sábado, 19 de julho de 2014

A conspiração do silêncio em torno do Espiritismo


Mesa inter-religiosa no V Congresso Brasileiro de Pedagogia Espírita e II Congresso Internacional de Educação e Espiritualidade, promovido pela Associação Brasileira de Pedagogia Espírita (abril de 2014)
Resolvi escrever no meu blog esse desabafo porque é necessário pelo menos que aqui, num terreno meu, e livre, eu possa dizer tudo o que penso e me seja garantida uma escuta honesta.
Há uma conspiração do silêncio de 150 anos em torno do Espiritismo e eu, como militante da ideia  emancipadora da Pedagogia Espírita, sofro na pele diariamente esse silenciamento em forma de censura, de boicote, de patrulhamento ideológico, de que aliás, os próprios espíritas, muitas vezes fazem parte, por medo, covardia e por falta de entendimento do que o Espiritismo representa.
Kardec foi banido da cultura do século XIX, juntamente com todos os que o sucederam em pesquisas sérias a respeito dos fenômenos espíritas, como Crookes, Geley, Lodge, Zöllner, Lombroso, Conan Doyle e tantos outros. Se estes continuam a ser respeitados nos domínios do conhecimento cientifico em que se destacaram – as biografias, os artigos científicos, as divulgações de seus nomes omitem sutilmente que eles tenham se envolvido com esse modismo ultrapassado do século XIX e início do século XX.
Claro, se entendermos o Espiritismo como mais uma religião, piegas, retrógrada, desatualizada em relação aos avanços do pensamento contemporâneo, enfim uma idéia ultrapassada do século XIX, não há como não manter um desprezo em relação a essa corrente de pensamento, a Kardec e a tudo o que vem com o qualificativo de espírita. E quando se silenciam os cientistas que pesquisaram e os pensadores que filosofaram é o que vai ficar mesmo do Espiritismo. Porque é verdade que o movimento espírita no Brasil muitas vezes apresenta exatamente esse perfil, movido por um mercado editorial altamente comercial, que publica majoritariamente hoje livrinhos de auto-ajuda e romances sem nenhuma consistência literária ou filosófica.
Então, para as pessoas que guardam essa imagem do Espiritismo, não adianta eu falar que fiz minha tese sobre Pedagogia Espírita na USP, patrocinada pelo CNPQ; não adianta explicar que temos uma proposta de inter-religiosidade; não adianta fazer 5 magníficos congressos brasileiros de Pedagogia Espírita e dois inesquecíveis congressos internacionais de Educação e Espiritualidade, colocando a Pedagogia Espírita em pé de igualdade com outras pedagogias, em diálogo com elas, como a Waldorf, a de Paulo Freire, a de Montessori, a anarquista e tantas outras, que foram representadas nesses congressos!
Não adianta um trabalho sacrificial de 10 anos de ABPE e 16 de Editora Comenius justamente tentando resgatar o próprio Espiritismo como uma proposta cultural, como uma espiritualidade universalista, como um pensamento progressista e atual, filosófica e cientificamente consistente!
O que acontece? Tivemos eu e o Alessandro Cesar Bigheto um livro de Filosofia para o ensino médio avaliado duas vezes por ineletctualóides patrulheiros de uma universidade pública, para entrar como livro a ser adotado pelo governo para as escolas públicas. E qual a primeira objeção feita ao livro (o que dá para perceber que o restante é procura de pelo em ovo!)? É que em 400 páginas, mencionamos uma vez o nome de Kardec, como um pensador do século XIX. Mas mencionamos também Dalai Lama, Leonardo Boff, Confúcio, Lao Tsé, Madre Teresa de Calcutá – porque o livro é interdisciplinar e plural e pretende dialogar com várias árias e correntes. Mas como mencionamos uma vez Kardec, é proselitista! E estamos fora do programa do governo.
Essa postura vem de fora, dos não-espíritas, acadêmicos, que vivem em seus feudos dogmáticos (marxistas, freudianos, lacanianos, piagetianos……) que sentem um absoluto desprezo pelo pensamento espírita e nem sequer se dão ao trabalho de pesquisar e ver que existem intelectuais dignos que defendem essa corrente. Podem aceitar um Leonardo Boff, que nunca deixou de ser católico. Mas torcem o nariz para um Herculano Pires ou uma Dora Incontri.
