domingo, 19 de junho de 2011

Não se deve constranger ninguém a aceitar nossa Doutrina


O problema não é de ensinar ou não ensinar o Espiritismo, mas sim da excelência do ensino cultural e a educação que se deve dar à juventude e à infância.
Não devemos repetir o erro que cometeu a Igreja Católica, que tentou impor odiosamente seus postulados e em nada melhorou a Humanidade.
Não podemos profissionalizar o ensino da Doutrina e não será justo exigir do professor espírita, que lecione matéria curricular sem ganhar e, se receber, estará profissionalizando o ensino da Doutrina. O ensino da Doutrina é no Centro, nos trabalhos de evangelização.
O Instituto é para educar e ensinar com honradez e dignidade, dando exemplo de lisura no cumprimento do dever de ensinar.
Devemos melhorar as condições culturais do Educandário, a fim de que ele seja conceituado pelo valor do ensino e pela conduta exemplar espírita...
O Ginásio espírita será conhecido não porque ensina Espiritismo, mas pela qualidade excelente do ensino que oferece aos alunos espíritas ou não.
Imaginem o resultado de maus exemplos dados por professores espíritas, que ensinam Espiritismo a alunos que não são espíritas e especialmente aos espíritas.
Que os pais espíritas levem seus filhos aos Centros, pois lá é que devem aprender Espiritismo.
No currículo escolar por enquanto não é lógico e nem aplicável o ensino da Doutrina, pois nem sequer possuímos um sistema uniforme para o ensino doutrinário.
Não devemos ser mais intolerantes que os católicos, devemos agir com equilíbrio e bom senso.
É preferível que o Espiritismo soe bem aos ouvidos dos jovens estudantes não espíritas pela atitude correta dos professores espíritas e pelo valor do ensino que ministrem, do que assumindo uma atitude antipática que nos situe como intolerantes.
Na hora grave que o Brasil atravessa, deve sobressair o esforço cultural do Instituto, procurando contribuir para o bom ensino e educação da juventude.


Excerto da mensagem recebida pelo médium Divaldo P. Franco, ditada pelo Espírito Lins de Vasconcellos, em Curitiba, no dia 26 de novembro de 1968.

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terça-feira, 14 de junho de 2011

Relembrando doutrinas da teologia dogmática sobre Jesus


Para os espíritas, todos os seres humanos estão para sempre em caminhada evolutiva em direção ao nosso Deus Pai e Mãe, do qual procedemos e para o qual, um dia, retornaremos. Realmente, Deus não faz acepção de pessoas e pelo que não dá nó cego em sua criação!
Quem é de outra crença, pode estar mais próximo de Deus do que eu.
E eu não me preocupo tanto com o aspecto literário desta coluna, mas apenas com a sua correção e a sua clareza. Para que complicar mais ainda os assuntos teológico-bíblicos?
Quando o Concílio Ecumênico de Nicéia (325) decretou que Jesus é também Deus, o que é contra o ensino Dele próprio, pois Ele sempre se declarou apenas Filho de Deus e jamais Deus, a Teologia Cristã começou a entrar em crise, da qual não sairá enquanto não a reformar.
Como não se podia negar que o Nazareno é também um ser humano, o arcebispo e teólogo sírio Nestório, patriarca de Constantinopla, concluiu que Jesus tinha, então, duas pessoas, uma divina e outra humana. Mas o Concílio Ecumênico de Éfeso (431) decretou o dogma de que Jesus é só Pessoa Divina. E foi criado também o de “Maria Mãe de Deus” (“Theotokos”), acrescentado ao texto da Ave Maria bíblica do Anjo Gabriel, e que foi, assim, transformado na oração da Ave Maria. E esse concílio condenou Pelágio, criando também o Dogma do Pecado Original.
O teólogo grego Eutiques defendeu, então, a doutrina de que, se Jesus é só uma Pessoa Divina, então Ele só tem uma natureza, a divina.
(Monofisismo). Porém o Concílio Ecumênico de Calcedônia (451) estabeleceu que Jesus tem duas naturezas: uma divina e outra humana.
Os Dogmas do Espírito Santo e da Santíssima Trindade já haviam sido declarados no Concílio Ecumênico de Constantinopla (381). Mas o da Trindade foi esclarecido principalmente por santo Agostinho, e confirmado pelo Concílio Ecumênico de Constantinopla (553), quando também foi condenada a preexistência do espírito antes da concepção do corpo, o que é contra a Bíblia. (Jeremias 1:5; e Sabedoria 8:19-20), e que, automaticamente, tirou a doutrina da reencarnação do cristianismo.
Mas por ter sido esse concílio muito tumultuado e contra o Papa Virgílio, há teólogos que são de opinião de que a reencarnação não foi condenada. (Mais detalhes em meu livro: “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência”, 8a Edição, Ed. EBM, SP).
Cerca de oito séculos depois, essas doutrinas polêmicas ainda incomodavam os teólogos, como ainda vão incomodá-los até que elas sejam retificadas. E assim, foi decretado o Dogma do “Filioque” (e do Filho) pelo Concílio Ecumênico de Lion (1274), França, dogma esse que dá mais importância à divinização de Jesus, ensinando que o Espírito Santo procede não só do Pai, mas também do Filho. Já a Igreja Católica Ortodoxa Oriental, que não aceita o dogma do “Filioque”, ensina que Jesus e o Espírito Santo procedem do Pai. A Igreja Oriental é separada da Igreja Romana desde 1054 por questões doutrinárias e políticas.
Muitos de vocês, que me honram com sua leitura, nunca ouviram padres e pastores falarem sobre essas coisas misteriosas e não bíblicas. E isso tem uma explicação: Eles mesmos não creem nelas, deixando-as cair no esvaziamento.
É que já se foi a época do “Creio porque é absurdo”, de Tertuliano, Doutor da Igreja, mas condenado também por sua heresia montanista!

