quarta-feira, 9 de julho de 2014
domingo, 6 de julho de 2014
Ação e Reação
Será que Deus é culpado por nossa vida não correr da forma
que gostaríamos?
Será que Deus nos pune?
Ou será que a sorte anda desviando do nosso caminho?
Relacionamentos amorosos sem sucesso, vida financeira difícil, saúde corporal
lastimável, entre tantas outras dificuldades que surgem em nossa vida.
Quem será o culpado por tantas infelicidades?
Geralmente procuramos identificar sempre alguém ou algo para nós apontarmos.
“Eles” são o nosso problema.
E então quem é o culpado ?
No universo, tudo está intimamente relacionado, numa sequência de ações que
desencadeiam reações de igual intensidade. Deus é infinitamente justo e bom, e
nada ocorre que não seja a Seu desígnio. Não existe ocorrência do acaso ou sem
uma causa justa. Cada evento ocorre de forma natural, planejada e lógica.
E como sabemos que o Universo é regido por Leis, seria melhor estudarmos a
respeito de uma lei muito conhecida no meio espírita. A tão falada Lei de Causa
e Efeito. Nesta lei encontremos quem é o responsável por temos uma vida repleta
de alegrias ou tristezas.
Todos somos responsáveis por cada um dos eventos que ocorrem em nossas vidas,
sejam estes eventos bons, ou aparentemente terríveis. Neste contexto, não
existem vítimas. O que aparentemente não tem explicação é porque nos falta alcance
para compreensão da real origem de cada acontecimento.
Se buscarmos em nós mesmos, em nossas próprias atitudes, quase sempre
encontraremos a causa de todas as nossas mazelas, porém, caso não a encontremos
a primeira vista, isto não significa que ela não exista, pois não existe efeito
sem causa. Muitas vezes, as causas dos males que nos acometem podem
encontrar-se num passado distante, em existências anteriores, momentaneamente
inacessíveis pelo véu do esquecimento.
Pela lei de causa e efeito, o homem pode compreender a causa de seus
sofrimentos, e de todo o mal que aflige a humanidade, e pode acima de tudo
conhecer e amar um Deus justo e racional, que dá a cada um segundo suas obras.
André Luiz Zanoli
Imagem ilustrativa
segunda-feira, 30 de junho de 2014
Seiva essencial
“Se vós estiverdes em mim e as minhas palavras estiverem em
vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” – Jesus (João, 15:17.)
O homem vulgar passa grande parte da sua existência queixando-se ou sentindo-se
em lugar impróprio às suas aspirações ou aptidões, e pensando, mesmo, que suas
atividades não são importantes. Entretanto, mister se faz que nos lembremos de
que as leis de Deus colocam cada um de nós nas condições em que melhor podemos
produzir e aprender para não incorrermos nos mesmos antigos enganos. Em
verdade, estamos sendo protegidos de nós mesmos.
Desejando maiores responsabilidades – de preferência as que
nos exponham à admiração pública - e imaginando que as criaturas colocadas
nessas posições usufruem mando especial ante a Providência Divina, não nos
damos conta de que cada criatura traz, ao nascer, uma tarefa particular e
intransferível, que a coloca no lugar certo, na família ideal e no melhor
trabalho para o seu progresso evolutivo. Não importa se sob as luzes da ribalta
ou no mais obscuro lar, a tarefa de cada um de nós é de suprema importância na
execução do plano universal de Deus. “A folha de papel que te sai das mãos pode
ser aquela em que se grafarão palavras destinadas ao consolo de toda a
comunidade, e o menino que te obriga a pesadas noites de insônia pode trazer
consigo o trabalho de auxílio providencial a um povo inteiro.”¹
Assim, também, o nosso trabalho junto à Natureza, através da
plantação, da limpeza, da proteção a ela, pode transformar-se em manancial de
alimentos a sustentar o planeta, porque todos os bens materiais que o Pai
entregou ao homem, para seu progresso, podem, em suas mãos, transformar-se em
instrumentos de benefício ou destruição, pois tudo e todos produzem alguma
coisa.