Eu já presenciei uma banca da Unicamp brigar na minha frente se eu deveria ser aceita ou não num concurso de professores, pelo fato de eu ter como um dos meus objetos de pesquisa o Espiritismo. E eu já era doutora e pós-doutora pela USP. Claro que não passei no concurso. Mas claro que, como em todo processo de discriminação, seja com negros, mulheres, homossexuais, a coisa é velada. Se forem indagados, os examinadores dirão que havia melhores candidatos, etc.
E quando vamos divulgar nossos eventos? Já o tema de espiritualidade encontra resistência! Mas se sabem que a Associação Brasileira de Pedagogia Espírita que está promovendo um evento, mesmo que não tenha nada a ver com o Espiritismo, qualquer divulgação nos meios de comunicação nos é vedada. Mas não ocorre o mesmo se há um evento na PUC (que é católica) ou na Universidade Mackenzie (que é presbiteriana).
Para esse patrulhamento ideológico, para que os espíritas não tenham uma voz na sociedade – digo uma voz consistente e respeitada, no pensamento acadêmico, nos meios de comunicação e não aparecer com idéias chinfrins que nem espíritas são, como crianças índigo em novela da Globo – unem-se ateus, marxistas, evangélicos, católicos… todos excluem o espiritismo e se negam terminantemente a nos dar uma voz.
Mas o pior não é isso! Os próprios espíritas assumem esse papel, de calar outros espíritas que estejam trabalhando para marcar um espaço de atuação do Espiritismo na sociedade, a partir de uma visão progressista, plugada no mundo.
Quando entrei com minha tese sobre Pedagogia Espírita na USP, depois de 5 anos de tentativas, quem me ajudou foi um católico e uma judia. Professores titulares espíritas, a quem eu havia pedido para serem meus orientadores, fugiram da raia. Felizmente, honrei a confiança com que esses professores me ajudaram e minha pesquisa foi financiada pelo CNPq, tendo todos os relatórios aprovados, sem nenhum reparo. Não estou dizendo isso para me gabar, mas apenas para pontuar que o trabalho tinha respaldo e coerência.
Veja-se outra experiência nossa: pessoas amigas, espíritas, que freqüentam nossos eventos, e nos elogiam e usam nossos materiais, promovem eventos grandes e pequenos de educação e não nos convidam. Outros fazem projetos, diálogos, reportagens, que contam com nosso apoio, e não nos mencionam.
E o que eu já tive de ouvir de inúmeras pessoas, inclusive próximas, amigas, parceiras, que me aconselharam a não usar o nome espírita na Pedagogia que propomos! Então, em vez de vencer o preconceito e quebrar o boicote, devemos ceder? Esconder a nossa identidade? Ou estão os próprios espíritas convencidos de que o Espiritismo é um discurso atrasado, um positivismo do século XIX ou uma ingenuidade filosófica?
É claro que todo esse silenciamento e esse boicote têm conseqüências práticas muito óbvias: a dificuldade de nos mantermos financeiramente e levarmos adiante a proposta. Hoje, mata-se uma idéia, deixando-a a míngua de recursos financeiros.  E a conspiração do silêncio tem essa função.
Será que estamos falando grego, perguntou uma querida amiga minha? Será que não dá para entender que estamos falando a partir de um lugar? O lugar é o Espiritismo compreendido como um projeto cultural, filosófico e sobretudo pedagógico, que tem direito à cidadania acadêmica, que tem representatividade social para aparecer na mídia, que tem consistência teórica para dialogar com outras correntes de idéias! Que a Pedagogia Espírita caminha em diálogo com as pedagogias mais avançadas da atualidade (quem promoveu um congresso para mostrar isso fomos nós mesmos, mas os que participaram e gostaram e se beneficiaram dessa participação, nem sempre reconhecem nosso valor)! Não dá para notar que não queremos doutrinar ninguém no Espiritismo, tanto que em nossos congressos falam pessoas de todas as religiões, budistas, islâmicas, judeus, afro-brasileiros e também marxistas e ateus?… Quem tem essa postura plural em nossa sociedade? As universidades não têm! As religiões não têm. E nós temos e não somos respeitados e valorizados por isso! Obviamente que há pessoas e grupos que reconhecem isso e nos apóiam! Não quero parecer ingrata com esses. Mas o boicote é grande.
Enfim, desabafo aqui, apenas para desabafar, porque o silêncio provavelmente deve continuar. Por isso, grito: Temos o direito de ser, de existir e de marcar um território de influência na sociedade.

