam a ser melhores no comportamento.
Os eventos em ocorrência são advertências que funcionam como convite para que reflitamos mais, observarmos com atenção, sairmos da acomodação e pesquisarmos mais, e nos lançarmos à melhora de nós mesmos.
Não há o que temer, mas há sim a necessidade do aprimoramento moral para merecermos permanecer ou retornar do planeta, que será promovido para um estágio de amadurecimento e progresso muito mais marcante do que o que hoje conhecemos.
Estamos preparados para o futuro? O assunto, dispensando ameaças ou medos, convida à reflexão com lógica e bom senso. Homens e mulheres da ciência, nações e previsões estão a confirmar os fatos que já deixaram de ser mera coincidência ou informação mística, alertando-nos que algo bom está a ocorrer, transformando o mundo, mas precisamos merecer isso... E isso depende de cada um, dentro de si.

E a Doutrina Espírita? O que diz?

É justamente sob a ótica espírita que a empolgante temática ganha realidade de coerência e lógica. Basta buscar os livros da Codificação Espírita. Convidamos o leitor à pesquisa e busca pelo menos em três das expressivas obras publicadas por Kardec:

a) O Livro dos Espíritos:

Esta obra basilar, que condensa os princípios fundamentais do Espiritismo, pode ser pesquisada principalmente nas questões 55 a 58 (pluralidade dos mundos), 172 a 188 (encarnação nos diferentes mundos) e especialmente a questão 1019, que aborda especificamente a transformação da Humanidade;

b) O Evangelho Segundo o Espiritismo:

A terceira obra da Codificação, na totalidade do incomparável capítulo III – Há muitas moradas na casa de meu Pai, cujos textos mostram a coerência da revelação espírita;

c) A Gênese:

Exatamente com o subtítulo Os Milagres e as Predições, o livro apresenta nos capítulos 26 a 28 abordagens específicas sobre o tema ora destacado, principalmente se buscarmos a clareza dos últimos textos: Sinais dos Tempos e A geração nova.
Optamos pela renúncia de quaisquer transcrições, pensando em estimular o leitor a ampla pesquisa, tanto na internet quanto nas referências citadas acima dos livros de Kardec.
O fato final, todavia, é que a transformação é inevitável – por força da Lei de Progresso – ainda que sejamos resistentes. Para sabermos se merecemos permanecer no planeta de regeneração que se avizinha, por conseqüência natural do amadurecimento, a dica é consultarmos o Evangelho de Jesus para ver se nossa conduta, ações, comportamento, decisões e escolhas enquadram-se no respeito e amor ao próximo – em toda sua extensão –, na fraternidade e no trabalho contínuo para o bem geral, inclusive no bem próprio, onde a esperança, a autoestima, a coragem e a iniciativa se fazem presentes para que o amadurecimento integral vai se efetivando gradativamente.
Aprendemos a perdoar? Aprendemos a devolver o que recebemos ou não nos pertence? Temos sido mais tolerantes e resignados? Temos sido mais confiantes? Já renunciamos aos apegos de toda ordem? Temos sido mais altruístas e generosos? Ainda guardamos melindres, ressentimentos e mágoas? São muitos questionamentos, mas as respostas para tais questionamentos são de foro íntimo. Afinal, cada um vive sua própria história...

Orson Peter Carrara
orsonpeter92@gmail.com

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terça-feira, 9 de novembro de 2010

O aborto é também uma violação da lei divina da reencarnação.


