quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

A incrível história de James Huston Jr.


Gosto muito de visitar livrarias nos shoppings. É visita obrigatória e extremamente prazerosa passear no meio dos livros, admirar a arte das capas, pesquisar os lançamentos, verificar os temas e deparar-me os assuntos em destaque no extenso e variado mercado livreiro no Brasil.Em viagem recente lá estava eu no meio dos livros novamente. Deparei-me com o livro de Bruce e Andrea Leininger, pais do menino James. O livro tem o sugestivo nome de A Volta. Foi traduzido por Claudia Gerpe Duarte e publicado pela BestSeller. Devidamente documentado, através de pesquisas, fotos, depoimentos, tudo começou no dia 1 de maio de 2000, com os gritos repentinos na madrugada do pequeno James, então com apenas 2 anos. Os então considerados pesadelos se transformaram em sonhos reveladores e impactantes para os pais que viram o próprio filho trazer informações e conhecimentos natos de aviões, especialmente os de guerra. As pesquisas de nomes, sobrenomes, dados geográficos, datas, ocorrências, locais e personagens de episódios da 2ª. Guerra Mundial, as sessões de terapia com psicólogos e pesquisadores da questão levaram à constatação de que o pequeno James é a reencarnação do piloto James Huston Jr, abatido por japoneses quando pilotava seu avião de guerra, em 1945. A precisão de datas e nomes mencionados é impressionante. Inclusive há um pequeno trecho de filme no portal youtube com trechos de algumas evidências. E Ken Gross, romancista e escritor de não ficção reuniu tudo isso numa obra de 320 páginas, que encontrei com grande destaque na livraria do shopping. Isso me faz lembrar outro caso verídico, ocorrido nos Estados Unidos, que também virou livro e depois transformado em filme de grande sucesso, face à emoção que transmite. Trata-se do filme: Minha Vida na Outra Vida, já disponível nas locadoras. No caso uma mãe começa também em sonhos a ter visões que ela constata depois tratar-se recordação de vidas passadas, que se comprova com documentos e vasta pesquisa e que culminam no encontro com os filhos, agora idosos, da existência passada, quando os deixou pequenos. Se você está querendo algo para se emocionar bastante, não deixe de ver o filme. É que a temática reencarnação está na mídia. Novelas, filmes, livros, peças teatrais abordam hoje o assunto com a maior naturalidade, face à coerência de seus fundamentos. Pesquisadores e cientistas hoje a estudam com profundidade, havendo evidências muito acentuadas de sua realidade. Exatamente para entender o porquê de tantos extremos humanos – no intelecto, na moral, na psicologia, no emocional e especialmente nas condições em que nascem e vivem, nas diferenças que apresentam. Há estudos avançados, inclusive, na questão das impressões digitais e na grafoscopia. Por outro lado o crescente número de crianças prodígio é outro desafio para a ciência. Como explicar a ocorrência de crianças que nascem e precocemente apresentam conhecimentos e habilidades avançadas, sem terem aprendido? Privilégio de nascimento não é justo porque contraria o senso de justiça do Criador. A resposta lógica está no aprendizado em existência anterior, o que vem merecendo especial atenção da ciência. Por tudo isso, é assunto que merece atenção e respeito para não ser confundido com misticismo e fragilidades intelectuais, afinal aí está a ciência a pesquisar o empolgante tema. E o mais empolgante é que ela, a reencarnação, não ocorre como obra do acaso, mas é fruto de cuidadoso planejamento que visa atender aos programas de aperfeiçoamento do protagonista principal. Isso leva em conta suas carências, traumas, méritos e deméritos, mas também conquistas e habilidades, sempre visando o aprendizado que falta ou o aprimoramento nas áreas em que já acumula experiências. Na verdade, é a caridade de Deus para conosco, que nunca nos fecha as portas dos reajustes, aprendizados, reconciliações e do progresso para construção da felicidade.