Emmanuel ilustra, de maneira bem interessante, essa
colocação ao afirmar que pedras produzem asperezas; espinhos, dilacerações; e
lama, sujidade. Como podemos ver, a Natureza produz sempre. O problema está na
maneira como o homem se utiliza desses recursos. Se produzimos para o bem,
esses recursos transformam-se em instrumentos valiosos; entretanto, cada
criatura produzirá em conformidade com os agentes que a inspiram. Por exemplo:
o delinquente produz o desequilíbrio; o preguiçoso produz a miséria e o
pessimista produz o desânimo. Desse modo, onde estivermos, estaremos produzindo
de acordo com as influências a que nos afeiçoamos, e servindo de exemplo
àqueles que estejam sintonizados a nós.²
Seguindo essa linha de pensamento, cabe perguntar: Como
produzir frutos de paz e aperfeiçoamento, regeneração e progresso, luz e
misericórdia? A resposta vem sem muito esforço: Seguindo os passos de Jesus, se
nos dizemos Seus seguidores. Como produzir alguma coisa sem a seiva essencial?
A resposta vem do próprio Jesus: “Permanecei em mim e eu permanecerei em
vós. Como não pode o ramo produzir frutos de si mesmo, se não permanecer na
videira, assim nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim”.³
Jesus está conosco em todas as posições da vida. Nossa obra,
hoje, é o serviço que Deus nos deu para realizar. Façamos tão bem, quanto
esteja em nossas possibilidades, a obra parcial confiada a nós, porque a maior
parte é trabalho do Criador.
Bibliografia:
1 – XAVIER, F. C. - Palavras de Vida Eterna –
ditado pelo Espírito Emmanuel, 20. ed., CEC – UBERABA/MG - 1995, lição 82.
2 - Idem, lição 103.
3 – JOÃO, 15:4.
4 – XAVIER, F. C. - Fonte Viva – ditado pelo
Espírito Emmanuel, 31ª. ed., Federação Espírita Brasileira, RIO DE JANEIRO/RJ –
2005, lição 146.
Imagem ilustrativa
quinta-feira, 26 de junho de 2014
Ação e Reação nos cinemas
No dia 3 de julho, quinta-feira, estreia nos cinemas o filme Causa e Efeito. O tema é pertinente aos diversos desafios atuais enfrentados pela sociedade humana, exatamente no que diz respeito às ações e reações ou consequências de atitudes, posturas e desdobramentos, nem sempre saudáveis, que se refletem no tempo.
Afinal, a pergunta que sempre fica: há um destino traçado? Como encarar os extremos que todos vivemos na área do intelecto, da moralidade, do equilíbrio ou desequilíbrio emocional e psicológico e mesmo da diversidade social tão gritante que emoldura a vida humana?
E os acidentes, as tragédias, as doenças terminais, as deficiências físicas e mentais, as limitações e carências que caracterizam a vida humana? De onde as causas de tantas diferenças? E a diversidade dos desdobramentos de cada atitude, fato ou circunstância?
O tema é empolgante e lembra uma realidade patente: há uma causa que se desdobra num efeito imediato ou remoto, com desdobramentos infinitos no tempo. E por outro lado há igualmente várias causas que se desdobram num único ou vários efeitos, envolvendo uma vida única ou entrelaçando outras vidas. Como entender a complexa questão?
A temática faz pensar, provoca reflexões de abundância e levanta questões que sempre estão presentes nos debates e perguntas que se multiplicam conforme avança a sociedade humana com seus complexos e desafiadores degraus da história humana.
E mais interessante porque cada caso é um caso. Não há dois idênticos e muitos deles se entrelaçam ou em muitos outros casos em nenhum ponto se encontram.
