Pode parecer ficção científica, mas não é. No Brasil, já é o
3º caso, que se conheça, em que informações ditadas pelos Espíritos, através de
médiuns, são aceites em tribunal, tendo em conta a sua veracidade e
credibilidade. Venha daí conhecer este novo caso.
No Ceará, Brasil, um homem, Galdino Alves Bezerra Neto, de
47 anos de idade, desapareceu em 2011. A sua mãe, D. Maria Lopes Farias,
procurava o filho sem cessar, desde então. Após procurá-lo sem êxito em
Hospitais, Delegacias, Instituto de Medicina Legal, a mãe de desaparecido, que
frequentava um centro espírita, Lar de Clara, em Caucaia, recebeu uma carta
psicografada (ditada por um Espírito e escrita por um médium em transe
espiritual) do avô paterno do jovem, em Outubro de 2014.
“O avô dele escreveu dizendo que eu deixasse de o procurar
em hospital, no IML e fosse a Canindé, mandasse celebrar uma missa, mas antes
eu passasse na Lagoa do Juvenal”, conta a idosa, em entrevista ao programa
Gente na TV, da TV Jangadeiro / SBT, lagoa essa onde encontraria ossadas no
local.
A carta ditada pelo Espírito do avô do desaparecido, levou
Maria até a cena do crime, em Maranguape. Chegando lá, ela soube que, de facto,
uma ossada tinha sido encontrada há algum tempo. “Fui directa à Delegacia de
Maranguape. Cheguei lá e disse que queria saber sobre umas ossadas que tinham
aparecido. Eles deram-me a requisição, eu fui ao IML, fiz o exame e deu
positivo”, conta a mãe. Na delegacia de Maranguape, o caso é investigado pelo
inspector Wellington Pereira, que se surpreendeu com a ajuda inusitada: “Com 32
anos de polícia, é a primeira vez que me deparo com essa colaboração,
justamente de uma carta psicografada, para que a gente pudesse chegar à
identificação de uma ossada humana “, ressaltou.
Segundo o inspector, o inquérito foi reaberto para que se
possa identificar o que aconteceu com o jovem. A ossada foi localizada em
Janeiro de 2013, mas não havia nenhum pista sobre sua identificação. Somente em
Outubro de 2014, a carta psicografada dirigida à mãe, ajudou a dar um Norte ao
caso. Após os exames de DNA, a polícia pôde iniciar as investigações sobre a
morte do desaparecido. Na última terça-feira (19), Maria Lopes voltou à
delegacia de Maranguape, para falar sobre as últimas lembranças que tem do
filho, e como era sua rotina. Apesar da polícia ainda não saber como se deu o
crime, numa segunda carta, enviada pelo próprio filho, este pôde novamente
ajudar no esclarecimento do caso.
“A segunda carta já foi ele mesmo. O avô contou só o básico,
porque ele não estava capaz de escrever. Ele disse que não tinha escrito há
mais tempo, porque não queria me fazer sofrer”, conta a mãe.
Na carta, ele conta que passava de ônibus próximo à Lagoa do
Juvenal e foi atraído pelo local. No relato, ele teria sido vítima de
latrocínio, roubo seguido de morte, e os criminosos teriam escondido o corpo.
Desde meados do século XIX que a Doutrina Espírita (que não
é mais uma seita ou religião) veio matar a morte, ao demonstrar experimentalmente
a imortalidade do Espírito, através da comunicabilidade dos Espíritos, numa
pesquisa rigorosamente científica, levada a cabo por Allan Kardec.
Paradoxalmente, nos dias que correm, ainda existem pessoas
que dizem que “nunca ninguém veio do lado de lá contar como é”, quando essas
comunicações existem desde que o Homem é Homem, e foram comprovadas
experimentalmente em meados do século XIX, conclusões essas que continuam a ser
comprovadas nos tempos que correm, por outros pesquisadores e cientistas não
espíritas.
Numa altura em que cada vez mais a Humanidade busca o seu
Norte, tentando saber de onde vem, para onde vai, o que faz na Terra e qual a
causa de tantas dissemelhanças neste planeta, a doutrina espírita (ou
espiritismo) apresenta-se como uma filosofia de vida que, esclarecendo o ser
humano, consola-o, na medida em que ele entende o porquê da vida e das suas
peculiaridades.
Deixamos aos interessados uma sugestão de leitura, “O Livro
dos Espíritos” de Allan Kardec, que se apresenta como uma monumental obra,
ainda hoje, em 2016, não bem entendida pelo ser humano.
“Nascer, morrer, renascer ainda, progredir sem cessar, tal é
a lei”, é uma frase que encerra o pensamento espírita, que pode dar forte
contributo à sociedade, no sentido de uma maior e mais rápida espiritualização
do ser humano.