Dora Incontri

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sábado, 12 de julho de 2014

Agenda Espírita Brasil entrevista André Marouço, diretor de Causa e Efeito


A equipe da Agenda Espírita Brasil teve a honra de entrevistar André Marouço, diretor do filme Causa e Efeito, que estreou no último dia 03 de julho nos cinemas de todo o Brasil. Confira a entrevista: 

Agenda Espírita Brasil: Qual sua relação com o Espiritismo? Você frequenta alguma casa, faz leituras, desenvolve algum trabalho?

André Marouço: Sou espírita desde os 19 anos de idade, tenho estudado essa maravilhosa doutrina e isso tem sido essencial nesta minha existência. Sou expositor do Curso de Doutrina do Centro Espírita Nosso Lar Casas André Luiz, e trabalho como médium em reunião mediúnica. 

Agenda Espírita Brasil: Conte-nos um pouco sobre a experiência de dirigir um filme de temática espírita, pela segunda vez, e como isso se diferencia da direção de filmes de outra natureza. 

André Marouço: Sou profissional de audiovisual mesmo antes de me tornar espírita, porém, o cinema é uma área nova em minha vida, tenho me dedicado a esta arte, desde O Filme dos Espíritos, e não tenho interesse algum em fazer cinema que não esteja associado com a doutrina dos espíritos, entendo que essa é uma excelente oportunidade de acelerarmos a divulgação do Consolador Prometido. Em relação às diferenças, eu diria que a principal diferença é na captação de recursos, as empresas não aportam recursos para obras espíritas por temerem sofrer antipatia aos seus produtos, marcas e serviços por parte de outros grupos religiosos, assim geralmente as empresas que patrocinam os filmes espíritas quase sempre são aquelas cujos donos são espíritas. No mais, entendo eu que a forma como se faz é a mesma que como é feito com o cinema em geral, com a vantagem que percebemos o apoio da espiritualidade maior o tempo todo. 

Agenda Espírita Brasil: Você poderia nos contar quais foram as motivações iniciais que levaram ao desenvolvimento desta obra cinematográfica? 

André Marouço: Essencialmente o amor que tenho pela doutrina espírita e pelo cinema, o SET de filmagem de um filme espírita, embora seja um ambiente turbulento, afinal é sempre pouco dinheiro e muitos desafios, mas ainda assim, para mim é o melhor lugar do mundo e é ali que me sinto mais vivo e produtivo. 

Agenda Espírita Brasil: Você mescla cotidiano, temas atuais e a doutrina espírita, no enlaçamento de causas e efeitos, em uma grande rede, na lógica da reencarnação. Esse formato permite inovações de roteiro e direção? 