Esta coluna, de José Reis Chaves, às segundas-feiras, no diário de Belo Horizonte, O TEMPO, pode ser lida também no site www.otempo.com.br - Clicar colunas. Ela está liberada para publicações. Meus livros: “A Face Oculta das Religiões”, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” Ed. EBM (SP) e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte (MG) – www.literarium.com.br - e meu e-mail: jreischaves@gmail.com - Os livros de José Reis Chaves podem ser adquiridos também pelo e-mail: contato@editorachicoxavier.com.br e o telefone: 0800-283-7147.

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domingo, 5 de junho de 2011

Controle de Stress


COMO ADMINISTRAR AS CARGAS DA VIDA


Em uma conferência, ao explicar para a platéia a forma de controlar o estresse, o palestrante levantou um copo com água e perguntou:
- "Qual o peso deste copo d'água? "
As respostas variaram de 250g. a 700g.
O palestrante, então, disse:
- "O peso real não importa. Isso depende de por quanto tempo você vai ficar segurando o copo levantado."
"Se o copo for mantido levantado durante um minuto, isso não é um problema. Se eu o mantenho levantado por uma hora, eu vou acabar com dor no braço. Mas se eu ficar segurando um dia inteiro, provavelmente eu vou ter cãibras dolorosas e vocês terão de chamar uma ambulância."
"E isso acontece também com o estresse e a forma como controlamos o estresse. Se você carrega tua carga por longos períodos, cedo ou tarde a carga vai começar a ficar incrivelmente pesada e, finalmente, você não será mais capaz de carregá-la."
"Para que o copo de água não fique pesado, você precisa colocá-lo sobre alguma coisa de vez em quando e descansar antes de pegá-lo novamente. Com nossa carga acontece o mesmo. Quando estamos refrescados e
descansados nós podemos novamente transportar nossa carga."
Em seguida, ele distribuiu um folheto contendo algumas formas de administrar as cargas da vida, que eram:
1 Aceite que há dias em que você é o pombo e outros em que você é a estátua.
2 Mantenha sempre tuas palavras leves e doces pois pode acontecer de você precisar engolir todas elas.
3 Se não puder ser gentil, pelo menos tenha a preocupação de ser vago.
4 Se você emprestar $200 para alguém e essa pessoa simplesmente desapareceu da sua vida para não ter que pagar a dívida, provavelmente valeu a pena pagar esse preço para se livrar dela, que não deve ser a melhor pessoa do mundo 5 Pode ser que o único propósito da tua vida seja servir de exemplo para os outros
6 Quando você tenta pular obstáculos lembre que está com os dois pés no ar e sem nenhum apoio.
7 Ninguém se importa se você consegue dançar bem. Para participar e se divertir no baile, levante, dance e pronto.
8 Uma vez que a minhoca madrugadora é a que é devorada pelo pássaro, durma até mais tarde sempre que puder.
9 Lembre que é o segundo rato que come o queijo - o primeiro fica preso na ratoeira. Ter paciência e saber esperar são virtudes raras nos dias de hoje.
10 Lembre, também, que sempre tem queijo grátis nas ratoeiras.
11 Quando tudo parece estar vindo na tua direção, provavelmente você está no lado errado da estrada.
12 Podemos aprender muito com uma caixa de lápis de cor. Alguns têm pontas aguçadas, alguns têm formas bonitas e alguns são sem graça.
Alguns têm nomes estranhos e todos são de cores diferentes, mas todos são lápis e precisam viver na mesma caixa.
13 Não perca tempo odiando alguém, remoendo ofensas e pensando em vingança. Enquanto você faz isso a pessoa está vivendo bem feliz e você é quem se sente mal e tem o gosto amargo na boca.
14 Perdoe. Oração do Pai Nosso "Pai.... perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido." Se eu não perdôo meu irmão, estarei assinando minha sentença porque Deus fará da mesma forma, não me perdoará..