Tudo no universo está encadeado e em constante transformação. O que é velho caminha para o novo, como a natureza da planta velha passa para a natureza da planta nova, que da velha surge, ou tal qual a crisálida que vira borboleta. “Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.”(Lavoisier).
Biologicamente, o velho é em estado potencial o novo, o vir-a-ser.
A visão metafórica paulina da ressurreição é também assim. O corpo velho corruptível, como o é a semente, é colocado na terra. Da velha semente podre sai a planta nova. O espírito imortal, que se torna, moralmente, incorruptível, deixa seu corpo velho corruptível e ressurge em um outro corpo novo. Mas assim como a vida da planta nova veio da vida da planta velha (a semente), o corpo novo tem a vida (o espírito) do corpo velho. O novo tem, pois, sempre algo de velho, do qual provém.
Aliás, o velho tem que ser mesmo velho ou maduro, para se tornar novo no ser novo gerado por ele. O novo é o velho ressurgido, como o filho é os pais ressurgidos. “O que foi, é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer: nada há, pois, novo debaixo do sol. Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos que foram antes de nós.”(Eclesiastes 1, 9 e 10). Nesse nada do autor bíblico, inclui-se, obviamente, o espírito, que é imortal e que já habitou outros corpos nos séculos passados.
Os espiritualistas cristãos, ou seja, os católicos, os evangélicos e os espíritas são contrários ao aborto. As exceções são poucas. Os materialistas ou pouco espiritualistas não se incomodam com a possibilidade da criação de uma lei brasileira que descrimine o aborto.
Os defensores do aborto dizem que a mulher tem o direito de abortar, pois o corpo é dela. Mas nem a vida dela é dela, e menos ainda a vida do filho dela é dela! Os espiritualistas que mais abominam o aborto são os adeptos da reencarnação. E sem ela, todas as crenças ficam vulneráveis, transformando-se num trampolim para o mergulho do indivíduo nas águas turvas e profundas do materialismo.
Muitos cientistas materialistas estão descobrindo Deus pela reencarnação, que tem o respaldo de vários segmentos científicos da ciência espiritualista, que é superior à materialista parcial e que é meiaciência, pois que estuda só a matéria, enquanto que a espiritualista é também acadêmica e pesquisa não só a matéria, mas igualmente o espírito. E é o espiritismo que nos mostra o quanto é grave o aborto, que, além de ser um assassinato, interrompe a programação reencarnacionista do espírito, a qual é o meio que ele tem para continuar a sua evolução em busca da sua perfeição semelhante à de Deus.
O aborto, realmente, além de ser um assassinato, viola a lei divina da reencarnação, que é um fenômeno que Deus criou para as ressurreições do espírito, também na carne, pois só com uma encarnação, não dá nem para nós começarmos a nossa jornada evolutiva sempiterna!

Obs.: Esta coluna, de José Reis Chaves, às segundas-feiras, no diário de Belo Horizonte, O TEMPO, pode ser lida também no site www.otempo.com.br Clicar colunas. Ela está liberada para publicações. Seus livros: “A Face Oculta das Religiões”, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” Ed. EBM (SP) e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte (MG) – www.literarium.com.br - e meu e-mail: jreischaves@gmail.com - Os livros de José Reis Chaves podem ser adquiridos também pelo e-mail: contato@editorachicoxavier.com.br e o telefone: 0800-283-7147.

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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A Paz de Jesus


“Deixo-vos a paz, a minha paz vos
dou: não vo-la dou como o mundo
dá. Não se turbe o vosso coração,
nem se atemorize”
João, 14:27

Em tese, o homem deseja a paz, porém, quando detém o poder, promove a guerra.
Os líderes de massas proclamam a união e a concórdia, entretanto, suas proposições são desagregadoras e conflitantes com o objetivo de harmonia e paz.
Vêem-se em todos os lugares os entrechoques de opiniões egoísticas, o arrebatamento de vaidades mal dissimuladas, a incontida manifestação da prepotência aliada ao uso e ao abuso do direito pela força em detrimento da força pelo direito.
A humanidade sofre, chora, desespera-se.
Onde encontrar a paz almejada ?
O mundo move-se na efervescência de disputas ambiciosas, agita-se num torvelinho de interesses escusos e de paixões aviltantes.
Muitos dos que poderiam trazer a tranqüilidade e a esperança de um futuro melhor inoculam na alma do homem o vírus da dúvida ou o veneno do temor, apontando dois absurdos extremos como os pontos finais da jornada do homem aqui, na Terra:

1-) um céu beato, maçante, de perenal ociosidade e de infindo estado contemplativo, incompatível com o Criador que jamais se fez ocioso. Observemos o ensinamento de Jesus contido no Evangelho de João, capítulo 5, v. 17: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”;

2-) um inferno em perpétua ebulição, de suplícios eternos, diametralmente oposto ao bom senso, antítese da bondade e da justiça de Deus.