É a lei de causa e efeito. Agora todo o manancial teórico da velha questão foi transformado em filme, numa síntese para provocar reflexão expressiva naqueles que assistirem a produção. E não se pense que os efeitos ou desdobramentos são sempre desagradáveis ou desastrosos. Em absoluto. Muitas vezes os efeitos são saudáveis, construtivos ou de extraordinário benefícios individuais ou coletivos, a depender, é claro, da causa ou causas iniciais que motivaram o efeito no tempo. Claro! Afinal, o cuidado, a prudência, as boas ações e iniciativas com responsabilidade e bondade só podem mesmo gerar efeitos que trazem felicidade. No mesmo sentido, alcança-se o lado oposto. Negligência, vícios, perversidade, descuidos e leviandades só podem gerar más consequências.
Para motivar o leitor, apresento a sinopse: O policial Paulo levava uma vida bastante tranquila com sua família, sendo casado e tendo um filho. No entanto, em um determinado dia, sua família é atropelada por um motorista bêbado. O culpado pelo crime não foi preso, e Paulo decide fazer justiça com suas próprias mãos, acabando com todos aqueles que a quem considera criminosos. Eis que Paulo é contratado para assassinar uma jovem, porém, ele não consegue concluir a missão e resolve fugir com sua “vítima” para tentar protegê-la. Paulo se apaixona por ela e ambos decidem reajustar suas vidas. E aí procuram ajuda, o que traz o desdobramento da produção cinematográfica.
Não deixe de ver. E se possível peça a exibição do filme em sua cidade ou em Shopping próximo. Afinal, com os desafios pessoais e sociais intensos da atualidade, o filme traz um bom momento para pensar sobre as razões e finalidade de viver e construir o próprio equilíbrio.
Orson Peter
Carrara
sábado, 21 de junho de 2014
Aos fiéis a Allan Kardec
Sendo todo Espírito um livre-pensador, como designou Allan Kardec, é natural
que existam diferentes vertentes de pensamento e entendimento dos seus ensinos,
que cintilam em torno do que trouxeram os Espíritos responsáveis pela
Codificação da Doutrina Espírita.
Encontramos, porém, alguns que, mesmo considerando-se espíritas, insistem equivocadamente em caminhar professando Espiritismo longe
das bases em que ele foi edificado.
Quando aprendemos Espiritismo, cultivando as bases da
racionalidade e do bom senso, geralmente somos impulsionados a nos colocar como
opositores a todas as manifestações contrárias ou doutrinariamente distorcidas.
Aprendemos com Léon Denis, em sua magistral obra “No
Invisível”, que “Saber é o supremo bem, e todos os males provêm da ignorância”.
Assim, devemos respeitar essas diferenças e apenas aguardar que o
amadurecimento natural das ideias, promovido pelo despertar da consciência,
ocorra.
Combater esses conceitos equivocados causa mais ajuda para
que eles prossigam, do que ignorá-los, pois combater é uma maneira de divulgar.
Para que um livro alcance grandes cifras de vendagem, basta
correr o livre boato de que: “É bom não ler...”, que rapidamente todos se
sentem impelidos a comprá-lo num impulso destituído de razão.
Diante dos que professam Espiritismo sem comprometimento,
nos detenhamos a prosseguir com Kardec.
Aos que escrevem oferecendo informações que não podem ser
defendidas pelo bom senso, divulguemos Kardec.
Em resposta às divulgações que multiplicam falsas novidades,
iluminar com Kardec.
Claro que devemos oferecer esclarecimento aos que buscam
orientação correta, porém, os divulgadores descomprometidos não querem
respostas, mas sim, divulgar suas certezas fundadas na ficção do pouco estudo.
Verdadeiramente comprometidos com Kardec, são aqueles que
não dispõem de tempo para atacar ou combater o que é frágil e será consumido
inevitavelmente pela Lei do Progresso.
As trevas nunca consumiram as trevas, mas o poder luminoso
das ideias edificantes se soma e absorve, ao invés de eliminar, a escuridão da
ignorância.
Desavisados, muitas vezes, servimos aos interesses que
desejamos combater e gastamos vitalidade e tempo na direção contrária aos
objetivos esclarecedores.
Divulgar o mal é servi-lo, e trabalhar para o esclarecimento
é acender a luz da solidez espírita, comprometidos com aquele que foi
instrumento para trazê-la ao mundo e respeitar com silêncio os que caminham sem
esse entendimento.
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