Orson Peter Carrara
http://orsonpetercarrara.blogspot.com.br/2015/02/a-incrivel-historia-de-james-huston-jr.html

sábado, 7 de fevereiro de 2015

O Ano Novo e o novo homem


Estamos no segundo mês do ano de 2015,  ocasião  propícia para colocarmos tudo  em ordem e idealizar projetos futuros. Mas que as ideias não fiquem  escritas  no papel ou guardadas na mente e esquecidas, depois. 
Importante é não nos acomodarmos e sairmos em busca do que pretendemos. Como disse Jesus: “o que busca, acha; e a quem bate, abrir-se-lhe-á”. A quem se ajuda, o Céu o ajudará, esclareceu  o Mestre. 
Nestes dias difíceis de lutas e provações, que nos conscientizemos de que Deus conhece as nossas necessidades e a elas provê, conforme o que necessitamos. Vibremos para que os homens dos nossos dias saibam administrar a sua produção segundo as leis de justiça, caridade e amor ao próximo, pois quando a fraternidade reinar entre os povos, o que sobrar para um em determinado momento,  suprirá a necessidade momentânea de outro, e todos terão o necessário. 
Que o destaque a que almejemos seja o de ser  um verdadeiro homem de bem, que pratica a lei de amor e caridade na sua maior pureza, conduzindo as nossas atitudes conforme a nossa fé em Deus e no futuro, encontrando satisfação nos benefícios que distribuímos, na benevolência para com todos, na indulgência para com as fraquezas alheias, no respeito aos direitos dos semelhantes. 
Conscientizemo-nos de que o Espiritismo compreendido, sentido e exemplificado, conduz aos resultados explicitados. Como esclarece o item 4 (Os Bons Espíritas) do capítulo XVII (Sede Perfeitos) de O Evangelho segundo o Espiritismo – Edições FEESP, tradução de Herculano Pires –: não que o Espiritismo crie uma nova moral, “mas facilita aos homens a compreensão e a prática da moral do Cristo ao dar uma fé sólida e esclarecida aos que duvidam ou vacilam”. 
O homem de bem tem  desenvolvidas, no seu dia a dia, duas qualidades essenciais: o dever e a virtude. Sobre o dever, diz a comunicação de Lázaro, no item 7 deste  capítulo:

"O dever é a obrigação moral, primeiro, para consigo mesmo, e depois para com os outros. O dever é a lei da vida: encontramo-lo nos mínimos detalhes, como nos atos mais elevados". 

"O dever é o mais belo galardão da razão; ele nasce dela, como o filho nasce da mãe."

A virtude é tratada no item 8, na comunicação de François-Nicolas-Madeleine:

"A virtude, no seu grau mais elevado, abrange o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Ser bom, caridoso, trabalhador, sóbrio, modesto, são qualidades do homem virtuoso”.

É também  conclamada no item 10 (O homem no mundo) - comunicação de um Espírito Protetor: 

"A virtude não consiste numa aparência severa e lúgubre, ou em repelir os prazeres que a condição humana permite. Basta referir os vossos atos ao Criador, que vos deu a vida. Basta, ao começar ou acabar uma tarefa, que eleveis o pensamento ao Criador, pedindo-lhe, num impulso da alma, a sua proteção para executá-la ou a sua bênção para a obra acabada. Ao fazer qualquer coisa, voltai o vosso pensamento à fonte suprema; nada façais sem que a lembrança de Deus venha purificar e santificar os vossos atos".

