terça-feira, 17 de março de 2015
Agir ajudando
“Agir ajudando, criar alegria, concórdia e esperanças, abrir
novos horizontes
ao conhecimento
superior e melhorar a vida, onde estivermos, é o
apostolado de quantos se devotaram à Boa Nova.”
(Emmanuel, no livro “Fonte Viva”, item 69, psicografia de
Francisco C. Xavier.)
De forma alguma, podemos dispensar a prece e a reflexão como
elementos indispensáveis para a nossa alimentação espiritual, tão importante
quanto a alimentação física, para o
nosso equilíbrio, mas ações concretas de trabalho precisam ser desenvolvidas
para que o bem resplandeça na Terra.
É nessa hora que imprescindível se torna a firmeza e a
constância no propósito de servir desinteressadamente em favor do próximo, pois
que, quando agimos na direção do bem-estar alheio, é em benefício de nós mesmos
que estamos trabalhando. As ações edificantes têm o poder magnético de se
misturar com outras ações de idêntico teor e retornar em nossa direção ainda
maior, fortalecendo-nos. O mal também obedece à mesma lei.
Sabendo disso, até por uma questão de bom senso e inteligência,
no limite das nossas forças, será bem melhor fazer o bem, evitando, dentro do
máximo esforço, as atitudes que redundem em prejuízo de alguém.
Para servir ao próximo existem múltiplas formas e maneiras,
mesmo sem recursos amoedados ou materiais, pois que em inúmeras situações o
necessitado pede apenas a nossa boa vontade e o interesse em ajudá-lo.
Se nos solicitam remédios que não temos, podemos recorrer a
farmácias e laboratórios em busca de amostras grátis ou aos nossos armários,
que muitas vezes guardam medicamentos que não mais estamos usando.
Se nos pedem roupas e calçados, não os possuindo, não
estamos impedidos de recorrer à ajuda de parentes e amigos no intuito de
atender a necessidade do irmão em sofrimento.
Se nos imploram interferência para a obtenção de emprego ou
de um favor qualquer, saiamos à procura das nossas amizades e falemos com
sinceridade sobre a carência de quem nos procurou.
Se nos rogam um instante de atenção para ouvir um relato
aflito, paremos um pouco e escutemos o que o irmão tem para dizer, uma vez que
um minuto de conversa pode significar um grande alívio para quem carrega um
vulcão no cérebro e uma represa estagnada no coração.
Se aproximam de nós chamando-nos para compor um grupo de
trabalho que se organiza para socorrer crianças sem rumo, que vivem nas ruas da
indiferença à beira do abismo das viciações, juntemo-nos a esses idealistas e
cooperemos também para a edificação de uma infância equilibrada.
Se somos convidados a servir em instituições que acolhem idosos
sem lar, não percamos tempo, ofertemos algumas de nossas horas buscando
aliviar, um pouco, o drama dos abandonados, para que terminem seus dias com
mais conforto.
De alguma forma, pensemos firmemente em trabalhar pela
construção de um mundo melhor. Atribuir tal responsabilidade somente para os
órgãos oficiais e para o governo é um grande equívoco, pois sem a participação
de todos nós, no oferecimento da nossa quota de trabalho, mesmo que seja
pequena, tudo fica muito mais difícil.
Quando Jesus falou da parábola dos talentos, aplaudiu
aqueles que os multiplicaram com o trabalho e lamentou a decisão de quem o
enterrou no solo, com medo de perdê-lo. Naquele momento o Mestre estava
ensinando à humanidade a não cruzar os braços, esperando que tudo se resolva
por si.
Mesmo que seja um pouco é preciso agir ajudando, para que a
sociedade dos nossos sonhos não tarde a ser formada. Façamos a nossa parte... e
não nos preocupemos se os outros também o fazem.
Waldenir Aparecido Cuin
Votuporanga, SP (Brasil)
Imagem ilustrativa
segunda-feira, 16 de março de 2015
quinta-feira, 12 de março de 2015
A palavra
“Não saia de vossa
boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação,
para que dê graça aos que ouvem”. (Epístola de Paulo aos Efésios, 4:29.)
A possibilidade de comunicação pela palavra articulada é uma
dádiva divina ao homem para que se estabeleça o entendimento universal, haja a
confraternização entre os povos e, com a troca de conhecimentos, ele cresça em
sabedoria.
Ocorre que, infelizmente, essa prerrogativa nem sempre é
compreendida e bem empregada.
O “verbo” que deveria ser utilizado para informar, esclarecer,
ajudar, orientar, consolar, congregar tem servido muitas vezes como agente de
desagregação, de desconforto, de desnorteamento, de embaraço, de enleio, de
ocultação, ou mesmo como instrumento de ferir, de injuriar, de caluniar, de
difamar.
A palavra mal conduzida propicia a discórdia, pode induzir
ao crime, provocar o suicídio e outros tantos malefícios que atormentam a
humanidade.
O ensinamento do Apóstolo Paulo aos Efésios é claro,
preciso, insofismável.
O dom da palavra exige respeito, pois nos foi dado por Deus
e o seu uso deve ser restrito às ocasiões em que possa servir como edificação
de quem fala e de quem ouve.
Felinto Elísio Duarte Campelo
De Maceió, Alagoas
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