A vida permitiu-nos renascer no Brasil, a querida Pátria que
nos acolhe. A história do país, na colonização, nos embates para a construção
da democracia e mesmo nos gigantescos desafios da atualidade – onde se incluem
a violência e o tráfico, o contraste entre os interesses de variadas ordens e a
corrupção, entre outros itens dispensáveis de serem citados –, também apresenta
os benefícios de um povo aberto, feliz, descontraído, ardente na fé e na
disposição.
É nosso querido Brasil, gigantesco em proporções geográficas
e na diversidade que se apresenta em todos os aspectos! Bendita pátria!
Por outro lado, o país acolheu a Doutrina Espírita como
nenhum o fez. Das sementes germinadas em solo francês, foi aqui que a grande
árvore do conhecimento se fez gigante como o próprio país continental. E nós
temos a felicidade de conhecer essa Doutrina maravilhosa que inspira ações de
caridade – em toda a extensão da palavra –, convivência fraterna e amiga por
toda parte. Apesar das dificuldades e limitações humanas que são nossas,
individuais e coletivas, ele, o Espiritismo, espalhou e espalha seus frutos
pelas mentes e corações que o buscam ou são beneficiados por sua imensa luz.
Estamos no mesmo país que recebeu o cognome de Coração do
Mundo, Pátria do Evangelho, justa e coerente adjetivação para um povo ameno,
solidário, apesar das lutas próprias de nossa condição humana. É aqui que as
variadas expressões religiosas se manifestam para conduzir mentes e corações; é
também nessa terra querida que nasceram ou renasceram almas que conhecemos sob
os abençoados nomes de Irmã Dulce, Zilda Arns, Chico Xavier, Divaldo Franco,
Dr. March, Dr. Bezerra de Menezes, entre tantos outros ilustres filhos que lhe
dignificam o nome, sendo impossível citar todos e mesmo especificá-los por
área, tamanha a variedade e quantidade de benfeitores que aqui vieram e ainda
aqui vivem.
Setembro lembramos a Pátria, desde os tempos escolares.
Setembro também normalmente estamos às vésperas das eleições, como ocorre agora
em 2014. Isso lembra responsabilidade, comprometimento, ética. Afinal, temos um
compromisso com o país, com a coletividade brasileira. Qualquer cidadão está
comprometido com a segurança, com os valores do país, com a obrigação moral da
retidão e da gratidão, que se estendem por ações em favor do bem comum. É o
dever! Não apenas um dever cívico, mas o dever moral para conosco mesmo e para
com o próximo, como indica o Espírito Lázaro em O Evangelho Segundo o
Espiritismo. Aliás, lembrando a Codificação Espírita, há que se ater às Leis
Divinas, didaticamente apresentadas pelo Codificador em O Livro dos Espíritos.
Leis que baseiam-se no amor, diga-se de passagem, mas igualmente são justas e
misericordiosas.
Por tudo isso, a reflexão sobre nosso papel de brasileiros
perante a Pátria Brasileira inclui-se igualmente no dever, ainda que apenas por
gratidão pelo país que nos acolhe, garantindo-nos a paz desse foco irradiador
de trabalho e fé que é o Brasil. Tamanho compromisso dispensa corrupção,
egoísmo e tolas vaidades. Pede-nos, isso sim, trabalho e dignidade, exatamente
pelo alto compromisso que todos temos com a vida e seu significado. O que
significa, em termos de eleições para outubro próximo, o compromisso com a
decência e a escolha consciente sem outros interesses que não os da
coletividade.
Repare o leitor atento que, quando ouvimos o Hino Nacional,
a emoção nos envolve completamente. É o sentimento de compromisso com a missão
da Pátria que integramos. O renascimento no país não é obra do acaso. Indica
comprometimento e programação sabiamente elaborada. Saibamos respeitar e
cumprir o que antes prometemos.
O Brasil tem grande papel a exercer junto à Humanidade.
Filhos dignos, espíritos preparados e nobres estão sempre presentes como
autênticos faróis a conduzir a coletividade. Sejamos daqueles que honram nossa
condição humana e brasileira! Exemplos não faltam.
Por gratidão, ao menos, ao querido e grandioso Brasil!
Lembremo-nos: o planeta construído por Jesus teve na mente e planejamento do
Mestre da Humanidade a inclusão desse país incomparável, onde germinam as doces
brisas do Evangelho.
Orson Peter Carrara
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