segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Aborto é sinônimo de assassinato de um filho pela própria mãe


O aborto é um assunto polêmico, quando não deveria ser, pois é indiscutivelmente um verdadeiro assassinato.
Toda vida que é eliminada por uma ação violenta, seja ela de um vegetal, de um animal ou de um ser humano, dizemos que o ser vivo foi morto por alguém, por um animal ou por um acidente. E quando se trata da de uma pessoa, dizemos que ela foi assassinada. Por isso, me atrevo a dizer que, se alguém mata um embrião, um feto humano, ele comete um assassinato! 
Toda vida, pelas leis naturais, começa no instante da concepção. Assim, biologicamente, nós começamos a existir no preciso momento de nossa concepção ou fecundação. Assim como a criança tem uma fase bem caracterizada de sua existência, ocorrendo o mesmo com o adulto e com o da terceira idade, todos tiveram também as suas fases de embriões e de fetos, que são tão importantes que, sem essas fases, nós não existiríamos. É como no caso de uma jornada. O primeiro passo dela já é uma jornada. Também um grão de milho debaixo da terra quando brota, buscando a luz solar, ele não é mais um grão de milho, mas um pé de milho. Assim, igualmente, quando um espermatozoide se une a um óvulo, formando o embrião, esse embrião já é uma pessoa, tal qual o primeiro passo de uma jornada já é uma jornada, e o grão de milho brotado já é um pé de milho.
A diferença entre uma criança já nascida e a ainda embrião ou feto é que esta está numa fase ainda muito nova, enquanto que aquela já é uma criança numa segunda fase mais adiantada. Assim, pois, os dois seres, o uterino e o extrauterino, são crianças em fases ou momentos diferentes de suas vidas. Uma criança de apenas um ano está num momento diferente daquela que já está com dois anos. Assim também, pela lógica e o bom senso, tanto aquele que elimina a vida de uma criança extrauterina, ou já nascida, e aquele que elimina a vida de uma ainda na sua fase uterina cometem um assassinato.
Um líder religioso evangélico, fazendo uma interpretação forçada dum texto isolado do evangelho, quer dar a entender que Jesus aceita o aborto em alguns casos, quando se referiu Ele a Judas Iscariotes: “Melhor lhe fora não haver nascido” (Mateus 26:24). Uma foto minha aparece destacada em primeiro lugar na janela de “curtir” do site desse líder religioso, que respeito, mas do qual discordo sobre a sua interpretação do citado texto evangélico (http://bispomacedo.com.br/2010/09/03/jesus-fala-sobre-o-aborto).
Muitas mulheres de Espíritos mais evoluídos nem querem ouvir falar dessa palavra aborto. É que elas, como nós dissemos, consideram-na também como sendo sinônima de assassinato.
E essa questão de assassinato de fetos é muito séria para a mãe que faz aborto. Ela terá graves problemas psicológicos, traumáticos e de sentimentos de culpa pelo resto de sua vida, daí que ela até precisa de uma assistência psiquiátrica e psicológica.
Realmente dói muito a consciência de quem viola uma das leis naturais ou divinas, como o é a do aborto!
E não é para menos, pois é como se a mãe que faz aborto fosse uma juíza que proferisse uma sentença de morte para um ser humano totalmente inocente, indefeso, e que, além disso, é seu próprio filho, e que ela, até por instinto, deveria proteger!

José Reis Chaves
Belo Horizonte, MG (Brasil)


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quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Porque não nos lembramos de encarnações passadas?