Airton/Fortaleza/Brazil


Felinto Elízio Duarte Campelo
felintoelizio@gmail.com

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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Nossa relação com a mediunidade...


Não anda muito boa, como desde sempre... Continuamos idolatrando médiuns, principalmente os chamados médiuns de cura. Ainda buscamos respostas para o nosso problema pessoal X e a nossa dúvida Y na via mediúnica, o que um pouco de reflexão e a leitura edificante poderiam resolver. Mistificamos salas, mesas, objetos, reuniões, como se não houvesse Espíritos por toda a parte e todo lugar não fosse criação do Pai celestial.
Nós valorizamos ainda o livro psicografado, mesmo que nele esteja um semnúmero de inconsistências; mas relegamos a segundo plano obras de encarnados fruto de longas reflexões. Confundimos as orientações mediúnicas com a vida administrativa da casa espírita; gostamos da foto daquele mentor, ilustrando as dependências da casa espírita e, ainda, fazemos filas para assistir ao maravilhoso fenômeno, como curiosos da era vitoriana.
Os Espíritos são os homens desencarnados, amigos e inimigos de ontem que se alternam conosco nas lutas da matéria. Isso Kardec já asseverava com propriedade... A mediunidade é via bendita de trabalho, na reunião mediúnica de atendimento a Espíritos sofredores, no consolo a mães aflitas, nas mensagens de esclarecimento e reflexão, como bem exemplificou na conduta mediúnica Francisco Cândido Xavier, que, apesar de suas faculdades, se mantinha a par de personalismos, na valorosa mediunidade com Jesus.
A mediunidade não é um superpoder de um herói de filme e nem uma tenda de milagres. É uma possibilidade que, se não for bem conduzida, pode enveredar para caminhos perigosos. Entretanto, o médium é ser humano, falível, com necessidades e anseios. Os Espíritos, também, homens de outras eras, estão conosco nesta caminhada evolutiva no orbe terrestre.
Por isso, insta analisarmos a nossa relação com a mediunidade, a nossa e a dos outros. O que queremos dela? O que pensamos disso? Precisamos estudar, não só os aspectos práticos e científicos da questão mediúnica, mas o seu aspecto filosófico, para não nos tornarmos vítimas de armadilhas e de ilusões.
Somente assim poderemos enxergar a mediunidade com a naturalidade que lhe é própria, ainda que requeira cuidados e preparo, como qualquer potencialidade do ser humano.

Marcus Vinícius de Azevedo Braga
acervobraga@gmail.com
Brasília, Distrito Federal (Brasil)


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