“Se vós estiverdes em mim e as minhas palavras estiverem em
vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” – Jesus (João, 15:17.)
O homem vulgar passa grande parte da sua existência queixando-se ou sentindo-se
em lugar impróprio às suas aspirações ou aptidões, e pensando, mesmo, que suas
atividades não são importantes. Entretanto, mister se faz que nos lembremos de
que as leis de Deus colocam cada um de nós nas condições em que melhor podemos
produzir e aprender para não incorrermos nos mesmos antigos enganos. Em
verdade, estamos sendo protegidos de nós mesmos.
Desejando maiores responsabilidades – de preferência as que
nos exponham à admiração pública - e imaginando que as criaturas colocadas
nessas posições usufruem mando especial ante a Providência Divina, não nos
damos conta de que cada criatura traz, ao nascer, uma tarefa particular e
intransferível, que a coloca no lugar certo, na família ideal e no melhor
trabalho para o seu progresso evolutivo. Não importa se sob as luzes da ribalta
ou no mais obscuro lar, a tarefa de cada um de nós é de suprema importância na
execução do plano universal de Deus. “A folha de papel que te sai das mãos pode
ser aquela em que se grafarão palavras destinadas ao consolo de toda a
comunidade, e o menino que te obriga a pesadas noites de insônia pode trazer
consigo o trabalho de auxílio providencial a um povo inteiro.”¹
Assim, também, o nosso trabalho junto à Natureza, através da
plantação, da limpeza, da proteção a ela, pode transformar-se em manancial de
alimentos a sustentar o planeta, porque todos os bens materiais que o Pai
entregou ao homem, para seu progresso, podem, em suas mãos, transformar-se em
instrumentos de benefício ou destruição, pois tudo e todos produzem alguma
coisa.
Emmanuel ilustra, de maneira bem interessante, essa
colocação ao afirmar que pedras produzem asperezas; espinhos, dilacerações; e
lama, sujidade. Como podemos ver, a Natureza produz sempre. O problema está na
maneira como o homem se utiliza desses recursos. Se produzimos para o bem,
esses recursos transformam-se em instrumentos valiosos; entretanto, cada
criatura produzirá em conformidade com os agentes que a inspiram. Por exemplo:
o delinquente produz o desequilíbrio; o preguiçoso produz a miséria e o
pessimista produz o desânimo. Desse modo, onde estivermos, estaremos produzindo
de acordo com as influências a que nos afeiçoamos, e servindo de exemplo
àqueles que estejam sintonizados a nós.²
Seguindo essa linha de pensamento, cabe perguntar: Como
produzir frutos de paz e aperfeiçoamento, regeneração e progresso, luz e
misericórdia? A resposta vem sem muito esforço: Seguindo os passos de Jesus, se
nos dizemos Seus seguidores. Como produzir alguma coisa sem a seiva essencial?
A resposta vem do próprio Jesus: “Permanecei em mim e eu permanecerei em
vós. Como não pode o ramo produzir frutos de si mesmo, se não permanecer na
videira, assim nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim”.³
Jesus está conosco em todas as posições da vida. Nossa obra,
hoje, é o serviço que Deus nos deu para realizar. Façamos tão bem, quanto
esteja em nossas possibilidades, a obra parcial confiada a nós, porque a maior
parte é trabalho do Criador.
Bibliografia:
1 – XAVIER, F. C. - Palavras de Vida Eterna –
ditado pelo Espírito Emmanuel, 20. ed., CEC – UBERABA/MG - 1995, lição 82.
2 - Idem, lição 103.
3 – JOÃO, 15:4.
4 – XAVIER, F. C. - Fonte Viva – ditado pelo
Espírito Emmanuel, 31ª. ed., Federação Espírita Brasileira, RIO DE JANEIRO/RJ –
2005, lição 146.
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