André Marouço: Sim, sempre, especialmente de roteiro, quanto à questão direção entendo que como quase sempre os recursos ainda são contados, não podemos inovar muito, aliás, quando o filme é lançado a crítica especializada em cinema não poupa ataques as nossas obras, exatamente por não podermos contar com os melhores recursos técnicos, dessa forma, ficamos com a história (roteiro) e com a atuação e entendo que assim será até que o mundo empresarial acorde para a necessidade de patrocinar obras como estas que não tem qualquer interesse de conversão de fiéis, mas sim de iluminação de mentes e corações. 

Agenda Espírita Brasil: “Causa e efeito” é um filme de espíritas, para espíritas ou sobre espíritas? 

André Marouço: Causa e Efeito é um filme espírita para espíritos, antes de tudo trata-se de uma obra de entretenimento, as pessoas vão assistir Homem Aranha e ninguém acredita que pode sair jogando teias e escalando edifícios, com nosso filme se dá o mesmo, se os espectadores não acreditarem na comunicabilidade com espíritos, na reencarnação. Ainda assim se emocionarão com a trama, mas o diferencial é que, além disso, deixamos uma reflexão acerca dos grandes ensinamentos que a doutrina deixa para os espíritos que assistirem a obra. 

Agenda Espírita Brasil: O ecumenismo é uma das tônicas do filme. A mensagem da comunhão e do diálogo entre as crenças aparece de que forma na película? 

André Marouço: Vivemos em um mundo que após séculos e mais séculos tem vivenciado as guerras em “nome de Deus”. No Brasil, embora convivamos com uma aparente convivência pacífica entre religiosos, sabemos que o sectarismo faz ainda hoje seus estragos, assim desejamos inserir na trama estes três religiosos, com crenças distintas, mas que se unem para mitigar a dor humana. Acho eu que aquilo que une os religiosos é muito maior daquilo que os separa, eu posso não acreditar nos dogmas católicos, ou no juízo final dos evangélicos e eles, por sua vez, podem não acreditar na reencarnação, mas todos nós cremos e respeitamos uma força que aprendemos a chamar de Deus e todos cremos que o caminho da religião é o do amor, dessa forma, o filme traz essa proposta de reunião entre os filhos do Altíssimo. 

Agenda Espírita Brasil: A justiça com as próprias mãos, tema que está em alta por conta dos linchamentos recentes, figura nas temáticas do filme. Você acha que o filme trará uma reflexão nesse sentido? 

André Marouço: Sim, acredito e esse foi o intuito, a justiça dos homens, em seus tribunais dirigidos por leis bem fundamentadas e por homens e mulheres, altamente conhecedores dos meandros jurídicos, muitas vezes, acabam por cometer erros em julgamentos cercados de cuidados, imaginem quando se decide pelo julgamento sumário e passional? De outro lado, o filme mostra o lado psicológico obscuro do personagem que afundou no desejo de vingança entendendo ser isso uma justiça, da forma como apresentamos a trama, deixamos bem claro a importância dos tribunais humanos e, além disso, a perfeição da lei divina que não deixa nada nem ninguém impune. 

Agenda Espírita Brasil: Você é uma pessoa de causas ou de efeitos? 

André Marouço: Todos somos seres de Causa e Efeito, a nossa Causa é o criador que nos fez simples e ignorantes e tem nos dado o suporte para evoluirmos através das sucessivas encarnações e o efeito somos nós, seres a caminho da luz. No meu dia a dia, tento lutar uma guerra santa, uma guerra contra as minhas más inclinações, às vezes venço e o efeito é o amor, às vezes perco e experimento a dor educativa, assim é com toda a humanidade. 

Agenda Espírita Brasil: A temática espírita obteve boas bilheterias do público nos cinemas e isso tem atraído a atenção das pessoas às casas espíritas, aos livros da doutrina etc. Que possibilidades você vê nessa nova forma de divulgação da doutrina e que excessos você pensa que devemos nos preocupar? 