Árvores e frutos


“Ou fazei a árvore boa e seu fruto bom; ou fazei a árvore
má e seu fruto mau; pois pelo fruto é que a
árvore se conhece.” (Mateus, 12:33)


A árvore simboliza o homem.
Se bom, realiza ações nobres e edificantes, produz bons frutos.
Se mau, pratica atos indignos e prejudiciais, gera maus frutos.
A religião é o pomar cujas árvores e seus frutos indicarão sua natureza.
São, pois, os seus seguidores que farão uma religião voltada para o bem ou desviada para o mal.
Uma doutrina bem conduzida, regida pelos princípios cristãos, enseja ao homem desvencilhar-se do vício e do pecado, liberta seus adeptos da submissão a dogmas absurdos e escravizantes, desobriga seus fiéis da adoção de rituais e ídolos herdados de antigas seitas pagãs.
Assim é a Doutrina dos Espíritos.
Veio restabelecer a simplicidade e a pureza do cristianismo primitivo.
Seus bons frutos atestam a boa qualidade das árvores e a excelência do pomar cultivado pelos seguidores de Jesus, adubado com o amor fraterno inspirado pelo Evangelho, regado com  o suor dos tarefeiros do Cristo.

Felinto Elízio Duarte Campelo
Maceió, Alagoas (Brasil) 

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domingo, 30 de agosto de 2015

Além da morte


Os Espíritos não vacilam quando se referem às mudanças de um plano a outro, através da morte. Contudo, há os que ainda acreditam na transformação, nesse instante especial dos que passam para o outro lado, em figura angelical; em anjo, na verdade. 
Essa é a mudança esperada, a mudança que gostariam que acontecesse e que fica no coração daqueles que sentem a partida do ente querido, considerando-o, sempre, como figura benfazeja, bondosa, de sentimento generoso, merecedor do maior respeito. E é verdade! Se foram bons, continuarão bons e a desenvolver o que está latente na alma. Lá, serão recepcionados igualmente pelos bons; se perversos, é natural que os que se identifiquem com eles façam a recepção. A mudança de ambiente não promoverá as alterações imaginadas, da mesma maneira que a transferência de uma cidade ou de um país para outro não trará mudanças na personalidade do indivíduo. Haverá variação, sim, e muita, no aspecto ambiental. Mas, quanto ao comportamento, este sofrerá as alterações de acordo com o interesse demonstrado, da mesma maneira como aqui na Terra. Sem a presença da boa vontade, não mudaremos nada.

Através da psicografia de Chico Xavier, seu mentor Emmanuel ilustra o que representa a passagem deste lado para o outro:

“O reino da vida, além da morte, não é domicílio do milagre.

Passa o corpo, em trânsito para a natureza inferior que lhe atrai os componentes, entretanto, a alma continua na posição evolutiva em que se encontra.

Cada inteligência apenas consegue alcançar a periferia do círculo de valores e imagens dos quais se faz o centro gerador.

Ninguém pode viver em situação que ainda não concebe.

Dentro da nossa capacidade de reconhecimento, erguem-se os nossos limites.

Em suma, cada ser apenas atinge a vida, até onde possa chegar a onda do pensamento que lhe é próprio.

A mente primitivista de um primata, de um gorila, por exemplo, transposto o limiar da morte, continua presa aos interesses da furna que lhe consolidou os hábitos instintivos.

O índio desencarnado dificilmente ultrapassa o âmbito da floresta que lhe acariciou a existência.

Assim também, na vastíssima fauna social das nações, cada criatura dita civilizada, além do sepulcro, circunscreve-se ao círculo das concepções que, mentalmente, pode abranger.

A residência da alma permanece situada no manancial de seus próprios pensamentos.

Estamos naturalmente ligados às nossas criações.

Demoramo-nos onde supomos o centro de nossos interesses.

Facilmente explicável, assim, a continuidade dos nossos hábitos e tendências, além da morte.

A escravidão ou a liberdade residem no íntimo de nosso próprio ser.

Corre a fonte, sob a emanação de vapores da sua própria corrente.

Vive a árvore rodeada pelos fluidos sutis que ela mesma exterioriza, através das folhas e das resinas que lhe pendem dos galhos e do tronco.