Nada obstante, o homem pode alcançar a paz, não a paz fantasiosa que o mundo oferece, mas a paz de consciência do dever cumprido, a paz de espírito daquele que busca no Evangelho o roteiro seguro, a paz de quem tem Jesus como modelo e que, reconhecendo-se em erro, esforça-se para corrigir-se.
A Doutrina Espírita mostra-nos que, por meio das vidas sucessivas, das múltiplas experiências nos mais diversos estágios evolutivos, Deus - AMOR, BONDADE e JUSTIÇA infinitos - dá-nos sempre novas oportunidades para chegarmos à condição de Espíritos puros, o que não é possível alcançarmos em uma única encarnação.

Felinto Elízio Duarte Campelo

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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Nem tudo é mediunidade


Realmente, sintomas físicos ou mesmo perturbações emocionais e psicológicas podem ser confundidos com mediunidade. Atendentes fraternos, dirigentes, coordenadores de estudos e mesmo palestrantes ou escritores, precisamos sempre levar em conta esse detalhe.
Mediunidade, como já aprendemos, não é doença, nem tampouco privilégio ou exclusividade dos espíritas. É, antes, potencialidade humana, apesar dos diferentes estágios em que se apresenta e das variáveis que afetam sua manifestação, inclusive de maturidade emocional, intelectual e do meio onde se apresenta.
Não é incomum pessoas tristonhas e deprimidas, muitas vezes dependentes de medicamentos, serem confundidas pela precipitação de dirigentes que alegam ser o exercício da mediunidade o único caminho de superação desses estados.
Indicam presença de espíritos perturbados ou perturbadores como causa do abatimento e apontam, equivocadamente, como causa uma suposta hipnose de espíritos, agravando ainda mais o quadro de aflição da pessoa que simplesmente precisa de ajuda...
Tais considerações foram inspiradas no capítulo 22 do livro Encontros com a Consciência, ditado pelo Espírito Irmão Malco ao médium Alaor Borges Jr. Referido capítulo descreve o diálogo de um atendimento fraterno. Aliás, todo o livro é composto de casos relacionados a ocorrências em centros espíritas, inclusive com muitos ensinos de Chico Xavier. No caso em questão, o Espírito que relata a ocorrência conclui com sabedoria: “(...) Passei a entender que, na condição de socorrista espiritual, temos que ter muito critério. Nem todo distúrbio nervoso, qual seja a depressão, síndrome do pânico, insônia e outras mais, estão relacionadas à presença de mediunidade (...)”.
Nesse ponto, interrompemos a transcrição para destacar, aí sim, caminhos de superação de estados de abatimento, na continuidade do raciocínio do autor: “(...) mas o serviço prestado pelo passe, as palestras, a água magnetizada e o vínculo com as atividades assistenciais da casa têm valor inconcebível. (...)”.
O destaque é nosso e proposital. Não percebemos que muito mais que focar nossa atenção em supostas influências de espíritos, embora elas sejam reais e contínuas, precisamos, isso sim, prestar mais atenção em nossas reações e procurar no Espiritismo o que ele realmente tem a oferecer: o consolo, a diretriz, o conforto, a orientação, a luz para nossos caminhos, a lucidez de seus fundamentos, caminhos claros de entusiasmo e superação das dificuldades que normalmente enfrentamos, até pela nossa condição humana. Recursos que encontramos, principalmente, nos estudos, palestras...
O livro é rico de casos assim. Mágoas, dinheiro, opiniões, relacionamentos, dificuldades, influências, inspiração, pressa, entre outros temas, vão surpreender o leitor. Exatamente pela clareza e concisão dos diálogos. Não deixe de conhecer. Trará benefícios para os grupos espíritas. 

Orson Peter Carrara
orsonpeter@yahoo.com.br

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