André Marouço: Enquanto os filmes estiverem sendo produzidos por instituições e pessoas sérias a temática vai adiante, mas para que isso aconteça é necessário que o público espírita compareça massivamente nas salas de cinema já na estreia desses filmes. Quanto às preocupações em relação às obras, entendo que elas devem ocorrer, especialmente através da chancela da casa máter do Espiritismo no Brasil. Se a FEB apoia um filme, entendo que aos espíritas cabem seguir esse apoio, se ela não o fizer, apoiemos com ressalvas, ou seja, assistimos antes e então decidimos se cabe ou não o nosso apoio. 

Agenda Espírita Brasil: Quais são seus próximos projetos no cinema?  

André Marouço: Estamos trabalhando no primeiro documentário espírita sobre a vida e obra de Jesus, o título é “Nos Passos do Mestre” e esperamos lançá-lo no ano que vem. 



Agenda Espírita Brasil: Deixe uma mensagem final para quem ainda não assistiu ao filme. 

André Marouço: Há três anos nós temos trabalhado neste filme e acreditamos que um filme espírita se faz através de um tripé: 1) Os espíritos superiores nos inspiram a história, nos ajudam na busca de recursos, encaminham os profissionais que farão o filme ir adiante; 2) Os encarnados técnicos e artistas arregaçam as mangas e lutam anos a fio para fazer com que a obra chegue aos cinemas; 3) Os espíritas recebem o filme e levam-no adiante, lotando as salas, organizando caravanas. As duas primeiras partes desse tripé fizeram a sua parte, acreditamos que a terceira parte também fará.




Marcus Vinicius de Azevedo Braga
acervobraga@gmail.com
Rio de Janeiro, RJ (Brasil) 
Fonte:http://www.agendaespiritabrasil.com.br/2014/07/09/entrevista-andre-marouco/ 

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domingo, 6 de julho de 2014

Ação e Reação


Será que Deus é culpado por nossa vida não correr da forma que gostaríamos?
Será que Deus nos pune?
Ou será que a sorte anda desviando do nosso caminho?
Relacionamentos amorosos sem sucesso, vida financeira difícil, saúde corporal lastimável, entre tantas outras dificuldades que surgem em nossa vida.
Quem será o culpado por tantas infelicidades?
Geralmente procuramos identificar sempre alguém ou algo para nós apontarmos.
“Eles” são o nosso problema.
E então quem é o culpado ?
No universo, tudo está intimamente relacionado, numa sequência de ações que desencadeiam reações de igual intensidade. Deus é infinitamente justo e bom, e nada ocorre que não seja a Seu desígnio. Não existe ocorrência do acaso ou sem uma causa justa. Cada evento ocorre de forma natural, planejada e lógica.
E como sabemos que o Universo é regido por Leis, seria melhor estudarmos a respeito de uma lei muito conhecida no meio espírita. A tão falada Lei de Causa e Efeito. Nesta lei encontremos quem é o responsável por temos uma vida repleta de alegrias ou tristezas.
Todos somos responsáveis por cada um dos eventos que ocorrem em nossas vidas, sejam estes eventos bons, ou aparentemente terríveis. Neste contexto, não existem vítimas. O que aparentemente não tem explicação é porque nos falta alcance para compreensão da real origem de cada acontecimento.
Se buscarmos em nós mesmos, em nossas próprias atitudes, quase sempre encontraremos a causa de todas as nossas mazelas, porém, caso não a encontremos a primeira vista, isto não significa que ela não exista, pois não existe efeito sem causa. Muitas vezes, as causas dos males que nos acometem podem encontrar-se num passado distante, em existências anteriores, momentaneamente inacessíveis pelo véu do esquecimento.
Pela lei de causa e efeito, o homem pode compreender a causa de seus sofrimentos, e de todo o mal que aflige a humanidade, e pode acima de tudo conhecer e amar um Deus justo e racional, que dá a cada um segundo suas obras.

André Luiz Zanoli

Imagem ilustrativa