Permanece o charco debaixo da atmosfera carregada de impurezas que ele mesmo alimenta, e brilha o jardim, sob as vagas do perfume que produz.

Assim também a Terra, com o seu corpo em constante transformação, arrasta consigo, na infinita paisagem cósmica, o ambiente espiritual de seus filhos”.

Não resta dúvida alguma sobre a importância do nosso comportamento no curso da vida. Chico Xavier já lembrava, e com muita propriedade, que não havia necessidade alguma de se recorrer ao processo chamado "TVP" - Terapia de Vidas Passadas - ao qual não se dizia favorável, para conhecer os motivos determinantes que culminam no cumprimento da Grande Lei, trazendo para os dias atuais sofrimentos muitas vezes não compreendidos, como convém. Basta, isso sim, que olhemos para nosso próprio interior para avaliar os gostos que temos, pensamentos que nos ocupam, palavras ou frases que dizemos, pontos de vista que colocamos, reações e decisões dominantes e comportamento social rotineiro, especialmente no ambiente do lar. Por aí já se terá uma imagem, senão precisa, pelo menos delineada o suficiente para avaliar o que fomos e o que fizemos. 
O que não pode e nem deve ser esquecido é que sempre haverá um dia determinante para a nossa transformação. E como nada impede que esse importante marco divisor de nossas águas entre o ontem e o hoje seja o momento de agora, por que vacilar? 
Reflitamos, com Emmanuel: “A bendita renovação da alma pertence àqueles que ouviram os ensinamentos do Mestre Divino, exercitando-lhes a prática”; com André Luiz: “A morte física não significa renovação para quem não procurou renovar-se”, e com Miguel Couto: “A vida pede a nossa renovação permanente para chegarmos ao Sólio Divino, que lhe é meta fulgurante”. O que estamos esperando?

Vladimir Polízio
polizio@terra.com.br
Jundiaí, SP (Brasil)



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quarta-feira, 26 de agosto de 2015

A palavra “reencarnação” foi também criada por Allan Kardec?


Um leitor pergunta-nos se a palavra “reencarnação” foi também criada por Allan Kardec, tal como ocorreu com os vocábulos perispírito, espírita e Espiritismo. 
Não, a palavra reencarnação já existia quando Kardec deu início à tarefa de codificação dos ensinamentos espíritas. 
É bom lembrar que, conforme diz Gabriel Delanne em seu livro “A Reencarnação”, essa palavra é também chamada Palingenesia – termo formado por duas palavras gregas: palin, de novo; genesis, nascimento – e desde os albores da Civilização fora formulada na Índia. 
O livro dos Vedas (Bagavat Gitá) afirma textualmente: "Assim como se deixam as vestes gastas para usar vestes novas, também a alma deixa o corpo usado para revestir novos corpos". 
Ainda segundo Delanne, foi Pitágoras quem introduziu na Grécia a doutrina das vidas sucessivas, que ele aprendera no Egito e na Pérsia, ideia essa que teria sido adotada por Platão, autor de conhecida frase: “Aprender é recordar". 
Foi entre os séculos XVI e XVIII que surgiu, no Latim tardio, o termo erudito e acadêmico reincarnatio, reincarnationis, que, em seguida, passou para as línguas românicas e para o inglês. Em francês é "réincarnation". Essa informação pode ser conferida acessando-se o site http://www.latin-dictionary.net/definition/33192/reincarnatio-reincarnationis
Ora, a codificação do Espiritismo teve início em meados do século XIX, mais precisamente a partir de 1855, quando o professor Rivail teve o primeiro contato com os fenômenos espíritas e passou a estudá-los de forma metódica, do que resultou aquilo que chamamos de codificação da doutrina espírita.
A ideia de reencarnação e o termo que a expressava existiam, portanto, havia muito tempo, e antes mesmo de Kardec ter vindo ao mundo.

Astolfo O. de Oliveira Filho
Londrina, Paraná (Brasil)


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