Altamirando Carneiro
alta_carneiro@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)

Imagem ilustrativa

sábado, 31 de janeiro de 2015

O filme dos Espíritos

A frequência melhora a frequência


Às vezes, em meio à corrida da rotina, enquadramos as atividades espíritas de forma mecânica em nossas atribuições, como um compromisso a ser cumprido em meio a tantos outros.
E por vezes, ainda, esse compromisso disputa com outros, profissionais, familiares, de lazer, o que redunda em uma frequência baixa a casa espírita e as suas atividades. Às vezes, de forma sazonal, nos vemos envolvidos em uma ciranda de eventos e pouco “damos as caras” no centro.
Aí, vai uma vez à palestra e falta na outra. Chega só na hora do passe... Comparece esporadicamente aos grupos de estudos, em uma vivência burocrática da atividade espírita.
Vamos, assim, administrando a relação com a casa espírita, de forma morna, no que entendemos ser uma vivência religiosa formal, de prática superficial.
A frequência à casa espírita, para além de uma assiduidade protocolar, necessita do envolvimento, do sentimento nas atividades ofertadas, elevando o padrão da nossa casa mental, de nossas vibrações.
A frequência à casa espírita melhora a nossa frequência mental!
A casa espírita é uma oficina bendita que nos oferece diversos campos de ação e estudo, em horários diversos, para perfis múltiplos, e se apresenta como opção integrativa de estudo e vivência do Espiritismo. Muito mais do que divulgar a doutrina espírita, a casa espírita tem o potencial de se tornar uma forja do homem de bem!
Lá fazemos amigos, ouvimos certas verdades, participamos de atividades como agente e paciente, estudamos em grupo no debate salutar, tudo isso em um espaço de crescimento que nos torna melhores, sustentando o nosso ideal cristão nas lutas semanais, fora da casa espírita.
Cabe-nos ter coerência nos papéis... Para isso, necessitamos ser bons espíritas no lar, na escola, na rua, no trabalho, nas diversas roupagens sociais, ainda que na casa espírita busquemos mostrar o nosso melhor, esse nosso melhor deve se espraiar pela vida cotidiana, como uma chama a nos conduzir.
Não defendemos aqui a hipocrisia de máscaras na casa espírita, ou, ainda, que a pessoa se insule no centro vinte e quatro horas por dia, em uma clausura kardequiana, fugindo do mundo perverso, ignorando os outros papéis para os quais ela reencarnou. A doutrina não prevê isso, ela surge como instrumento de superação da formalização pela essência!
Defendemos a casa espírita como espaço de espiritualização, de estudo e de trabalho, desenvolvendo a nossa dimensão “espírito”, na tarefa árdua de construção do homem de bem. E para tal, ela oferece instrumentos diversos!
Entretanto, para isso são necessários: a presença, a adesão, o envolvimento. Ainda não encontrei uma modalidade de Espiritismo a distância… Faz-se mister o engajamento na casa, para que ela faça parte de nossa vida e vice-versa, em uma construtiva relação que faz, de cada frequentador, melhor a cada dia.
Fica então a reflexão sobre a relação que estamos construindo com o templo espírita que nos acolhe e de como esta relação está nos fazendo melhorar… Grandes, pequenos, distantes, informais… As casas espíritas estão aí, necessitando do nosso olhar atento, dos nossos braços produtivos, assim como nós precisamos de suas bênçãos no fortalecimento espiritual.
Como pássaros tenros, os mentores da casa espírita nos colocam lá, como frágeis galhos que, unidos, compõem um aconchegante e robusto ninho. Nesse feixe de forças, de cá e de lá, é preciso colocar o nosso coração, na infância, na juventude e na madureza, e não apenas na melhor idade, na qual passamos a nos preocupar, compulsoriamente, como o desencarne e a vida espiritual. 

Marcus Vinicius de Azevedo Braga
Residindo atualmente na cidade do Rio de Janeiro, espírita desde 1990, atua no movimento espírita na evangelização infantil, sendo também expositor. Vinculado a Casa Espírita Amazonas Hércules (www.ceah.org.br). É colaborador assíduo do jornal Correio Espírita (RJ) e da revista eletrônica O Consolador (Paraná). É autor do livro Alegria de Servir (2001), publicado pela Federação Espírita Brasileira (FEB) e do Livro "Você sabe quem viu Jesus nascer" (2013), editado pela Editora Virtual O Consolador. 

Imagem ilustrativa